Cidades

FISCALIZAÇÃO

Mais uma vez, toque de recolher é prorrogado em Campo Grande

Quem desrespeitar o decreto, que é das 22h às 5h, poderá ser penalizado judicialmente

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Com os números de casos e mortes ainda em alta, prefeitura prorrogou novamente o toque de recolher, das 22h às 5h, por mais 15 dias em Campo Grande. A medida valerá de 6 a 21 de janeiro.

Durante esse período, é proibida a circulação de pessoas nas ruas, salvo em casos de serviços essenciais. O objetivo é evitar aglomerações e conter a proliferação do novo coronavírus.

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A medida foi autorizada pelo prefeito Marcos Marcello Trad e publicada no Diário Oficial da capital, edição extra, de ontem (4).

O toque de recolher não se aplica à serviços considerados essenciais. Atendimento médico de urgência ou emergência, farmácias e postos de combustíveis são alguns deles.

Serviço de coleta de lixo, delivery e ações destinadas ao enfrentamento da Covid-19 também entram na lista.

Quem for pego descumprimento o decreto, poderá responder civil, administrativa e penalmente por crimes contra saúde pública ou contra a administração pública em geral.

O cidadão ainda ficará com a “ficha suja” e não poderá assumir concursos públicos.

Flagrantes

Durante fiscalizações da Guarda Municipal, Polícia Militar e outros serviços de segurança pública responsáveis por vigiar as madrugadas da capital, são constatados vários flagrantes de despeito ao toque.

Na madrugada de ontem (4), 200 pessoas foram flagradas descumprindo a medida.

Na noite da virada de ano, 350 pessoas foram abordadas e uma festa foi encerrada.

Na noite de natal, 827 cidadãos furaram o toque e Guarda Municipal encerrou festa com 600 pessoas.

Em 18 de dezembro, por volta de 250 jovens foram flagrados em festa clandestina na capital.

“Uma grande parte da população não tem sido colaborativa, estão se aglomerando, fazendo festas, estão optando pela morte, e não pela vida”, disse o secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende.

Outras medidas restritivas

No mesmo documento, está sancionado:

  • Estabelecimentos devem funcionar com lotação máxima de 40% de sua capacidade;
  • Festas e eventos devem respeitar a lotação máxima de 40%, e, ainda, ter no máximo 80 pessoas;
  • Comércio pode funcionar das 8h às 21h;
  • Shoppings podem funcionar das 10h às 22h;
  • Passe do estudante continua suspenso;
  • Passe do idoso funciona das 9h às 16h diariamente e
  • Transporte coletivo pode funcionar com 70% da capacidade máxima e funciona das 5h às 23h.

Panorama da Covid-19 em 5 de janeiro de 2021

Segundo o Boletim Epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde (SES), publicado na manhã desta terça-feira (5), Mato Grosso do Sul já tem 137.570 casos confirmados de Covid-19 e 2.431 óbitos pela doença.

São 1.320 casos e 33 mortes a mais que ontem. Os recuperados já somam 122.643.

Em isolamento domiciliar encontram-se 11.908 doentes. Há 588 pessoas internadas, sendo 300 em leitos clínicos (196 público; 104 privado) e 288 em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) (190 público; 98 privado).

Campo Grande registrou de ontem para hoje 279 novos casos; Dourados 170; Ponta Porã 107; Amambaí 68; Maracaju 68; Três Lagoas 68; Corumbá 39; Aquidauana 33 e Rio Brilhante 32.

Campo Grande, Amambaí, Dourados, Coxim, Anastácio, Ivinhema, Corumbá, Três Lagoas, Bela Vista, Maracaju, Nova Andradina, Aquidauana, Chapadão do Sul e Caarapó são as cidades que apresentaram mortes nas últimas 24 horas.

Recomendações

A SES afirma que o isolamento social; o uso de máscara e álcool gel e a higienização das mãos com água e sabão são medidas imprescindíveis para conter a propagação do novo coronavírus.

Pessoas que apresentarem febre, tosse seca ou dor de garganta devem permanecer em isolamento por 14 dias.

Caso os sintomas se agravem, é recomendado que se procure uma unidade básica de saúde mais próxima.

“Use máscara e mantenha a higienização das mãos”, é o que Geraldo clama todos os dias aos sul-mato-grossenses.

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Itaquiraí

Mãe e filha morrem em acidente triplo na BR-487

Colisão ocorreu em trecho conhecido como estrada boiadeira, próximo ao município de Itaquiraí

13/12/2025 16h30

Foto: Portal Conesul

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Gabrieli de Freitas Vieira e sua filha Julia Pereira de Freitas, de apenas 3 anos morreram na manhã deste sábado após um acidente triplo na manhã deste sábado (13), na BR-487, próximo a região do Assentamento Santo Antônio, situado em Itaquiraí, distante 405 quilômetros de Campo Grande.

Conforme a imprensa local, ambas estavam em um Jeep Compass com uma familiar de 40 anos, e seguiam de Maringá (PR) com destino a Dourados, cidade em que possuíam comércio. A família seguia na rodovia sentido BR-163 quando tentou uma ultrapassagem forçada e atingiu a traseira de um veículo Polo, que seguia na mesma direção.

Com o impacto da colisão, testemunhas afirmam que o veículo teria capotado e batido na traseira de uma carreta que seguia na pista contrária, impacto suficiente para arremessar o carro da família para fora da pista, ao lado de uma borracharia. 

De acordo com a imprensa local, o acidente aconteceu por volta das 9h30. Gabrieli e a filha morreram no local. Socorrida, a outra pessoa da família foi levada ao hospital de Itaquiraí, consciente e orientada, apesar de cortes na cabeça.

Os demais motoristas envolvidos não sofreram ferimentos graves e testaram negativo para consumo de álcool.. Equipes do Corpo de Bombeiros, da Polícia Civil, da Polícia Rodoviária Federal e da Perícia estiveram no local. As causas do acidente serão investigadas na Delegacia de Itaquiraí.

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Cidades

TCE suspende licitação para reforma de ponte sobre o rio Paraguai

Inconsistências e riscos de gastos excessivos na licitação levaram o Tribunal de Contas do Estado a suspender o certame

13/12/2025 13h30

Imagem divulgação

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Menos de um mês depois de assumir como conselheiro do Tribunal de Contas, o ex-integrante do governo do Estado, Sérgio de Paula, suspendeu a licitação de R$ 11,7 milhões para obras na ponte da BR-262, sobre o Rio Paraguai.

A decisão foi publicada nesta sexta-feira (12), em edição extra do Diário Oficial do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul.

No dia 26 de novembro, a Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos de Mato Grosso do Sul (Agesul) lançou a licitação prevendo investimento de até R$ 11.728.608,10 para a execução de obras de recuperação estrutural.

Os envelopes com as propostas feitas pelas empreiteiras seriam abertos na segunda-feira (15). No entanto, foi determinada a suspensão do certame após a equipe técnica do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MS) identificar “inconsistências e lacunas” em informações como:

  • Caderno de desenhos;
  • Relatório de critérios e especificações técnicas;
  • Verificação estrutural;
  • Projeto de recuperação estrutural;
  • Projeto de sinalização temporária;
  • Plano de execução.

A justificativa para suspender o processo licitatório da reforma da ponte foram inconsistências no Projeto Básico, que podem gerar gastos acima do necessário. Para isso, foi apontada a necessidade de atualização dos dados técnicos.

“Tais inconsistências podem acarretar riscos de sobrepreço, aditivos contratuais futuros e execução inadequada da obra, comprometendo a economicidade e a eficiência, em desacordo com a Lei nº 14.133/2021. Embora o projeto tenha avançado em sua conformidade com a nova Lei de Licitações, as lacunas técnicas e a necessidade de atualização são significativas. Para uma decisão embasada e para mitigar risos futuros, é crucial que as informações complementares e as atualizações necessárias sejam providenciadas e analisadas”, consta no ato.

Diante dos indícios de irregularidades no Estudo Técnico Preliminar (ETP) e no Projeto Básico, o relator, conselheiro Sérgio de Paula, determinou a aplicação de medida cautelar para suspender o processo licitatório até a regularização dos pontos apontados.

Previsão

Com previsão de início das obras somente no segundo trimestre de 2026, o valor estimado, como adiantou o Correio do Estado, indica que a reforma da ponte pode custar o dobro do apontado pelo ex-secretário de Obras, Hélio Peluffo.

Em 2023, ele previu gastos em torno de R$ 6 milhões na recuperação da estrutura da ponte, que tem sofrido diversas intervenções e situações que resultaram em tráfego em meia pista.

Essa situação ocorreu em 2023, quando a interdição durou mais de um ano, até que os reparos emergenciais fossem concluídos na pista de rolamento.

Além disso, há situação emergencial nos “amortecedores” instalados entre as pilastras e a parte superior da ponte (pista), que apresentam desgaste por falta de manutenção. Essa obra deverá ser bancada, agora, com recursos públicos.

Pedagiada "até ontem"
 

Investimento público em uma ponte seria algo normal não fosse a cobrança de pedágio, feita até setembro de 2022. Pequena fatia da receita era repassada ao Estado e a única obrigação da empresa era fazer a manutenção da estrutura, que tem dois quilômetros e foi inaugurada em 2001.

Porém, em 15 de maio de 2023 a empresa Porto Morrinho encerrou o contrato e devolveu a ponte Poeta Manoel de Barros sem condições plenas de uso, embora tivesse faturamento milionário.

Em 2022,  com tarifa de R$ 14,10 para carro de passeio ou eixo de veículo de carga, a cobrança rendeu R$ 2,6 milhões por mês, ou R$ 21 milhões nos oito primeiros meses daquele ano.

No ano anterior, o faturamento médio mensal ficou em R$ 2,3 milhões. Conforme os dados oficiais, 622 mil veículos pagaram pedágio naquele ano. Grande parte deste fluxo é de caminhões transportando minério. A maior parte destes veículos têm nove eixos e por isso deixavam R$ 126,9 na ida e o mesmo valor na volta.

Esse contrato durou longos 14 anos, com início em dezembro de 2008, e rendeu em torno de R$ 430 milhões, levando em consideração o faturamento do último ano de concessão. 

Em março de 2017, a Porto Morrinho conseguiu um abatimento de 61% no valor da outorga. Na assinatura, em 22 de dezembro de 2008, o acordo previa repasse de 35%  do faturamento bruto obtido com a arrecadação tarifária estabelecida em sua proposta comercial. A partir de março de 2017, porém, este valor caiu para 13,7%. 

Se tivesse de repassar 35% dos R$ 2,6 milhões arrecadados por mês em 2022, a Porto Morrinho teria de pagar R$ 910 mil por mês ao Estado. Com a repactuação do contrato, porém, este valor caiu para a casa dos R$ 355 mil. Em ambos os casos os valores teriam alguma variação porque ainda seria necessário descontar impostos.

Ou seja, a repactuação garantiu R$ 555 mil mensais a mais aos cobres da concessionária, que mesmo assim não cumpriu com sua única obrigação, que era manter a ponte em condições de uso. 

E, mesmo depois de parar de cobrar pedágio, ela continuou cuidando da ponte, entre setembro de 2022 até maio de 2023.  Neste período, recebeu indenização milionária, de pouco mais de R$ 6 milhões. 

O pedágio acabou por causa do fim do acordo do governo estadual, que construiu a ponte, com o DNIT, já que a rodovia é federal. Porém, o governo federal só aceita receber a ponte depois que estiver em boas condições de uso. 

** Colaborou Neri Kaspary

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