Cidades

CAMPO GRANDE

Veto na posse responsável ameniza pena por maus-tratos animais

Projeto previa identificação de donos em pingentes para caso de furtos ou sumiços, já que atual sistema de microchips complica pela leitura especializada necessária, mas Prefeitura barrou por "vício" novo modelo que multaria maltrato em até R$ 3 mil

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Após o Executivo rejeitar a proposta que buscava simplificar a consulta de dados sobre animais domésticos - bem como tornar a pena por maus-tratos mais pesada -, os vereadores acompanharam o entendimento da prefeita e mantiveram o veto em cima do projeto de posse responsável. 

De autoria do vereador Profº André Luis, a proposta teve aprovação unânime da Câmara Municipal em abril deste ano, durante 20ª sessão ordinária, sendo encaminhado para o Executivo e retornando na última terça (11) para a Casa de Leis. 

Como dessa vez seus pares foram para o lado oposto, ou seja, acompanharam a prefeita no entendimento, André Luiz vê a derrubada de seu projeto como um "grande prejuízo para aquelas pessoas que gostam dos animais do bem-estar dos animais de campo grande".  

Sobre o entendimento do Executivo Municipal, o vereador, que é membro da Comissão Permanente de Defesa, Bem-Estar e Direito dos Animais, cita que a prefeitura apontou para "vício de inicativa", o que ele diz "absolutamente" discordar.

"Porque não traz nenhum ônus para o poder público, mas traz responsabilização para o tutor do animal. Infelizmente, esse veto não conseguiu ser derrubado... a maioria dos vereadores acompanhou o entendimento da prefeita", complementa André Luiz em resposta ao Correio do Estado

Entenda

Como abordado recentemente pelo Correio do Estado e esclarecido pelo vereador, o projeto basicamente previa a colocação de uma placa ou pingente, com a identificação do animal e o número de telefone do tutor. 

"Por exemplo, o nome do animal para que se, eventualmente, esse fugisse, ficaria fácil de ser identificado e devolvido ao tutor", disse. 

Para André Luiz, a atual lei municipal que prevê colocação de microchip é mais complicada, por necessitar de uma clínica veterinária, a Subsecretaria do Bem-Estar Animal (Subea) ou o Centro De Controle De Zoonoses (CCZ) para que a leitura desses dados seja feita.  

"Muito mais simples seria essa plaquinha que pudesse identificar o animal através do telefone do tutor, ficaria muito mais fácil em caso de furto. E esse projeto de lei também previa que, em caso de crimes de maus tratos, o tutor não poderia adotar o animal durante um determinado período, de cinco anos", confirma o vereador.

Em caso do descumprimento da lei do porte de pingente, se confirmado maus-tratos, o infrator seria multado no valor de 30 Unidades Fiscais Estaduais de Referência de Mato Grosso do Sul (UFERMS).

Ou seja, baseado na última resolução de junho deste ano (R$ 48,77), o valor inicial da multa é de R$ 1.463,10, podendo dobrar em caso de reincidência e beirar os R$ 3 mil

Multas e leis

Pelo menos desde 2005 a cidade tentar legislar sobre, e por meados de  2008 Campo Grande já buscava regulamentar a chamada posse responsável, que começou no município como forma de incentivar a castração de animais domésticos, com foco em combater a proliferação de doenças transmissíveis de animais ao homem (zoonoses).

Em 2020 alguns dispositivos foram alterados e a Lei Complementar N°392, do então prefeito Marquinhos Trad, chegou a prever multa de até R$ 3,3 mil se comprovados maus-tratos animais. 

Entre os pontos de destaque estavam previstas a 'microchipagem' gratuita, em caso de adoção, e a proibição no município de competições de natureza violenta entre cães. 

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Cidades

Apenas 32% das crianças e adolescentes tomaram a 2° dose da Qdenga em MS

É importante lembrar que o esquema vacinal requer um intervalo de três meses, e a população precisa ficar atenta à caderneta de vacinação para garantir a imunização completa

24/09/2024 15h30

Apenas 32% das crianças e adolescentes tomaram a 2° dose da Qdenga em MS

Apenas 32% das crianças e adolescentes tomaram a 2° dose da Qdenga em MS Marcelo Victor

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Dados divulgados pelo Departamento do Programa Nacional de Imunizações (DPNI) indicam que em Mato Grosso do Sul das 173 mil doses recebidas, apenas 66,7 mil primeiras doses foram aplicadas, e pouco mais de 21,5 mil pessoas retornaram para a segunda dose.

Como o público, em 2024, é composto por crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, faixa etária que concentra o maior número de hospitalização por dengue, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, alerta para a necessidade de se vacinar. 

“Dentro da faixa etária indicada pelo laboratório para receber a vacina, selecionamos o intervalo com maior número de hospitalizações por dengue no Brasil. Contudo, esse público tem uma adesão menor, justamente por não ser uma idade que frequenta os serviços de saúde rotineiramente. Por isso, os pais e responsáveis precisam levar as crianças e adolescentes para se vacinar. É um ato de amor e de responsabilidade”, destaca. 

É importante lembrar que o esquema vacinal requer um intervalo de três meses, e a população precisa ficar atenta à caderneta de vacinação para garantir a imunização completa.

Em âmbito nacional, o Brasil registra 2,2 milhões de primeiras doses de vacinas aplicadas contra a dengue. No entanto, há 636 mil registros de segundas doses. Os critérios para a definição dos municípios escolhidos para receber as doses da vacina foram definidos seguindo as recomendações da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI) e da OMS. 

“As vacinas serão direcionadas a regiões de saúde que incluam municípios de grande porte, com população residente de 100 mil habitantes ou mais, que apresentaram alta transmissão nos últimos dez anos, considerando também as taxas elevadas nos últimos meses”.

Combate ao mosquito

De acordo com o Ministério da Saúde, embora o imunizante ajude a conter o avanço da doença, não é a ferramenta mais eficaz para seu combate, devido à capacidade de produção do laboratório fornecedor, que não é suficiente para atender à demanda do Brasil. 

Portanto, além das ações realizadas pelos agentes de saúde, a população também deve fazer sua parte:

  • Use de telas nas janelas e repelentes em áreas de reconhecida transmissão;
  • Remova recipientes nos domicílios que possam se transformar em criadouros de mosquitos;
  • Vede reservatórios e caixas de água;
  • Desobstrua calhas, lajes e ralos;
  • Participe da fiscalização das ações de prevenção e controle da dengue executadas pelo SUS.

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Interior

Grupo invade casa e esfaqueia jovens em vingança pela morte de idoso

De acordo com relatos de uma das vítimas, o grupo de pessoas esfaqueou os jovens em vingança a morte do idoso no dia 7 de setembro. O caso segue em investigação na Polícia Civil.

24/09/2024 15h03

O caso segue em investigação na Polícia Civil de Aral Moreira

O caso segue em investigação na Polícia Civil de Aral Moreira Foto: Reprodução/Polícia Civil - MS

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Em busca de vingança pela morte de um idoso de 63 anos, quatro rapazes invadiram uma residência e esfaquearam dois jovens, de 23 e 28 anos, em Aral Moreira, a 377 quilômetros de Campo Grande. O caso foi registrado na delegacia do município como tentativa de homicídio e lesão corporal, e será investigado pela Polícia Civil

Conforme informações do boletim de ocorrência, o rapaz de 28 anos relatou que quatro homens invadiram sua residência e atacaram ele e seu cunhado, de 23 anos. Em depoimento, o jovem informou que foi atingido por três facadas nas costas, desferidas com um facão, enquanto seu cunhado foi atingido na cabeça.

As vítimas foram socorridas por testemunhas e encaminhadas ao hospital do município para receber os primeiros socorros. Aos policiais, uma das vítimas relatou que vem sofrendo ameaças de morte desde o dia 7 de setembro, após o assassinato do idoso de 63 anos. O idoso é pai de um dos envolvidos e sogro do outro.

Em depoimento à polícia, o jovem que foi esfaqueado afirmou que o autor do ataque e o idoso foram presos em flagrante no dia da morte do idoso. Desde então, ele passou a relatar que os familiares do autor estão ameaçando vingar o crime.

Diante das informações, o caso foi registrado na Polícia Civil e será investigado.

 

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