Cidades

INVESTIGAÇÕES

Vereadores investigados são problema de polícia, diz Bernal

Progressista não isenta possibilidade de diálogo com todos por coalizão

KLEBER CLAJUS

26/08/2015 - 12h07
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Alcides Bernal (PP), que retornou ao cargo de prefeito por liminar, pontuou que vereadores investigados pelo Grupo de Atuação e Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) são “problema da polícia”. Nove vereadores foram conduzidos a prestar depoimento, ontem, sobre suposto esquema de compra de votos para a cassação do progressista em março do ano passado. Escutas telefônicas da Operação Lama Asfáltica reabriram questionamentos.

“Quem cometeu crime vai pagar. Se foi flagrado e foi ouvido praticando maldades esse é um problema da polícia. Sou prefeito”, ressaltou Bernal, ao deixar desfile alusivo aos 116 anos de Campo Grande. 

Em contrapartida, o prefeito por liminar assegura intenção de conversar com o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e construir base sólida na Câmara Municipal por “coalização”.

Mesmo que tenha iniciado a solenidade, ele aguarda posse formal, prevista para às 12h30 de quinta-feira, para colocar os planos de gestão em prática e anunciar o novo secretariado. O prazo foi estabelecido pelo  juiz de direito David de Oliveira Gomes, da 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, que concedeu a liminar (provisória) para sua recondução ao cargo de prefeito.

COFFEE BREAK

Nove vereadores, um secretário, um ex-vereador e três empresários foram encaminhados, ontem, por medida coercitiva para prestar depoimentos sobre suposta compra de votos para a cassação do mandato de Bernal. A Operação Coffee Break afastou ainda do cargo de prefeito Gilmar Olarte (PP), além do presidente da Câmara Municipal, Mario Cesar (PMDB).

Na lista dos conduzidos para o Gaeco estavam o secretário Municipal de Saúde, Jamal Salem (PR), os vereadores Mario Cesar (PMDB), Edil Albuquerque (PMDB), Paulo Siufi (PMDB), Airton Saraiva (DEM), Waldecy Batista (PP), Gilmar da Cruz (PRB), Carlão (PSB), Edson Shimabukuro (PTB), o ex-vereador Alceu Bueno (sem partido), além dos empresários João Amorim, João Baird e Fabio Portela.

Todos tiveram os celulares apreendidos para perícia, porém por contradições nos depoimentos o Ministério Público Estadual (MPE) também solicitou a quebra do sigilo bancário e fiscal do grupo. A justificativa seriam citações em escutas telefônicas do termo “cafezinho”, interpretado pela Polícia Federal como indicativo de propina na Operação Lama Asfáltica que desarticulou esquema de fraude em obras públicas no Estado.

Fim da farra

TCE-MS suspende "bônus" do Refis pago a auditores da Prefeitura de Campo Grande

Conselheiro Márcio Monteiro suspendeu cobrança de honorários em negociações de tributos inscritos na dívida ativa e rateio do valor entre auditores

10/12/2024 16h20

Márcio Monteiro suspendeu um dos bônus que integrou o combo da

Márcio Monteiro suspendeu um dos bônus que integrou o combo da "Folha Secreta" Arquivo

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O conselheiro do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul, Márcio Monteiro, concedeu liminar para suspender a cobrança de honorários advocatícios em negociações de tributos devidos inscritos na dívida ativa.
A administração da prefeita Adriane Lopes (PP) também está impedida de ratear o valor dos honorários, não apenas em favor dos procuradores do município, mas também para os auditores fiscais municipais.

Tal medida permitia que auditores fiscais, por exemplo, recebessem honorários de programas de recuperação de dívidas tributárias, como o Refis, que está em andamento.

A denúncia foi feita durante o período eleitoral. A divisão dos honorários em favor de servidores da Secretaria de Finanças, cuja titular é Márcia Hokama, foi largamente usada na campanha. Integrava o que eles chamavam de “Folha Secreta”.

A outra parte dessa folha eram os contracheques ocultos com pagamentos de encargos especiais e jetons para secretários e funcionários de segundo escalão, institucionalizados por lei proposta por Adriane Lopes, aprovada pela Câmara e sancionada por Adriane, tudo na semana passada.

Monteiro, em sua medida cautelar, atendeu o parecer dos técnicos do Tribunal de Contas. Ele entendeu que há ilegalidade na cobrança de honorários advocatícios de débitos inscritos na dívida ativa devido à ausência de previsão legal. Além disso, considerou que o Termo de Cooperação Técnica 06, de agosto de 2022, assinado por Adriane Lopes, que permite a distribuição dos honorários aos auditores, carece de fundamento legal e critérios objetivos.

“Além de violar dispositivos constitucionais, a Lei de Acesso à Informação e a Lei de Responsabilidade Fiscal”, narrou Márcio Monteiro em seu voto.

A destinação de honorários da cobrança de tributos deve ser exclusiva aos integrantes da advocacia pública, no caso, os procuradores do município.

Monteiro determinou em sua decisão que tal prática seja cessada, que todos os efeitos advindos do termo de cooperação sejam suspensos e que o município e as autoridades responsáveis sejam intimados.

Em caso de descumprimento da decisão, inicialmente, o município está sujeito a uma multa de R$ 89 mil, além de outras consequências legais de eventual desobediência.

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Cidades

Entenda o que é trepanação, procedimento pelo qual Lula passou

Após dor de cabeça, exame revelou hemorragia intracraniana e presidente passou por cirurgia às pressas

10/12/2024 15h31

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva Arquivo/ Agência Brasil

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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, passou por uma trepanação para drenar uma hemorragia intracraniana nesta segunda-feira (10). O procedimento foi consequência de um acidente doméstico sofrido pelo presidente em 19 de outubro, quando ele caiu no banheiro da residência oficial e bateu com a cabeça 

Entenda:

O que é trepanação?

São perfurações feitas no crânio. No caso do presidente, foram feitas entre duas lâminas da meninge, seguidas da colocação de um dreno, por onde sai o sangue acumulado após a hemorragia.

De acordo com o médico do presidente, Roberto Kalil, os orifícios feitos no crânio de Lula são pequenos e terão cicatrização espontânea, sem necessidade de intervenção futura. 

Inicialmente, o boletim médico do hospital falava que o presidente passaria por uma craniotomia. Porém, os médicos esclareceram que foi uma trepanação.

O que aconteceu com o presidente?

Lula teve mal-estar semelhante a um quadro gripal, acompanhado por dores de cabeça, e então foi ao Hospital Sírio-Libanês, em Brasília, na noite desta segunda (9). Como teve uma queda recente, passou por uma ressonância magnética, que detectou uma hemorragia intracraniana de um hematoma decorrente do acidente em 19 de outubro. O presidente foi transferido para a unidade do hospital, em São Paulo, onde passou pelo procedimento cirúrgico.

Kalil explica que não houve machucado no cérebro, já que o hematoma estava localizado entre o osso cranial e o cérebro.

Desta forma, para evitar que o hematoma comprima o cérebro, o presidente passou pela trepanação na manhã de hoje, no Hospital Sírio-Libanês em São Paulo.

Qual o estado de saúde do presidente?

De acordo com o médico, Lula reagiu bem ao procedimento, está lúcido, acordado, se alimentando e se comunicando bem e não teve qualquer comprometimento cerebral. 

O presidente está acompanhado da primeira-dama, Janja da Silva, e, por precaução, ficará internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, por 48 horas.

A expectativa da equipe médica, liderada por Roberto Kalil, é que Lula volte às atividades na próxima semana.

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