Cidades

TRAGÉDIA EM FAMÍLIA

Tio cobrava R$ 150 mil de vereador antes de ser morto por sobrinho

Vítima foi contratada para cobrar empréstimo feito por amigo de sobrinho

RAFAEL RIBEIRO

24/07/2019 - 10h29
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O trabalho de cobrar uma dívida de R$ 150 mil para um empresário e vereador de Cassilândia, que não teve o nome revelado, foi o estopim para o agiota Osvaldo Foglia Júnior, 47 anos, ser morto com seis tiros pelo sobrinho, Miguel Arcanjo Camilo Júnior, 32, preso na última segunda-feira (22) pelo assassinato.

Segundo a polícia, essa foi a justificativa dada por Miguel nas mais de cinco horas de depoimento que deu no 4º DP (Moreninhas), onde o caso é investigado. A expectativa é que o empresário e vereador seja ouvido até o final desta semana.

Na sua narrativa, Miguel contou que o vereador, um amigo particular seu, pediu indicação de alguém que pudesse cobrar o empréstimo feito e não pago. O tio foi indicado. Cobrou R$ 150 mil. Mas o contratante resolveu voltar atrás depois dele demonstrar comportamento violento, o que lhe poderia trazer problemas.

"O amigo decidiu não pagar pelo serviço. Achou melhor romper o acordo. Mas Osvaldo queria seu dinheiro. E passou a cobrar Miguel", explicou o delegado Thiago Macedo, titular do 4º DP.

A polícia acredita que a situação tenha fugido do controle. Em sua versão, Miguel contou que chegou até mesmo a fazer um cheque no valor cobrado de próprio punho ao tio, que não aceitou o meio de pagamento e exigia dinheiro.     

Quando foi à conveniência de Miguel no Jardim São Lourenço, região leste, para mais uma rodada de cobrança, no último dia 16, Osvaldo acabou morto a tiros por Miguel.

O Correio do Estado apurou que a polícia tem uma linha alternativa de investigação. Isso porque a relação entre Miguel e Osvaldo começou a se deteriorar depois que o tio passou para o nome do sobrinho bens como imóveis e carros comprados como forma de lavar dinheiro da agiotagem. 

A situação desagradou Miguel, que como comerciante temia virar alvo de investigações fiscais pelo súbito aumento de patrimônio. 

O CASO

Miguel matou a tiros o próprio tio, de 47, em uma conveniência do Jardim São Lourenço, na região leste de Campo Grande, no último dia 16. Ele foi preso pela Polícia Civil na noite da última segunda-feira (23), enquanto deixava um churrasco no bairro Chácara Cachoeira, também na região leste. O jantar acontecia na casa de seu advogado, que disse na delegacia que negociava mais uma vez a rendição do cliente.

Júnior estava com a prisão preventiva decretada pela Justiça desde o dia 19, após 'dar o cano' em duas apresentações voluntárias agendadas no 4º DP (Moreninhas), onde o caso foi investigado. Na ocasião, sua defesa alegou que ele sofria de síndrome do pânico.

Nesta segunda, com as infomações de onde o acusado estaria, a polícia foi até o local e flagrou Júnior deixando o local com dois amigos em um Fiat Argo.

D-Edge

Tradicional casa noturna de campo-grandense em SP abriga culto evangélico e vira alvo de polêmica

Espaço em São Paulo repercutiu após cantora e pastora Baby do Brasil discursar que mesmo em casos de abuso sexual, o perdão deve ser incondicional

14/03/2025 18h30

Em culto, cantora e pastora Baby do Brasil pediu para que vítimas de abuso sexual 'perdoem' seus agressores

Em culto, cantora e pastora Baby do Brasil pediu para que vítimas de abuso sexual 'perdoem' seus agressores Foto: Reprodução

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Uma casa noturna de São Paulo repercutiu nas redes sociais após a realização de um evento evangélico ocorrido na noite da última segunda-feira (10).

Durante o culto, a cantora e pastora Baby do Brasil discursou dizendo que, mesmo em casos de abuso sexual, se ocorrido dentro da família, o perdão deve ser incondicional.

Conforme a pastora, "Se teve abuso sexual, perdoa. Se foi da família, perdoa", enfatizou. O comentário gerou várias críticas e debates.

Após a imediata repercussão negativa, o campograndense e dono do estabelecimento, Renato Ratier, publicou uma nota oficial nesta tarde de quarta-feira (12).

No texto, o empresário destacou que o discurso não representa seus valores e nem os da D-Edge, nome oficial da tradicional casa noturna.

"Infelizmente, algumas falas isoladas de convidados vão contra aquilo que acredito. Antes de mais nada, quero expressar meu profundo respeito a todas as pessoas que foram atingidas por declarações de terceiros durante o culto e reafirmar os valores que sempre guiaram minha trajetória. Jamais foi minha intenção ferir ou desrespeitar qualquer pessoa", disse Ratier.

O campograndense reforçou ainda que o evento foi um caso isolado e que a programação tradicional deve retornar.

"O evento do culto foi uma exceção isolada e não irá mais acontecer. A casa continua com suas atividades normais, oferecendo a cada noite um espaço de música eletrônica, como sempre fez", concluiu.

Influente na cena da música eletrônica, vale destacar que a D-Edge já foi palco de apresentações de artistas renomados do gênero, como Steve Aoki, Mark Farina e Gui Boratto. 

O culto "Frequência de Deus" foi marcado por louvores e testemunhos religiosos e reuniu aproximadamente 150 pessoas na casa noturna.

Confira a nota publicada por Renato Ratier:

 

 

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RECUPERAÇÃO AMBIENTAL

Concessionária que administra usina de MS é processada pelo MPF

A UHE Ilha Solteira, localizada no Rio Paraná e instalada entre o município paulista e Selvíria, está há mais de 50 anos sem cobertura florestal, segundo ação do órgão fiscalizador

14/03/2025 17h00

Usina Hidrelétrica de Ilha Solteira, com a concessionária processada pelo MPF

Usina Hidrelétrica de Ilha Solteira, com a concessionária processada pelo MPF Foto: Divulgação

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A concessionária Rio Paraná Energia S.A., que administra a Usina Hidrelétrica de Ilha Solteira (SP), localizada no Rio Paraná e instalada entre o município paulista e Selvíria, está sendo processada pelo Ministério Público Federal (MPF) por “negligenciar” a cobertura florestal do reservatório.

Segundo ação civil pública, o órgão fiscalizador cobra que a concessionária realize a recuperação ambiental da faixa que contorna todo o lago da usina no prazo estabelecido na licença ambiental.

Ainda, o MPF reforça que desde 2016, quando a empresa “adquiriu” a administração da unidade, reflorestou apenas 3,66% do que deveria na área degradada: 235,5 hectares contra 6.427,91 hectares.

Diante disso, o órgão exige que a Justiça Federal ordene que a concessionária plante 671 mil mudas de árvores por ano, além de investir R$ 7,7 milhões anuais em medidas para a recomposição florestal. Tudo isso dentro de 16 anos, já que o limite previsto na licença de operação da usina é de 25, mas nove já passaram.

Também consta na ação que a Rio Paraná deve iniciar o plantio de uma faixa de árvores na divisa entre a área de preservação permanente da unidade e as propriedades vizinhas dentro de 90 dias, como se fosse um primeiro passo para o cumprimento da punição.

Esse mesmo prazo de três meses também vale para a empresa elaborar um projeto ambiental de reflorestamento da área, com cronograma detalhado, solicitado pelo MPF e já pedido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) há quatro anos, mas sem resposta adequada da concessionária.

Como forma de comprovar que a empresa tem condições de realizar todas essas solicitações, o MPF afirmou que todo o investimento necessário para concluir o reflorestamento representa menos de 6% do lucro líquido da Rio Paraná, que chegou a R$ 2,2 bilhões em 2023.

Por fim, o órgão pede que haja punições para a empresa no caso de descumprimento das medidas, como, por exemplo, R$ 100 milhões para cada ano de atraso na conclusão do reflorestamento.

UHE Ilha Solteira

A Usina Hidrelétrica de Ilha Solteira começou suas operações em julho de 1973. Hoje, ela é uma das dez maiores usinas do Brasil em capacidade instalada, com 3.444 MW.

Segundo dados da CTG Brasil, detentora da empresa Rio Paraná Energia S.A., gerou no ano passado cerca de 11.768.314 MWh, suficiente para abastecer uma cidade com cerca de 4 milhões habitantes.

O reservatório da UHE Ilha Solteira tem um volume de cerca de 21 bilhões de m³, o equivalente a seis vezes a Baía da Guanabara no Rio de Janeiro.

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