Correio B

Carnaval da diversidade

Bloco Farofolia dá início ao Carnaval da Esplanada Ferroviária nesta sexta-feira (9) em Campo Grande

O Farofolia começa a partir das 17 horas trazendo muita cor e alegria para a Esplanada Ferroviária

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O bloco colorido com as cores da diversidade, O Farofolia, inaugura nesta sexta-feira (9) a folia carnavalesca na Esplanada Ferroviária. O evento começa às 17 horas com uma programação intensa até às 23 horas.

A novidade desse ano traz o batismo da rua Dr. Temistócles que será chamada de “Travessa Bandeira” para transformar a região da Esplanada em um ponto de acolhimento focado na saúde e bem-estar dos foliões LGBTs.

Para marcar essa simbologia, o local estará totalmente decorado para o Carnaval, com tecidos coloridos até mesmo nos postes da região. 

Programação

São mais de 15 atrações culturais confirmadas neste ano com foco na promoção da diversidade. O Farofolia 2024 começa com set de abertura dos djs Jubba, Hytalo, Gaga Funkeira, Fábio Jara, Afropaty, Deumathh e Abhnerrr.

A programação segue com apresentação de vogue dos bailarinos da “House of Hands Up”, grupo de dança performática LGBTQIA+ com aprofundamento na cultura ballroom e estéticas vogue. Depois a folia abre alas para os representantes da comunidade queer e da Cultura de Campo Grande subirem ao palco.

Conforme com um dos produtores do bloco, Thalysson Perez, ter um espaço para ouvir os representantes da comunidade falarem é importante porque conversa com a temática que deu origem ao Farofolia em 2019: a resistência de pessoas da sigla LGBTQIA+. 

“O Farofolia surge a partir da união de três blocos da nossa comunidade. A gente ama dançar, curtir, mas a nossa vida depende de muita luta, garra e trabalho. Por isso o bloco sempre reserva um momento da programação, seja nos esquentas ou no próprio Carnaval, para ouvir as pessoas que mais batalharam lá atrás para que hoje, em 2024, a gente possa celebrar a nossa visibilidade e respeito tomando as ruas históricas de Campo Grande com alegria e resistência”, visão essa apoiada pelos outros cinco produtores do bloco, Renê, Abhner, LadyAfroo, Gustavo Freitas e Renatudo.

Depois é a vez do Crew Drag CG levar a arte drag para o palco, com performances de 13 drag queens, são elas: Afrodite Fetake, Samanta Blossom, Kitana Shiva, Rafa Spears, Gaga Funkeira, Miss Violence, Rachel Black, Chloe Milan, Greyce Kelly, Afropaty, Jhaninne Perry, Bruandra Guel e Anna Burtton.

Os djs Gustavo Freitas e Renê, também produtores do bloco, apresentam um set repleto de hora da cultura pop e a cantora Joyce Bethânia encerra a programação. 

Atenção especial para a saúde e bem-estar dos foliões

Com o apoio da Centro Estadual de Cidadania LGBTQIA+ (CECLGBTQIA+/MS), órgão vinculado à Subsecretaria de Estado de Políticas Públicas LGBTQIA+ do Estado de Mato Grosso do Sul (SubsLGBTQIA+/MS), em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde (SES), por meio da Gerência de Equidade em Saúde, estarão sendo entregues kits de redução de danos, com:

  • Água;
  • preservativo;
  • lubrificante;
  • teste rápido;
  • panfleto educativo;
  • E orientação com a equipe da ONG Águia Morena sobre redução de danos no Carnaval. 

Além disso, o Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul (Detran-MS) participará do evento com o “Camarote da Rodada”, oferecendo um espaço reservado com água e atendimento especial, no qual só será permitida a entrada mediante teste de bafômetro, ou seja, os frequentadores não podem ter consumido bebidas alcoólicas. O espaço funcionará das 18h à 00h, com capacidade rotativa para até 100 pessoas. 

Sobre o Farofolia 

O Farofolia é um bloco carnavalesco criado no ano de 2019, a partir da união dos blocos "Tá Dando Pinta", "Carnav@dia" e "Colocada", todos organizados pela comunidade LGBTQIAPN+ de Campo Grande/MS.

O objetivo do Farofolia é celebrar a pluralidade e o respeito à diversidade, além de proporcionar um ambiente seguro e que honre a cultura da comunidade.  É, atualmente, o maior bloco LGBTQIA+ de Mato Grosso do Sul, e ganha novos adeptos a cada Carnaval.

*Com informações da assessoria de imprensa.

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ARTES VISUAIS

Floripa de novo!

Após temporada de sucesso, Lúcia Martins Coelho Barbosa inaugura mais uma exposição em Florianópolis:"Do Pantanal para a Ilha 2" permanece em cartaz até 3 de janeiro e apresenta 20 telas, 6 delas inéditas, com elementos da fauna e flora sul-mato-grossense

17/12/2025 10h00

A artista com suas obras durante inauguração da mostra no dia 3 deste mês

A artista com suas obras durante inauguração da mostra no dia 3 deste mês Divulgação

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A artista plástica sul-mato-grossense Lúcia Martins Coelho Barbosa apresenta em Florianópolis uma seleção de obras que celebram a potência estética e simbólica do Pantanal.

Reconhecida internacionalmente, especialmente pelas pinturas de onças-pintadas, sua marca registrada, Lúcia construiu uma trajetória sólida ao longo de mais de quatro décadas nas artes visuais, marcada por pesquisa, identidade regional e profunda relação com a fauna brasileira.

Após uma temporada de sucesso em agosto, “Do Pantanal para a Ilha” retorna a Florianópolis, agora em novo local, na Sala Open Cultura, em exposição até o dia 3 de janeiro.

A mostra é composta por 20 telas, seis delas inéditas e outras peças de sucesso do acervo de Lúcia, que já expôs em sete países e quatro estados brasileiros.

“O nome ‘Do Pantanal para a Ilha’ veio da ideia de apresentar o Pantanal para um novo público que está conhecendo meu trabalho, e para isso coloquei nas telas elementos como as flores de aguapé, as árvores do Cerrado e as onças, que são meu carro-chefe”, apresenta Lúcia.

A artista com suas obras durante inauguração da mostra no dia 3 deste mêsReprodução obra "A procura da caça", de Lúcia Martins

LEGADO DE MS

Outro elemento regional incorporado nos quadros é a renda nhanduti, um bordado artesanal tradicional do Paraguai cujo nome significa “teia de aranha” em guarani, uma referência à sua aparência delicada e intrincada, utilizada normalmente em peças decorativas e roupas.

Ao todo, foram vários meses de preparação para a exposição, em um longo processo de produção e ressignificação de obras, utilizando as técnicas pastel sobre papel e acrílico sobre tela.

As obras que compõem essa exposição vão refletindo lugares, flores e animais, que talvez não despertem a atenção das pessoas no dia a dia, mas que, de algum modo, acabam fugindo do lugar comum.

Elas são um resumo do que Lúcia vê, vivencia e considera como mais “importante” enquanto legado da natureza de Mato Grosso do Sul para o Brasil e para o mundo.

A artista com suas obras durante inauguração da mostra no dia 3 deste mês“Onça que Chora”, um dos trabalhos inéditos da nova exposição

ESPANTO

A mostra reúne, assim, trabalhos figurativos que retratam, por exemplo, a onça-pintada como símbolo de força, ancestralidade e preservação, convidando o visitante a mergulhar no imaginário pantaneiro e, ao mesmo tempo, nas camadas poéticas que permeiam a trajetória da artista.

Para Lúcia, a arte é como um portão de entrada para um novo mundo, nesse caso o Pantanal sul-mato-grossense.

“O Pantanal não é margem. É centro de novas narrativas. É daqui que falamos ao mundo. O que eu gostaria que essa minha exposição causasse é até um certo espanto ao se ver que aqui também tem gente que faz arte. E nada melhor do que se apresentar quando alguém já tem curiosidade de lhe conhecer”, afirma a mestra das cores e texturas.

“Eu vivo para a arte, se eu não tivesse essa profissão, esse dom de colocar nas telas minhas emoções, meus sentimentos, talvez eu não tivesse nenhuma utilidade para a sociedade. A arte é, acima de tudo, questionadora. O que eu sinto como artista plástica há mais de 45 anos é que estamos ainda abrindo caminho para os artistas que virão. Gostaria muito que o artista fosse respeitado, fosse aceito, fosse útil, pois a arte alimenta a alma”, diz a artista.

PERFIL

Lúcia Martins Coelho Barbosa vive e trabalha em Campo Grande. Formou-se em história pelas Faculdades Unidas Católicas de Mato Grosso (FUCMAT). Fez pós-graduação em Comunicação, na área de imagem e som pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).

Atua na área de artes plásticas, em Campo Grande, há mais de 40 anos e já mostrou suas obras em Portugal, Itália, França, EUA, Japão e Paraguai.

A artista com suas obras durante inauguração da mostra no dia 3 deste mêsReprodução obra Florescer no Pântano, de Lúcia Martins

Com o projeto Peretá – “Caminho” na língua tupi-guarani – , a artista exibiu o grafismo indígena e instalações em quatro capitais brasileiras – Brasília, Goiânia, São Paulo e Campo Grande.

Reconhecida por diversas premiações e homenagens, a artista segue expondo seu trabalho em coletivas e individuais. 

Em 2016, Lúcia criou o Múltiplo Ateliê, onde desenvolve trabalhos com artistas e pesquisadores, incluindo gastronomia, educação somática, dança contemporânea, yoga e audiovisual. Como afirma, é “fiel à sua missão de operária da arte”.

>> Serviço

A exposição “Do Pantanal para a Ilha 2”, da artista plástica sul-mato-grossense Lúcia Martins Coelho Barbosa, foi inaugurada em 03 de dezembro e está aberta para visitação até 03 de janeiro de 2026, na Sala Open Cultura, do open mall (shopping aberto) Jurerê Open. Av. Búzios, 1.800), Florianópolis (SC). Das 10h às 22h.

MÚSICA

Jerry Espíndola celebra 40 anos de carreira com turnê no Paraguai

17/12/2025 09h30

jerry espindola

jerry espindola

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Para comemorar 40 anos de carreira, o cantor e compositor Jerry Espíndola finaliza o ano com um intercâmbio cultural no vizinho Paraguai. O artista se apresenta, a partir de hoje, nas cidades de Assunção e Concepción.

Hoje, Jerry Espíndola & Banda é uma das atrações no “Conexiones 2025 – Respirarte”, realizado na capital paraguaia, no prestigiado JazzCube (Edificio Atrium).

Amanhã, ao lado de Rodrigo Teixeira e da cantora Maria Alice, Jerry participa, também em Assunção, do evento beneficente da Orquestra de Instrumentos Reciclados de Cateura.

Já na sexta-feira, o concerto será no Centro Cultural de La Villa Real, em Concepción. Jerry estará acompanhado dos músicos Sandro Moreno (bateria), Gabriel de Andrade (guitarra) e Rodrigo Teixeira (baixo).

O repertório traz composições do autor com foco nos ritmos que são a marca registrada de Jerry, como a polca-rock e a guarânia-reggae.

No evento de hoje, no JazzCube, além de Maria Alice, conta com a participação dos artistas paraguaios Funkchula, 4Ally e Ale Shit e da argentina Luli Maidana.

O “Conexiones 2025 – Respirarte” envolve concertos, mesas de debates e encontro de produtores paraguaios, argentinos e brasileiros.

Jerry Espíndola participa, amanhã, de ação beneficente para arrecadar fundos para a Orquestra de Instrumentos Reciclados de Cateura.

O evento na capital paraguaia será realizado na escola do grupo musical, formado por jovens e crianças que vivem na comunidade localizada nas proximidades do aterro sanitário de Cateura, o principal e maior aterro de Assunção. Os instrumentos da Orquestra de Cateura são produzidos com materiais encontrados no aterro.

O grupo já passou por diversos países e ganhou fama mundial após o lançamento do documentário “Landfill Harmonic”, em 2014.

Já na sexta-feira, a apresentação será no Centro Cultural de La Villa Real, que fica na Mansión Cueto, local histórico da capital do Departamento de Concepción.

A cantora Maria Alice é a convidada especial e após o show de Jerry Espíndola haverá o lançamento do EP da banda paraguaia The Los.

Em quatro décadas de carreira, Jerry já tem mais de 140 composições gravadas por Ney Matogrosso, Paulinho Moska, Zélia Duncan e outros artistas. É parceiro de nomes como Chico César, Anelis Assumpção e Itamar Assumpção. Jerry atualmente é integrante do duo Hermanos Irmãos e participa do coletivo Fronteira Guarani.

A turnê “Jerry Espíndola 40 Tons – Intercambio Cultural Paraguai” é realizada com recursos da Política Nacional Aldir Blanc do Ministério da Cultura, sob gestão da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul.

>> Serviço

“Conexiones 2025 – Respirarte”

Hoje – às 19h
JazzClube – Assunção (PY)
Jerry Espíndola & Banda, com participação de Maria Alice; dos paraguaios Funkchula, 4Ally e Ale Shit; e Luli Maidana (Argentina);

Amanhã – às 19h
Escola da Orquestra de Instrumentos Reciclados de Cateura – Assunção (PY)
Jerry Espíndola, Rodrigo Teixeira e Maria Alice;

Sexta-feira – às 20h
Centro Cultural de La Villa Real – Concepción (PY)
Jerry Espíndola e Maria Alice.

*Horário paraguaio de verão, uma hora à frente do horário de MS

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