Correio B

Cinema

A força do filme curto

À frente do Festival Curta Campo Grande, a ser realizado de 28/10 a 2/11, e em meio ao processo de montagem de sua oitava produção nesse formato, Dannon Lacerda defende o curta-metragem como potência estética e de renovação do cinema

Continue lendo...

Na semana passada, o Festival Curta Campo Grande divulgou a lista de filmes selecionados para a sua primeira edição, que será realizada de 28/10 a 2/11 na Escola Estadual Maria Constança Barros Machado e no Centro Cultural José Octávio Guizzo, com programação totalmente gratuita e que envolverá seis mostras, incluindo duas competitivas (brasileira e sul-mato-grossense) e duas voltadas para o público infantojuvenil.

Com 1.035 inscrições de todo o Brasil, das quais 35 são obras de Mato Grosso do Sul, o festival selecionou 41 filmes. O evento, focado exclusivamente em curtas-metragens, celebra a diversidade da produção audiovisual nacional e também do que vem sendo produzido no Estado, oferecendo um panorama rico e bem plural do cinema brasileiro nas seguintes mostras: Curta Brasil, Curta MS, Hors Concours, Diversidade, Sessão Livre (para jovens de 10 a 15 anos) e a Mostrinha (para crianças de 5 a 9 anos).

Entre os selecionados, destacam-se obras de diferentes estados, como São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Ceará e Paraná, além dos filmes locais. Alguns exemplos são “A Lenda dos Cavaleiros da Água” (SP), “Dinho” (PE) e “Expresso Parador” (RJ), na mostra Curta Brasil, e “A Menina e a Árvore” (Campo Grande), “In Utero” (Bonito) e “Relatos de Uma Guerra” (Dourados), na mostra Curta MS. No júri, estarão a jornalista Simone Zuccolotto (Canal Brasil), o ator Diogo Almeida (Globo) e a produtora Lu Bigatão (Teatral Grupo de Risco).

“Cores no Breu” (RJ) e “Sereia” (PR) figuram na mostra Diversidade, que apresenta filmes de temática LGBTQIAPN+. Já na mostra Hors Concours, com trabalhos que vêm bombando na temporada, estarão, entre outros, “Bença” (PR) e “Pássaro Memória” (RJ). Confira a lista completa no box.

A curadoria das mostras foi liderada pelos profissionais Andréa Freire, Marcos Pierry e Ricardo Cota, que assinam a curadoria geral, enquanto Dannon Lacerda, idealizador do festival, assina a seleção da mostra Diversidade. Já a Sessão Livre e a Mostrinha têm seleção de Carol Dória.

Lacerda também atua como coordenador de curadoria, reforçando o olhar criterioso e plural do evento. Dos 41 filmes selecionados, que contemplam todas as regiões brasileiras, 10 são de São Paulo, 6 de Mato Grosso do Sul, 5 do Ceará, 4 do Rio de Janeiro e 4 do Paraná. O festival busca não só apresentar o melhor da produção audiovisual contemporânea, mas também fortalecer o diálogo entre os cineastas locais e nacionais, promovendo trocas e reflexões.

“UM CURTA É UMA ESCOLA”

Diretor de sete curtas, entre eles “As Marias” (2023), premiado em festivais brasileiros e no Canadá e em cartaz na Première Brasil do Festival do Rio, que segue até este domingo, Lacerda divide a agenda atual entre os arremates de produção do Curta Campo Grande e o processo de montagem de seu oitavo trabalho nessa metragem (“Caído do Céu”). O cineasta é um defensor ferrenho do filme de curta duração e explica porque decidiu criar um festival dedicado exclusivamente a essa metragem na Capital.

“Mato Grosso do Sul é um estado pequeno e já conta com dois grandes festivais que exibem metragens, o Bonito CineSur, que é um festival sul-americano, e o Festival de Ivinhema, que é o festival mais longevo do Estado e que também exibe longas-metragens brasileiros. Então, eu pensei que Campo Grande poderia contribuir com um projeto, com o festival direcionado a esse formato, aos curtas-metragens. Uma iniciativa que já acontece em vários lugares, como em São Paulo, o Kinoforum, como no Rio de Janeiro, o Curta Cinema, entre outros festivais de curtas”, afirma.

“Imagino que, assim como eles, no nosso caso, a gente pensou em, por meio de um festival de curtas, provocar reflexões sobre esse formato e sobre como ele pode ajudar os realizadores e realizadoras na investigação de novas linguagens, no desenvolvimento do seu olhar, do seu estilo. Porque é como dizia Abbas Kiarostami [cineasta iraniano]. Ele dizia: ‘Eu faço os meus longas para poder ter dinheiro para fazer meus curtas e aí me divertir’”, prossegue Lacerda.

“Porque eu acho que, eu que já fiz sete curtas e estou montando o meu oitavo curta-metragem, entendo que é ali que a gente aprende de fato. É na prática que a gente consegue viabilizar os nossos projetos e entender as nossas narrativas, desde a concepção do roteiro as filmagens e depois a montagem, que é um outro processo de restabelecimento dessa narrativa”, argumenta o cineasta, que também já dirigiu um filme de longa-metragem, “Copa 181” (2017).

“É uma escola. Um curta-metragem é uma escola. Então, sob o ponto de vista dos realizadores, eu diria isso. Agora, sob o ponto de vista do público, acho que é uma forma do público entrar em contato com obras de curta duração e ser estimulado a assistir cinema em diversos gêneros, de diversas propostas estéticas, e entender melhor a sétima arte. Acredito que um festival tenha essa função na formação do público para o cinema. Um festival de cinema tem essa função, como outros festivais dentro dos seus nichos”, argumenta.

“A origem, o motivo para propor e realizar o Curta Campo Grande, é esse: ajudar na colaboração, na formação dos profissionais nesse momento em que Campo Grande começa a ter uma produção maior, por causa das leis de incentivo, principalmente a Lei Paulo Gustavo, e também para colaborar na formação de plateia”, diz Lacerda, que nasceu em Guia Lopes da Laguna.

O Festival Curta Campo Grande é uma iniciativa da Chalana Produções, realizado com recursos da Lei Paulo Gustavo, via edital da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Campo Grande (Sectur), enquanto a mostra Curta MS foi selecionada pela Fundação de Cultura de MS, também por meio da Lei Paulo Gustavo, contemplando a edição de Campo Grande e a itinerância para Corumbá, desdobramento que ainda aguarda os trâmites para contratação.

O projeto também conta com o apoio do Sesc e da Fundação de Turismo de MS. Além das exibições, o evento realizará atividades paralelas como o laboratório de projetos, buscando fomentar o desenvolvimento do audiovisual local, a oficina de fotografia e os debates com realizadores.

Filmes selecionados por mostra

Curta Brasil

“A Lenda dos Cavaleiros da Água”, de Helen Quintans (SP) – Ficção, 23’.
“Deixa”, de Mariana Jaspe (RJ) – Ficção, 15’.
“Dinho”, de Leo Tabosa (PE) – Ficção, 20’.
“Expresso Parador”, de JV Santos (RJ) – Ficção, 25’.
“Helena de Guaratiba”, de Karen Black (RJ) – Ficção, 15’.
“Instruções para Chorar”, de Matheus Parizi (SP) – Ficção, 20’.
“Juvana de Xakriabá”, de Silvana Belini (GO) – Documentário, 25’.
“Kila e Mauna”, de Ella Monstra (CE) – Ficção, 19’.
“Km 100”, de Lucas Ribeiro (SP) – Ficção, 19’.
“O Sacro e o Profano”, de Rivanildo Feitosa (PI) – Documentário, 15’.
“Pequenas Insurreições”, de Willian de Oliveira (PR) – Ficção, 13’.
“Semeando a Terra”, de R. Fonte Mutt (DF) – Documentário, 9’.
“Vão das Almas”, de Edileuza Penha de Souza e Santiago Dellape (DF) – Ficção, 15’.

Curta MS

“A Menina e a Árvore”, de Ara de Andrade Martins (Campo Grande) – Animação, 10’.
“Formoso”, de Roberto Leite (Campo Grande) – Ficção, 13’.
“In Utero”, de Paulo César Avarenga Isidoro (Bonito) – Ficção, 19’.
“Ninguém lhe Estenderá a Mão”, de Deivison Pedrê de Souza (Campo Grande) – Ficção, 14’.
“Relatos de uma Guerra”, de Pedro Biava (Dourados) – Documentário, 26’.
“Somos Uno”, de Gabhi S. Dias (Campo Grande) – Documentário, 5’.

Hors Concours

“Bença”, de Manu Cappu (PR) – Ficção, 15’.
“Cabana”, de Adriana de Faria (PA) – Ficção, 14’.
“Esta Noite Seremos Felizes”, de Diego dos Anjos (SP) – Ficção, 35’.
“Júpiter”, de Carlos Segundo (RN) – Ficção, 15’.
“Pássaro Memória”, de Leonardo Martinelli (SP) – Ficção, 15’.

Diversidade

“Cores no Breu”, de Mariana Queiroz (RJ) – Ficção , 23’.
“Emocionado”, de Pedro Melo (PE) – Ficção, 19’.
“Quarta-feira”, de Maria Odara (PE) – Documentário, 9’.
“Os Finais de Domingo”, de Olavo Junior (CE) – Ficção, 8’.
“Sereia”, de Estevan de la Fuente (PR) – Ficção, 14’.

Sessão Livre (10 a 15 anos)

“Baobab”, de Bea Gerolin (SP) – Animação, 10’.
“Bonita de Rosto”, de Ana Squilanti (SP) – Ficção, 19’.
“Colchão D’água”, de Livia Mota (RN) – Animação, 6’.
“Fala Vô”, de Felipe Rissalah Villela Nascimento (ES) – Animação, 10’.
“Guardas-chuvas Perdidos Viram Clipes de Papel”,
de Jonh Patrick (CE) – Ficção, 17’.
“Quando Meu Corpo Toca o Céu”, de Ingrid Torres (RN) – Documentário, 23’.
“The Kite”, de Isabela Alves (SP) – Animação, 8’.

Mostrinha (5 a 9 anos)

“Aerial Rivers”, de Francisco de Paula (SP) – Animação, 4’.
“Fontossíntese”, de Rodrigo do Viveiro (CE) – Animação, 6’.
“Luzia e a Sombra”, de Bako Machado (PE) – Animação, 9’.
“Receita de Vó”, de Carlos Hardt (PR) – Animação, 3’.
“Só É Feliz Quem se Arrisca”, de Rodrigo Vulcano e Lucas Lima (CE) – Animação, 14’.

*Para mais informações: https://www.festivalcurtacampogrande.com/ e @festivalcurtacampogrande.

Assine o Correio do Estado

Astrologia

O que esperar para 2025? Veja as previsões dos astros

Com cinco mudanças planetárias, o novo ano promete balançar todas as estruturas

20/12/2024 15h00

2025 será um ano de muitas mudanças

2025 será um ano de muitas mudanças Reprodução / IA

Continue Lendo...

O ano de 2025 promete ser um período de intensas transformações e mudanças significativas no cenário astrológico.

Para verificar, como se darão essas mudanças, Correio B conversou com a astróloga Jussara Mathos que adiantou que após um 2024 marcado por eventos climáticos extremos e temperaturas recordes, o novo ano se apresenta como um capítulo inédito, com movimentações planetárias que indicam uma era de profundas renovações coletivas e individuais.

Mudanças planetárias

Um dos aspectos mais notáveis de 2025 é a mudança de signo de vários planetas geracionais em um curto espaço de tempo. Plutão, Netuno, Saturno, Júpiter e Urano entrarão em novas casas em sequência.

"Toda mudança tem um viés de buscar o nosso melhor, nosso melhor potencial, a nossa melhor forma, a nossa melhor versão. E eu acredito que as dificuldades que nós vamos atravessar em 2025 tem esse olhar, de despertar, de acordar. Porque do jeito que está, não dá mais. Algo tem que acontecer. [...] E aí quando um planeta grandão, geracional, faz uma mudança de signo já causa um grande impacto no mapa. Seja no mapa pessoal ou no mapa de uma nação. Agora imagina que nós vamos estar vivenciando cinco mudanças de mapas, de planetas saindo de um signo e indo para outro signo", pontua a astróloga.

2025 será um ano de muitas mudançasAstróloga Jussara Mathos

Plutão, astro relacionado ao renascimento e à renovação, que permaneceu em Capricórnio por quase 16 anos, ingressou definitivamente em Aquário em 19 de novembro de 2024, onde permanecerá até 2044. Esta transição promete revolucionar as estruturas sociais, enfatizando a cooperação comunitária e o uso ético da tecnologia para o bem comum.

Netuno, que representa o misticismo, fará sua mudança para Áries em 30 de março de 2025 após 14 anos em Peixes. Este trânsito, que não ocorria desde o período entre 1861 e 1874, trará uma nova onda de inspiração e criatividade, incentivando a materialização de sonhos e ideais em realidades tangíveis.

Saturno, o senhor do tempo, também ingressará em Áries em 25 de maio, após dois anos em Peixes. A conjunção entre Saturno e Netuno em Áries é um dos eventos mais aguardados do ano astrológico, inaugurando um ciclo de 36 anos que promete remodelar estruturas individuais e coletivas. Esta união combina a abordagem prática de Saturno com a visão intuitiva de Netuno, propondo uma fase de integração entre idealismo e pragmatismo.

Júpiter, associado à expansão e ao conhecimento, permanecerá em Gêmeos no primeiro semestre, enfatizando comunicação e aprendizado. Em 19 de junho, move-se para Câncer, trazendo uma expansão mais emocional e familiar, fortalecendo laços e valorizando tradições.

Urano, o planeta da inovação, entrará em Gêmeos em 7 de julho, impulsionando avanços tecnológicos e mudanças na forma de comunicação. No entanto, ficará retrógrado em setembro, retornando a Touro em novembro, para voltar definitivamente a Gêmeos apenas em 2026.

Eixo nodal

Em 2025, um importante movimento astrológico ocorrerá com a mudança do eixo nodal para Peixes e Virgem, trazendo consigo uma série de eclipses que influenciarão temas de espiritualidade e pragmatismo até 2027. 

Esse eixo nodal, formado pelos pontos onde a órbita da Lua cruza a órbita aparente do Sol, tem um impacto significativo tanto no desenvolvimento coletivo quanto no pessoal.

Com esta transição, seremos convidados a equilibrar a energia compassiva e mística de Peixes com o senso prático e organizacional de Virgem. Peixes nos incentivará a conectar com valores elevados e intuição, enquanto Virgem nos lembrará da importância de agir com responsabilidade e eficiência no dia a dia.

O alinhamento astrológico representa um chamado para integrarmos nossas crenças espirituais de forma tangível em nossas vidas cotidianas, promovendo empatia e altruísmo. É um convite para um despertar genuíno, estimulando um maior interesse por práticas que promovam o bem-estar comum e a aplicação prática da espiritualidade.

Além disso, esse movimento pode impulsionar a busca por soluções inovadoras para crises de saúde e desafios sociais. Podemos esperar o surgimento de novos projetos que combinem sensibilidade com eficiência, especialmente em áreas como saúde mental e questões ambientais.

Marte retrógrado

Um aspecto desafiador de 2025 será o movimento retrógrado de Marte entre 6 de dezembro de 2024 e 24 de fevereiro de 2025, iniciando em Leão e finalizando em Câncer. Este período pode impactar a energia vital e a assertividade, exigindo reflexão e reavaliação de objetivos e estratégias.

A oposição entre Marte em Leão e Plutão em Aquário será um dos aspectos mais tensos do ano, podendo trazer à tona conflitos relacionados a dinâmicas de poder e transformação. Este aspecto demandará cautela e maturidade para lidar com possíveis tensões internas e externas.

Panorama

Embora 2025 se apresente como um ano desafiador, com potencial para instabilidades e mudanças abruptas, também oferece oportunidades únicas para crescimento e evolução. As transformações previstas sinalizam o despertar de uma nova consciência coletiva, reconhecendo a necessidade de mudanças profundas em nossa relação com o planeta e entre nós mesmos.

Esse período de transição, que se estenderá entre 2025 e 2026, trará finalizações, reestruturações e novos começos em diversas áreas da vida. A chave para navegar por essas mudanças será manter-se aberto ao novo, cultivar discernimento e maturidade, e buscar formas construtivas de lidar com os desafios que surgirão.

Embora todos sintam os efeitos dessas movimentações planetárias, a intensidade e as áreas específicas de impacto variarão de acordo com o mapa natal individual. Portanto, o conhecimento da Carta Natal, aliado à compreensão dos trânsitos, pode ser uma ferramenta valiosa para fluir positivamente com as mudanças que se aproximam.

Assine o Correio do Estado

AGENDA CULTURAL

Don Juan pantaneiro

Grupo teatral apresenta adaptação de clássico que dialoga com as tradições de MS; Elias Borges lança livro de poesia; Bianca Resende e Marina Torrecilha fazem leitura de aventura indígena infantil; Cia. Yordana estreia espetáculo de dança cigana

20/12/2024 10h00

Com direção de Natan Soares e cinco atores em cena, a montagem traz o clássico de Molière para as referências de MS; hoje, às 19h30min, no Teatro do Mundo

Com direção de Natan Soares e cinco atores em cena, a montagem traz o clássico de Molière para as referências de MS; hoje, às 19h30min, no Teatro do Mundo Foto: Divulgação

Continue Lendo...

A Cia. Perspectiva apresentará hoje, às 19h30min, no Teatro do Mundo, a quarta e última apresentação da temporada de estreia de “Don Juan”. O espetáculo é uma adaptação da comédia clássica de Molière (1622-1673) com texto e direção de Natan Soares, que dialoga com elementos da tradição de Mato Grosso do Sul. No elenco estão Tayla Morais, Joca Henrique, Diosant, Thalita Dias e Thiago Bartô. Classificação indicativa: 12 anos. Os ingressos, via Sympla, custam R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia). Confira a sinopse.

“Aqui, a jornada do infame sedutor vai além de suas conquistas amorosas. Don Juan se depara com a inevitabilidade das consequências de seus atos em uma trama que combina momentos de humor, drama e introspecção. A adaptação convida o público a descobrir um Don Juan mais humano e complexo. A narrativa explora sua luta interna entre a busca pelo prazer e os dilemas de uma consciência que, gradativamente, o leva à beira da loucura”.

Para Soares, “a peça ganha uma nova dimensão ao incorporar uma visão sul-mato-grossense, enriquecendo a narrativa com uma abordagem que explora temas universais, como moralidade, desejo e redenção, sob um olhar contemporâneo e culturalmente enraizado”.

O encenador Fernando Lopes, responsável pelo Teatro do Mundo, assina embaixo: “Fazem do jeito deles, com muito humor e inteligência. Bom demais”. Endereço: Rua Barão de Melgaço, nº 177, Centro.

FRANTIELLY E KELLY

Hoje e amanhã, o Sesc Teatro Prosa abrigará mais duas apresentações da Mostra Sesc Solos em Cena, com ingressos gratuitos pelo Sympla. Hoje, às 19h, Frantielly Khadija apresenta “Relicário de Mim”, com direção cênica de Chico Neller. O espetáculo convida “a adentrar um universo de fragmentos íntimos e memórias corporais”, explorando “as miudezas” da trajetória pessoal e artística da intérprete criadora, que transforma lembranças e experiências em movimento.

A palhaça Mixirica, interpretada por Kelly Figueiredo, ocupará a cena amanhã, às 16h, com o seu “Mixicirquinho”. No espetáculo, com a divertida Mixipulga, a palhaça faz o público mergulhar em um universo de fantasia e imaginação, recriando as aventuras circenses que encantam crianças e adultos. Com uma piscina mágica e uma corda bamba desafiadora, as duas transformam o teatro em um verdadeiro picadeiro repleto de surpresas e diversão.

BIANCA E MARINA

Amanhã, às 16h, na biblioteca do Prosa, bem ao lado da sala de espetáculos, Bianca Resende (texto) e Marina Torrecilha (ilustrações), autoras de “A Guerreira Potira”, receberão o público no encontro Literatura – Hámor no Sesc – Miolo, com a leitura integral do livro criado pela dupla. Não será necessária a retirada prévia de ingressos. Na obra, a indígena Potira ganha uma aventura diferente do que se conhece pelo folclore, em que sua presença está associada ao surgimento dos diamantes nas minas do Centro-Oeste.

Na lenda oral do folclore, o amor de Potira pelo guerreiro Itagibá era tão puro e intenso que, após a morte dele em uma batalha, o deus Tupã teria transformado as lágrimas de dor e saudade dela nas pedras preciosas. No conto do livro, ao se deparar com a violência sofrida pela mata e o impacto ambiental e social que o desmatamento carrega, Potira precisa encontrar forças para guardar o lar que a natureza representa para os homens.

Todo o universo da Potira no livro é construído a partir de referências geográficas, históricas, biológicas e culturais brasileiras. E ela ganha a companhia de seres mágicos e folclóricos que a guiam, ensinam e também aprendem: Mbae, Mbuá, Guayi e Kaluanã. O Sesc Teatro Prosa está localizado na Rua Anhanduí, nº 200. Grátis.

ELIAS BORGES

“Exploro a linguagem minimalista, gosto de versos curtos, sou escritor de microcontos também. Esses poemas são para falar dos abismos que as pessoas nos impõe e que nós impomos aos outros nas nossas relações. Amor não é uma coisa fácil, mas a gente não vive sem”.

É assim que o filósofo e professor Elias Borges comenta “Monograma de Amor – De Abismos e De Pontes”, seu novo livro, bancado com recursos do Fundo de Investimentos Culturais (FIC).

Em edição bilíngue (inglês/português), a obra traz 56 poemas curtos e será lançada amanhã, às 17h, na Biblioteca Isaías Paim (Av. Fernando Corrêa da Costa, nº 559), com a presença do autor.

“A minha poética é tragédia e amor, eu copio no sentido da mimesis, é o que eu estudo desde sempre, desde que me propus a estudar os nossos mestres gregos. Procuro com uma linguagem sucinta colocar isso para os leitores. Espero que gostem”, afirma Borges, que também é sociólogo.

YORDANA

A Cia. Yordana de Dança Cigana estreará amanhã “Povo das Estrelas”. O espetáculo será apresentado no Teatro Allan Kardec (Av. América, nº 653, Vila Planalto) a partir das 19h30min. Os ingressos custam R$ 35. Mais informações: (67) 9 9988-3072.

“A dança cigana é uma linguagem que se manifesta a partir de toda uma forma de pensar, sentir e viver do povo cigano. O nomadismo cigano incorporou e transmitiu novas expressões artísticas a sua dança com influência das culturas locais, criando, assim, uma grande diversidade de danças ciganas pelo mundo, cada qual com características típicas de sua região”, afirma a dançarina e produtora Yordana.

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).