Cidades

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Um ser humano em cada sete é desnutrido

Um ser humano em cada sete é desnutrido

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31/05/2012 - 04h00
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Um ser humano em cada sete é vítima da desnutrição, informa o diretor geral da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) em um relatório preparatório para a cúpula sobre Desenvolvimento Sustentável, a ser realizada de 20 a 22 de junho no Rio de Janeiro.

"O desenvolvimento não pode ser descrito como sustentável enquanto esta situação persistir, onde quase uma em cada sete pessoas é deixada para trás, vítima de desnutrição", declarou o brasileiro José Graziano da Silva a respeito do documento preparado para a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, "Rio +20".

"A cúpula do Rio nos oferece uma oportunidade única para examinar a convergência entre os programas de segurança alimentar e de sustentabilidade para garantir a realização destes objetivos", acrescentou.

 

Relatório

O relatório, com o título "Rumo ao futuro que queremos: acabar com a fome e realizar a transição para uma agricultura sustentável e sistemas alimentares duráveis", exorta os governos a incorporar em seus programas incentivos para o consumo e produção sustentável; promover o bom funcionamento e a equidade dos mercados agrícolas e alimentares e investir recursos públicos em inovação e infraestrutura.

Segundo o relatório, 75% dos pobres e daqueles que sofrem de fome no mundo vivem em áreas rurais, e a maioria deles depende da agricultura e atividades relacionadas para viver. Além disso, 40% das terras degradadas no mundo estão em áreas afetadas por altas taxas de pobreza. "A fome põe em movimento um ciclo vicioso de declínio da produtividade, aumento da pobreza, retardo do desenvolvimento econômico e degradação dos recursos", explica o relatório.

 

Desperdício de alimentos

A FAO estima que o desperdício de alimentos no mundo alcança 1,3 bilhão de tonelada por ano, o equivalente a mais de 10% das calorias globais. Em termos de produção, é necessário considerar o empobrecimento e esgotamento do solo, água e nutrientes, as emissões de gases de efeito estufa, poluição e degradação dos ecossistemas naturais, ressalta o relatório.

A pecuária sozinha utiliza 80% das terras cultivadas, as pastagens e a agricultura são responsáveis por cerca de 30% das emissões totais de gases do efeito estufa. A conferência Rio+20 ocorre 40 anos após a Conferência de Estocolmo sobre o Meio Ambiente, em 1972, 20 anos depois da Conferência Internacional sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, em 1992, e 10 anos após a Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável em Johannesburgo, em 2002.

Os objetivos e temas da Conferência Rio+20 foram estabelecidos por uma resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas, adotada em nove de dezembro de 2009, e tem como fim principal a renovação do compromisso político com o desenvolvimento sustentável.

"VENDE-SE"

Prefeitura põe à venda terreno vizinho de igreja no pontilhão da Afonso Pena

Além dessa área, o Executivo listou ainda outras 11 em uma segunda lei, que favorece a compra de lotes por proprietários vizinhos

27/12/2024 12h37

Em 3.826,2083 m² de área total na curva que sai da Afonso Pena, esse terreno tem frente para a Rua Ceará e ladeia ainda a 15 de novembro

Em 3.826,2083 m² de área total na curva que sai da Afonso Pena, esse terreno tem frente para a Rua Ceará e ladeia ainda a 15 de novembro Correio do Estado/Paulo Ribas

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Pelo Diário Oficial da Capital, os habitantes da Cidade Morena acordaram neste 27 de dezembro com um novo anúncio de "vende-se", já que Prefeitura Municipal anunciou a alienação de um terreno "vizinho" de uma igreja, localizada em área nobre, no "pontilhão" da avenida Afonso Pena próximo ao Shopping Campo Grande. 

Segundo o documento, foi autorizada a alienação da propriedade, até então pertencente ao Poder Executivo, que tem quase quatro mil metros quadrados em um dos pontos mais nobres da Capital. 

Localizado exatamente na curva que sai da Afonso Pena, esse terreno tem frente para a Rua Ceará e ladeia ainda a 15 de novembro, em 3.826,2083 m² de área total. 

Em 3.826,2083 m² de área total na curva que sai da Afonso Pena, esse terreno tem frente para a Rua Ceará e ladeia ainda a 15 de novembro

Importante explicar que, essa alienação se dá através de uma lei específica (n. 7.364, de 26 de dezembro de 2024), e cabe apontar os "vizinhos" que ladeiam esse terreno, sendo:  

  • Associação Brasileira d'a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias;
  • Q10 Holding Ltda.;
  • Salvador Silva Rosa Filho

Mais alienações

Além desse terreno, o Diogrande de hoje (27) também trouxe a publicação da lei n. 7.363, também de 26 de dezembro, que segundo o texto legal: "autoriza o Poder Executivo a desafetar, desdobrar e alienar áreas de domínio público municipal". 

Por essa lei, há o artigo específico que dá preferência de aquisição para os respectivos lotes que são vizinhos dessas áreas, listadas pela Prefeitura de Campo Grande da seguinte forma: 

  1. Lote de Terreno determinado sob n. 01, da quadra 09 – Área de Domínio Público Municipal –Loteamento Eco – Maracá – Bairro Universitário – Matrícula 274.723 – 1ª C.R.I
     
  2. Parte da Rua Topázio, entre a Avenida Capibaribe e a Rua Dardanellos – Parcelamento Jardim Petrópolis – Bairro Santo Antônio
     
  3. Rua Projetada, lindeira ao lote 17, da quadra 05 – Parcelamento Vila Silvia Regina – Bairro Santo Antônio
     
  4. Lote 9A, da quadra 04, com área de 48,27 – com frente para a Rua do Alto – Parcelamento Vivendas do Parque – Bairro Santa Fé
     
  5. Elup B, localizado no loteamento denominado San Marino Park – Matrícula 158.999 – 1ª C.R.I.
     
  6. Parte da Rua Itacuruçá, lindeira à quadra 09 – Parcelamento Jardim Tropical – Bairro Universitário
     
  7. Parte da Rua Espinosa, lindeira ao lote 12, da quadra 18 – Parcelamento Jardim Campo Belo – Bairro Mata do Segredo
     
  8. Parte da Travessa Costa de Lavos, lindeira aos lotes 13 e 14, da quadra 02 – Parcelamento Portal do Panamá – Bairro Panamá
     
  9. Lote 09-J, da quadra 01, Parcelamento Vila Jardim São Paulo, Matrícula n.17.035-3ª C.R.I.
     
  10. Lote 7-A, da quadra 01, Parcelamento Vila Jardim São Paulo, matrícula não. 17.034-3ª CR.I.
     
  11. Área lindeira aos lotes 12AX e 13A 1, com área de 917,56 m2, Bairro Guanandy

Ainda, o texto legal detalha que quem comprar imóvel inferior às dimensões previstas em lei, quem adquirir deverá remembrar o mesmo ao imóvel de sua propriedade. 

Haverá avaliação das áreas, por parte da Gerência de Fiscalização Imobiliária e Geoprocessamento (GFAI), da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Gestão Urbana (SEMADUR), para posterior alienação ou permuta, seja para os proprietários ou terceiros interessados, segundo o Executivo. 

"Não havendo interesse por parte dos lindeiros, nos termos do artigo anterior, o Município poderá permutar ou alienar para terceiros a área desafetada, desde que não resulte em confinamento de lote e não tenha área inferior conforme estabelecido no art. 43 da Lei Complementar n. 74, de 6 de setembro de 2005, e na Lei
Complementar n. 341, de 5 de dezembro de 2018",
expõe o 2º artigo, conforme o Diogrande. 

Ainda, os valores referentes às áreas alienadas devem ir aos cofres públicos, com a alienação sendo processadas pela  pela Secretaria-Executiva de Compras Governamentais (SECOMP) e o recolhimento do preço dessa operação feito pela Secretaria Municipal de Finanças e Planejamento (SEFIN). 

 

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contradições

Mesmo com pleno emprego, metade da população de MS se diz pobre

Dados divultados nesta sexta-feira pelo Governo Federal revelam que Estado tem 1,4 milhão de pessoas cadastradas no CadÚnico

27/12/2024 12h36

Apesar das riquezas produzidas pelo agronegócio, famílias indígenas vivem em situação de extrema pobreza em diferentes regiões de MS

Apesar das riquezas produzidas pelo agronegócio, famílias indígenas vivem em situação de extrema pobreza em diferentes regiões de MS

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Autoridades de Mato Grosso do Sul fazem questão de destacar que o Estado tem a terceira menor taxa de desocupação do Brasil, com apenas 3,8% da população economicamente ativa, o que significa pleno emprego. Mesmo assim, 1,4 milhão de pessoas estão inscritas no Cadastro Único do Governo Federal (CadÚnico), conforme dados relativos a novembro divulgados nesta sexta-feira (27) pelo Governo Federal.

Números do IBGE relativos ao último censo divulgados em meados no ano passado mostram que o Estado tinha 2.757.013 habitantes. Então, se 1,4 milhão de pessoas estão inscritas no Cadastro Único, significa que mais da metade dos moradores dizem estar vivemdo em situação de pobreza ou baixa renda,  o que está acima da média nacional.

Os mesmos dados do censo divulgado no ano passado também mostram que a população brasileira era de 203 milhões. Desse total, o número de inscritos no Cadastro Único atualmente é de 95,3 milhões de pessoas, o que significa menos da metade dos brasileiros. Em MS, a taxa de desocupação é de 3,8%. No país, está acima de 6%. 

Em Mato Grosso do Sul, são 604,65 mil famílias inscritas no programa, criado para cadastrar famílias que vivem com renda mensal de até meio salário mínimo por pessoa. Mas, famílias com renda acima desse valor também podem ser cadastradas para participar de programas ou serviços específicos. 

Ele foi criado pelo Governo Federal, mas é operacionalizado e atualizado pelas prefeituras. Quem se inscreve e mantém os dados atualizados pode tentar participar de vários programas sociais e qualquer família de baixa renda pode se inscrever.

O cadastro é feito pessoalmente, num posto de atendimento na cidade onde a família mora. Mas, o fato de estar inscrito não necessariamente significa que alguém da família esteja recebendo algum repasse federal.

O principal programa de atendimento aos carentes é o Bolsa Família, que em novembro atendeu 204,98 mil famílias em Mato Grosso do Sul, com recebimento, em média, de R$ 685,50 por família. No ano, segundo o Governo Federal, foram injetados R$ 1,72 bilhão na economia local por meio deste programa

Logo em seguida aparece o Benefício de Prestação Continuada, o BPC, que beneficia 114,15 mil pessoas (dados relativos a outubro) com um salário mínimo mensal. São 55,73 mil pessoas com deficiência e 58,42 mil idosos. De janeiro a outubro foram repassados R$ 1,51 bilhão aos beneficiários do Estado. 

Conforme os dados divulgados nesta sexta-feira, Mato Grosso do Sul tem 684,94 mil postos de emprego formal, computando pessoas com carteira assinada ou com atuantes no serviço público. Além disso, existem em torno de 320 mil aposentados. 

Mas, como os rendimentos são baixos, tanto ativos quanto inativos têm renda familiar percapita abaixo de meio salário mínimo e por isso estão incluídos na chamada faixa da linha de pobreza. 

 

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