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MAU COMEÇO

Favorita para auditar contratos da Solurb e da Águas Guariroba é questionada em licitação

Favorita para auditar contratos da Solurb e da Águas Guariroba é questionada por empresas concorrentes do certame

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Deméter Engenharia

A Deméter Engenharia, que lidera o Consórcio Pantanal e despontou como favorita para ser a auditora dos contratos de concessão da Águas Guariroba e do Consórcio CG Solurb e a modeladora de parcerias público-privadas, é investigada na licitação justamente por uma prática que deverá coibir se for contratada: o não cumprimento de requisitos presentes no edital do município.  

Égis Engenharia

Quem acusa a empresa de não ter cumprido o edital do município é uma concorrente, a Égis Engenharia, que lidera outro consórcio interessado nos serviços de auditoria e projetos em que a prefeitura pretende gastar R$ 17,1 milhões em 12 meses. 

A Égis, que tem sede em Cotia (SP), alega que a empresa de Campo Grande deixou de comprovar o vínculo com os responsáveis técnicos indicados. “Também se equivocou ao comprovar a expertise mínima necessária”, complementou a Égis.  

A Deméter venceu o pregão realizado em 29 de junho depois de apresentar proposta de realizar todos os serviços exigidos em edital pela prefeitura por quase metade do valor previsto: R$ 8,4 milhões.  

Além da verificação independente dos contratos de água e esgoto (Águas Guariroba) e de limpeza urbana (Solurb), o edital do município estabelece que a empresa contratada: 

  • gerencie projetos;
  • faça análise de estudos e engenharia de valor;
  • cuide da engenharia e da arquitetura para montar concessões e parcerias público-privadas;
  • estude a viabilidade econômico-financeira para concessões e parcerias;
  • faça estudos jurídicos para modelagem de concessões;
  • elabore estudos sobre remuneração pela cobrança de serviços;
  • faça a verificação independente de outros contratos.

Por causa do recurso da Égis Engenharia, a comissão de licitação da prefeitura da Capital suspendeu o pregão, isso depois de a Deméter já ter sido habilitada para contratação pelo município. 

Entre as exigências do edital, está a de que os candidatos tenham participado de projetos, modelagens de parcerias público-privadas e verificações independentes de valores superiores a R$ 200 milhões. 

Para a Égis, a Deméter frustou as normas do edital ao apresentar atestado emitido pela prefeitura de Guarulhos (SP) de que havia participado do plano municipal de iluminação pública do município paulista e informando a equipe técnica do projeto.  

O atestado citado contém indicação de profissionais que não possuem nenhum vínculo com o consórcio liderado pela Deméter, acusa a concorrente.  

Perguntada sobre o recurso, a Prefeitura de Campo Grande já adiantou o resultado do recurso da Égis: “A referida empresa comprovou que o profissional detentor do registro possui vínculo com uma das empresas consorciadas, o que atende ao previsto no edital”.

A Égis, que atua no Brasil, na Colômbia, no Panamá e também já atuou em projetos de metrô em Paris, na França, e Riad, na Arábia Saudita, foi a terceira colocada no pregão. Participaram também as empresas Houer Engenharia e WMX Soluções Ambientais e Tecnológicas.  

QUATRO GRANDES

Depois de fazerem vários questionamentos à comissão de licitação, as quatro maiores empresas de serviços profissionais do mundo, Deloitte, KMPG, EY (Ernst & Young) e PwC (PricewaterhouseCoopers), acabaram não participando do pregão da Prefeitura de Campo Grande.

A EY chegou a apresentar inconsistências no edital e incompatibilidade com a lei de licitações e pediu a impugnação da licitação. A prefeitura negou o pedido. 

Em seus questionamentos, as quatro grandes ainda pediram mais prazo para a licitação, além dos 10 dias extras concedidos, e também sugeriram não haver mecanismos que garantam plenamente a independência do verificador de contratos.  

A reportagem do Correio do Estado procurou a Deméter Engenharia por telefone. Atendida por um funcionário, foi informado que os questionamentos seriam repassados aos responsáveis pela empresa. Não houve resposta até o fechamento da edição. 

Abolição do Estado

Saiba quem são os militares de MS indiciados pela PF por tentativa de golpe

De general da reserva a coronel que compôs tropas dos Black Kids e era "braço direito" do ajudante de ordens Mauro Cid

21/11/2024 18h22

À esquerda, o general da reserva Laércio Virgílio e, à direita, o coronel Bernardo Romão Corrêa Neto, que comandou o 10º R C Mec em Bela Vista e, posteriormente, foi para o pelotão dos Black Kids

À esquerda, o general da reserva Laércio Virgílio e, à direita, o coronel Bernardo Romão Corrêa Neto, que comandou o 10º R C Mec em Bela Vista e, posteriormente, foi para o pelotão dos Black Kids Reprodução Redes Sociais

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A Polícia Federal (PF) indiciou nesta quinta-feira (21) 37 pessoas envolvidas na tentativa de golpe após a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2022.

Entre os indiciados, que irão responder por ebulição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, estão um general da reserva e um coronel que compõe o pelotão conhecido como Black Kids de Goiás.

À esquerda, o general da reserva Laércio Virgílio e, à direita, o coronel Bernardo Romão Corrêa Neto, que comandou o 10º R C Mec em Bela Vista e, posteriormente, foi para o pelotão dos Black KidsReprodução Redes Sociais

Virgílio

O general da reserva Laércio Virgílio, de 70 anos, conforme a quebra de sigilo telefônico, mantinha contato com uma elite de militares cujo grupo ficou conhecido como “alta patente”.

O relatório da investigação, que foi tornado público, apontou conversas que ele teve com Ailton Gonçalves Moraes Bastos, com quem serviu na Brigada de Paraquedistas no Rio de Janeiro e também no 9º GAC, em Nioaque, no ano de 1999.

Em uma troca de mensagens com Ailton (que também foi indiciado), chegou a dizer abertamente que é “momento de ação”; veja:

"O meu próximo áudio agora, assim, vai te dar o conceito da operação, entendeu? O conceito da operação. Que tem que ser executado. Num... num... num tem mais, assim: não, será, que não será, o que que vai... Foda-se! Agora, entendeu, é ação. Então, esse próximo áudio, também, além do ZERO UNO, aí tem que ser passado pra todo aquele pessoal que você passa sempre, entendeu? Então agora, negão, é... assim... a... Já estamos em guerra, né? Só que agora é a... assim... Temos que executar essas ações. Vou dar o conceito da operação. É... A execução eu não tô mais em condições de fazê-la, senão eu ia até aí pra comandar essa porra aí dessa operação que eu vou falar agora pra você."

  • Entenda: “Zero Uno” é a forma como ambos se referiam ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

Ailton Gonçalves Moraes Barros, militar reformado com quem o general de Mato Grosso do Sul mantinha um contato estreito, chegou a ser eleito suplente de deputado estadual pelo PL do Rio de Janeiro. Terminou preso pela Polícia Federal, acusado de atuar na inserção no sistema de dados ilegais do cartão de vacina da Covid do ex-presidente. Ele está entre os indiciados.

À esquerda, o general da reserva Laércio Virgílio e, à direita, o coronel Bernardo Romão Corrêa Neto, que comandou o 10º R C Mec em Bela Vista e, posteriormente, foi para o pelotão dos Black KidsReprodução Redes Sociais

Corrêa Neto

O coronel Bernardo Romão Corrêa Neto comandou também o 10º Regimento de Cavalaria Mecanizado (10º R C Mec) em Bela Vista e permaneceu no cargo até 12 de janeiro de 2022, quando passou o comando e seguiu para compor os Black Kids em Goiás.

Corrêa Neto atuou na preparação e seleção de militares formados no curso das Forças Especiais (Black Kids) que agiriam durante a tentativa de golpe de Estado.

Bernardo é apontado pela Polícia Federal como homem de confiança do tenente-coronel Mauro Cid, o ajudante de ordens do ex-presidente Bolsonaro.

Saiba: Enquanto o general Laércio Virgílio fazia parte do núcleo considerado como "inteligência" que discutia o engendramento do golpe com militares de alta cúpula, o coronel Bernardo Romão Corrêa Neto conduziria a tropa dos Black Kids, considerada elite do exército com formação pelo Curso de Operações Especiais.

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Coxim

Ex-sargento da PM é preso por estuprar a neta há oito anos

O crime aconteceu em 2016, quando o ex-sargento da PM abusou de sua neta quando tinha 10 anos

21/11/2024 17h30

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60ed556e 45ab 4bd5 8e7d 46b2d04365e4 1536x1152 PCMS/ Divulgação

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Ex-sargento da Polícia Militar, de 69 anos, foi preso nesta quinta-feira (21), condenado por estuprar a própria neta há 8 anos, no município de Coxim, a 253 quilômetros de Campo Grande.

Conforme informações da Polícia Civil, o crime aconteceu em 2016, quando a vítima, sua neta, tinha 10 anos de idade e foi estuprada pelo suspeito, que é um 3º Sargento aposentado da Polícia Militar. 

A ação, que contou com o apoio da guarnição do 5º Batalhão da Polícia Militar, também teve o auxílio da DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher) de Coxim.

O ex-sargento da policial militar está à disposição da justiça. Ele deve cumprir pena de abuso sexual, crimes de estupro praticado por menos que deve ultrapassar 18 anos de prisão

Como denunciar 

Polícia Miliar - 190: quando a criança está correndo risco imediato
Samu - 192: para pedidos de socorro urgentes
Delegacias especializadas no atendimento de crianças ou de mulheres
Qualquer delegacia de polícia
Disque 100: recebe denúncias de violações de direitos humanos. A denúncia é anônima e pode ser feita por qualquer pessoa
 

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