Cidades

INFRAESTRUTURA

Temporada de chuvas faz crescer o número de buracos na Capital

Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos informou que, por dia, 1,5 mil intervenções na malha asfáltica são feitas nas sete regiões da cidade

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A convivência dos moradores de Campo Grande com os buracos já virou rotina. Durante a temporada de chuvas potencializada pelo verão, o número de crateras aumenta ainda mais nas vias do município. 
Segundo o titular da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), Rudi Fiorese, atualmente, as equipes de tapa-buraco realizam, em média, 1,5 mil intervenções por dia. 

“Quando o asfalto já apresenta algum problema, como trincas, por exemplo, a água da chuva e o tráfego dos veículos acabam abrindo buracos na pista”, explica o secretário. 

Em virtude desses fatores, a quantidade necessária de equipes para os trabalhos de tapa-buraco também cresce. Em novembro, nove grupos atuavam para realizar as demandas asfálticas; neste mês, são 10 equipes. 

No entanto, em meses de estiagem, geralmente no meio do ano, esse número diminui ainda mais, por conta da queda das demandas, passando a ser entre sete e oito equipes. 

As chuvas recorrentes também atrapalham o trabalho de tapa-buraco. Segundo Fiorese, quando o dia amanhece chuvoso, as usinas de asfalto não fazem a massa asfáltica, pois essa atividade é realizada no início da manhã. 

“Se depois a chuva parar às 9h, por exemplo, é um dia de trabalho perdido, porque não tem massa para consertar o asfalto”, comenta o secretário. 

Entretanto, se a precipitação ocorre durante o dia em um curto espaço de tempo, as equipes de manutenção da malha asfáltica aguardam em torno de uma hora para retornar aos trabalhos. 

Rudi Fiorese explicou que há uma máquina, chamada de soprador, que suga a água das poças formadas nos buracos das vias e, assim, os trabalhadores podem retomar as atividades sem perder muito tempo. 

CRONOGRAMA  

Nesta época de fim de ano, com o aumento das demandas de tapa-buraco, as equipes realizam as intervenções de segunda a sábado. Haverá folga apenas nos dias 24, 25 e 30 de dezembro e no dia 1º de janeiro. 

O Correio do Estado tem monitorado mensalmente as operações de tapa-buraco nas vias da Capital após um aumento significativo de demanda. Nesta terça-feira (20), uma equipe esteve na Rua Visconde de Taunay, na Vila Bandeirantes, entre as avenidas Afonso Pena e Bandeirantes, onde era possível encontrar seis buracos em uma quadra. 

Próximo do local, na Avenida Bandeirantes, os motoristas se deparam com uma placa de sinalização e galhos na via, que servem de alerta de buraco aos condutores. Após a publicação da matéria pelo jornal, os buracos foram fechados. 

Já em novembro, a equipe de reportagem esteve na Avenida Calógeras, entre a Afonso Pena e a Rua 15 de Novembro, onde na época havia dois buracos que dificultavam o embarque e desembarque de passageiros do transporte coletivo. 

A situação também colocava em risco os pedestres idosos que usavam o transporte público no local. A reportagem flagrou um idoso que precisou se inclinar e estender o máximo possível sua perna de apoio para não escorregar e cair na poça assim que o ônibus parou sobre a cratera alagada. 

O local foi visitado novamente nesta quinta-feira (22), e foi possível notar que um buraco pequeno permanece na passagem de embarque para os ônibus. O segundo buraco foi tapado. 

Na quarta-feira, a reportagem passou pelas ruas Cláudia, no Bairro Giocondo Orsi, Guanandi, no Bairro Mata do Jacinto, e Ana Rosa Castilho, no Bairro Jardim Montevidéu, onde foram constatadas outras crateras nas vias. 

Em março, a equipe do Correio do Estado esteve em outras três vias. Na Rua Dr. Mário Corrêa, não foram encontrados buracos, mas nas ruas Floriano Paula Corrêa e Beneditinos foram encontrados alguns pequenos buracos nas vias, e na primeira o asfalto estava desgastado. 

Segundo a Sisep, a manutenção na malha viária tem sido realizada nas sete regiões urbanas de Campo Grande e segue os protocolos técnicos para garantir a qualidade do serviço à comunidade. De acordo com a secretaria, a demanda na Rua Visconde de Taunay foi encaminhada para o setor responsável.

 

TRÁFICO

Funerárias viram esconderijo da moda entre traficantes de MS

Nesta semana, carro funerário foi flagrado com drogas em meio aos cadáveres; em outro caso, quadrilha levava cocaína de Ponta Porã dentro de um rabecão

06/02/2025 09h30

Foto tirada por traficantes envolvidos na Operação Snow; o grupo trazia cocaína de Ponta Porã escondida em carros funerários

Foto tirada por traficantes envolvidos na Operação Snow; o grupo trazia cocaína de Ponta Porã escondida em carros funerários Foto: Reprodução/GAECO

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Ontem, a prisão em Costa Rica de um traficante de 39 anos de idade que levava drogas em meio a cadáveres não foi o primeiro caso deste tipo descoberto pelas polícias de Mato Grosso do Sul. Esconder entorpecentes dentro de caixões ou em fundos falsos de veículos de funerárias, os rabecões, tem sido uma prática da moda entre os traficantes do Estado. 

É isso que indicam investigações do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco). A quadrilha desmantelada durante as duas fases da Operação Snow, em abril do ano passado e em janeiro deste ano, indica que os veículos das funerárias, também conhecidas como pax, eram o esconderijo perfeito para transportes clandestinos, como o de cocaína. 

No caso mais recente, desbaratado pelas Polícias Civil e Militar nesta semana, um funcionário de uma funerária, de 31 anos, que levava cadáveres de Campo Grande para serem velados e sepultados em Costa Rica, também transportava 712 gramas de maconha, 1 quilo de pasta base de cocaína e mais 9,2 g de cocaína nas urnas funerárias, em meio aos cadáveres. 

Ele admitiu que a droga seria entregue ao traficante de 39 anos de idade, que guardava mais drogas em sua casa. Os policiais revelaram à imprensa que efetuaram a apreensão depois de terem recebido uma denúncia anônima. 

Investigação

Outro caso também envolve a Operação Snow, porém, não foi fruto de denúncia anônima nem houve flagrante com apreensões de drogas. O transporte de entorpecentes em carros funerários veio à tona na segunda fase da operação, desencadeada em janeiro, depois da análise do conteúdo dos celulares dos traficantes. 

As conversas entre o casal Rodney Gonçalves e Jessika Farias da Silva, presos na operação, indicavam o recebimento de drogas, oriundas de Ponta Porã, em um rabecão da Pax Internacional. Rodney chegou a enviar uma foto do carro da pax à esposa. Dentro do carro, havia cocaína vinda da fronteira, que, na Capital, seria embarcada para a Região Sudeste do Brasil pela quadrilha em caminhões-baús, como caminhões dos Correios ou mesmo caminhões frigoríficos. 

“Ui. Quem é o falecido?”, perguntou Jessika a Rodney em uma das mensagens de WhatsApp interceptadas pelo Gaeco. E ele respondeu com bom humor: “Quase sendo eu”. A droga, na sequência, seria embarcada em uma carreta.  

Dias depois da conversa, em 31 de março de 2023, um funcionário da Pax Internacional, Rodrigo Dornelles da Silva, de 38 anos, foi assassinado quando chegou ao local de trabalho, em Ponta Porã. 

Rodney e os integrantes da quadrilha, inclusive o chefão Joesley da Rosa, já sabiam do assassinato e conversaram sobre a execução. Os promotores do Gaeco não têm dúvidas do envolvimento dos integrantes da quadrilha na execução de Rodrigo Dornelles. 

Rodrigo, segundo o Gaeco, trazia a cocaína para Campo Grande em carros da funerária. Eles suspeitavam de que o rapaz estaria trabalhando para outra quadrilha.

Saiba

A Associação das Funerárias do Interior de Mato Grosso do Sul (Afims) saiu em defesa da Real Pax Santa Rita, empresa do ramo funerário de Costa Rica, após um funcionário do grupo ser flagrado com drogas dentro de um veículo de trabalho em que ele transportava dois corpos, na madrugada desta quarta-feira, de Campo Grande para Costa Rica. A organização rechaçou a conduta do funcionário e disse que a empresa fez bem em demitir o homem.

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REGULAMENTAÇÃO

Pacto Pantanal prevê pagamentos pela preservação do bioma e da cultura local

Pagamento por serviços ambientais vai alcançar produtores e comunidades; recursos virão do fundo criado na Lei do Pantanal

06/02/2025 09h00

Governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel deve  delinear os termos do Pacto Pantanal já nos próximos dias

Governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel deve delinear os termos do Pacto Pantanal já nos próximos dias Foto: Marcelo Victor/Correio do Estado

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O Pacto Pantanal, o qual o governador Eduardo Riedel anunciou na terça-feira, durante a abertura dos trabalhos na Assembleia Legislativa, será enviado em março para o Poder Legislativo.

A nova legislação, que regulamentará o pagamento por serviços ambientais (PSA) previsto na Lei do Pantanal – aprovada em dezembro de 2023 e vigente há um ano –, será construída com base na premissa de que manter o bioma preservado, com o mínimo possível de queimadas, e com o homem pantaneiro morando nas fazendas, além de várias ações para o meio ambiente, será mais vantajoso para a população da região.

Nesta semana, os últimos ajustes para a legislação serão realizados por Riedel e sua equipe. O Correio do Estado apurou que o princípio da adicionalidade – somente ações de preservação que vão além das já estipuladas pela legislação vigente – norteará o pagamento por serviços ambientais.

Conforme a investigação da reportagem, os serviços serão dos mais diversos, desde que contribuam para a preservação não apenas da flora e da fauna do bioma, mas também para a preservação da cultura pantaneira.
Já os recursos para que os produtores rurais sejam pagos pela preservação virão do fundo criado pela Lei do Pantanal. A origem desse dinheiro é tanto do setor público quanto do setor privado.

“O pagamento por serviços ambientais pode vir de diversas fontes. Nesse caso, vem sobretudo do fundo que já foi criado no ano passado. E o recurso para pagar pelos serviços pode vir de outras fontes, passando pelo fundo, que terá capital privado e público”, explicou ao Correio do Estado o governador Eduardo Riedel.

As ações específicas para a preservação do Pantanal serão definidas pela equipe técnica do Executivo estadual que trabalha com o Pacto Pantanal. As atividades que merecerão os pagamentos virão da preservação de área verde além da área de preservação permanente (APP) delimitada no Cadastro Ambiental Rural (CAR) e de ações concretas para a prevenção de queimadas. Além disso, o Pacto Pantanal trará investimentos em áreas de infraestrutura, educação e cultura, por exemplo.

Estruturalmente, o objetivo é melhorar o acesso a fazendas longínquas no bioma e, ao mesmo tempo, oferecer melhores condições para o deslocamento de equipes do governo e até mesmo de brigadistas em épocas de queimadas.

Em termos de educação e cultura, a proposta visa manter a cultura de um passado não muito distante, em que moradores das fazendas e proprietários cultivavam hábitos que contribuíam para a preservação do bioma.

“A gente fala muito pouco do homem pantaneiro, não é mesmo? Mas ele faz parte do nosso DNA”, pontuou Riedel, complementando que, “para isso [manter a cultura pantaneira], a gente precisa manter as pessoas nas fazendas, o que hoje é um grande desafio. A gurizada vai para a cidade e perde o conhecimento, aquele aprendizado”.

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