Em estado de emergência desde sexta-feira (24) devido aos incêndios no Pantanal, Mato Grosso do Sul deve continuar enfrentando essa situação por um longo período.
O secretário de estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, destacou que a maioria dos quase 4 mil focos foram causados por ação humana.
“Vamos passar os próximos três meses com essa situação. Estamos na pior situação em termos de seca, então os focos devem continuar e o grande problema que temos é que a maioria dos focos é de ação humana”, declarou Verruck à CNN Brasil no sábado (25).
O secretário disse ainda que o governo pediu apoio da União para ajudar no combate ao fogo.
“Estamos com o Ibama [Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis, um conjunto com cerca de 35 brigadistas, o Corpo dos Bombeiros com dois helicópteros com água e levando as tropas também para combater. A partir de segunda-feira [27], vamos receber o apoio dos aviões C-130, da Força Aérea, que tem capacidade de 2 mil litros de água”, finalizou.
MOBILIZAÇÃO
Deve chegar hoje, domingo (27), ao Estado um helicóptero H60 para ajudar a conter as queimadas. Ontem, um helicóptero Bambi Bucket da Marinha reforçou o combate aos focos.
A estratégia de ação foi definida a partir de conversas com o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e o Ministro da Defesa, general Fernando Azevedo.
Foram mobilizados para a ação de combate aos focos de incêndio no Pantanal bombeiros de Corumbá, Jardim, Aquidauana, Maracaju, Ponta Porã e Campo Grande, além de 18 brigadistas do Prevfogo, do Ibama. Três viaturas para o combate a incêndio foram deslocadas da Capital para Corumbá.
Na sexta-feira, foi publicada portaria do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) que suspende os efeitos das autorizações ambientais de queima controlada pelo mesmo período.
O decreto de emergência vale por 180 dias e também foi publicado em função da região viver uma crescente no número de casos da Covid-19.
Por conta das queimadas, muitas pessoas têm procurado Unidades Básicas de Saúde (UBS) apresentando problemas respiratórios.