Imprudência da empresa LaMia e sucessão de irregularidades causaram o mais trágico acidente aéreo do mundo envolvendo uma equipe esportiva. A aeronave caiu no município de Cerro El Gordo, próximo de Medellin (Colômbia), no dia 29 de novembro deste ano.
Jogadores, dirigentes e comissão técnica da Chapecoense, que disputaria a final do Campeonato Sul-Americano na Colômbia, foram as principais vítimas. Jornalistas também morreram na queda da aeronave causada pela falta de combustível. Ao todo, 71 pessoas perderam a vida.
Enquanto equipes médicas de hospitais colombianos batalhavam para tratar dos sobreviventes, investigação para apurar a tragédia passou a revelar casos graves de tráfico de influência e outros problemas no sistema aéreo da Bolívia.
As apurações criminais levaram a uma das pessoas investigadas a recorrer ao Brasil, por meio do Ministério Público Federal em Corumbá, para pedir refúgio. O motivo foi o temor de ameaças que Celia Castedo Monasterio disse estar sofrendo em território boliviano. Ela conseguiu autorização para permanecer no país por um ano, enquanto o governo analisa o pedido dela.
Celia é funcionária da Administração de Aeroporto e Serviços Auxiliares à Navegação Aérea da Bolívia (Aasana) e recebeu o plano de voo CP2933 do avião da LaMia.
Pelo lado da esperança, os jogadores Alan Ruschel, Jackson Folman e Helio Neto ficaram entre os sobreviventes e voltaram para o Brasil. O jornalista Rafael Henzel é outro que também conseguiu sobreviver. Da tripulação conseguiram superar o acidente Erwin Tumiri e Ximena Suarez.
A manifestação de solidariedade do povo colombiano com relação ao acidente também comoveu brasileiros. Homenagens também foram prestadas em diversas partes do mundo. O Atlético Nacional, adversário da final que não aconteceu, pediu que a Chapecoense fosse proclamada campeã sul-americana, para, assim, garantir vaga na Libertadores de 2017. A Conmebol confirmou o título.
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