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Setor de alarmes residenciais cresce e adota inteligência artificial

Sarni diz ainda que o cliente pode contratar câmeras dotadas de IA -que distinguem pessoas de animais, detectores externos perimetrais, botão SOS e detector de fumaça

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O mercado imobiliário aquecido nas maiores capitais do país está movimentando o setor de alarmes e segurança eletrônica.

Segundo dados da pesquisa Panorama de Mercado, realizada pela Abese (Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança), o segmento cresceu 18% em 2022, com um faturamento de R$ 11 bilhões. As projeções são positivas para 2023, 2024 e 2025, com empresas planejando dobrar seu quadro de funcionários.

Para Selma Migliori, presidente da Abese, a popularização dos equipamentos foi muito impactada pelo avanço tecnológico, que tornou a instalação mais fácil. Ela afirma que há uma demanda crescente por soluções que possam atuar de maneira proativa, com uso de tecnologias como a IA (Inteligência Artificial), a conexão 5G e as portarias remotas em condomínios.

Algumas seguradoras até oferecem descontos para residências equipadas com sistemas de alarme, o que incentiva os proprietários a investir em dispositivos.

Empresas do setor têm desenvolvido soluções integradas, incluindo câmeras, sensores de movimento, fechaduras inteligentes e outros dispositivos de segurança.

A Verisure quadruplicou seu portfólio de clientes nos últimos cinco anos. Tiago Perez Sarni, diretor de marketing de portfólio da empresa, diz que há opções mais completas, como elementos dissuasórios (placas de aviso, sirenes, fotodetectores de movimento, entre outros.

"Recentemente, lançamos em São Paulo e na região sul do país o kit com o ZeroVision, que é um escudo de fumaça disparado pela central de monitoramento e projetado para agir imediatamente em caso de invasão enquanto a polícia chega ao local", conta.

Sarni diz ainda que o cliente pode contratar câmeras dotadas de IA -que distinguem pessoas de animais, detectores externos perimetrais, sensores magnéticos para portões de aço, botão SOS e detector de fumaça. O custo é determinado de acordo com as necessidades de cada imóvel e seus pontos vulneráveis.

Com forte presença no mercado brasileiro desde 1976, a Intelbras incorpora a IA em seus sistemas de segurança e integração com empresas de segurança eletrônica ou acompanhamento em tempo real via aplicativo. Há também reconhecimento facial.

"Temos o Novo Defense IA 3.0, software que gerencia de forma unificada equipamentos de segurança eletrônica e faz o monitoramento por vídeo de todo o sistema", afirma Tiago Andrade da Costa, gerente de segmento da Intelbras.

De acordo com a Abese, o setor de segurança eletrônica é composto por mais de 33,5 mil empresas que, juntas, respondem por cerca de um milhão de empregos diretos e mais de três milhões de empregos indiretos.

Esses números podem crescer com o Estatuto da Segurança Privada, em discussão no Senado. O Projeto de Lei pretende atualizar a legislação sobre os critérios de segurança privada no Brasil, reduzindo o índice de clandestinidade e de processos irregulares no setor de vigilância.

Se esse estatuto for aprovado, a Polícia Federal será o órgão controlador e fiscalizador de toda atividade de segurança privada no país, e haverá a formalização do monitoramento de sistemas eletrônicos em atividades de segurança privada.

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Duque de Caxias

Faixa de pedestre que termina em muro gera reclamações em Campo Grande

'Bloqueio' na passagem de pedestres vai contra o conceito de acessibilidade e gera risco para quem precisa atravessar a avenida Duque de Caxias

05/03/2025 18h30

Mureta no meio do caminho dificulta a passagem de pedestres com mobilidade reduzida

Mureta no meio do caminho dificulta a passagem de pedestres com mobilidade reduzida Foto: Gerson Oliveira, Correio do Estado

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Na Avenida Duque de Caxias, a poucos metros do Aeroporto Internacional de Campo Grande, uma faixa de pedestres dificulta a vida de quem tenta atravessar a via.

A faixa, que deveria ligar uma extremidade à outra da pista, termina em um muro de concreto. Nesse sentido, quem quiser atravessar a pista do sentido Indubrasil em direção ao bairro Vila Serradinho, precisa fazer um desvio fora da sinalização para conseguir chegar a uma rampa de ligação ao sentido contrário da avenida.

O cenário vai totalmente ao oposto do conceito de acessibilidade, que proporciona ao cidadão a possibilidade de uma pessoa utilizar ou acessar os espaços públicos com segurança e autonomia. Em caso de uma pessoa com deficiência (PCD), o "bloqueio" fica ainda mais perigoso, visto que os veículos passam em alta velocidade no trecho em questão.

Mureta no meio do caminho dificulta a passagem de pedestres com mobilidade reduzidaPedestres são obrigado a pularem a mureta ou andarem por ao menos dez metros pela avenida para chegar à rampa de acesso. (Foto: Gerson Oliveira, Correio do Estado)

Nas redes sociais, diversos moradores da região reclamaram da situação. Entre eles está Gregório Nogueira de Sá, que aproveitou a situação para "alfinetar" a Prefeitura de Campo Grande.

"Desculpa, mas vocês não entendem que a prefeita está dando início ao Projeto PPP: 'Parkour Para Pedestres'. Quanto aos cadeirantes, obviamente, será construída uma passarela subterrânea em algum momento", ironizou.

A moradora Ana Paula Simiano também criticou a colocação atípica da faixa nas redes sociais. "Pior do que isso é colocar rampa de cadeirante de cara com muro. Dinheiro gasto 2x por falta de planejamento", comentou.

O estudante de medicina Lucas Furtado também ironizou a obra. "Vocês que não entenderam, essa é a entrada do metrô da cidade, que será construída em breve", publicou.

A reportagem do Correio do Estado entrou em contato com a Prefeitura de Campo Grande para apurar a situação e saber se medidas corretivas serão tomadas para atualizar o local da faixa de pedestres.

No entanto, até o momento de publicação da reportagem, não obtivemos resposta. O espaço segue aberto para manifestações.

Mureta no meio do caminho dificulta a passagem de pedestres com mobilidade reduzidaPedestres são obrigados a atravessarem fora da faixa de pedestres na Avenida Duque de Caxias. (Foto: Gerson Oliveira, Correio do Estado)

Obras custaram R$ 21,2 milhões 

A instalação da faixa de pedestres esteve inclusa nas obras de pavimentação e recapeamento da Duque de Caxias, anunciadas em 2023 e realizadas ao longo do ano passado e começo deste ano. Os investimentos nas intervenções da via passaram ainda por diversos reajustes.

Executado pela empresa Engepar - Engenharia e Participações Ltda e sob responsabilidade da Prefeitura, o investimento foi avaliado em R$ 21,2 milhões no Portal da Transparência de Campo Grande, 35 dias depois do executivo indicar que o segundo reajuste foi um equívoco no site e prometer correção.

No dia 23 de julho, o Correio do Estado reportou que a obra estaria custando 28,51% a mais do que o constava no valor inicial do contrato, indo de R$ 16.534.768,98 para R$ 21.249.471,02. Porém, apenas um reajuste teria sido oficializado até aquele momento, que aconteceu no dia 14 de junho, quando o valor foi para R$ 18,6 milhões, ou seja, 13%.

No dia da publicação da matéria em questão, a reportagem entrou em contato com o executivo municipal para saber o parecer sobre esse segundo reajuste “fantasma”, mas não foi dado um retorno imediato.

Posteriormente, um dia depois, a resposta da Prefeitura foi que o valor estaria errado e que irá corrigir no site, esta correção que até o momento não foi feita.

“A Pasta ressalta que o contrato assinado com a vencedora da licitação é de R$ 16.534.768,98. O contrato só sofreu dois aditivos, um para prorrogação de prazo, publicado no Diogrande do dia 7 de fevereiro deste ano, na página 5, em que o prazo foi estendido em mais 180 dias, que termina no dia 2 de agosto de 2024. O segundo aditivo, publicado no Diogrande, no dia 14 de junho deste ano, à página 2, alterou o valor do contrato de R$ 16.534.768,98 para R$ 18.659.123,34, acréscimo de 20,59%. Na mesma publicação, consta o decréscimo de 7,64% no valor do contrato, o que corresponde a R$ 1.263.210,04”, disse a Secretaria em nota de retorno no dia 24 de julho.

Mureta no meio do caminho dificulta a passagem de pedestres com mobilidade reduzida

Contrato de obra na Duque de Caxias no dia 28 de agosto - Fonte: Portal da Transparência

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EM MS

Ajudante geral com hipertensão e doença cardíaca consegue aposentadoria na Justiça

Justiça de Água Clara havia negado o pedido, mas trabalhador de 59 anos recorreu e Justiça determinou que INSS conceda o benefício

05/03/2025 18h00

Imagens- Raffa Neddemayer/ Agência Brasil

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Um sul-mato-grossense de 59 anos conseguiu na justiça o direito de se aposentar por incapacidade permanente. A Décima Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3) determinou que o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) conceda ao ajudante de serviços gerais com hipertensão e doença crônica do coração o benefício. 

De acordo com o TRF3, os magistrados consideraram a natureza das enfermidades, idade do segurado , qualificação profissional, escolaridade (ensino fundamental incompleto) e ocupação habitual. 

O trabalhador é morador de Água Clara e entrou com o processo após ter vários problemas de saúde e perder o auxílio-doença. 

Segundo a petição, o ajudante de serviços sofre com graves problemas de saúde, que evoluíram rapidamente, impedindo-o de executar suas tarefas diárias, o que foi constatado por médico que atestou a impossibilidade e incapacidade que a doença provoca, tornando prejudicial que o trabalhador continuasse a exercer qualquer atividade.

Os problemas de saúde diagnosticados foram hipertensão, angina pectoris, infarto agudo do miocardio, perda e atrofia muscular, com problemas cardíacos e sequelas decorrentes do infarto, sem perspectiva de reversão.

Em 2018, ele requereu o auxílio-doença, que foi concedido, porém cessado no fim de 2020, ficando o trabalhador sem renda mensal.

Desta forma, ele entrou com processo pedindo o restabelecimentodo auxílio doença e sua posterior conversão em aposentadoria por invalidez.

A Justiça Estadual de Água Clara negou o pedido por entender ausência de incapacidade laborativa total e o ajudante de serviços gerais recorreu ao TRF3.

Recurso

Ao analisar o caso, o desembargador federal Marcos Moreira observou informações contidas no Cadastro Nacional de informações Sociais, de que o autor recebeu auxílio-doença de julho de 2018 a janeiro de 2020. 

“Esse histórico confirma que tanto a qualidade de segurado quanto a carência foram devidamente reconhecidas pela autarquia na concessão do benefício", disse.

Segundo o relator, o perito judicial avaliou as enfermidades por meio de exames clínicos e documentação médica, concluindo pela incapacidade laborativa parcial e permanente. Além disso, sugeriu possível reabilitação para atividades em que não haja necessidade de esforço físico. 

O magistrado explicou que o juiz não está vinculado ao laudo pericial, devendo considerar o conjunto de provas para formar sua convicção.  

“Há clara incapacidade laborativa e falta de oportunidade de reabilitação para o exercício de outras atividades", destacou. 

“Tendo em vista as enfermidades que possui e a idade avançada, não é trivial afirmar que a parte autora tem condições de realizar atividades laborais, porém com mais esforço que o habitual”, concluiu. 

Assim, a Décima Turma, por unanimidade, determinou ao INSS a concessão de aposentadoria por incapacidade permanente. 

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