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Câncer de pele de Bolsonaro: o que o episódio ensina sobre a importância do diagnóstico precoce

Ele costuma aparecer como uma ferida que não cicatriza, uma pequena protuberância perolada, uma mancha avermelhada, ou uma lesão que sangra facilmente

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Quando ouvimos a palavra "câncer", um arrepio percorre a espinha. É natural. Mas no vasto universo das doenças, há nuances e diferentes níveis de gravidade. E, no que diz respeito ao câncer de pele, o carcinoma basocelular surge como um tipo que, apesar de alarmar, geralmente carrega uma mensagem de esperança e alta chance de cura. É uma condição que atinge milhões de pessoas anualmente e, por isso, merece ser compreendida com clareza e sem rodeios.

Imagine a pele como um grande escudo, o maior órgão do nosso corpo, nos protegendo do mundo exterior. Nela, células se renovam constantemente.

O carcinoma basocelular nasce de uma dessas células, as chamadas "células basais", que estão na camada mais profunda da epiderme. A grande maioria dos casos está diretamente ligada a um velho conhecido: o sol. Aqueles dias de praia sem protetor, as tardes no campo sob a luz intensa, a vida ao ar livre sem a devida proteção – tudo isso, ao longo dos anos, acumula um "déficit" de cuidado que pode se manifestar nessa forma de câncer.

Um Crescimento Lento e Visível

A boa notícia é que o carcinoma basocelular é, em geral, um câncer "tranquilo". Ele cresce devagar, bem diferente de outros tipos mais agressivos. Raramente ele se aventura para outras partes do corpo (o que chamamos de metástase), o que faz com que seu tratamento seja, na vasta maioria das vezes, localizado e altamente eficaz.

Ele costuma aparecer como uma ferida que não cicatriza, uma pequena protuberância perolada, uma mancha avermelhada, ou uma lesão que sangra facilmente.

Geralmente surge nas áreas mais expostas ao sol: no rosto, nas orelhas, no nariz, no couro cabeludo (especialmente em pessoas com calvície), nos ombros e no pescoço. A chave está na observação. Conhecer a própria pele, notar qualquer mudança, é o primeiro e mais poderoso passo para a detecção precoce.

O Poder da Prevenção e do Tratamento

A história do carcinoma basocelular é uma narrativa de "quanto antes, melhor". Ao notar qualquer sinal suspeito, a visita ao dermatologista é fundamental. Com um exame simples, o profissional pode identificar a lesão e, se necessário, realizar uma biópsia.

O tratamento é, na maioria dos casos, cirúrgico. A lesão é removida, e a pele se recupera, com taxas de cura que chegam a mais de 95% quando o diagnóstico é precoce. Em alguns casos, dependendo da localização e do tamanho, podem ser indicadas outras abordagens, como radioterapia ou tratamentos tópicos.

Mas a lição mais importante é a prevenção. Proteger-se do sol não é apenas uma recomendação estética, é um ato de carinho com a própria saúde. Usar protetor solar diariamente, mesmo em dias nublados, usar chapéus, óculos de sol, roupas com proteção UV e evitar a exposição nos horários de pico (entre 10h e 16h) são hábitos simples que podem fazer toda a diferença.

O carcinoma basocelular nos lembra que a saúde da pele é um espelho da nossa relação com o ambiente. É um convite para desacelerar, observar e cuidar. Um lembrete gentil de que, com atenção e prevenção, podemos continuar a desfrutar da vida sob o sol, mas com a sabedoria e o respeito que nosso maior escudo merece.

AGENDA CULTURAL

Fim de semana tem diversas atrações musicais, estreia no cinema e muito mais

Studio Bernobic apresenta espetáculo com vários musicais de sucesso; Karla Coronel, Pretah, Lauren Cury e Rhaysla dominam a cena na Feira Ziriguidum; Pedro Espíndola, Projeto Kzulo, Valu Samba Trio e Samba Caos são as atrações da Feira Borogodó

05/12/2025 11h00

"Traição entre Amigas", de Bruno Barreto com Larissa Manoela e Giovanna Rispoli Divulgação

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O Studio Bernobic estreia amanhã o seu espetáculo anual, “Musicais em Cena 2025”, que celebra alguns dos maiores sucessos do teatro musical mundial.

A apresentação será realizada no Teatro Allan Kardec (Av. América, nº 653, Vila Planalto), a partir das 20h, reunindo artistas, estudantes e apaixonados pelo teatro musical. Os ingressos custam R$ 50, valor de meia-entrada para todos os públicos, via Sympla.

MÚSICA  “Musicais em Cena 2025”

"Traição entre Amigas", de Bruno Barreto com Larissa Manoela e Giovanna RispoliEspetáculo do Studio Bernobic com trechos de musicais icônicos dos palcos e das telas, como “Wicked”, “O Rei Leão” e “Jesus Cristo Superstar”; no Teatro Allan Kardec, amanhã, às 20h

“Musicais em Cena 2025” é uma homenagem às histórias, personagens e canções que marcaram gerações. Reunindo trechos de musicais icônicos dos palcos e das telas – como “Wicked”, “O Rei Leão”, “Dear Evan Hansen”, “Waitress”, “O Corcunda de Notre Dame”, “Jesus Cristo Superstar”, “Miss Saigon”, “O Rei do Show”, “Grease” – e um tributo especial ao Queen.

O espetáculo apresenta uma diversidade estética e musical que explora diferentes décadas, estilos e narrativas. Sob direção artística de Fábio Bernobic, a montagem se destaca, segundo o encenador, pela construção de cenas que unem técnica, emoção e criatividade.

Cada número foi concebido para transportar o público ao universo original dos musicais, oferecendo uma experiência imersiva que valoriza tanto a força das músicas quanto a interpretação dos performers.

“Do voo mágico de ‘Wicked’, passando pela intensidade dramática de ‘Miss Saigon’ e pela força espiritual de ‘Jesus Cristo Superstar’ até a energia contagiante de ‘Grease’ e o espetáculo pop do Queen, a montagem oferece um panorama amplo do teatro musical, respeitando a essência de cada obra enquanto imprime identidade própria em cada cena”, afirma Bernobic.

“O Studio reúne em ‘Musicais em Cena 2025’ talentos locais que, por meio da música e da interpretação, celebram a arte como expressão universal. O espetáculo também demonstra o crescimento e o amadurecimento do grupo, que a cada edição apresenta produções mais sofisticadas e emocionantes”, diz o diretor.

ZIRIGUIDUM

Na 28ª edição da Feira Ziriguidum, na Praça do Preto Velho, das 16h às 22h, os visitantes poderão curtir um mosaico de vozes femininas que se destacam na cena de Campo Grande. Karla Coronel, Pretah, Lauren Cury, Rhaysla são as cantoras que vão dominar o microfone do evento.

MÚSICA Rhaysla Andrade

"Traição entre Amigas", de Bruno Barreto com Larissa Manoela e Giovanna RispoliA cantora é uma das atrações da Feira Ziriguidum, amanhã, na Praça do Preto Velho, a partir das 16h, onde também tem apresentação de Pretah, Karla Coronel e Lauren Cury; grátis - Foto: Divulgação

Uma oficina de skate, além de estandes com várias opções de comida, bebidas, arte, artesanato e moda sustentável também estão na programação. Acesso gratuito.

BOROGODÓ

Já no domingo, das 9h às 15h, a Feira Borogodó, em sua 18ª edição, na Praça Coophafé (Rua das Garças, nº 3.164), vai ter Pedro Espíndola (MPB e rock acústico), a cúmbia do Cerrado do Projeto Kzulo e o samba dos grupos Valu Samba Trio e Samba Caos. A maratona musical vai celebrar os 19 anos do Cordão Valu.

MÚSICA Pedro Espíndola e Samba Caos

O roqueiro e o grupo de samba estão no lineup da Feira Borogodó, ao lado do Projeto Kzulo e do Valu Samba Trio, neste domingo, das 9h às 15h, na Praça Coophafé; grátis.

PANTALHAÇ@S

Com uma programação gratuita que começou ontem e segue até quarta-feira, a 9ª Pantalhaç@s – Mostra de Palhaç@s do Pantanal põe em cartaz, em Campo Grande, 13 espetáculos (16 apresentações) de seis estados do Brasil, além de uma dupla da Argentina e do Peru, mais oficinas, roda de conversa e, no domingo, a tradicional Palhasseata, um cortejo festivo que transforma a cidade em poesia e encontro.

Nesta sexta-feira, às 19h, no Sesc Teatro Prosa (Rua Anhanduí, nº 200, Centro), “Xou do Xac”, do Mutanti Lab de Criação (Belo Horizonte/MG); classificação indicativa: 16 anos.

ARTES CÊNICAS “Batalha”

"Traição entre Amigas", de Bruno Barreto com Larissa Manoela e Giovanna RispoliO espetáculo de Dagmar Bedê (Belo Horizonte / MG), amanhã, às 19h, no Teatro de Arena da Orla Morena, integra a 9ª Pantalhaç@s – Mostra de Palhaç@s do Pantanal - Foto: Divulgação

Confira a programação até domingo.

Amanhã

Das 9h às 12h, no Flor e Espinho Teatro (Rua Pedro Celestino, nº 3.750, Centro):

  • Oficina - "Que Palhace É Esse?" com Gabriel Cavalcante e Juarez Dias;

Às 16h, no Sesc Teatro Prosa:

  • “Apalhassadamuzikada... Uma Sinphonia Engrassada!”, com a Turma do Biribinha (Arapiraca/AL);

Às 19h, no Teatro de Arena (Orla Morena):

  • “Batalha”, com Dagmar Bedê (Belo Horizonte/MG)

Classificação: livre;

Às 21h, no Flor e Espinho Teatro:

  • Roda de Palhaç@s – Sonhos, Frustrações e Utopia.

No domingo

Das 9h às 12h, no Flor e Espinho Teatro:

  • Oficina - "Que Palhace É Esse?" com Gabriel Cavalcante e Juarez Dias;

Das 9h às 12h, no Circo do Mato (Rua Tonico de Carvalho, nº 263, Amambaí):

  • Oficina - Teoria e Prática do Malabarismo – Passe de Claves, com Vitor Poltronieri;

Às 17h, no Teatro de Arena:

  • Palhasseata, sob regência de Thiago Sales;

E às 18h, no Teatro de Arena:

  • “Se Desconcierta el Concierto”, com o Latin Duo (Argentina/Peru)

Ambos com classificação indicativa livre.

CINEMA “Traição entre Amigas”

“Traição entre Amigas” - Foto: Divulgação

Com Larissa Manoela e Giovanna Rispoli, o novo longa de Bruno Barreto conta a história de Penélope e Luiza. Elas se conhecem em um curso de teatro e se tornam grandes amigas. Apesar de personalidades e temperamentos opostos, as duas se complementam perfeitamente, construindo uma forte relação de cumplicidade. A amizade das duas é abalada e posta à prova após Penélope ficar com o namorado de Luiza em uma festa. Quando a traição vem à tona, sentimentos conflituosos afloram e, entre mágoas, ressentimentos e vergonhas, a amizade das duas se desfaz.
Classificação indicativa: 16 anos.

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Pantone 2026: As cores e estilos que estarão em alta na arquitetura e design de interiores

As cores em alta para os próximos ciclos, segundo as principais agências de tendências e trendsetters globais, são um convite ao refúgio

05/12/2025 05h00

REPRODUÇÃO IA

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Em um mundo que se move em ciclos cada vez mais acelerados, a arquitetura e o design de interiores não apenas acompanham, mas, em muitos aspectos, ditam o ritmo da nossa relação com o espaço.

Longe de serem meros caprichos estéticos, as tendências que emergem no horizonte do morar refletem profundas transformações sociais, econômicas e, sobretudo, a busca incessante por bem-estar e autenticidade.

Para o leitor sul-mato-grossense, acostumado à luz intensa e à natureza exuberante de Campo Grande, entender essa bússola cromática e estilística é fundamental para projetar o futuro de seus lares e empreendimentos.

O refúgio da calma: a paleta terrosa e profunda

Se a última década foi marcada pela hegemonia dos tons de cinza e do minimalismo frio, o pêndulo agora balança em direção a uma paleta que evoca o acolhimento e a conexão com a terra. As cores em alta para os próximos ciclos, segundo as principais agências de tendências e trendsetters globais, são um convite ao refúgio.

A grande estrela é o que se convencionou chamar de "Future Dusk", um tom intrigante que flutua entre o azul profundo e o roxo melancólico. Essa cor, que remete ao crepúsculo e ao mistério, sinaliza uma busca por introspecção e por ambientes que permitam a desconexão do caos externo. No entanto, o calor da nossa região pede contrapontos.

É neste cenário de busca por serenidade que a Pantone lança sua bússola para 2026: o Cloud Dancer. Pela primeira vez, a autoridade global em cores elege um tom de branco, um "branco arejado e equilibrado", que se propõe a ser um sussurro de tranquilidade em um mundo ruidoso.

O Cloud Dancer, que evoca novos começos e a leveza das nuvens, não é apenas uma cor, mas um estado de espírito que se alinha perfeitamente com a tendência dos neutros aquecidos e do minimalismo acolhedor.

É aí que entram os neutros aquecidos: o terracota, o bege areia, o caramelo e os verdes suaves, quase acinzentados. Eles não são apenas cores de fundo; são a base que confere profundidade e uma sensação de permanência aos ambientes.

O verde, em particular, ressurge em sua vertente mais biofílica, como o esmeralda e o verde floresta, reforçando a tendência de trazer a natureza para dentro de casa, um conceito que ressoa profundamente com a cultura de Mato Grosso do Sul.

 

Estilos: a fusão do essencial com o aconchegante

No campo dos estilos, a rigidez cede lugar à fluidez e à personalização. Dois movimentos se destacam por sua capacidade de sintetizar a demanda contemporânea por funcionalidade e conforto: o Warm Minimalism e o Japandi.

O Warm Minimalism (Minimalismo Acolhedor) é a resposta à crítica de que o minimalismo tradicional era frio e impessoal. Ele mantém a premissa de "menos é mais", mas injeta calor através de texturas, materiais naturais e orgânicos. Pense em madeira clara, linho, lã e superfícies que convidam ao toque. A iluminação, antes puramente funcional, torna-se um elemento de design que cria sombras e realça a materialidade.

Já o Japandi, uma fusão elegante entre a estética escandinava (Hygge) e a filosofia japonesa (Wabi-Sabi), celebra a imperfeição, a simplicidade e a durabilidade. É um estilo que valoriza o artesanato, as linhas limpas e a ausência de excessos, mas com uma paleta de cores que abraça os tons terrosos e a luz natural. O Cloud Dancer, com sua neutralidade luminosa, serve como a tela perfeita para a aplicação desses estilos.

Em contrapartida, para aqueles que buscam uma expressão mais ousada, o Industrial Chic continua a ser uma força, especialmente em projetos urbanos e lofts. Ele se reinventa com a introdução de metais mais quentes (cobre e bronze) e a suavização das superfícies brutas (concreto e tijolo aparente) com tecidos macios e mobiliário de design orgânico.

O Futuro é Tátil e Sustentável

A materialidade é, talvez, a maior revolução silenciosa. A busca por materiais sustentáveis, de origem local e com história não é mais uma opção, mas uma exigência do mercado consciente.

O uso de madeira de reflorestamento, bambu, e a valorização de técnicas artesanais regionais, como a cerâmica e o trançado, ganham destaque.

Em Mato Grosso do Sul, essa tendência se traduz na valorização da pedra natural local, da madeira de demolição e na integração de elementos que remetem ao bioma do Pantanal e do Cerrado.

O design de interiores, portanto, deixa de ser uma vitrine de consumo para se tornar um manifesto de valores — um espaço que não apenas se habita, mas que se sente e se vive em plena harmonia com o entorno.

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