Christiane Manolio Valladão Flores é de família italiana, e seu prato preferido é berinjela à parmegiana.
A simpatia e a simplicidade dessa jornalista apaixonada pela comunicação desde adolescente são contagiantes.
Conversando com ela você se envolve, se emociona e se convence (de maneira positiva).
Chris é feminista e acredita no poder da mulher.
“As pessoas acham que o feminismo é o contrário do machismo. Muito pelo contrário.
O feminismo é quando você como mulher quer ter os mesmos direitos e deveres que os homens”, explica.
Chris é mãe realizada e esposa (ela é casada com o fotógrafo Ricardo Corrêa).
A família é a sua prioridade, e ela divide com sua a realização pessoal e consegue conciliar. Trabalhar na TV foi um acaso.
Antes de ser contratada pela TV Record recusou vários convites por sua paixão pelas redações de revistas, mas hoje é a sua grande realização profissional.
O jornalista Paulo Henrique Amorim é sua inspiração eterna.
“O Paulo pra mim ainda é a minha grande referência, eu tenho uma saudade enorme dele, eu esqueço que ele morreu, porque ele é muito vivo e muito presente dentro de mim, nunca vou esquecer tudo que ele fez por mim”, relembra.
Além dele, o “paitrão” Silvio Santos. Sempre que a Chris o encontra na emissora que trabalha, o SBT, ela se emociona. A jornalista ama ler e viajar.
Sonha com uma volta ao mundo, e seu grande lema de vida é o amor.
Essa pessoa leve, linda, simples e muito de verdade, conversou com exclusividade com o Correio B+ e nos contou um pouco sobre a sua trajetória, sonhos, realizações e dividiu com a gente a suavidade de ser e sentir tudo o que escolheu para a sua vida, pessoal e profissional...
CE - Chris como foram os anos em que trabalhou em redações?
Você sempre foi apaixonada pelo jornalismo?
CF - Sim, sempre fui apaixonada pelo jornalismo.
Sempre gostei de ler notícias, tanto no papel, quanto na televisão, ouvir na rádio e depois a internet também, porque quando eu era menor não existia, então eu sempre gostei muito, muito de jornalismo.
Quando eu era adolescente, eu participei de um concurso de redação na minha escola e aí eu ganhei e minha professora de literatura e português falaram que eu tinha que ir para a área de comunicação, de letras, e me perguntaram o que eu pensava em fazer.
Eu disse que pensava em jornalismo, mas que eu não tem ninguém na minha família, então eu não sabia se conseguiria fazer, como seria o trabalho.
Mas ela me incentivou, comecei a entender mais a respeito, fiz o vestibular, passei, e eu me apaixonei completamente, porque assim que passei já fui procurar um estágio e fiz ele junto com a faculdade, então foi tudo muito intenso.
Eu tenho mais do que certeza na minha vida que foi a melhor escolha que eu poderia fazer, porque eu sou apaixonada.
Sou muito entusiasta do jornalismo e foi muito importante eu ter passado por redações, porque ali a gente aprende o jornalismo de verdade, eu aprendi com grandes pessoas e foi muito importante pra mim.
CE - Seu primeiro trabalho na TV foi no Tudo a Ver?
Como foi o convite?
CF – Meu primeiro trabalho na TV de fato foi no programa Tudo a Ver da Record, porque antes eu fazia apenas participações esporádicas no programa da Sonia Abraão.
Eu era convidada porque eu trabalhava na revista MINHA NOVELA e na CONTIGO, eu escrevia sobre novelas e eu ia lá para falar sobre isso, foi uma experiência incrível. Sonia sempre muito generosa comigo.
Aprendi o que era fazer televisão olhando tudo ali, foi absolutamente incrível.
E essa experiência com a Sonia me levou para o Tudo a Ver porque o diretor da época da Sonia era o Hélio Vargas que hoje é diretor do Luciano Huck, um excelente profissional, um grande diretor, e ele me convidou. Na época ele estava na Record.
Ele havia feito outros convites para a TV, mas nunca deu certo de aceitar porque eu gostava muito de trabalhar em revista e eu estava super feliz.
Ai quando veio o convite para o Tudo a Ver calhou, e o Paulo (Henrique Amorim) sempre deixou muito claro que eu poderia fazer as duas coisas, tanto revista quando a TV, ele achava até interessante, eu estar dentro de uma redação, ele sempre valorizou muito isso e levar as informações quentes.
CE - Já vi você falando sobre o Paulo Henrique Amorim em entrevistas e lives. Como era trabalhar com o formato e colegas no Tudo a Ver?
CF - Nesse convite eu pensei que estaria ao lado de um dos maiores ícones do jornalismo, e pensei que alguma coisa eu ia aprender estando ao lado do Paulo. Eu acabei aceitando e foi incrível essa experiência!
Eu não sabia que ia trabalhar lá, me chamaram para uma reunião e quando eu cheguei já estava o Paulo Henrique sentado, a Janine que na época era apresentadora da estreia, aí meu coração veio na boca quando o conheci, e porque ele era sempre muito objetivo, muito prático e muito divertido, eu fiquei apaixonada por ele.
E a minha admiração só cresceu, e ainda mais trabalhando com ele porque ele era extremamente exigente, profissional, solidário, generoso, um grande jornalista.
Tudo que eu faço hoje eu lembro do Paulo, para mim foi a minha grande referência, sem dúvida nenhuma, e ali aquela experiência era muito enriquecedora.
Eram vários colunistas de várias áreas então o que a gente fazia de fato era uma revista eletrônica, eu levava o que eu fazia na redação para a TV, então era um aprendizado porque eu não tinha feito TV, era mais uma mídia que eu estava aprendendo.
Eu ganhava mais um salário por isso e trabalhava com ícones da TV e do jornalismo e de suas áreas. Conheci pessoas maravilhosas ali e formamos um time. Era um time maravilhoso.
O Paulo Henrique escolheu a dedo, tanto que hoje as pessoas estão em cargos de direção, de programas, de conteúdo, eram profissionais excelentes.
O Paulo pra mim ainda é a minha grande referência, eu tenho uma saudade enorme dele, eu esqueço que ele morreu, porque ele é muito vivo e muito presente dentro de mim, nunca vou esquecer tudo que ele fez por mim.
Eu tenho muito gratidão muito amor por ele que será a minha referência eterna.
CE - Logo após foi para o Hoje em Dia? Como foi essa transição?
CF - O Tudo a Ver acabou, eu voltei a trabalhar em redação, depois eu tive uma passagem pela assessoria de imprensa do SBT que foi absolutamente incrível.
É um outro olhar de bastidor na Tv, eu já tinha feito assessoria de imprensa, foi muito gostoso.
E aí me chamaram para voltar e eu não pensei duas vezes. E eu reencontrei pessoas incríveis.
O Hoje em Dia veio depois disso, quando eles estavam reestruturando o programa e queria trazer um conteúdo de celebridade.
Mais uma vez o Hélio me chamou e eu não pensei duas vezes também porque o Hélio sempre foi muito generoso, sempre confie no trabalho dele e abracei essa oportunidade.
Fizemos um trabalho incrível, ganhamos o prêmio APCA, aprendi demais, foi uma escola muito importante pra tudo que veio depois.
Foram sete anos intensos, maravilhosos que eu me orgulho muito de ter feito parte.
Fazer essa transição foi importante, porque o Tudo a Ver era um jornalístico e o Hoje em Dia não.
E ali eu fui perdendo os medos, a vergonha e eu descobri que eu poderia ser mais que uma jornalista que passava matéria no ar, que eu poderia ser eu mesma e que eu poderia me descobrir em outras facetas. Então foi uma escola importante.
CE - Depois Fabrica de Casamentos...
CF – De tudo que eu mencionei acima depois veio o Fabrica de Casamentos, que foi um formato que a gente fez em muitas mãos, 100% brasileiro, isso é muito legal da gente enfatizar, porque não é um formato comprado e pronto, a gente foi fazendo e se descobrindo ali, é um formato que eu tenho muito carinho porque foi a minha volta para o SBT,
Essa casa que sempre me recebeu bem, maravilhosa, e um formato de amor, de trazer esperança, trazer os valores da família pra casa dos brasileiros em um horário que estava meio esquecido, que as famílias se reúnem no sábado à noite para ficarem juntas ou porque não querem sair ou porque não tem condição financeira ou querem encontrar as pessoas da família.
E só falando mesmo de amor e de família.
Esse formato deu muito certo e eu me orgulho demais dele também.
Um formato que foi aclamado pela crítica, pelo público, pelo comercial, deu muita alegria pra gente. Por enquanto ele está fora do ar por conta da pandemia, mas se Deus quiser ele estará de volta e nós vamos comemorar juntos.
CE - No meio disso BBQ e Troca de Família. Conta pra gente?
CF - Com esse aprendizado veio o BBQ. Fazer reality é muito gostoso, mas ele traz muito do jornalismo, de descobrir histórias, de entrevistar pessoas, o meu lado jornalístico eu levo para todos os programas, de trabalhar bem o conteúdo.
O BBQ era um reality de competição, trabalhar com o emocional das pessoas em um outro sentido, você vai eliminando as pessoas, vai interrompendo sonhos, mas no final você premia alguém.
Era difícil pra mim, porque no Fabrica você presenteava, e no BBQ eu eliminava, então eu também tive que aprender a fazer isso, como eliminar e presentear uma pessoa.
O Troca de Família na Record também foi importante.
A gente resgatou as história, como as famílias estavam e mostramos que tudo pode acontecer numa família, que pode estar bem e em outro momento estar mal que é cíclico.
Foi legal e fez muito sucesso na época esse resgate das famílias que tinham sido filmadas anos antes para mostrar que as histórias vão se construindo com o tempo e as pessoas foram se identificando. O reality é isso, é real.
CE - Falando do Fabrica de Casamentos vocês trabalham com sonhos. Como é? Vejo que muitas vezes vocês se emocionam...
CF - A gente se emociona todos os dias, todos os dias mesmo, porque a gente grava todos os dias com os casais.
São histórias que tem altos e baixos.
As vezes os casais brigam durante as gravações, as vezes eles fazem as pazes, as vezes estão super bem, tem dúvidas, tem questões, as famílias envolvidas, aí a gente acha que sabe a história do casal, e descobrimos que a gente sabe muito pouco, e as vezes eles mesmos não sabem o que estão passando pra gente.
Eles vão se descobrindo ao longo das gravações.
É bonito como as pessoas se entregam no Fabrica, como elas se despem de vaidades de vários sentimentos em prol de um, o amor,
de ficarem juntos é muito bonito. É um programa maravilhoso de se fazer.
CE - Como é a relação de vocês apresentadores do Fabrica?
CF - Nos damos muito bem. Não estou tirando nem pondo, eu estou sendo muito honesta.
A se ama em um grau absurdamente incrível! Somos amigos de verdade, somos irmãos para todas as horas. Temos um grupo no whats que independente de estarmos gravando ou não a gente se fala quase todos os dias, trocamos mensagens, apoio, felicidade, admiração.
Acabei de receber aqui do Lucas Anderi, ele vai lançar uma coleção de vestidos da Disney inspirados nas princesas e sem dúvida o Fabrica contribui para isso.
O Lucas fazia um outro tipo de vestido para um outro tipo de público, então é lindo ver o crescimento de cada um e a gente torce muito um pelo outro, a gente participa ativamente tanto da vida profissional quanto da pessoal um do outro.
Somos uma grande família, somos apaixonados um pelo outro, é muito lindo o que a gente vive.
CE - Quando os noivos não gostam de algo como vocês fazem?
CF - É triste, mas a gente entende que eles podem gostar ou não, é um risco porque é um reality e a gente tenta consertar da melhor maneira.
Até hoje graças a Deus deu tudo certo. No final eles saem satisfeitos e felizes, é uma relação muito bonita que a gente constrói com esses casais.
CE - E o Fofocalizando? Você se identifica por ter passado pelas redações da Contigo e Minha Novela?
CF – É divertidíssimo! É uma outra família que eu ganhei... A gente se dá muito bem também.
Tiramos sarro um do outro, a gente dá risada e levamos para o ar aquilo que a gente vive nos bastidores. Aquilo que pensamos e como pensamos.
A gente se zoa e trazer isso para a vida também é bom, deixa ela mais leve.
Todo mundo gosta de fofoca de falar da vida do outro, se inspirar nos ídolos, de falar o que não gosta, de apontar algumas coisas, todo mundo faz isso, então eu me identifico muito por ter passado pelas redações da Contigo e Minha Novela.
Eu trago a experiência das revistas para o Fofocalizando, dessas coberturas que eu fiz, da checagem, da apuração, de conhecer os artistas.
CE - Qual a diferença da redação e da TV?
CF - Nenhuma! A diferença é que eu sentava em uma cadeira e escrevia um texto no computador.
As pessoas não me viam e nem ouviam, mas liam os meus textos, pra mim é só isso, o resto é exatamente o mesmo.
CE - Chris você é mãe. Sempre teve esse sonho?
Pretende ter mais filhos?
CF – Eu sempre tive o sonho de ser mãe. Uma certeza que eu tinha na vida é que eu seria mãe, ou gerando ou adotando uma criança.
Porque pra mim, ser mãe é criar. Eu tive esse sonho realizado de ser mãe e de gerar uma criança.
Eu consegui e eu fico muito feliz por isso, porque meu filho é absolutamente maravilhoso e muito muito melhor do que eu sonhei.
Eu já tentei ter outro filho, não consegui, eu tive uma gestação e acabei perdendo o bebê.
Os anos foram se passando e hoje eu não penso mais em gerar um filho, isso não mais.
Não sei e adotar uma criança mais para frente, no momento não cabe isso porque eu acho que quando você faz essa escolha da adoção você tem que estar 100% voltado para isso, porque essa criança vai precisar muito mais do seu amor, do seu carinho, porque já houve pelo menos uma rejeição na vida dela, então ela precisa de você totalmente.
Não é um plano que eu descarto na minha vida, mas digamos que eu faça isso de outras maneiras ajudando as pessoas, fazendo trabalho solidário com crianças, enfim, não sou muito de falar essas coisas, mas é uma forma de eu ter contato com esse tipo de questão. Mas eu já sou muito realizada com o meu filho e tenho os meus sobrinhos maravilhosos também.
CE - Como é conciliar família e trabalho?
CF – Para mim é muito simples. A família sempre foi e sempre será a minha prioridade.
O meu trabalho sabe disso. Se eu tiver qualquer questão importante com a minha família eu vou deixar o meu trabalho pra ficar com eles.
E a minha família sabe que trabalhar pra mim é importante porque é uma questão de realização pessoal, preciso financeiramente, mas acima de tudo eu gosto de trabalhar, então eu tento balancear as duas coisas, eu tento ser feliz nos dois ambientes na medida do possível porque tem fatores que são nossos e outros que não, mas eu tento construir ambientes importantes e felizes pra mim e tem dado certo, as vezes com altos e baixos, mas faz parte da vida, mas faz parte da vida, mas eu sou muito feliz nos dois.
CE - Como foi esse processo de pandemia?
CF – Não foi fácil porque eu vi meu filho trancado em caso um ano e meio.
Ele é adolescente, tem 15 anos, então é um sofrimento para ele não compartilhar, não socializar, viver essa parte tão importante da vida de descobrimentos, de você poder ter os amigos, sair e viajar com eles, namorar. Fiquei triste por ele.
Eu tenho trabalhado e tenho a vida praticamente igual que eu tinha antes, com os cuidados todos, lógico, mas eu senti menos.
Tive covid, não foi fácil, tive sintomas graves, mas nada pulmonar, graças a Deus, mas perdi cabelo, memoria, olfato, paladar, mas fiquei melhor que muitas outras pessoas.
Perdi amigos com essa pandemia, mas também estamos conseguindo separar o joio do trigo.
Porque diante a tudo que está acontecendo, as atitudes de algumas pessoas tem sido importante para entender quem são essas pessoas, se eu quero ou não na minha vida, se eu quero continuar e como vai ser daqui pra frente.
CE - Chris como você cuida do corpo e da mente? Alimentação, cuidados, atividade física? O seu trabalho exige muito todos os dias...
CF – Eu sou uma pessoa que tenho cuidados sim, mas pra mim em primeiro lugar vem a saúde.
Quando eu penso em cuidar do meu corpo, eu não penso em algo somente estético, mas sim na questão da saúde tanto física quanto mental.
Eu sempre fui apaixonada por ballet, mas parei para ser jornalista, sempre fui apaixonada.
E hoje eu me encontrei no pilates. Gosto muito dele porque tem uma consciência corporal, um trabalho de corpo, que tem muito a ver com o ballet.
Puxar ferro não é comigo, gosto mais desse movimento pensado, trabalhado.
Sobre a saúde eu tive muita gastrite por causa do jornalismo. Eu tive que reprender a comer.
Então eu sei os alimentos que me fazem bem, que não fazem, eu não posso dar intervalos muito grandes, sem me alimentar, comer pouco em cada refeição, não posso comer muito tarde, então eu acabei tendo uma educação alimentar por causa de uma doença, e comer alimentos cada vez mais saudáveis.
E a questão da mente é um trabalho que pra mim é super importante, tanto os períodos de meditação, de silêncio absoluto de encontro comigo mesma, como o trabalho intelectual porque isso também é trabalhar a mente.
Eu gosto de ler, eu voltei a estudar, dessa vez estou fazendo faculdade de história, estou muito feliz, essa atividade intelectual pra mim é fundamental. Mente, espirito e corpo é tudo uma unidade só, é o nosso templo, tem que estar tudo em harmonia.
CE - Costuma descansar e tirar férias?
CF – Sim, é eu acho o descanso fundamental.
As férias eu sempre coordeno com a emissora no período que é mais apropriado, mas eu tiro sim, porque é o momento que eu viajo que é a minha grande paixão.
Conhecer o mundo, conhecer historias pelo mundo, pessoas. Eu não tenho nenhum luxo, sou uma pessoa extremamente simples, mas a única coisa que eu faço questão é de viajar, é um investimento em mim.
CE - Como é trabalhar com o Silvio Santos? Um ícone da TV brasileira...
CF – Trabalhar com o Silvio Santos é o maior privilégio da minha vida.
Porque o Silvio ele é um ícone. Não só da TV, ele é um ícone da vida. Ele é um ícone da comunicação.
Então qualquer pessoa que queira trabalhar com comunicação o Silvio está no topo da pirâmide. Ele é um grande gênio da nossa comunicação.
Ele sabe como ninguém chegar na emoção, no coração e na vida das pessoas. Ele é assim na frente e atrás das câmeras, isso que é incrível.
Ele é um homem extremamente simples, que tem um cuidado absurdo com todos os funcionários, com todas as pessoas em volta dele, ele trata todo mundo da mesma maneira e passa isso pra gente.
Isso é um mantra entro do SBT, essa simplicidade, essa igualdade entre as pessoas lá dentro, então você tem esse espirito de família, a gente se sente como filho dele, por isso, a gente fala paitrão (risos).
Ele é incrível! É um homem de vitória. Ele tem 90 anos, é um exemplo como pessoa, como cidadão, principalmente como patrão e comunicador. Você vê ele trabalhar e aprende instantaneamente.
É um privilégio, eu aprendo demais com ele e sempre que eu vou trabalhar com ele eu ouço cada palavra cada virgula que ele fala porque ali eu aprendo, eu sempre me emociono quando estou diante do Silvio.
CE - Hoje a mulher está conquistando espaços importantes e muito relevantes em todas as áreas. Como você vê isso?
CF – Eu sou feminista e acho que todas deveríamos ser porque tem um olhar muito torto para o que é o feminismo. As pessoas acham que o feminismo é o contrário de machismo, muito pelo contrário. O feminismo é quando você como mulher quer ter os mesmos direitos e deveres dos homens.
Não é você ser inimigo do homem, não é você se opor ao homem, é simplesmente você querer ter os mesmos direitos e deveres como deveria ser, todos iguais. Basicamente é isso...
Eu sou uma mulher entusiasta da mulher, eu acredito muito na mulher.
A mulher tem condição, sempre teve e tem ainda mais condição de avançar e conquistar espaços que ela já possui e já está, mas as vezes não na plenitude que ela poderia e também conquistar novos espaços que ainda são restritos.
Aparentemente vivemos em uma democracia, mas existe uma sociedade patriarcal com machismo as vezes velado, as vezes escancarado, é muito importante que deem protagonismo para as mulheres, pegar as rédeas da própria vida. Não é mimimi.
Isso vai gerar conflito, confusão, mas é normal, mas só assim a gente estabelecer quem somos nós, onde a gente quer chegar e a gente vai cada vez mais conquistar os nossos espaços. E as mulheres também podem dar as mãos para outras mulheres, dar oportunidades.
Saber que a mulher é competente e capaz de fazer absolutamente TUDO!
CE - O que mudou quando você foi para a televisão?
CF – Muda tudo na sua vida quando você vai para a televisão.
A TV é um canhão, um grande veículo de massa, ainda é, porque é muito democrático. São milhões de pessoas ali que você não sabe quem é.
É muito difícil você agradar todo mundo de uma vez e sempre.
Mas não é isso que a gente tem que buscar quando a gente vai para a televisão, a gente tem que buscar a verdade, porque cada vez mais as pessoas querem pessoas de verdade na frente da televisão. Elas querem saber exatamente quem é você e com quem estão lidando.
E quem não é de verdade não se sustenta, o que eu tento fazer é levar a minha verdade com as outras verdades do conteúdo, com uma responsabilidade absurda, porque eu sei que a gente acaba entrando na vida das pessoas, influenciando as pessoas.
A televisão tem que fazer esse papel as vezes de ensinar e levar informação.
Eu me sinto feliz e grata por fazer parte de um veículo que chega para qualquer pessoa e que transforma a vida das pessoas.
Mas muda porque você passa a ser conhecido, a sua vida passa a ser muito vigiada (risos), mesmo você não querendo muito que é o meu caso, não gosto de ter a minha privacidade, mas eu entendo a curiosidade das pessoas.
Eu sou o que eu sou, não tenho uma vida de Instagram, eu sou de verdade, eu sou muito simples e real, não sei se isso interessa para as pessoas.
Mas eu amo trabalhar na TV, eu me encontrei, é uma felicidade muito grande.
Muda tudo e na minha mudou para muito melhor... Eu amo o carinho das pessoas.
CE - Sua atuação na internet é forte, como você vê esse processo de influenciar outras pessoas e fãs?
CF – Eu acho a internet fundamental, principalmente pra gente que trabalha com TV, ela é uma segunda tela, é uma resposta imediata e muito profunda sobre o que as pessoas acham de você.
Porque a gente tem a mediação de audiência, mas as redes sociais e a internet isso traz a resposta pra gente da pessoa que está vendo o programa naquele momento se ela está gostando ou não.
Nos ajuda a fazer o programa porque ele é ao vivo. As vezes a gente fala alguma coisa e a pessoa corrigi ali porque está assistindo ou acabou de chegar uma informação e ajuda muito a gente.
É gratificante de alguma maneira influenciar positivamente se possível a vida das pessoas.
Me sinto muito lisonjeada com isso. Os produtos que eu anuncio eu acredito de verdade porque eu sou de verdade, eu sou consumidora deles.
Então se eu indico pode acreditar que eu já usei e estou indicando de coração.
Eu faço para passar mensagem, se influencia e é bom eu fico feliz.
CE - Um hobby.
CF – Ler e viajar. São muito fortes em minha vida. Movem a minha vida.
Eu encontro comigo mesma. Me transformo e posso evoluir.
CE- Uma comida
CF – Eu amo comida italiana, sou da família italiana.
Berinjela à parmegiana.
CE - Uma viagem inesquecível e outra que gostaria de fazer.
CF – Todas as viagens foram inesquecíveis, lazer ou trabalho, amo viajar.
Adoraria dar uma volto ao mundo e conhecer todos os países do mundo.
Um dia jogar tudo para o alto, pegar a minha malinha, minha família e vamos dar uma volta ao mundo. Farei isso (risos).
CE - Uma frase que carrega para a vida...
CF – “Amar aos outros como a nós mesmos”.
É o ensinamento mais bonito que Jesus trouxe pra gente.
Amor, essa é a grande mensagem... Poder amar. Si amar e amar o outro também... Estamos precisando muito de amor.
O lema da minha vida é esse.



As pinturas de Isabê também estarão na Casa-Quintal 109 de Manoel de Barros, museu na antiga residência do poeta, no Jardim dos Estados - Foto: Divulgação


Filme lança hoje - Foto: Divulgação

Patricia Maiolino e Isa Maiolino
Ana Paula Carneiro, Luciana Junqueira, Beto Silva e Cynthia Cosini


