Cidades

CRIME ORGANIZADO

Traficantes brasileiros "compram" polícia do Paraguai, indica PF

Esquema de tráfico internacional dos irmãos Martins e clã Mota dava muita propina a policiais da Senad, do Paraguai

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As investigações da Polícia Federal feitas no bojo da Operação Prime, que desvendou todo o esquema de tráfico internacional de drogas envolvendo os Irmãos Martins — chefões do tráfico que agiam a partir de Dourados em parceria com outro grupo que atua na fronteira do Brasil com o Paraguai, o clã Mota, chefiado pelo foragido Antônio Joaquim Mendes Gonçalves da Mota — indicam que os megacarregamentos de cocaína têm o país vizinho como base porque agentes da polícia paraguaia são “comprados” pelo traficante.

Em uma das conversas de Valter Ulisses Martins, 27 anos, que ao lado de seu irmão, Marcel Martins Silva, comandava o esquema a partir das mansões onde moram em Dourados, os federais identificaram uma conversa com um integrante da quadrilha, em que ele afirma ter tido “problema com a polícia do Paraguai” e que teve de fazer um acerto de US$ 300 mil (R$ 1,67 milhão na cotação atual) com os policiais do Paraguai.

“Tive que acertar com os policiais (...) mas não foi tudo isso não (...) tive que entrar em acerto de 300 mil dólares”, indica a conversa interceptada pela Polícia Federal durante a Operação Prime.

Em outro trecho da operação que teve como alvo os Irmãos Martins e também o clã Mota, o próprio Valter Martins diz que teve de fazer outro acerto. Desta vez ele é mais específico e identifica a Secretaria Nacional Antidrogas da Polícia Nacional do Paraguai (Senad) como alvo da negociação.

“Valter menciona ter realizado um possível acerto com o Senad do Paraguai, tratando-se de possível referência ao pagamento de propina.”

DROGA NO PERU

Foram nestes mesmos diálogos, em que os federais encontraram menções ao pagamento de propina para policiais do Paraguai, que o modo de operação da quadrilha foi identificado.

A maioria da cocaína vendida no mercado interno brasileiro, ou mesmo exportada para a Europa a partir de portos do Sul do Brasil, como Paranaguá (PR) e São Francisco do Sul (SC), tem o Peru como origem, sendo que uma parcela também vem da Bolívia.

As fazendas ligadas ao clã Mota e à família Martins em território paraguaio servem como entreposto para o entorpecente, que chega de avião dos países da América do Sul andina.

Em um dos trechos da investigação, Valter, que era considerado o operador logístico da quadrilha dos Irmãos Martins (seu irmão, Marcel, era o superior hierárquico), aparece negociando um carregamento de cocaína peruana para comercialização no mercado brasileiro e também para exportação.

Há anotações em planilhas, segundo a Polícia Federal, de R$ 6,7 milhões referentes apenas a esta negociação, e aparentes pagamentos já abatidos de R$ 4,8 milhões.

RASTREAMENTO

A quadrilha dos Irmãos Martins também tinha um sofisticado sistema de acompanhamento da droga traficada para cidades das regiões Sul e Sudeste do Brasil.

Caminhonetes e caminhões que traficavam cocaína a partir de um depósito logístico em Campo Grande, e também da fronteira com o Paraguai, em Dourados e Ponta Porã, eram rastreados via satélite, conforme apontou a investigação da Polícia Federal contra Marcel Martins Silva, 35 anos, e Valter Ulisses Martins Silva, 27 anos, dois alvos da operação desencadeada há pouco mais de um mês.

Marcel está preso e Valter está foragido — segundo indicam informações apuradas com a PF, ele provavelmente está no Paraguai, país de onde saía a droga que era levada para São Paulo, Paraná e Santa Catarina.

Trecho do inquérito que resultou na Operação Prime indica a gestão logística da frota de caminhonetes e caminhões a serviço do tráfico.

“Verifica-se que Valter Martins instala nos veículos utilizados pelo grupo criminoso equipamentos de rastreamento que permitem indicar a localização precisa, tanto no Brasil quanto no Paraguai”, aponta a investigação.

NEGÓCIO LUCRATIVO

A Polícia Federal também identificou que o tráfico é um negócio ilícito que gerava alto rendimento para os chefões da quadrilha.

Os Irmãos Martins tinham como principal fornecedor Antônio Joaquim Mendes Gonçalves da Mota, conhecido como “Motinha” e “Dom”, que atualmente é um dos principais traficantes da fronteira.

Motinha também foi alvo da Operação Prime, mas estava foragido desde que foi alvo de outra operação, a Magnus Dominus, desencadeada em 2023.

Os carregamentos custavam, em média, segundo a Polícia Federal, US$ 2,7 mil o quilo. Na cotação de sexta-feira (28), cada quilo de cocaína comercializado pelos Martins era vendido a R$ 15 mil.

Uma carga de 240 quilos, como a que foi apreendida em Curitiba (que provavelmente saiu de Campo Grande) em 2023, renderia ao grupo aproximadamente R$ 3,5 milhões.

Saiba - Dois chefões estão foragidos 

Valter Ulisses Martins e Antônio Joaquim Mendes Gonçalves da Mota são dois dos chefões do esquema de tráfico internacional que estão foragidos. Eles escaparam da Polícia Federal, que não cumpriram os mandados de prisão.

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Operação de Férias

Veja os horários especiais do transporte coletivo para o final do ano

No dia de Natal (25) e no Ano Novo (01), a tarifa será R$ 2

22/12/2025 14h00

Veja como irão funcionar os ônibus durante o final de ano

Veja como irão funcionar os ônibus durante o final de ano FOTO: Gerson Oliveira/Correio do Estado

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O transporte coletivo vai funcionar em horário diferenciado durante as festividades do Natal e do Ano Novo em Campo Grande, com uma redução de 10% da frota. 

A Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) divulgou nesta segunda-feira (22) o funcionamento dos ônibus durante a Operação Especial de Férias, que começa hoje e segue até o dia 30 de janeiro de 2026. 

Aos sábados, domingos e feriados, o transporte funciona conforme os respectivos planos habituais. De segunda a sexta-feira, a operação seguirá da seguinte forma:

Todas as linhas:

Operar com o Plano Funcional  - Operação Especial, conforme Ordens de Serviço.

Linhas 212 (Anache/Nova Lima/Centro) e 215 (Centro/Vida Nova):

Operar com o Plano Funcional de Segunda a Sexta-feira, conforme Ordens de Serviço, no período matutino; Nos demais períodos, operar com o Plano Funcional - Operação Especial, conforme Ordens de Serviço.

O valor da passagem também será diferente. Nos dias 25 de dezembro (Natal) e 1º de janeiro (Ano Novo), a tarifa do transporte público será de R$ 2, exclusivamente para pagamento com o smart card, o cartão eletrônico. 

O valor já estava previsto desde janeiro, divulgado na Portaria nº 30, no dia 23 de janeiro de 2025. Nos outros dias, a taxa segue em valor normal, de R$ 4,95. 

Mesmo com a redução da frota, o Consórcio Guaicurus deve manter mais três veículos reserva com motoristas, além dos dois já programados, para atender eventuais demandas nos seguintes horários: 

  • Pela manhã: das 5h às 9h;
  • À tarde: das 16h às 19h;
  • Nos seguintes terminais: Nova Bahia, General Osório, Júlio de Castilho, Aero Rancho, Bandeirantes, Guaicurus e Morenão. 

No período das 9h às 16h, o Consórcio deve manter mais um veículo reserva com motoristas a postos, além dos dois já reservados nos mesmos terminais, para atender demandas de passageiros, caso precise. 

Caso a Agetran veja necessidade, pode determinar que o Consórcio faça ajustes nas operações. 

“A Agetran reforça seu compromisso em oferecer um transporte público eficiente e seguro, promovendo ajustes operacionais sempre que necessário para garantir o adequado atendimento à população”, afirmou o Órgão. 
 

Cidades

Mulher pede socorro em rodovia após carro capotar e matar adolescente

Além do adolescente, uma criança de 3 anos estava no veículo. As vítimas foram encaminhadas para o hospital em Coxim

22/12/2025 13h00

Crédito: Sidney Assis / Edição MS

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Um adolescente de 16 anos morreu na manhã desta segunda-feira (22), após o veículo em que estava capotar em uma estrada de chão, a cerca de 2 quilômetros da BR-262.

Informações preliminares indicam que o adolescente estaria conduzindo o carro, um Corsa, de cor vinho, quando perdeu o controle da direção, o que resultou no capotamento.

Segundo o site Edição MS, o veículo seguia pela estrada da Cascalheira, com destino à BR-359, que liga Coxim a Alcinópolis.

No veículo estavam mais três pessoas: uma mulher, uma adolescente que não teve a idade divulgada e uma criança de 3 anos.

Durante o tombamento, o adolescente teve a cabeça atingida pelo veículo, e a mulher seguiu até a rodovia para pedir socorro.

Uma equipe do Corpo de Bombeiros se deslocou até o local do acidente e encaminhou as vítimas ao Hospital Regional Álvaro Fontoura, em Coxim.

Ainda de acordo com o site do interior, há suspeita de que os ocupantes do veículo não usavam cinto de segurança.

 

 

 

Crédito: Gerson Oliveira / Correio do Estado

Outro acidente

Um idoso de 80 anos e uma criança, de 11, morreram em acidente envolvendo dois carros, na tarde deste domingo (21), na BR-262, próximo ao Autódromo Internacional de Campo Grande. 

De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, as vítimas eram da mesma família e seguiam em um Honda Fit, conduzido por uma mulher, que era filha do homem e avó da menina que faleceram.

Informações preliminares do Corpo de Bombeiros era de que a vítima havia dormido ao volante, mas testemunhas disseram que ela tentou realizar uma ultrapassagem indevida e acabou batendo de frente um HB20, que seguia no sentido contrário.

Com o impacto da colisão, o Fit saiu da pista e parou às margens da rodovia, em uma área de vegetação.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e o Corpo de Bombeiros foram acionados para prestar os atendimentos às vítimas.

O pai da condutora e a criança, que estavam de passageiros, morreram no local, enquanto ela foi socorrida com fratura na perna e encaminhada a Santa Casa de Campo Grande, consciente e orientada.

No outro veículo estava apenas o motorista, que também estava consciente e recusou atendimento.

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