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ARTE E EDUCAÇÃO

Alunos e professores do Moinho Cultural inovam na celebração de 2022

Em Corumbá, alunos e professores do Moinho Cultural inovam na celebração de fim de ano e realizam aulas públicas para marcar encerramento das atividades de 2022; maestro com formação no MC apresenta-se no Rio de Janeiro pela primeira vez

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Guadakan, em idioma guató, significa Pantanal. Por trás do termo está uma lenda relacionada a uma comunidade da etnia que se estabeleceu onde atualmente se localiza a lagoa Gaíva, na fronteira entre o Brasil e a Bolívia, em uma região que, de início, era seca.

Foi dessa cosmologia indígena que o Instituto Moinho Cultural Sul-Americano, em Corumbá, pegou o mote para o evento de encerramento de suas atividades deste ano.

Outra novidade: o Moinho In Concert 2022 – Guadakan, em vez de uma, contará com quatro apresentações, e, com o objetivo de ampliar ainda mais o público, a celebração será em formato de aula pública.

Era grande a mobilização de professores e alunos do Moinho Cultural durante a semana passada, na reta final dos preparativos para a celebração, que vai ser realizada em quatro sessões da aula pública Guadakan, amanhã e quinta-feira (14 e 15), no Centro de Convenções do Pantanal (Rua Domingos Sahib, nº 570, Porto Geral, Corumbá).

Os envolvidos diretamente nos projetos da instituição comemoram a possibilidade de, com o novo formato de aula pública, o Moinho In Concert 2022 poder propagar a arte ali criada para um número maior de pessoas.

“Neste formato de aula aberta ao público, conseguimos possibilitar que mais pessoas assistam. Além dos pais e familiares dos nossos participantes, vamos ter na plateia crianças, adolescentes, jovens que são atendidos por projetos sociais da nossa região, escolas, abrigos”, afirma a diretora-executiva do Moinho Cultural, Márcia Rolon.

“Este momento é o encerramento do ano da formação continuada do Moinho Cultural e é, por si só, uma celebração”, enfatiza Márcia, também diretora-geral do espetáculo.

23 MIL ALUNOS 

Além de marcar o encerramento das atividades desenvolvidas pela instituição ao longo do ano, as sessões Guadakan também estarão comemorando os 18 anos do Moinho Cultural, completados neste ano. Ao longo desse período, a instituição já atendeu mais de 23 mil crianças em situação de vulnerabilidade social da região fronteiriça.

Para celebrar a data, a aula-espetáculo, concebida a partir da lenda guató que dá nome à festança, vai unir dança contemporânea e música de orquestra executada ao vivo.

A partir da lenda indígena, o Moinho In Concert 2022 – Guadakan propõe a todos uma reflexão: “Nos incêndios de 2020, mais de 17 milhões de animais vertebrados foram mortos pela ação do fogo no Pantanal. Qual imagem podemos ver no reflexo de suas águas?”, provoca a indagação, com a qual as turmas do Moinho Cultural tem convivido para materializar a aula aberta. 

“Diante da imensidão do Pantanal, é fácil e corriqueiro pensar que ele não tem dono. Mas tem. E cuidar destes recursos que nos são oferecidos é dever de todos. Ver animais agonizando despertou em nós a urgência em falar muito mais sobre a importância de conservar todo este patrimônio que se desenrola sob nossos olhos”, fundamenta Márcia Rolon.

O espetáculo em formato de aula pública vai reunir mais de 400 participantes do Moinho Cultural, além da Orquestra de Câmara do Pantanal (Ocamp) e da Cia de Dança do Pantanal. Mais de 60 pessoas estão envolvidas diretamente na produção.

Além da concepção cênica e da direção-geral de Márcia Rolon, os créditos do Moinho In Concert 2022 trazem, na adaptação musical e nos arranjos, o maestro Eduardo Martinelli, na regência, e o maestro José Maikon Amorim Alves; na coreografia, Chico Neller; e, nos figurinos, Luiz Gugliatto.

NASCE UM MAESTRO

Criada dentro do Instituto Moinho Cultural Sul-Americano, a Ocamp realizou duas apresentações no Rio de Janeiro durante o fim de semana passado. Uma das apresentações também marcou a estreia do jovem José Maikson como maestro da orquestra em outro estado.

Anunciado como o primeiro maestro corumbaense, Maikson fez a formação oferecida pelo Moinho Cultural, cursou faculdade de Música fora de Mato Grosso do Sul e retornou a Corumbá. Com o apoio da Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB), por meio do programa Vale Música, agora, aos 27 anos, ele se formou maestro e assumiu a Orquestra de Câmara do Pantanal.

“Estamos celebrando a formação de um novo maestro para Corumbá. José Maikson é o primeiro maestro de Corumbá e foi formado pelo Moinho Cultural, com a ajuda de parceiros muito especiais para nós. Este é um momento único e extremamente importante. É o momento de consolidação da Ocamp e também da maturidade de 18 anos do Moinho Cultural”, afirma a diretora-executiva da instituição.

PASSO IMPORTANTE

Para José Maikson, a estreia como maestro fora dos palcos sul-mato-grossenses é mais um passo na carreira.

“É um passo muito importante, que, com certeza, vai marcar minha carreira. E é fruto da contribuição de muitas pessoas que me ajudaram até aqui na minha formação”, reconhece o regente.

A primeira apresentação da Ocamp no Rio de Janeiro foi na tarde de sábado (10), na Sala Cecília Meireles. Também se apresentaram no local, na região central da capital carioca, a Orquestra Chiquinha Gonzaga e a Orquestra Sinfônica Jovem Fluminense.

O convite para a Ocamp marcar presença partiu do próprio diretor da Sala Cecília Meireles, maestro João Guilherme Ripper. O músico também é um dos padrinhos da orquestra.

Já na tarde de domingo (11), a Ocamp participou de um concerto gratuito, no Aterro do Flamengo, junto com a OSB.

A apresentação integrou a agenda da parceria mantida entre a Orquestra Sinfônica Brasileira e o Programa Vale Música, contando ainda com a participação de 36 alunos do programa vindos das cidades de Belém (PA) e Serra (ES), além de Corumbá.

Os jovens participaram de atividades didáticas e artísticas com a OSB ao longo deste ano.

TEMPORADA INTENSA

A regência ficou a cargo do maestro Daniel Guedes, que conduziu obras como as “Bachianas Brasileiras nº 4”, de Heitor Villa-Lobos (1887-1959), a abertura da ópera “Guilherme Tell”, de Gioachino Rossini (1792-1868), e “Saudade”, de Chiquinha Gonzaga (1847-1935).

A apresentação no concerto com a OSB serviu de coroamento para a intensa temporada de atividades que envolveu os jovens talentos em 2022.

Foram aulas, mentorias artísticas, residências pedagógicas, workshops, participação em concertos, entre outras, que tiveram como objetivo aprimorar a técnica instrumental dos alunos e oferecer a eles uma vivência orquestral.

“Este é o início do nosso ano comemorativo de 18 anos. Não teria nada mais especial do que tocar no Aterro do Flamengo. É uma semana que começou com a apresentação com a OSB e terminará com o Moinho In Concert, em formato de aula pública neste ano. Só temos a agradecer a esse caminho e a todos os parceiros”, diz Márcia Rolon.

AS HÉLICES DO MOINHO

O Moinho Cultural é uma organização da sociedade civil (OSC) que oferece para crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social, de Corumbá, Ladário, Puerto Suarez e Puerto Quijarro, aulas de dança, música, tecnologia e informática. A formação continuada oferecida pela instituição tem duração de até oito anos.

A instituição também atua na formação de intérpretes criadores para jovens e adultos, com a Companhia de Dança do Pantanal, a Orquestra de Câmara do Pantanal e o Núcleo de Tecnologia.

A missão do Moinho é diminuir a vulnerabilidade social na região de fronteira Brasil-Bolívia, por meio do acesso a bens culturais e tecnológicos.

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B+: Especialista explica o que é o red pill, que ganhou repercussão após caso de Thiago Schutz

"Não é influência positiva, é propaganda de misoginia". Especialista em relacionamentos, a Dra. em psicologia Vanessa Abdo explica como a ideologia do movimento afeta nos direitos das mulheres e contribui para o incentivo à violência

13/12/2025 17h00

B+: Especialista explica o que é o red pill, que ganhou repercussão após caso de Thiago Schutz

B+: Especialista explica o que é o red pill, que ganhou repercussão após caso de Thiago Schutz Foto: Divulgação

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O termo “red pill” tem gerado em muitos debates nas redes sociais devido à denúncia de agressão e tentativa de estupro de Thiago Schutz, conhecido como “Calvo do Campari”. O coach foi detido em Salto (SP) no último dia 29 de novembro, após ser denunciado para a Polícia Civil pela namorada. Thiago Schutz é considerado influenciador do movimento “red pill”, por produzir conteúdos e ser autor de livro que aborda o tema.

Mas afinal, você sabe o que significa o movimento “red pill” e por que ele afeta violentamente as mulheres? Para responder a essa pergunta e esclarecer outras dúvidas sobre o tema, conversamos com a doutora em Psicologia Vanessa Abdo.

Sobre o termo

O nome “red pill” (pílula vermelha, em português) vem de um conceito fictício do filme “Matrix” (1999), em que a pílula vermelha seria a escolha para "despertar" e ganhar "consciência" da realidade do mundo.

Com essa narrativa, o movimento red pill passou a criar teorias da conspiração que incentivassem os homens a “acordem para a realidade” e não serem “dominados” pelas mulheres.

“O red pill se apresenta como uma ‘verdade sobre as relações’, mas na prática é um conjunto de ideias que reduz mulheres a objetos, corpos, funções ou serviços e coloca os homens como dominantes e superiores. É uma ideologia que traveste controle e desprezo como se fossem ‘ciência comportamental’. Quando os nossos corpos são objetificados, não tem graça. Isso não é sobre relacionamento, é sobre poder”, afirma a psicóloga Dra. Vanessa Abdo.

Qual a relação do red pill com a misoginia?

“A base do red pill é a crença de que as mulheres valem menos, sentem menos, pensam menos ou merecem menos. Isso é misoginia. O movimento estimula o desprezo pelas mulheres, especialmente as fortes e independentes, justamente porque homens que aderem a esse discurso precisam de parceiras vulneráveis para manter no seu controle. A misoginia não é efeito colateral do red pill, é sua espinha dorsal.”

Por que o red pill é tão perigoso para toda a sociedade, principalmente para as mulheres?

“Porque ele normaliza a violência. Quando você cria uma cultura em que mulheres são tratadas como objetos descartáveis, a linha entre opinião e agressão se dissolve. Esse tipo de discurso incentiva violências físicas, psicológicas, sexuais e digitais, que são camufladas como humor ou “liberdade de expressão”. Uma sociedade que naturaliza o desprezo por mulheres adoece, retrocede e coloca todas em risco.” 

Nas redes sociais, muitos homens fazem uso de um discurso de ódio às mulheres disfarçado de humor. Qual a diferença da piada para a incitação à violência?

“A piada provoca riso, não medo. A piada não tira a humanidade do outro. Quando o ‘humor’ reforça estereótipos, desumaniza mulheres e legitima agressões, ele deixa de ser brincadeira e se torna uma arma. A diferença está na intenção e no efeito. Se incentiva o desrespeito, a dominância ou a violência, não é humor, é incitação.

É importante reforçar que combater a misoginia não é sobre guerra dos sexos, é defesa da vida. Toda vez que normalizamos piadas que objetificam mulheres, abrimos espaço para violências maiores. Precisamos ensinar homens, especialmente jovens, a construir relações baseadas em respeito, não em dominação. E precisamos dizer claramente que humor não pode ser usado como máscara para ódio.”

Na internet, muitas pessoas consideram quem prolifera o movimento red pill como “influenciadores digitais”. Qual a sua opinião sobre isso?

“Influenciadores pressupõem responsabilidade social. Quem difunde ódio e objetificação influencia, sim, mas influencia para o pior. Não podemos romantizar a figura de alguém que lucra reforçando violência simbólica e emocional contra mulheres. É preciso nomear corretamente: isso não é influência positiva, é propaganda de misoginia.”

Sobre o caso de Thiago Schutz, surgiram muitos julgamentos sobre as mulheres que tiveram um relacionamento com ele mesmo cientes do posicionamento que ele adota nas redes sociais. Como você avalia isso?

“Culpar mulheres é repetir a lógica da violência. O discurso misógino desses movimentos é sedutor exatamente porque se disfarça de humor, lógica ou ‘verdade inconveniente’. Relacionamentos abusivos não começam abusivos, eles começam carismáticos. Além disso, mesmo quando uma mulher percebe sinais de risco, ela pode estar emocionalmente envolvida, vulnerável ou acreditar que será diferente com ela. O foco não deve ser questionar as mulheres, mas responsabilizar quem propaga discursos que desumanizam e ferem.”

Como uma mulher pode identificar um homem misógino?

“Existem sinais claros:

* Desprezo por mulheres fortes ou independentes.

* Humor que sempre diminui o feminino.

* A crença de que mulheres devem ser controladas ou colocadas ‘no seu lugar’.

* Incômodo com a autonomia da parceira.

* Falas generalizantes, como ‘mulher é assim’ ou ‘toda mulher quer…’.

Desconfie de homens que desprezam mulheres, especialmente as fortes. Eles precisam que a mulher seja vulnerável para se sentir poderosos.”

Como uma mulher pode identificar que está dentro de um relacionamento abusivo?

“O abuso aparece em forma de controle, medo e diminuição. Se a mulher começa a mudar sua vida, roupas, amizades ou rotina para evitar conflitos, se se sente culpada o tempo inteiro; se vive pisando em ovos, se sua autoestima está sendo corroída, se há chantagem, humilhação, manipulação ou isolamento, isso é abuso. Não precisa haver agressão física para ser violência.”

Como podemos ajudar uma mulher que é vítima de um relacionamento abusivo?

“O principal é acolher, não julgar e não pressionar. Ela já vive em um ambiente de medo e culpa. Oferecer apoio prático, ouvir, ajudar a montar uma rede de proteção, encaminhar para serviços especializados e incentivar ajuda profissional é mais efetivo do que dizer: ‘saia desse relacionamento’. O rompimento precisa ser planejado. Segurança vem antes de tudo.”

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Pet B+: Pets enjoam da ração? Entenda os motivos do seu animal perder o interesse pelo alimento

Médica-veterinária explica que cães e gatos não têm o mesmo comportamento alimentar dos humanos e aponta possíveis razões para recusarem a ração

13/12/2025 15h30

Pet B+: Pets enjoam da ração? Entenda os motivos do seu animal perder o interesse pelo alimento

Pet B+: Pets enjoam da ração? Entenda os motivos do seu animal perder o interesse pelo alimento Foto: Divulgação

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Não é raro os responsáveis por pets observarem que seu animalzinho perdeu o interesse pelo alimento oferecido, e a primeira coisa a se pensar é que ele enjoou da ração. Afinal, a ideia de comer a mesma coisa todos os dias, em todas as refeições, não parece muito atrativa para nós, seres humanos. E como os pets, de modo geral, costumam ter uma única fonte de alimento, o desinteresse seria um sinal de que está na hora de trocá-lo.

Para quem se pergunta se o animal de companhia “enjoa” da ração, a resposta, do ponto de vista biológico, é que cães e gatos não precisam de trocas frequentes de alimentos apenas por variedade de sabor. Estudos mostram que os cães têm menos botões gustativos do que os humanos e são muito mais influenciados pelo olfato, pela textura e pela forma como o alimento é apresentado do que pela “novidade” do sabor em si.

Já os gatos são reconhecidamente mais seletivos, especialmente em relação ao aroma, à textura, à crocância e ao formato do alimento, o que ajuda a explicar por que podem recusar determinadas rações com mais facilidade.

“Enquanto os cães têm o olfato e a audição muito apurados em comparação aos seres humanos, o paladar é menos desenvolvido, de modo que eles tendem a aceitar bem uma dieta constante, sem necessidade de trocas frequentes apenas para evitar um suposto “enjoo”. Já os gatos, por serem mais exigentes quanto ao aroma e à textura, podem recusar o alimento quando há mudanças na formulação, no formato ou na crocância”, explica a médica-veterinária Amanda Arsoli.

Outro ponto importante é que os alimentos de qualidade são formulados para oferecer alta palatabilidade, uma combinação de fatores que envolve o aroma, a textura, o sabor e até a forma como é processado e apresentado. Esse conjunto de características estimula o consumo e garante que cães e gatos se alimentem de forma adequada, mantendo sua saúde e vitalidade.

Mas se os pets não costumam enjoar do alimento, por que então podem passar a recusá-lo? Amanda Arsoli explica que a falta de apetite é um sinal de alerta. “A redução ou até a recusa da alimentação pode estar ligada a fatores como estresse, alguma doença, mudanças no ambiente ou na rotina, chegada de outro animal ao convívio ou ainda alterações na formulação do alimento.

Diante de uma recusa persistente, é importante consultar o médico-veterinário de confiança, para que avalie o histórico do animal, realize os exames físicos e laboratoriais necessários e oriente, de forma adequada, sobre a necessidade – ou não – de mudança do alimento”.

Para complementar, Amanda Arsoli lista algumas razões que podem fazer com que o pet passe a recusar o alimento oferecido:

- Armazenamento incorreto, o que pode fazer com que o alimento perca aroma e outras características importantes. O ideal é que a ração seja mantida na embalagem original, pois ela foi desenvolvida para preservar as propriedades do produto. Além disso, a embalagem deve estar bem fechada e em local fresco e arejado, longe da luz, umidade e de produtos químicos;

- O comedouro estar em local inadequado, como ambientes muito quentes ou próximo de onde o animal faz suas necessidades;

- O alimento ficar muito tempo exposto no comedouro, perdendo suas características e atraindo pragas que possam contaminá-lo;

- Em dias muito quentes, o animal pode não ter vontade de comer nos horários de costume. O ideal é oferecer o alimento pela manhã e final do dia, por serem horários mais frescos;

- Oferecer petiscos em excesso, o que pode prejudicar o apetite e fazer com que o pet rejeite a ração.

 

Entender o comportamento alimentar dos pets, ficar atento ao quanto o animal está ingerindo diariamente e manter consultas periódicas ao médico-veterinário são atitudes essenciais para preservar a saúde e o bem-estar de cães e gatos ao longo de toda a vida.

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