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Situação da Covid-19 piora e MS tem quatro municípios na bandeira cinza

Bandeira representa grau de risco extremo e orientação são restrições máximas

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Em uma semana, mais três municípios de Mato Grosso do Sul entraram no grau extremo da Covid-19, classificado como bandeira cinza. Campo Grande já estava nessa faixa de risco e se manteve.

Boletim extraordinário  do Programa de Saúde e Segurança da Economia (Prosseguir) foi divulgado nesta quarta-feira (24).

Campo Grande, Aral Moreira, Bela Vista e Costa Rica são os municípios na bandeira cinza, onde são recomendadas medidas mais rígidas, como o fechamento de atividades consideradas não-essenciais.

Além das quatro cidades em grau extremo, o Estado tem 48 municípios na bandeira vermelha, de risco alto, sendo o pior cenário desde o início da pandemia.

"Realmente a coisa progrediu e progrediu para pior", disse o secretário de Governo e Relações Institucionais, Sérgio Murilo.

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Além das quatro cidades em grau extremo e 48 em grau alto, Mato Grosso do Sul tem ainda 24 na cor laranja, de risco médio, e três na amarela, de grau tolerável. Nenhuma cidade se classifica na bandeira verde, de grau baixo.

No comparativo com o último boletim, 17 municípios regrediram na classificação, 54 permaneceram com o mesmo grau de risco e apenas oito progrediram.

Conforme Sérgio Murilo, os dados apontam para um cenário grave em todo o Estado.

"Temos avaliado diuturnamente esse quadro e isso remete a busca de todos os mecanismos para, ao menos, tentarmos frear a escalada da pandemia. Mais uma vez, reforço que o nosso principal objetivo é continuar salvando vidas”, explicou.

Geraldo Resende, secretário estadual de Saúde, disse que é importante que todos os municípios cumpram as recomendações do Prosseguir, de acordo com a sua classificação.

No grau extremo, recomendação é a suspensão de serviços presenciais e não-essenciais da administração pública, manter suspensas as aulas presenciais e restrição do transporte coletivo somente aos trabalhadores da saúde e de atividades essenciais.

No entanto, as medidas listadas no programa são apenas recomendações e os municípios têm autonomia para decidir se irá adotá-las ou não.

Campo Grande, que entrou na bandeira cinza na última quinta-feira (18), antecipou feriados municipais para esta semana, com série de restrições, que incluem o fechamento de atividades não essenciais.

Classificação

Para gerar a classificação, o Prosseguir avalia indicadores municipais relacionados à disponibilidade de leitos de UTI, quantidade de Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s), busca por contatos de casos confirmados, redução da mortalidade por Covid-19, disponibilidade de testes, incidência na população indígena, redução de casos entre profissionais da saúde, redução de novos casos, fronteira ou divisa com estado que tenha aumento de casos e necessidade de expansão de leitos.

Grau extremo - bandeira cinza

  • Campo Grande
  • Aral Moreira
  • Costa Rica
  • Bela Vista

Grau alto - bandeira vermelha

  • Amambai
  • Anastácio
  • Aquidauana
  • Bandeirantes
  • Bataguassu
  • Bonito
  • Brasilândia
  • Camapuã
  • Caracol
  • Cassilândia
  • Chapadão do Sul
  • Corguinho
  • Corumbá
  • Deodápolis
  • Dois Irmãos do Buriti
  • Dourados 
  • Eldorado
  • Fátima do Sul
  • Figueirão
  • Guia Lopes da Laguna
  • Itaporã
  • Itaquiraí
  • Japorã
  • Jardim
  • Juti
  • Laguna Carapã
  • Maracaju
  • Miranda
  • Mundo Novo
  • Naviraí
  • Nioaque
  • Nova Alvorada do Sul
  • Nova Andradina
  • Paranaíba
  • Pedro Gomes
  • Ponta Porã 
  • Porto Murtinho
  • Ribas do Rio Pardo
  • Rio Negro
  • Rio Verde de Mato Grosso
  • Santa Rita do Pardo
  • São Gabriel do Oeste
  • Selvíria 
  • Sidrolândia
  • Sonora
  • Tacuru
  • Taquarussu
  • Três Lagoas

Grau médio - bandeira laranja

  • Água Clara
  • Alcinópolis
  • Anaurilândia
  • Angélica
  • Antônio João
  • Aparecida do Taboado
  • Bataiporã
  • Bodoquena
  • Caarapó
  • Coronel Sapucaia
  • Coxim
  • Douradina
  • Glória de Dourados
  • Iguatemi
  • Ivinhema
  • Jaraguari
  • Ladário
  • Novo Horizonte do Sul
  • Paraíso das Águas
  • Paranhos
  • Rochedo
  • Sete Quedas
  • Terenos
  • Vicentina

Grau tolerável - bandeira amarela

  • Inocência
  • Jateí
  • Rio Brilhante

interior

Entre 'laranjas' e pilotos, outros 16 de quadrilha de MS são denunciados

Grupo de irmão de Dourados alugava pistas de pouso e comprava aviões para viagens únicas e serem destruídos posteriormente, já que lucros do tráfico "bancavam" trocas constantes de aeronaves

22/09/2024 17h05

Ministério Público Federal também requereu o

Ministério Público Federal também requereu o "perdimento de todos os bens móveis e imóveis levantados na operação". Reprodução/PF

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Através do Ministério Público Federal (MPF), outros 16 integrantes, entre laranjas; pilotos e familiares da quadrilha de irmãos douradenses - que recolhiam até dízimo - foram denunciados por pelo menos três tipos de crimes, cometidos ao longo de quase 10 anos enquanto o esquema criminoso se disfarçava no interior do Estado. 

Segundo o MPF em nota, as práticas dos investigados na Operação Sordidum, conforme denúncia, incorrem em pelo menos três tipificações, sendo: organização criminosa; lavagem de dinheiro e uso de documento falso.

Cabe lembrar que há cerca de um mês - ainda em 20 de agosto - 14 integrantes da quadrilha que enquanto recolhia dízimos, traficava cocaína - foram denunciados pelos crimes de: organização criminosa, tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro. 

Agora, segundo o MPF em nota, constam entre os denunciados desde familiares dos irmãos douradenses, que comandavam esquema com empresas de fachada, até: 

  • “Laranjas”; 
  • Doleiros,
  •  “Funcionários” e 
  • Pilotos de avião

Detalhe para "pilotos" [no plural mesmo], porque, segundo investigações da Polícia Federal, diversas aeronaves eram compradas e usadas apenas uma única vez. 

Conforme a PF, traficando substâncias entorpecentes ilícitas pelos ares, os aviões comprados por um dos denunciados não voltavam do seu destino, já que uma única viagem era suficiente para "bancar" os custos de uma nova aeronave. 

Nesse esquema, a polícia estima que apenas uma única movimentação da quadrilha, para transportar drogas internacionalmente, geravam gastos de R$ 10 milhões ao grupo. 

Com isso, os aviões eram destruídos, com o intuito de apagar os rastros do transporte e dificultar qualquer forma de rastreio, com esses "pilotos" voltando para o Brasil em voos comerciais. 

Ainda, investigações apontam que o modelo mais usado pela quadrilha eram aviões 'King Air', popular entre produtores do "agro", que possuem pelo menos cinco classificações, com velocidades de cruzeiro que alcançam de 574 até 578 km por hora. 

Entre os "king air", há modelos que possuem desde um preciso sistema de navegação e radar meteorológico; até mesmo um com espaço para cargas, comportando até sete passageiros. 

Laços do crime

Considerando até mesmo trabalhar com o conhecido traficante fornecedor, Antônio Joaquim Mota - o popular "Motinha" -, os irmãos Marcel Martins Silva e Valter Ulisses Martins, agiam principalmente no setor envolvendo Mato Grosso do Sul e outros quatro Estados, sendo:

  • Mato Grosso 
  • Pará
  • Bahia e 
  • Paraná 

Porém, o grupo estreitava laços com quadrilha a qual pertenciam doleiros paraguaios, bem como traficantes de demais países situados na América Central, como Honduras e Guatemala, cita o MPF em exemplo. 

Justamente uma tabela de valores, contendo a estrutura de logística do grupo sobre o transporte internacional de drogas, ajudou a polícia a desenhar a teia de trabalhos criminosos da organização. 

Além disso, com "laranjas" assinando a compra dos aviões; pistas de pouso sendo alugadas, aliada a contratação de pilotos, entre outros fatores, esclareceram as investigações da PF quanto aos laços do grupo. 

Atuação e 'último dos fiéis'

Dos demais crimes, investigações mostram que o suposto líder "mergulhou" no personagem e, com documentos falsos, tornou-se um "empresário de sucesso" e até mesmo separou da esposa só para casar com ela mesma tendo, agora, outro nome. 

Uma varredura bancária dessas empresas abertas, analisando os dados desse suposto líder do grupo, apontam que 50 milhões de reais foram movimentados no período de cinco anos, entre 2015 e 2020. 

Marcel Martins Silva era, aos olhos da sociedade, um homem comum: empresário com duas empresas em Dourados; morava em um condomínio de luxo na cidade e frequentava a igreja, onde inclusive atuava recolhendo o dízimo. 

As investigações mostram que, tendo trocado de nome com documentos falsos, o agora denunciado pelo MPF inclusive pediu o próprio divórcio, para novamente se casar com a mesma mulher com a nova identidade. 

Curiosamente, o indivíduo precisou se apresentar junto à Polícia Federal com a documentação falsa para que conseguir seu passaporte. 

Apesar de irmãos, análise do setor policial mostra que nem sempre Marcel e Valter agiam juntos, com o segundo atuando de forma parecida, com documentos falsos, tendo em comum a violência, já que chegaram a discutir torturas e possível morte de desafetos. 

Quando o doleiro do grupo não tinha "disponibilidade financeira", a quadrilha tinha o costume de comprar e vender imóveis, sendo que um dos líderes possui um "considerável patrimônio" tanto no Brasil como no Paraguai, conquistado através dos lucros do tráfico de drogas, segundo o MPF. 

Esquema gigante

Como já citado anteriormente pelo Ministério Público, pelo menos nove empresas estavam envolvidas no esquema: cerca de quatro construtoras; uma transportadora, bem como denúncia contra dona de escritório de contabilidade em Dourados. 

Em matéria ainda no dia das operações "Sordidum e Prime" - 15 de maio deste ano - entre os alvos foram listadas: Referência Incorporadora; Focco Imobiliária; Primeira Linha Acabamentos e Efraim Incorporadora, sendo Marcel o sócio-proprietário dessas duas últimas citadas.

Esse grupo usava até mesmo mergulhadores para inserir a droga nos cascos dos navios que tinham como destino o continente europeu. 

Em complemento, o MPF requer que a quadrilha - principalmente líderes da organização criminosa - paguem indenização milionária por trazerem fragilidade ao sistema financeiro, já que injetavam recursos criminosos na economia local. 

Além de pedir as penalidades legais, o Ministério Público Federal também requereu o "perdimento de todos os bens móveis e imóveis levantados na operação".

 

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curva perigosa

Colisão de carro em guard rail mata meninas de 16 e 18 anos em MS

Veículo Volkswagen Gol seguia na rodovia quando perdeu o controle da direção em uma curva e colidiu frontalmente contra a proteção na lateral da pista

22/09/2024 16h29

Colisão entre carro x guard rail na BR-158

Colisão entre carro x guard rail na BR-158 DIVULGAÇÃO

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Meninas de 16 e 18 anos morreram em colisão de um carro de passeio com o guard rail, na madrugada deste domingo (22), no KM-356 da BR-158, entre os municípios de Brasilândia (MS) e Pauliceia (SP), na divisa MS/SP.

Guard rail é uma mureta metálica utilizada como barreira de proteção em estradas e rodovias. Havia quatro pessoas dentro do carro, sendo dois homens e duas mulheres. Os homens fugiram do local sem prestar socorro, conforme as informações iniciais divulgadas pelas autoridades de trânsito.

Colisão entre carro x guard rail na BR-158Lateral esquerda do veículo sofreu avarias e foi amassada. Foto: divulgação

Conforme apurado pela mídia local, o veículo Volkswagen Gol seguia na rodovia, quando perdeu o controle da direção em uma curva e colidiu frontalmente contra o guard rail. De acordo com populares, o grupo de amigos voltava de Panorama (SP) a Brasilândia, quando houve a colisão.

Com o impacto, as vítimas foram arremessadas contra o painel do carro e morreram na hora. Não se sabe o estado de saúde dos dois rapazes, que supostamente fugiram, já que não havia registro de que tenham sido socorridos pelo algum motorista que tenha passado pelo local.

Corpo de Bombeiros Militar, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil, Polícia Científica e Pax estiveram no local para efetuar os procedimentos de praxe.

A lateral esquerda do veículo sofreu avarias e foi amassada. O para-brisa frontal e traseiro e vidros laterais foram destruídos.

O corpo da menina de 18 anos será enterrado em Brasilândia (MS) e o corpo da menina de 16 anos será sepultado em Panorama (SP). A Polícia Civil irá investigar as circunstâncias do acidente. 

Por conta da comoção, aulas em escolas públicas de Brasilândia foram suspensas para esta segunda-feira (23). 

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