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Venda em alta de picape mostra que EUA ainda preterem carros 'verdes'

Venda em alta de picape mostra que EUA ainda preterem carros 'verdes'

FOLHA PRESS

19/01/2014 - 13h00
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A Ford fez sua apresentação à imprensa em Detroit na Joe louis Arena, estádio do Red Wings, time de hóquei da cidade. É um exagero, pois o número de jornalistas presentes está longe de lotar o ginásio. Contudo, a escolha combina com o porte do automóvel apresentado: a nova picape Ford F-150, o veículo mais vendido do mercado norte-americano.

Foram comercializadas 763,4 mil unidades do modelo em 2013, e espera-se que esse montante suba ainda mais em 2014, impulsionado pelo novo desenho do carro e por uma consistente retomada nas vendas do setor nos EUA. Com média de uma F-150 vendida a cada 41s, a picape da Ford aparece renovada em Detroit.

Para comparar, o compacto VW Gol, o carro mais vendido do Brasil, teve cerca de 255 mil emplacamentos no ano passado. Os dados são das associações de fabricantes do Brasil e dos EUA, respectivamente.

A F-150 não está sozinha na preferência do consumidor norte-americano. O segundo modelo mais comercializado também é um picape grande: a Chevrolet Silverado, que igualmente acaba de ser renovada. A RAM, que é feita grupo Fiat Chrysler, aparece na quinta posição.
Esse tipo de produto é o que proporciona a maior margem de lucro para a indústria automobilística dos EUA.

A soma de todos os carros vendidos nesse segmento no ano passado chega a 2,2 milhões de unidades. Isso corresponde a 61% das vendas totais de carros de passeio e comerciais leves no mercado brasileiro no mesmo período.

Quem considera modelos como Chevrolet S10 e Toyota Hilux avantajadas, irá chamar de caminhões estas picapes líderes nos EUA.

A nova F-150, por exemplo, tem mais de seis metros de comprimento na versão cabine dupla -quase o dobro do tamanho de um hatch subcompacto. O teto está a cerca de 1,9 metro do chão, o que dificultaria a entrada em qualquer garagem nos prédios de São Paulo.

Se os espelhos retrovisores forem incluídos, a largura da cabine ultrapassa os dois metros. São medidas impensáveis para os grandes centros no Brasil, mas que cabem sem aperto em qualquer vaga de shopping americano.

Por dentro, há muito espaço e equipamentos. Som com bluetooth, diversas tomadas de 110v espalhadas pela cabine, câmbio automático, ar-condicionado com diferentes zonas de climatização e forrações de couro estão presentes na maioria dos modelos.

Os motores, claro, são igualmente enormes. As opções V8 das três picapes mais vendidas têm aproximadamente 400 cv cada e consomem litros de gasolina sem dó, não vão muito além dos 6 km/l na cidade.

Mesmo com tecnologias que desligam parte dos cilindros quando não há necessidade de potência máxima, não dá para obter economia de um veículo que pesa quase três toneladas.
Esse é um sinal de que os norte-americanos ainda irão demorar muito tempo para aderir aos carros "verdes".
 

PANTANAL EM CHAMAS

Incêndio no Pantanal volta ameaçar escola e comunidades, nesta segunda-feira

Na região há também uma pousada, que precisou ser fechada devido a quantidade de fumaça; Incêndio se agravaram no Pantanal

09/09/2024 16h15

Incêndio ameaça comunidade no Pantanal

Incêndio ameaça comunidade no Pantanal Reprodução

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O agravamento dos incêndios florestais no Pantanal gerou uma nova preocupação nesta segunda-feira (9). Uma frente de fogo foi identificada em uma região chamada Castelo, que fica há cerca de 3h de barco rio Paraguai acima a partir de Corumbá. Nesse local, há comunidades e uma escola chamada Jatobazinho e as chamas passaram a ameaçar as redondezas.

A região onde está com incêndios fica a cerca de 4 km da Escola Jatobazinho, de acordo com dados do sistema Fire Information for Resource Management System (Firms/Nasa).

Nesse local, há uma pousada que precisou ser fechada nesta segunda-feira devido à grande quantidade de fumaça que estava sendo transportada para a região, devido aos ventos.

A baía do Castelo ainda está em uma área que tem proximidade com o Parque Nacional San Matías, na Bolívia. No território boliviano, há incêndios florestais com gravidade há mais de uma semana e esse fogo está próximo de entrar no Brasil.

São duas linhas de fogo graves na Bolívia que possuem uma extensão de cerca de 80 km, juntas. Uma linha de fogo está perto do Território Indígena Guató, enquanto outra está localizada perto da baía do Castelo.

Na Bolívia, conforme o sistema Fire Information for Resource Management System (Firms/Nasa), a área afetada pelo fogo deve ultrapassar 1 milhão de hectares no período de mais de uma semana.

Por conta da gravidade do cenário, neste final de semana houve a liberação por parte do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para que brigadistas do Prevfogo/Ibama pudessem atuar em território boliviano. Além dos brigadistas, foi designada uma equipe da Brigada Alto Pantanal, mantida pelo Instituto Homem Pantaneiro (IHP), para atuar em conjunto na região do Território Indígena Guató. Há bombeiros do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul. Não houve confirmação se aeronaves estão sendo usadas na região.

O Lasa/UFRJ identificou que até este dia 8 de setembro, quase 19% do Pantanal em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul já tinham sido consumidos pelo fogo. Isso representa 2,85 milhões de hectares.

 

Pantanal

Semana inicia com incêndios intensos em dez regiões de Mato Grosso do Sul

O calor na região e a baixa umidade do ar interferem no combate aos incêndios e o número registrado até o momento é o dobro comparado ao início da semana anterior.

09/09/2024 16h02

Operações de combate no Pantanal recebem reforços para combate aos incêndios no Pantanal

Operações de combate no Pantanal recebem reforços para combate aos incêndios no Pantanal Divulgação: Governo de MS

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A segunda semana de setembro começou com incêndios intensos em dez regiões de Mato Grosso do Sul. O calor e a baixa umidade do ar dificultam o combate aos incêndios, e o número registrado até o momento é o dobro em comparação ao início da semana anterior.

Conforme dados do boletim emitido pelo Corpo de Bombeiros, o número de incêndios pode ser ainda maior, já que as equipes de combate do Prevfogo do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) não estão registradas nesses dados. Em outro boletim, emitido pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, foram registrados na semana passada 14 focos ativos de fogo sem controle, todos no Pantanal sul-mato-grossense.

Até a noite de ontem (8), foram registrados incêndios na Serra de São Gabriel do Oeste, em áreas de eucalipto em Água Clara e três focos em Miranda.

  • Região de São Gabriel do Oeste: Os focos estão confinados na região de serra, guarnições se mantém em combate ativo para o direcionamento do fogo à extinção.
  • Região de Água Clara: Com o reforço às GIFs continuaram o processo de controle de incêndio destacando atenção por se tratar de área de eucaliptos.
  • Região de Miranda: Foram reforçadas as equipes na região para realizarem o combate,
  • devido às fortes rajadas de vento as quais se ampliaram os focos, que no atual cenário são três frentes de fogos ativos.
  • Regiões do Paraguai Mirim - Corumbá: : Pontos de focos ativos foram plotados na região e foram designados militares que estão no local realizando o combate.
  • Região do Porto Índio - Corumbá: Os focos permanecem ativos e estão concentrados na região de fronteira com a Bolívia. Militares estão mobilizados no local realizando ações para contenção e enfrentamento do fogo.
  • Região do Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema - Naviraí: Há vários focos ativos que estão com o empenho de GCIFs em estratégias de combate direto e indireto.Destaca-se que essa região é uma unidade de conservação da diversidade biológica e cultural da região, utilizado para fins de pesquisa científica. O combate ativo, conta com o uso do Air Tractor do Corpo de Bombeiros na região.
  • Região de Aparecida do Taboado: Foi realizado o combate em uma área de pastagem próximo a área urbana, confinando e extinguindo o mesmo.
  • Região de Aquidauana : Os militares estão realizando combate em dois pontos distintos, um próximo às margens do rio Aquidauana e outro nas proximidades do Córrego Buriti.
  • Região de Apa - Porto Murtinho: Os combates continuam a ser realizados em duas frentes de focos ativos, estrategicamente distribuídos para conter e evitar a propagação das chamas.
  • Parque Estadual das Nascentes do Taquari - Costa Rica: combate em região de Morraria, confeccionados aceiros para confinamento e futura extinção. 
  • Regiões que seguem em monitoramento por drones e satélites: Regiões do Nabileque - Corumbá e Chapadão do Sul.


Combate aos incêndios 

Segundo dados do Corpo de Bombeiros, a Operação Pantanal conta com um efetivo de 142 militares distribuídos em diversas localidades, como Campo Grande, Corumbá, Anastácio, Miranda, Bonito e Porto Murtinho. Desses, 93 estão atuando em campo e 49 desempenham funções no Sistema de Comando de Incidentes (SCI).

Ainda de acordo com o boletim, a operação dispõe do apoio de 78 militares da Força Nacional de Segurança Pública, militares da Marinha do Brasil, do Exército Brasileiro, da Força Aérea Brasileira, 20 militares do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina e 13 militares do Corpo de Bombeiros Militar do Sergipe. 

Complementando o reforço, a Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, agentes do IBAMA, ICMBio, brigadistas do PrevFogo e a Polícia Federal estão envolvidos no combate aos incêndios. Essa colaboração multidisciplinar e interinstitucional tem sido primordial para enfrentar e controlar os incêndios na região do Pantanal.

 

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