Ficou aprovada em assembleia extraordinária realizada nesta sexta-feira (6), pelos representantes e trabalhadores administrativos em educação de Mato Grosso do Sul, a deflagração de uma greve geral por tempo determinado, a partir de terça-feira (10) até 30 de abril.
A reunião realizada no auditório da Federação dos Trabalhadores em Educação de MS (Fetems) esclareceu aos presentes que o governo do Estado não aceitou a proposta de incorporação do abono salarial (atualmente) de R$ 200 reais à carreira profissional de educação básica, conforme previsto na lei 4.868/2016.
Em nota, as lideranças do movimento lembraram que diante da negativa, os trabalhadores administrativos em educação, responsáveis pela manutenção, limpeza, merenda e secretarias das escolas públicas estaduais continuarão a ter um salário base menor do que o valor do salário mínimo vigente no país.
DESDOBRAMENTOS
No dia 3 de abril, uma mobilização feita pela Fetems junto aos sindicatos de todo Estado culminou na realização de uma audiência pública realizada na Assembleia Legislativa. Ao todo, participaram do evento 1.200 trabalhadores, que permaneceram no dia seguinte (4), para discutir a pauta salarial e as reivindicações da categoria.
“Nós somos totalmente solidários à luta dos administrativos da educação, pois, somos todos educadores, e eles desempenham papel indispensável para realização da educação pública de qualidade. É fundamental que o Governo do Estado se sensibilize com a causa dos administrativos e realize a verdadeira valorização desses profissionais”, afirma o presidente do Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública (ACP), Lucílio Souza Nobre.
O presidente da Fetems, Jaime Teixeira enfatizou que: "Não aceitamos apenas a prorrogação do abono, nós queremos que esse abono se transforme em Piso para os trabalhadores/as Administrativos em Educação. o Governo do Estado tem de cumprir o compromisso que fez com a categoria e apresentar uma proposta em relação à incorporação do abono e a Reestruturação da Carreira", finaliza.