“Terra”, “Tua” e “Trevo (Tu)”. “Agora Eu Quero Ir”, “Dengo” e “Fica”. “Clareiamô”, “Pra Me Refazer” e “Pupila”. “Me Conta da Tua Janela”, “Porque Eu Te Amo” e as recentes “universo de coisas que eu desconheço” – com tudo em letras minúsculas mesmo – e – com tudo em letras maiúsculas – “CAIXA POSTAL”.
Sucessos, Ana Caetano e Vitória Falcão têm aos montes. É com essa moral e sob o codinome artístico de Anavitória, com o qual ficaram conhecidas a partir da metade da década passada, que as duas cantoras aportam em Campo Grande para o show programado para o sábado (3/12), a partir das 21h, no Ginásio Poliesportivo Dom Bosco (Av. Júlia Maksoud, 815, Monte Castelo).
Os ingressos custam de R$ 50, meia-entrada para segundo lote da arquibancada, a R$ 170, inteira para o segundo lote do setor A, e podem ser adquiridos no estande da Pedro Silva Promoções do Comper Jardim dos Estados ou pelo site www.ingressodigital.com. Mais informações: (67) 99296-6565 – WhatsApp.
A dupla vem à Capital para apresentar o show da turnê “Cor”, do álbum de mesmo nome, o quarto da carreira, lançado de surpresa na virada de 2020 para 2021. Mas chega embalada por duas novas canções, que são fruto da parceria com a banda mineira Lagum.
NUMEROLOGIA
As já citadas “universo de coisas que eu desconheço” e “CAIXA POSTAL” foram lançadas há pouco mais de duas semanas cercadas de uma simbologia numerológica, no mínimo, curiosa. O lançamento nas plataformas musicais aconteceu exatamente às 11h11min do dia 11 de novembro, o 11º mês do ano no calendário.
A vibe das letras e o beat fazem das canções uma espécie de faces opostas de uma mesma moeda. Em entrevista ao portal CNN Brasil, Vitória Falcão destaca uma dimensão narrativa quando se toma em conjunto os dois singles. “Depois das músicas prontas, entendemos que estamos contando o início, meio e fim de um relacionamento”, diz a cantora.
Durante as gravações para uma série da Disney, Ana Caetano e Pedro Calais, vocalista da Lagum, acabaram se aproximando. E Pedro mostrou uma primeira versão de “CAIXA POSTAL”, do guitarrista Zani, para a colega de set.
“Faltava um pedaço da música e, quando ele me mostrou, a gente chegou a cantar juntos a parte da melodia que faltava. Eu escrevi o restinho, só para arrematar, e mandei para eles”, conta Ana. “Quando eu mandei, eu achei que eles tinham odiado, porque Pedro nunca me respondeu”, afirma a cantora entre sorrisos.
VITÓRIA “PIROU”
Vitória, segundo a parceira, “pirou” na criação ao ouvir a faixa. “Tivemos a ideia de gravar essa música em parceria com os meninos, mas a gente não queria gravar só uma juntos. Daí, veio a busca por essa segunda música”, diz Ana, fazendo a ponte com o surgimento de “universo de coisas que eu desconheço”.
Pedro conta que chegou à casa de Ana com o computador debaixo do braço. “Colocamos na mesa e começamos a jogar ideias”, diz o músico. Mas tudo que vinha era “muito ruim”, conforme lembra o vocalista . “A gente ia para um caminho, cancelava, ia para outro, voltava para o antigo”. De repente, Ana apresentou um rascunho:
“Você me explica sua teoria que a gente repete vidas e vidas aqui no mundo, e eu acredito em tudo”, era o que estava no papel. Eram os primeiros versos da canção. Um monólogo poético que, na verdade, conecta-se com uma conversa que os dois tinham mantido meses antes.
“Quando ela me mostrou essa parte, foi muito legal, porque eu vi que ela estava falando sobre mim, e aí eu comecei a falar sobre ela também, sobre algumas conversas muito profundas e verdadeiras que tivemos, segredos que compartilhamos”, afirma Pedro ao portal.
A canção fala de um “mesmo lugar”, e o músico explica que se trata de uma referência a um momento que ele considera “icônico” ao lado da amiga.
“A gente, às cinco da manhã, tomando vinho na rua da casa dela”, recorda, pontuando que, embora um irrefutável clima romântico “de casal” marque a faixa, a composição versa, de fato, sobre a amizade que os dois cultivaram desde 2021.
DOIS MOMENTOS
Para os videoclipes dos dois singles, Ana e Pedro aproveitaram os personagens de “Tá Tudo Certo”, a série que gravaram em 2021; uma comédia romântica sobre um jovem estagiário que sonha com o estrelato no mundo musical.
No enredo, o personagem conhece uma cantora e compositora que lhe mostra novas perspectivas para a carreira e para a vida.
“A gente entende que ‘universo’ é a primeira música, onde eles estão nessa vontade de viver, muitas coisas acontecem, você está naquele início de relacionamento em que você quer aquilo intensamente”, opina Vitória.
“E aí, em um segundo momento, em ‘CAIXA POSTAL’, a gente quis trazer aquele dia horrível, quando você já sabe que tudo foi embora e você não vê mais sentido em nada. Não era para ser um término dramático, porque, às vezes, a vida não é tão trágica assim. Às vezes, as coisas só acabam”, afirma a cantora. (Com agências)