Queria admitir para vocês que sou muito versada no universo de Star Wars, a franquia que para mim é uma das mais queridas e que marcou minha infância, mas a galáxia é muito vasta, e mesmo com um bom conhecimento, às vezes vejo que preciso investir mais tempo.
Digo isso porque para acompanhar as séries que estão sendo produzidas, é preciso ver todas para não apenas curtir as ligações, mas para entender a história. The Mandalorian é uma delas.
A estreia da terceira temporada, depois de um hiato de um ano, é para se celebrar. Primeiro, por algumas semanas teremos conteúdo duplo de Pedro Pascal, o pai adotivo do momento que vive uma relação próxima e involuntária com adolescentes nas duas séries que estrela: Star Wars e The Last of Us, na HBO.
E também, óbvio, marca a volta de Grogu. Mas antes de começar a assistir, vale alguns comentários e recaps. A série foi criada por Jon Favreau em 2019, com enorme sucesso e a trama se desenrola começa apenas cinco anos após os eventos de O Retorno de Jedi (1983), com a queda do Império Galáctico e a morte de Darth Vader.

Nesse universo teoricamente ‘pacífico’, conhecemos Din Djarin (Pedro Pascal), um caçador de recompensas solitário e seguidor da linha dos ‘Mandalorianos’, que nunca podem mostrar seus rostos em público.
Mando, como é chamado por amigos, odeia e desconfia de qualquer androide porque os responsabiliza pela destruição de sua família e planeta, anos antes.
Na 1ª temporada, após terminar um serviço, ele recebe de Greef Karga (Carl Weathers) a missão de recuperar um alvo desconhecido do obscuro planeta Arvala-7, em troca de uma grande recompensa a ser paga por um ex-seguidor do Império, “O Cliente” (Warner Herzog).
O alvo, segundo ele, tem 50 anos e um sinal de rastreamento. Ao chegar ao seu objetivo, Mando descobre que o alvo é apenas uma criança, um ser da espécie do grande mestre Yoda, também com grande conexão com a Força. Imediatamente penalizado com o provável destino dele, em vez de entregá-lo para o Império foge para protegê-lo e reuni-lo com sua espécie.
Claro que é apenas o início de uma longa e perigosa aventura, onde são perseguidos por Moff Gideon (Giancarlo Esposito), que quer usar os poderes de Grogu (cujo nome não é revelado em nenhum momento antes da 2ª temporada) com a Força. A história termina em aberto, com a dupla em fuga.
Na segunda temporada, de 2020, a aventura segue com o Mando focado na missão de encontrar outros membros da espécie de Grogu. Com isso, “pai e filho” cruzam com várias personagens no caminho, incluindo Boba Fett e outros clássicos do universo Star Wars como Bo-Katan Kryze (Katee Sackhoff), a legítima rainha de Mandalore da série animada Clone Wars e Ahsoka Tano (Rosario Dawson).
É revelado o nome de Grogu e a confirmação de que ele estava sendo treinado como Jedi, mas não completou os ensinamentos. No entanto, Moff Gideon consegue sequestrar Grogu e Mando conta com um super time de mercenários para recuperar ‘seu filho’ e o Darksaber, uma espada poderosa que está com o vilão e que é de interesse pessoal de Bo-Katan porque ela permite ao portador o direito de governar Mandalore.
DivulgaçãoEm um episódio final de tirar o fôlego, a luta é ferrenha e Mando acaba tirando o Darksaber de Moff Gideon, para choque de Bo-Katan, porque significa que ele agora é o novo governante de Mandalore.
Quando tudo parece sem esperança e eles são cercados por Darktroopers, Luke Skywalker (Mark Hamill) os salva. Ele veio resgatar Grogu, que volta ao treinamento Jedi com ele.
É quando “pai e filho” precisam se separar e o Mando acaba transgredindo o juramento, ao remover seu capacete para que Grogu veja o seu rosto. Grogu vai embora com Luke, mas a tristeza da separação parte o coração de todos.
E aí é que está. Em tese, a história da 3ª temporada recomeçaria aqui, mas não! Os últimos episódios da série Book of Boba Fett, onde o Mando e Grogu se reúnem, é que é a ligação.
A terceira temporada começa depois disso tudo e, mesmo com o resumo da abertura, quem “pulou”, fica confuso. Isso tem sido um problema para os críticos.
Se para ter compreensão de tudo é obrigatório ver TODAS as séries e filmes, fica difícil e mais provável a desistência do que a insistência de acompanhar a série. Falha de roteiro, pessoal. Espero que com o resumo apressado dessa coluna possa ter ajudado!
O episódio de estreia é cheio de batalhas e easter eggs, mas um pouco confuso se você não está atualizado com o universo Star Wars. A única maneira de Mando ser purificado de seus “pecados” é nadar “nas águas vivas das minas do devastado planeta Mandalore”, e, para chegar lá, a dupla luta com seres de outras espécies, navios piratas, amigos e inimigos.
Para chegar à Mandalore, Din precisa consertar o andróide IG-11, que se sacrificou na 1ª temporada para salvar Grogu. Ele precisa para encontrar um circuito de memória substituto para o robô, o que é apenas o primeiro passo para alguns desvios.
Como já é característica da série, as missões originais “se perdem” com os obstáculos que conhecemos a cada episódio, mas isso também faz parte da diversão. Especialmente por termos Grogu, infalível em sua fofura. Pode ser pequeno e sapeca, mas já é gigante na preferência dos fãs. Uma dinâmica que se paga no final. Citando o lema dos mandalorianos: “Este é o caminho”!



