Cidades

nova decisão

Vencedora da Rota da Celulose reassume rodovia no Rio após ter sido expulsa

Retirada da empresa K-Infra da administração da BR-363 resultou na paralisação do processo de leilão das rodovias de MS

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Após o Supremo Tribunal Federal (STF) atender parcialmente ao pedido da empresa K-Infra, que venceu o leilão da Rota da Celulose em Mato Grosso do Sul por meio de um consórcio, a gestora da Rodovia do Aço, a BR-393, no Rio de Janeiro, retornou aos trabalhos. 

A decisão foi contra o que decidiram a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), que expulsaram a K-Infra da Rodovia do Aço. Porém, a caducidade do contrato foi mantida pelo STF.

O Dnit, desde o dia 10 de junho, havia assumido unilateralmente a gestão da BR-393. Por conta desta decisão de expulsar a K-Infra da administração da rodovia, a segunda colocada no certame da Rota da Celulose encaminhou um recurso contestando o resultado do leilão à Comissão Especial de Leilão (CEL), que suspendeu, no dia 12 de junho, os prazos legais previstos no edital do leilão realizado em 8 de maio na Bolsa de Valores de São Paulo, a B3.

Na decisão sobre a rodovia do Rio de Janeiro, dada pelo ministro Gilmar Mendes, ele não anulou a decisão do governo federal de decretar a caducidade do contrato, porém, determinou o cálculo da indenização para a K-Infra e a avaliação dos bens reversíveis (como ambulâncias, equipamentos e estruturas).

Ao Correio do Estado, a K-Infra afirmou que a decisão de afastamento da concessionária se deu de forma intempestiva e em desacordo com etapas legais obrigatórias. 

“A liminar é, portanto, uma sinalização importante de que o devido processo legal deve ser observado em todos os casos, garantindo segurança jurídica, previsibilidade e respeito aos contratos no setor de concessões. Mais do que uma vitória isolada da K-Infra Rodovia do Aço, a decisão reforça a importância de se preservar o Estado de Direito e a confiança institucional para que o Brasil continue a atrair investimentos sustentáveis em infraestrutura”, declarou a empresa.

ROTA DA CELULOSE

Conforme o governo do Estado, as diligências para analisar este recurso ainda estão sendo feitas e, por conta desta paralisação, a assinatura do contrato da concessão das rodovias que formam a Rota da Celulose, prevista para ser feita no início deste mês, está sem prazo determinado.

“A comissão de licitação da Concorrência nº 001/2024 vai analisar o processo licitatório por meio de diligências complementares, os prazos estão temporariamente suspensos. Novas informações serão divulgadas após o cumprimento de todo o processo administrativo”, declarou o Escritório de Parcerias Estratégias (EPE) do governo de MS, responsável pelo certame, em nota.

Oficialmente, o governo do Estado não quis comentar a decisão do STF em relação ao processo no Rio de Janeiro, porém, ao ser questionado sobre o tema, o governador Eduardo Riedel (PSDB) se limitou a dizer que a concessão da K-Infra no outro estado é “completamente diferente da daqui” e que a empresa tem a concessão no Rio de Janeiro, porém, não tem ainda a garantia da vitória no leilão de concessão das rodovias sul-mato-grossenses.

Apesar de dizer que há diferenças, foi justamente a suspensão da concessão carioca que levou a segunda colocada no leilão da Rota da Celulose, a XP Investimentos, a entrar com um recurso para impedir a K-Infra de assumir o pacote de rodovias.

RESULTADO CONTESTADO 

Essa discussão, inclusive, pode acabar na Justiça, como mostrou reportagem do Correio do Estado publicada recentemente.

Atualmente, o processo está paralisado, após a segunda colocada, a XP Investimentos, entrar com um recurso na CEL contestando o fato de a K-Infra, uma das empresas do consórcio vencedor (K&G Rota da Celulose), formado também pela Galápagos Participações, ter sido expulsa, na época, de uma concessão federal.

A ANTT, responsável pelo pedido que originou a caducidade do contrato com a K-Infra, alega que o motivo da retirada da concessionária seria uma série de irregularidades encontradas na BR-393. Além disso, a ANTT aplicou 763 multas na empresa por descumprimento do contrato, que totalizam R$ 1,5 bilhão. Desse montante, R$ 638,2 milhões estão inscritos na dívida ativa da União.

Por causa disso, no início do mês de junho, a Comissão Especial do Leilão paralisou o projeto para fazer diligências e avaliar se mantém ou não a vitória do consórcio composto pela K-Infra e a Galápagos Participações.

Advogada especialista em contratos e licitação ouvida à época pela reportagem avaliou que, independentemente do resultado dessas diligências, o certame da Rota da Celulose pode acabar judicializado.

LEILÃO

A empresa K-infra formou consórcio com o fundo de investimentos Galápagos Capital para disputar o leilão das rodovias estaduais MS-040, MS-338 e MS-395 e trechos das rodovias federais BR-262 e BR-267, que teve o martelo batido no dia 8 de maio.

O edital de licitação exigia algum tipo de experiência no setor de concessão de rodovias dos concorrentes, e a K-Infra usou sua experiência na rodovia carioca para cumprir tal exigência.

Para participar do leilão o Consórcio K&G ofereceu deságio de 9% sobre o preço máximo do pedágio estipulado pelo governo do Estado. O segundo colocado, por sua vez, estava disposto a reduzir este valor em 8%. Os outros dois participantes do leilão ofereceram 4% e 5% de desconto.

A previsão é de que sejam instaladas 12 praças de pedágio nas rodovias que serão privatizadas aqui no Estado. A empresa que assumir as estradas terá de duplicar em torno de 115 quilômetros, sendo o principal trecho entre Campo Grande e a fábrica de celulose da Suzano em Ribas do Rio Pardo.

Além disso, terá de construir anel viário para retirar o tráfego das cidades de Ribas do Rio Pardo, Água Clara e Bataguassu. Outra exigência é a construção de 457 km de acostamentos, principalmente na MS-040, e de 245 km de terceiras faixas.

Os investimentos ampliam e antecipam melhorias na malha viária. Serão 115 km em duplicações, 245 km em terceiras faixas, 12 km de marginais, implantação de 38 km em contornos de municípios, 62 dispositivos em nível, 4 dispositivos em desnível, 25 acessos, 22 passagens de fauna, 20 alargamentos de pontes e implantação de 3.780,00 m² em obras especiais. A malha passará ainda a ter 100% de acostamento.

Saiba

A decisão liminar do Supremo reconhece que a retirada da concessionária da operação da rodovia ocorreu sem a finalização do cálculo da indenização devida pelos bens reversíveis e sem a implementação de um plano formal de transição – medidas exigidas em lei.

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PREVISÃO

Domingo em MS será de chuvas que podem chegar até 100mm, diz Inmet

Previsão coloca todos os 79 municípios do Estado em alerta amarelo e laranja de chuvas intensas

14/12/2025 10h40

As previsões são de chuva para este domingo (14)

As previsões são de chuva para este domingo (14) FOTO: Paulo Ribas/Correio do Estado

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Seguindo a tendência da última semana, este domingo (14) em Mato Grosso do Sul deve ser chuvoso, com precipitação que pode chegar até os 100 milímetros (mm), de acordo com os alertas emitidos pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Assim como grande do País, o Estado também está dentro do aviso de perigo potencial (amarelo) para chuvas intensas no decorrer do dia, e deve seguir até às 10h desta segunda-feira (15). Sem exceção, os 79 municípios sul-mato-grossenses estão inseridos neste alerta.

Em sua descrição, o Inmet avisa para chuvas entre 20 e 30 mm/h ou até 50 mm/dia, acompanhadas de rajadas de vento de até 60 km/h. Mesmo diante disso, a entidade diz que há “baixo risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e de descargas elétricas”.

Das cidades de Mato Grosso do Sul que estão inseridas neste alerta amarelo, 19 estão em outro de um patamar mais elevado de perigo, o nível laranja. Para estes municípios, o Inmet fala que há chance alta de precipitação de entre 30 e 60 mm/h ou 50 e 100 mm/dia, com ventos intensos de até 100 km/h. Confira abaixo as cidades de MS presentes neste aviso:

  • Anaurilândia
  • Aparecida do Taboado
  • Bataguassu
  • Batayporã
  • Brasilândia
  • Eldorado
  • Iguatemi
  • Itaquiraí
  • Japorã
  • Jateí
  • Mundo Novo
  • Naviraí
  • Nova Andradina
  • Novo Horizonte do Sul
  • Paranaíba
  • Santa Rita do Pardo
  • Selvíria
  • Taquarussu
  • Três Lagoas

Nas orientações, o instituto sugere à população destas cidades a não se abrigar debaixo de árvores, pois há riscos de descargas elétricas, além de desligar aparelhos elétricos e quadro geral de energia. Em caso de emergência, contatar a Defesa Civil (telefone 199) e o Corpo de Bombeiros (telefone 193).

Estragos

Nesta sexta-feira (12), a cidade de Paranhos, a 462 km de Campo Grande, foi alvo de um forte temporal que deixou um rastro de destruição no município.

Conforme registrado pelo Inmet, a região registrou, entre as 4h e as 18h de ontem, uma precipitação acumulada de 181,6 mm.

A intensidade das chuvas causou a queda da ponte de madeira que passa sobre o Rio Destino e dava acesso ao Assentamento Beira Rio e às aldeias Ypo`i e Sete Cerros na zona rural do município.

Em outro ponto do mesmo rio, uma ponte de concreto foi completamente carregada pelas águas. A estrutura dava acesso à Fazenda Itapuã e ao Assentamento Vicente de Paula e Silva.

Para acessar a cidade, moradores de ambas as regiões afetadas pela queda das pontes terão dar a volta pela Rodovia MS-165, pela linha internacional que separa Brasil e Paraguai.

Com o grande volume de chuva, o Rio Iguatemi chegou a transbordar encobrindo uma ponte, na altura que liga a cidade de Paranhos a Rodovia MS-156, entre Amambai e Tacuru,

Outra inundação ocorreu na zona urbana de Paranhos, onde o Lago Municipal encheu por completo.

*Colaborou Mariana Piell

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ALERTA

Sífilis continua em ritmo acelerado de crescimento no país

Situação é mais grave entre mulheres jovens e gestantes, diz médica

14/12/2025 10h15

Sífilis é uma doença infecciosa que evolui lentamente em três estágios

Sífilis é uma doença infecciosa que evolui lentamente em três estágios Foto: Ministério da Saúde

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Dados do Ministério da Saúde, divulgados em outubro deste ano, mostram que a sífilis continua em ritmo acelerado de crescimento no Brasil, acompanhando uma tendência mundial. A situação é mais grave entre as gestantes: entre 2005 e junho de 2025, o país registrou 810.246 casos de sífilis em gestantes, com 45,7% dos diagnósticos na Região Sudeste, 21,1% no Nordeste, 14,4% no Sul, 10,2% no Norte e 8,6% no Centro-Oeste.

A taxa nacional de detecção alcançou 35,4 casos por mil nascidos vivos em 2024, o que revela o avanço da transmissão vertical, quando a infecção passa da mãe para o bebê.

Segundo a ginecologista Helaine Maria Besteti Pires Mayer Milanez, membro da Comissão Nacional Especializada em Doenças Infectocontagiosas da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), a luta para controlar os números da sífilis congênita se estende desde a década de 1980.

“Na realidade, sempre tivemos problema com a questão da sífilis no Brasil. Ainda não conseguimos encarar a redução dessas cifras há muitos anos”, disse à Agência Brasil.

Apesar de ser uma doença mais fácil de diagnosticar, rastrear e barato de tratar, em relação ao HIV, por exemplo, ainda não conseguimos o enfrentamento adequado para a redução significativa entre as mulheres jovens e também em fetos recém-nascidos.

"Então, temos um problema sério no Brasil, tanto com relação à população adulta jovem e,  consequentemente, na população em idade reprodutiva, e daí o aumento na transmissão vertical." Para a médica, a sífilis é um desafio que ainda não conseguiu resultados positivos, diferentemente do que foi conseguido em relação ao HIV.

Subdiagnóstico

Helaine apontou que, “infelizmente”, a população da área da saúde subdiagnostica a infecção. O exame que se realiza para fazer a identificação da sífilis através do sangue é o VDRL (do inglês Venereal Disease Research Laboratory), teste não treponêmico, mais usado no Brasil.

Ele não é específico do treponema, mas tem a vantagem de indicar a infecção e acompanhar a resposta ao tratamento. Outro teste é o treponêmico, que fica positivo e nunca mais negativo.

A ginecologista explicou que o que tem acontecido, na prática, é o profissional da saúde ao ver o exame treponêmico positivo e o não treponêmico negativo, assumir que aquilo é uma cicatriz e não precisa tratar.

“Esse é o grande erro. A maioria das grávidas estará com um teste não treponêmico ou positivo ou com título baixo. Aí, ela mantém o ciclo de infecção que infecta o parceiro sexual e seu feto dentro do útero”. A interpretação inadequada da sorologia do pré-natal tem sido um problema, segundo a médica.

Outro  problema é o não tratamento da parceria sexual.

“Muitas vezes, os parceiros ou são inadequadamente tratados ou não tratados,  e aí as bacatérias continuam circulando na gestante e no parceiro que não foi tratado e ele reinfecta a mulher grávida e, novamente, ela tem risco de infectar a criança.”

O não diagnóstico adequado, a não valorização da sorologia no pré-natal acabam levando ao desfecho de uma criança com sífilis congênita.

A Febrasgo promove cursos de prevenção e tratamento das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) aos profissionais de saúde, além de produzir vários materiais técnicos de esclarecimento da população de médicos para que abordem de modo adequado as pacientes. 

Helaine Martinez participa ainda do grupo de transmissão vertical do Ministério da Saúde, que tem, há muitos anos, protocolo clínico e diretrizes terapêuticas da transmissão vertical de sífilis, HIV e hepatites virais. O material está disponível online para qualquer pessoa que queira acessá-lo.

“A gente fala que não é falta de informação. Mas precisa aplicar e estudar para ter o conhecimento adequado. Hoje a ocorrência de sífilis congênita é um dos melhores marcadores da atenção pré-natal”.

Infectados

A população que mais infecta agora por sífilis e HIV no Brasil é a situada entre 15 e 25 anos e também a terceira idade. “A população jove, porque caiu o medo em relação às infecções sexualmente transmissíveis, e acabou abandonando os métodos de barreir. Quanto ao HIV, não existe mais aquele terror, porque é uma doença crônica tratável. Isso fez com que os adultos jovens baixassem a guarda na prevenção das infecções sexualmente transmissíveis”.

Já a terceira idade, com o consequente aumento da vida sexual ativa, com uso de remédios como o Viagra, que melhora a performance sexual dos homens mais velhos, e a falta do receio, porque não tem o risco de gravidez, contribui para o abandono dos métodos de barreira.

Um problema sério no Brasil é que a maioria das mulheres grávidas, mais de 80%, não tem sintoma da doença durante a gestação. Elas têm a forma assintomática, chamada forma latente. Com isso, se o exame não for interpretado da maneira adequada, a doença não será tratada e ela vai evoluir para a criança infectada.

Helaine Martinez afirmou que o homem também tem grande prevalência da doença assintomática atualmente. A partir do momento em que o indivíduo entra em contato com o treponema, ele desenvolve uma úlcera genital, que pode também ser na cavidade oral. Aí, esse cancro, na maior parte das vezes, aparece no órgão genital externo, na coroa do pênis. Já na mulher, a lesão fica escondida no fundo da vagina ou no colo do útero. Não é comum ela ficar na vulva. Portanto, ela passa despercebida para a mulher.

Riscos

O que acaba acontecendo é que no homem, mesmo sem tratar a sífilis, a lesão desaparece. Se ele não tiver agilidade e buscar atendimento, a lesão pode desaparecer, ele acaba não sendo tratado e acumula alto risco de transmitir para sua parceira sexual. 

Tanto a lesão da parte primária, que é o cancro, desaparece sem tratamento. Pode aparecer uma vermelhidão no corpo todo que também desaparece mesmo sem tratamento. O grande problema da sífilis é que a doença tem um marcador clínico de lesão na fase primária e secundária, mas a parte latente é assintomática e, mesmo nessa fase, o homem transmite a doença. A maioria desses homens não tem sintoma e, se não fizerem exame, não são identificados, indicou a especialista.

O único método que identifica o paciente é raspar a lesão e fazer a pesquisa do treponema porque, na fase inicial, os exames laboratoriais do sangue do paciente podem ser negativos. Mas eles positivam em média em duas ou três semanas.

Carnaval

A ginecologista afirmou que com a proximidade das festas carnavalescas, o contágio por sífilis é uma ameaça constante, porque as práticas sexuais com proteção nem sempre são utilizadas nessa época do ano.

“O abandono dos métodos de barreira tem feito crescer, infelizmente, as infecções sexualmente transmissíveis”.

Ela lembrou que, atualmente, já existe um recurso para o HIV, que é a PrEP (Profilaxia Pré-Exposição). Trata-se de um medicamento antirretroviral tomado por pessoas sem HIV 24 horas antes de a pessoa se expor a uma relação de risco, para prevenir a infecção. O medicamento reduz o risco em mais de 90% quando usado corretamente, através de comprimidos diários ou injeções, sendo ideal para populações-chave em maior risco e disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil.

Sem tratamento, a infecção pode evoluir para a fase secundária, caracterizada por um exantema difuso (manchas na pele), que atinge inclusive as palmas das mãos e as plantas dos pés. A doença também pode provocar alopecia em “caminho de rato” e condiloma plano (lesão genital).

“A fase secundária apresenta grande quantidade de treponemas circulantes (altos níveis da bactéria no sangue). Em gestantes, a chance de acometimento fetal chega a 100% quando a gestante apresenta a sífilis recente, o que torna o diagnóstico e o tratamento ainda mais urgentes”, destacou a médica. 

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