Quando ouvimos a palavra "câncer", um arrepio percorre a espinha. É natural. Mas no vasto universo das doenças, há nuances e diferentes níveis de gravidade. E, no que diz respeito ao câncer de pele, o carcinoma basocelular surge como um tipo que, apesar de alarmar, geralmente carrega uma mensagem de esperança e alta chance de cura. É uma condição que atinge milhões de pessoas anualmente e, por isso, merece ser compreendida com clareza e sem rodeios.
Imagine a pele como um grande escudo, o maior órgão do nosso corpo, nos protegendo do mundo exterior. Nela, células se renovam constantemente.
O carcinoma basocelular nasce de uma dessas células, as chamadas "células basais", que estão na camada mais profunda da epiderme. A grande maioria dos casos está diretamente ligada a um velho conhecido: o sol. Aqueles dias de praia sem protetor, as tardes no campo sob a luz intensa, a vida ao ar livre sem a devida proteção – tudo isso, ao longo dos anos, acumula um "déficit" de cuidado que pode se manifestar nessa forma de câncer.
Um Crescimento Lento e Visível
A boa notícia é que o carcinoma basocelular é, em geral, um câncer "tranquilo". Ele cresce devagar, bem diferente de outros tipos mais agressivos. Raramente ele se aventura para outras partes do corpo (o que chamamos de metástase), o que faz com que seu tratamento seja, na vasta maioria das vezes, localizado e altamente eficaz.
Ele costuma aparecer como uma ferida que não cicatriza, uma pequena protuberância perolada, uma mancha avermelhada, ou uma lesão que sangra facilmente.
Geralmente surge nas áreas mais expostas ao sol: no rosto, nas orelhas, no nariz, no couro cabeludo (especialmente em pessoas com calvície), nos ombros e no pescoço. A chave está na observação. Conhecer a própria pele, notar qualquer mudança, é o primeiro e mais poderoso passo para a detecção precoce.
O Poder da Prevenção e do Tratamento
A história do carcinoma basocelular é uma narrativa de "quanto antes, melhor". Ao notar qualquer sinal suspeito, a visita ao dermatologista é fundamental. Com um exame simples, o profissional pode identificar a lesão e, se necessário, realizar uma biópsia.
O tratamento é, na maioria dos casos, cirúrgico. A lesão é removida, e a pele se recupera, com taxas de cura que chegam a mais de 95% quando o diagnóstico é precoce. Em alguns casos, dependendo da localização e do tamanho, podem ser indicadas outras abordagens, como radioterapia ou tratamentos tópicos.
Mas a lição mais importante é a prevenção. Proteger-se do sol não é apenas uma recomendação estética, é um ato de carinho com a própria saúde. Usar protetor solar diariamente, mesmo em dias nublados, usar chapéus, óculos de sol, roupas com proteção UV e evitar a exposição nos horários de pico (entre 10h e 16h) são hábitos simples que podem fazer toda a diferença.
O carcinoma basocelular nos lembra que a saúde da pele é um espelho da nossa relação com o ambiente. É um convite para desacelerar, observar e cuidar. Um lembrete gentil de que, com atenção e prevenção, podemos continuar a desfrutar da vida sob o sol, mas com a sabedoria e o respeito que nosso maior escudo merece.

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