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Uso do cartão magnético começa dia 26 de agosto em cerca de 200 ônibus

Uso do cartão magnético começa dia 26 de agosto em cerca de 200 ônibus

DA REDAÇÃO

21/07/2011 - 14h05
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O uso de cartão magnético no transporte coletivo começa no dia 26 de agosto em 45 ônibus articulados e nas linhas 302 - Caiobá e 319 - Dom Antônio Barbosa. A estimativa da Agetran é que essa primeira ação atenderá cerca de 45 mil usuários, o que representa 12% do total de passageiros do transporte coletivo na capital. No dia 26 de outubro, dois meses após o início da implantação, o dinheiro não será mais aceito como pagamento da passagem nos ônibus que servem a linhas alimentadoras (azuis), o que abrangerá aproximadamente 200 ônibus.

A adoção total do sistema de cartão eletrônico, em todas as linhas e em todo o período de funcionamento do transporte coletivo urbano (diurno e noturno) deverá acontecer no dia 1º de Janeiro de 2012.

A definição para a implantação do uso do cartão magnético no transporte coletivo de Campo Grande foi discutida em reunião técnica ontem (20.07) quando foi elaborado o Plano de Ação com as metas para a retirada gradativa do dinheiro de circulação de dentro dos ônibus coletivos urbanos. O encontro, na sede da Agência Municipal de Regulação, teve a participação do diretor-presidente da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), Rudel Trindade Junior, do diretor da Agência de Regulação, Marcelo Amaral, do Procurador de Justiça, Aroldo José de Lima, do presidente da Assetur (Associação das Empresas do Transporte Coletivo Urbano), João Rezende e do presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande, Demétrio Ferreira de Freitas.

Processo gradativo

O diretor da Agetran, Rudel Trindade Junior explicou que o processo gradativo de adoção do cartão e retirada do dinheiro de circulação nos ônibus vai contribuir para que o usuário e a população em geral se adapte ao novo sistema e crie a cultura de aquisição antecipada dos cartões. “Para isso, será preparada uma campanha de divulgação na mídia, nos terminais e junto a órgãos representativos do comércio para orientar a população sobre o novo sistema do cartão”, disse. O titular da Agetran adiantou que consta neste Plano a extensão da rede de comercialização para que o usuário tenha facilidade em adquirir e abastecer o cartão.

Na opinião do Procurador de Justiça, Aroldo José de Lima a forma gradativa de retirada do dinheiro de circulação nos ônibus vai contribuir para que o novo sistema seja bem-sucedido. “Temos exemplos de outras cidades que já adotaram esse sistema do cartão com experiências vitoriosas. A preocupação é com o nosso bem maior que é a vida”, justificou o Procurador, referindo-se à segurança dos motoristas e da população usuária.

Entre as justificativas para o uso do cartão magnético e a retirada do dinheiro de circulação está a falta de segurança gerada pelo acúmulo de dinheiro nos ônibus. Rudel Trindade contabiliza 600 assaltos por ano aos ônibus, um número expressivo que marca a violência neste segmento e a necessidade de mudanças na forma de cobrança da passagem do transporte coletivo urbano.

O presidente da Assetur, João Rezende vê como positiva a adoção gradativa do cartão magnético. “Precisamos, a partir de agora, criar a cultura da compra antecipada do cartão”, afirmou. Segundo ele, a retirada do dinheiro de circulação nos ônibus é um ponto positivo para motoristas e usuários. “O usuário entenderá que a mudança será positiva e que sairá ganhando em segurança e agilidade no transporte”, pontua. É o que também pensa o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo, Demétrio Ferreira Freitas. “Os motoristas aguardam por esse novo sistema com muita expectativa e acreditam que ele trará mais segurança, qualidade e conforto ao transporte coletivo, facilitando o processo para todos”, concluiu.
 

(com informações da Agetran)

Cidades

Paraguai apreende maior carga de maconha de sua história próximo à fronteira com o Brasil

Além do entorpecente, 19 veículos foram apreendidos, entre eles caminhões-tratores, um caminhão e caminhonetes

05/12/2025 14h01

Maconha foi apreendida durante operação na região de Salto del Guaíra

Maconha foi apreendida durante operação na região de Salto del Guaíra Foto: Divulgação / Senad PY

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Forças de segurança do Paraguai interceptaram um comboio que transportava toneladas de maconha em direção ao Brasil na quarta-feira, 3. A ação, que recebeu o nome de Umbral, terminou com a maior apreensão de maconha já registrada no país.

De acordo com o ministro paraguaio Jalil Rachid o total exato apreendido chegou a 88.991 quilos, carga que alcançaria no mercado brasileiro o valor de U$13,3 milhões, cerca de R$70 milhões.

A operação aconteceu em uma estrada da região de Salto del Guaíra, próxima ao Paraná, por onde a droga seguiria antes de cruzar a fronteira.

Além do entorpecente, 19 veículos foram apreendidos, entre eles caminhões-tratores, um caminhão e caminhonetes. Cinco pessoas foram detidas e um suspeito foi morto durante a ação, segundo informou a Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) do Paraguai.

Os veículos e a carga foram transportados para a Base Regional da Senad em Salto del Guairá, onde foram realizados a análise e pesagem da maconha apreendida.

A ação, um trabalho conjunto entre o Senad, o Comando de Operações de Defesa Interna e o Ministério Público do Paraguai, foi elogiada pelo ministro Rachid que destacou a relevância da apreensão em publicação no Instagram. "É um recorde histórico. Estamos muito orgulhosos desse trabalho", disse.

Segundo o Senad, o país seguirá ampliando sua capacidade de controle, vigilância e resposta contra atividades ilícitas.

PESO NO BOLSO

Com impacto mínimo, tarifa social é usada para justificar tarifaço da Sanesul

As 50,6 mil famílias contempladas vão consumir 0,63% da água distribuída pela Estatal, mas 600 mil famílias vão pagar 14,15% a mais nas tarifas

05/12/2025 13h30

Por ano, a Sanesul produz 141 bilhões de litros de água e as famílias que serão receberão desconto consomem 894 milhões de litros

Por ano, a Sanesul produz 141 bilhões de litros de água e as famílias que serão receberão desconto consomem 894 milhões de litros

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Cerca de 600 mil consumidores da Sanesul de 68 municípios de Mato Grosso do Sul serão penalizados por um aumento extra de 14,15% nas tarifas de água e esgoto porque cerca de 50,6 mil serão beneficiados por um desconto de 50% nas contas previsto em uma lei federal que entrou em vigor em dezembro passado e que estipulou novas regras para concessão de Tarifa Social para famílias de baixa renda. O consumo destas famílias, porém, é insignificante diante do volume total distribuído pela estatal.

Conforme portaria publicada na última quarta-feira (3), as tarifas de água e esgoto sofrerão reajuste extra de 22,13%. A primeira parcela deste aumento, de 14,6%, entra em vigor no dia 1º de janeiro do próximo ano. O restante, de 7,52%, no começo de janeiro de 2027. 

O aumento é relativo à revisão tarifária, que é feita a cada três anos. Além disso, existe o reajuste anual, que é feito com base no IPCA  e ocorre sempre em julho. O último aumento foi de 5,53%. 

Esta revisão trienal revisa os custos operacionais, de pessoal, comerciais, administrativos, os investimentos, a remuneração e a capacidade de pagamento do cidadão, bem como realinha as tarifas para reequilibrar econômica e financeiramente a prestação dos serviços" explica a Agência de Regulação de Mato Grosso do Sul (Agems). 

Inicialmente os técnicos da Agems haviam definido que o reajuste trienal deveria ser de apenas 7,98%, conforme nota técnica de 44 páginas nas quais são expostos os argumentos da concessão de um aumento extra. 

Este percentual chegou a ser apresentado em consultas públicas entre os dias 3 e 17 de novembro. Foi este percentual apresentado também na audiência pública do dia 14 de novembro. 

Depois disso, porém, conforme a Agems,  foram colhidas e analisadas 47 contribuições a respeito dos cálculos e metodologias da 2ª Revisão Tarifária Ordinária, e em relação a Tarifa Social.

E, segundo a Agems, somente depois disso é que a Secretaria de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos informou que havia 50,6 mil famílias que tinham direito ao desconto previsto na chamada Tarifa Social,  criada pela Lei Federal 14.898,  de 14 de dezembro de 2024. 

E, depois de analisar estes dados, segundo a Agems, "foram recalculados os impactos tarifários, e elevaram os índices de 7,98% anteriormente divulgados, como resultados preliminares, para 22,13% após a revisão dos estudos". Ou seja, o aumento foi 14,15% acima daquilo que os técnicos haviam calculado.

MATEMÁTICA ESTRANHA

Em Março de 2024 a Agems informou que em 2021, 9.844 famílias haviam recebido o benefício da Tarifa Social, que até então tinham regras diferentes. No entanto, em 2022 e 2023, houve uma redução de 0,5% e 28%, respectivamente, no número de famílias que renovaram o benefício, informou a Agems à época.

"Isso representa 0,10% da Receita Operacional Líquida da Sanesul", informou a Agems em março do ano passado. Agora, porém, a Agems entendeu que este impacto é bem mais significativo, uma vez que autorizou aumento de 14,15% nas tarifas somente por conta da futura inclusão de 50,6 mil novos beneficiários no programa. 

Conforme o Governo do Estado, as famílias que passarão a ser contempladas pela Tarifa Social podem consumir, juntas, até 894 milhões de litros de água por ano. Para ter direito, o consumidor precisa estar inscrito no CadÚnico e pode consumir até 15 mil litros por mês. 

Conforme dados disponíveis no site da Sanesul,  a estatal produz (capta, trata e distribui), em média, 141 bilhões de litros de água por ano para 1,5 milhão de sul-mato-grossenses. 

Ou seja, os 894 milhões sobre os quais incidirão desconto de 50% representam apenas 0,63% do volume de água distribuído anualmente pela Sanesul, mas mesmo assim a conta aumentará mais de 14% sobre todos os 141 bilhões de litros de água e sobre as tarifas de esgoto.

Os responsáveis por esta estranha matemática, segundo a Agems, foram as empresas de consultoria Quantum, contratada pela Sanesul por R$ 4,8 milhões, e a uma fundação mineira, contratada pela própria Agems por R$ 2 milhões. 

"As contribuições apresentadas na Consulta Pública e na Audiência Pública, pelos Consultores Quantum contratada pela Sanesul, e colaboradores da Sanesul foram avaliadas pela Consultoria contratada pela AGEMS, a Fundação Theodomiro Santiago (FTS) que recomendaram a Tarifa Média de Equilíbrio de R$ 6,77 o Índice de Reposicionamento Tarifário de 22,13%", informou a Agems em nota enviada por e-mail ao Correio do Estado.

De acordo com portaria publicada pela Agems na quarta-feira, a Sanesul será obrigada a conceder o desconto sem que o consumidor faça o pedido. Ela receberá as informações que serão repassadas pela secretaria de assistência social. 
 

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