Cidades

PÚBLICO AMPLIADO

Vacina da dengue é aberta para pessoas entre 4 a 59 anos em Campo Grande

Ampliação do público que pode tomar a vacina é temporária e tem objetivo de ampliar a cobertura contra a arbovirose; veja onde se vacinar

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A vacinação contra a dengue foi ampliada temporariamente em Campo Grande. A partir desta quarta-feira (16), pessoas com idade entre 4 e 59 anos podem se imunizar contra a arbovirose endêmica nas Unidades de Saúde da Família da Capital.

É a segunda vez que o público para a vacinação é ampliado nesta semana. Na segunda-feira, a imunização, que até então era para pessoas entre 10 a 14 anos, passou para 6 a 16 anos e agora está disponível para as pessoas entre os 4 e 60 anos.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), a medida visa aumentar o acesso da população à vacina e otimizar o uso das doses disponíveis, reforçando a proteção contra a dengue.

A secretária municipal de Saúde, Rosana Leite, disse que a ampliação da faixa etária é importante também considerando o risco da doença durante o período de maior circulação do mosquito transmissor, que é no verão.

“Ainda temos uma quantidade expressiva de doses de vacina e, devido à crescente necessidade de ampliar a cobertura, decidimos estender a vacinação para o público de 4 a 59 anos. Essa medida visa garantir que mais pessoas possam se vacinar”, afirmou.

A superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau, Veruska Lahdo, também reforçou que a ampliação da vacinação é um passo fundamental para proteger a população.

“Com a ampliação da faixa etária para 4 a 59 anos estamos oferecendo mais proteção contra a dengue. A vacinação é nossa principal ferramenta na prevenção da doença, e essa medida permite que mais pessoas tenham acesso à proteção”, afirmou.

Neste ano, do dia 1º até o dia 15 de janeiro, foram notificados 119 casos de dengue em Campo Grande. Em todo o ano passado, foram mais de 12 mil notifiações, com uma morte.

Vacinação

A vacinação contra a dengue é realizada em duas doses, com intervalo de três meses entre uma dose e outra. A eficácia da vacina é garantida apenas com o esquema completo. 

A vacina está disponível exclusivamente nas 74 Unidades de Saúde da Família de Campo Grande, durante o horário de funcionamento das unidades.

A Sesau orienta que a população deve seguir as seguintes orientações:

  • Menores de idade (4 a 17 anos) devem estar acompanhados de um responsável legal e com documento de identificação.
  • Adultos devem levar um documento de identificação com foto. Se possível, apresentar a carteirinha de vacinação, embora ela não seja obrigatória.
  • O intervalo entre as doses é de três meses, sendo importante que as pessoas que já tomaram a primeira dose retornem para completar o esquema.

Contraindicações da vacina

  • Indivíduos menores de 4 anos e maiores de 59 anos.
  • Pessoas com histórico de anafilaxia ou reação alérgica à substância ativa ou a qualquer excipiente da vacina.
  • Indivíduos com imunodeficiência ou em uso de terapias imunossupressoras.
  • Gestantes e lactantes.

Cidades

Desemprego e a informalidade de pretos e pardos estão acima da média

Mulheres também têm desocupação maior que a taxa nacional

14/02/2025 23h00

Desemprego e a informalidade de pretos e pardos estão acima da média

Desemprego e a informalidade de pretos e pardos estão acima da média PAULO PINTO/AGÊNCIA BRASIL

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Pessoas pretas e pardas vivenciam mais o desemprego do que as brancas, além de receberem salários menores e trabalharem mais na informalidade. A constatação faz parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (14), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O levantamento aponta que, no quarto trimestre de 2024, a população branca registrou taxa de desemprego de 4,9%, abaixo do índice de 6,2% da média nacional. Na outra ponta, pretos (7,5%) e pardos (7%) ficaram acima da média do país.

Segundo a coordenadora da pesquisa, Adriana Beringuy, essa desigualdade é uma característica estrutural do mercado de trabalho brasileiro, “não apenas relacionada a esse trimestre”.

O estudo do IBGE apura o comportamento no mercado de trabalho para pessoas com 14 anos ou mais e leva em conta todas as formas de ocupação, seja emprego com ou sem carteira assinada, temporário e por conta própria, por exemplo. São visitados 211 mil domicílios em todos os estados e no Distrito Federal.

Informalidade

A desigualdade por cor também é percebida quando se analisa a taxa de informalidade, ou seja, a proporção de trabalhadores que não têm garantidos direitos como férias, contribuição para a Previdência Social e 13º salário.

Enquanto a taxa de informalidade do país no quarto trimestre de 2024 alcançou 38,6%, a dos pretos era 41,9%; e a dos pardos, 43,5%. O índice entre as pessoas brancas ficou abaixo da média: 32,6%.

O IBGE destaca que - entre os terceiro e quarto trimestres de 2024 - a taxa de informalidade caiu no país (de 38,8% para 38,6%) e entre os brancos (de 33,5% para 32,6%), mas ela se elevou entre pardos (43,2% para 43,5%) e pretos (41,8% para 41,9%).  

 “Vale ressaltar essa diferença estrutural desse indicador no recorte de cor ou raça”, frisa Beringuy.

De acordo com o Censo 2022, os pardos respondem por 45,3% da população. Brancos são 43,5%; pretos, 10,2%; indígenas, 0,6%; e amarelos, 0,4%.

Rendimentos

Quando se observa os salários dos trabalhadores, o rendimento médio mensal do país alcança R$ 3.215 no último trimestre de 2024. É mais um indicador que mostra os ocupados brancos acima da média com R$ 4.153 mensais. O inverso acontece com pretos (R$ 2.403) e pardos (R$ 2.485).

Mulheres

A pesquisa do IBGE apresenta, ainda, dados de desigualdade de gênero. A desemprego entre os homens no último trimestre de 2024 ficou em 5,1%. Já o das mulheres, 7,6%.

O desequilíbrio também é percebido no valor recebido por homens e mulheres. Eles fecharam o último trimestre de 2024 com rendimento médio mensal de R$ 3.540, enquanto elas receberam R$ 2.783.

Cidades

STF mantém descriminalização do porte de maconha para uso pessoal

Quantia de 40 gramas diferencia usuários de traficantes da droga

14/02/2025 22h00

STF mantém descriminalização do porte de maconha para uso pessoal

STF mantém descriminalização do porte de maconha para uso pessoal ARQUIVO/AGÊNCIA BRASIL

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A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta sexta-feira (14) manter a íntegra da decisão da Corte que descriminalizou o porte de maconha para uso pessoal e fixou a quantia de 40 gramas para diferenciar usuários de traficantes.

O Supremo julga, no plenário virtual, recursos protocolados pela Defensoria Pública e pelo Ministério Público de São Paulo para esclarecer o resultado do julgamento, que foi finalizado em julho do ano passado.

Até o momento, oito ministros seguiram o voto do relator, ministro Gilmar Mendes. Na semana passada, no início do julgamento virtual, o relator votou pela rejeição dos recursos.

Além de Mendes, os ministros Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Flávio Dino, Edson Fachin, André Mendonça, Luiz Fux e Cristiano Zanin votaram no mesmo sentido.  A deliberação virtual será encerrada às 23h59.

Não legaliza

A decisão do Supremo não legaliza o porte de maconha.  O porte para uso pessoal continua como comportamento ilícito, ou seja, permanece proibido fumar a droga em local público.

O Supremo julgou a constitucionalidade do Artigo 28 da Lei de Drogas (Lei 11.343/2006). Para diferenciar usuários e traficantes, a norma prevê penas alternativas de prestação de serviços à comunidade, advertência sobre os efeitos das drogas e comparecimento obrigatório a curso educativo.

 A Corte manteve a validade da norma, mas entendeu que as consequências são administrativas, deixando de valer a possibilidade de cumprimento de prestação de serviços comunitários.

 A advertência e presença obrigatória em curso educativo foram mantidas e deverão ser aplicadas pela Justiça em procedimentos administrativos, sem repercussão penal.

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