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Cinema B+: Os primeiros favoritos do Golden Globes 2026

Muito do que a gente já vinha intuindo você vai ver na coluna dessa semana

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É pessoal, em duas semanas estaremos falando de Temporada de Premiação de 2026, voltando a especular, a criticar, a elogiar, a torcer e nos surpreender. Isso tudo porque no dia 8 de dezembro sai a lista de indicados ao Golden Globes 2026, e sim, falaremos muito de Wagner Moura e O Agente Secreto, que está certo para entrar na lista de indicados a filme estrangeiro e ator. Mas já lacro aqui: o dramalhão Hamnet será o grande destaque do início do ano, como filme, ator, atriz, trilha… tudo.

Por questões de lógica de calendário, como o Golden Globes abre a temporada, faz sentido olhar para quem está mais cotado agora – tanto no cinema quanto na TV.

A grande virada: quando comédia/musical vira campo de guerra

A Variety confirma: o lugar mais competitivo desta temporada não é o drama, é comédia/musical. O que sempre foi tratado como “categoria divertida” virou, em 2026, o verdadeiro ringue dos estúdios.

Na categoria de melhor filme de comédia ou musical, o quadro hoje é:

Jay Kelly (Netflix)

Marty Supreme (A24)

No Other Choice (Neon)

One Battle After Another (Warner Bros.) – previsto como vencedora

Wake Up Dead Man (Netflix)

Wicked: For Good (Universal Pictures)

Ou seja: temos um musical gigantesco (Wicked: For Good), um projeto autoral pesado (One Battle After Another), um dramedy esportivo com cara de cult (Marty Supreme), a nova entrada de Knives Out, uma comédia sul-coreana sombria (No Other Choice) e um original da Netflix. Não é “categoria leve”, é literalmente o centro da disputa.

No lado dos atores, Clayton Davis crava Timothée Chalamet como favorito em ator de comédia/musical por Marty Supreme, à frente de George Clooney (Jay Kelly), Leonardo DiCaprio (One Battle After Another), Brendan Fraser, Ethan Hawke (Blue Moon) e Lee Byung-hun (No Other Choice). A ideia de Chalamet ganhar seu primeiro Globo nesse terreno – em um filme esportivo ping-pong-esquisito dos Safdie – é a cara da temporada: pop, autoral e competitivo ao mesmo tempo.

Em atriz de comédia/musical, o cenário é ainda mais simbólico: Cynthia Erivo desponta como favorita absoluta por Wicked: For Good, retomando Elphaba, numa campanha que é ao mesmo tempo teatral, cinematográfica e pop. Ao lado dela, surgem Rose Byrne (If I Had Legs I’d Kick You), que ganhou em Berlim, Kate Hudson (Song Sung Blue), Chase Infiniti (One Battle After Another), Amanda Seyfried (The Testament of Ann Lee) e Emma Stone (Bugonia). Na linha de alternates, nomes como Pamela Anderson (The Naked Gun) e Olivia Colman (The Roses) ainda rondam o quadro, prontos para invadir a conversa.

Nos coadjuvantes, o recado é parecido: Ariana Grande aparece como favorita em atriz coadjuvante por Wicked: For Good, enquanto Gwyneth Paltrow (Marty Supreme) e Teyana Taylor (One Battle After Another) completam o trio que mais chama atenção nesse momento.

Em ator coadjuvante, Stellan Skarsgård surge como o nome a ser batido por Sentimental Value, ladeado por Jacob Elordi (Frankenstein), Paul Mescal (Hamnet), Adam Sandler (Jay Kelly), Benicio Del Toro e *Sean Penn (One Battle After Another).

Ou seja: se alguém ainda achava que comédia/musical era o “quintal leve” dos Globes, 2026 veio para enterrar essa ideia.

Drama ainda é rei – mas com um mapa mais definido

Dito isso, o campo de drama continua sendo o território do prestígio clássico. A previsão de melhor filme de drama hoje está assim:

Frankenstein (Netflix)

Hamnet (Focus Features) – previsto como vencedor

It Was Just an Accident (Neon)

The Secret Agent (Neon)

Sentimental Value (Neon)

Sinners (Warner Bros.)

Muito do que a gente já vinha intuindo se confirma aqui:

– Hamnet como grande “dramalhão de prestígio” da temporada,
– Sinners como drama potente de estúdio,
– Sentimental Value como queridinho europeu,
– Frankenstein como monstro (com trocadilho) da Netflix,
– e The Secret Agent cravado no mapa como peça-chave, tanto em drama quanto em filme internacional.

Nas atuações, o desenho também é bem claro.

Em ator de drama, a previsão traz:

Joel Edgerton (Train Dreams)

Colin Farrell (Ballad of a Small Player)

Oscar Isaac (Frankenstein)

Dwayne Johnson (The Smashing Machine)

Michael B. Jordan (Sinners)

Wagner Moura, The Secret Agent – PREVISTO COMO VENCEDOR

Sim: nas projeções da Variety, Wagner está hoje à frente de Michael B. Jordan, Oscar Isaac e cia. Isso sozinho já seria enorme. Some a isso o fato de The Secret Agent também aparecer entre os prováveis indicados a melhor filme de drama e melhor filme em língua não inglesa e temos uma narrativa pronta: depois de Fernanda Torres, Wagner consolida o momento latino – e brasileiro – na temporada.

Em atriz de drama, o nome que domina é Jessie Buckley, favorita por Hamnet. A lista ainda traz Laura Dern (Is This Thing On?), Jennifer Lawrence (Die My Love), Renate Reinsve (Sentimental Value), Sydney Sweeney (Christy) e Tessa Thompson (Hedda). Buckley entra na temporada com aquele rótulo ingrato e poderosíssimo de “locked and loaded contender”: todo mundo já escreve o nome dela a lápis forte.

No bastidor da direção, um padrão: Paul Thomas Anderson aparece como favorito em melhor direção por One Battle After Another, à frente de Park Chan-wook (No Other Choice), *Ryan Coogler (Sinners), *Mona Fastvold (The Testament of Ann Lee), *Joachim Trier (Sentimental Value) e Chloé Zhao (Hamnet). Ou seja: drama e comédia/musical se encontram aqui – o filme “cômico” de PTA é tratado com a mesma reverência dos dramas pesados.
Em roteiro, o favoritismo pende para Ryan Coogler, por Sinners, com Hamnet, One Battle After Another, The Secret Agent, Sentimental Value e Train Dreams completando o quadro. Train Dreams, aliás, aparece tanto em roteiro quanto em ator (Joel Edgerton) e entre os alternates de filme – um sinal claro de que pode ser aquele “slow burn” da temporada.

Nos blocos mais técnicos:

– em trilha sonora, o favorito é Ludwig Göransson por Sinners, com Desplat (Frankenstein), Max Richter (Hamnet), Hildur Guðnadóttir (Hedda) e *Jonny Greenwood (One Battle After Another) compondo uma categoria que parece lineup de festival de compositores;

– em canção original, a aposta principal é “Golden”, de KPop Demon Hunters;

– em animação, Zootopia 2 lidera;

– e em Cinematic and Box Office Achievement, Sinners aparece de novo como favorito, disputando espaço com Avatar: Fire and Ash, F1, KPop Demon Hunters, Superman, Weapons e Wicked: For Good.

E na TV? O que os viciados em premiação estão apostando

Considero 2026 como um dos anos mais competitivos para TV. As apostas para séries de comédia estão assim:

Abbott Elementary (ABC)

The Bear (FX on Hulu)

Hacks (Max)

Only Murders in the Building (Hulu)

Shrinking (Apple TV+)

The Studio (Apple TV+)

Alt: Wednesday (Netflix)

Ou seja: a leitura é de que o Globo deve “copiar e colar” muito do Emmy, com The Bear, Abbott e Hacks no centro, mas deixando espaço para Only Murders, Shrinking e a novata The Studio. Wednesday aparece como aquela alternativa de popularidade que pode furar bolha. E The Studio deve sair vencedora.

Entre os atores de comédia, o mesmo painel aponta:

Adam Brody – Nobody Wants This

Steve Martin – Only Murders in the Building

Seth Rogen – The Studio

Jason Segel – Shrinking

Martin Short – Only Murders in the Building

Jeremy Allen White – The Bear
Alt: Tim Robinson – The Chair Company

Na prática, isso significa:
– Jeremy Allen White continua fortíssimo por The Bear, que a dobradinha Steve Martin / Martin Short segue firme por Only Murders, e nomes como Jason Segel e Seth Rogen podem ser “novidade simpática” para o Globo abraçar.

Em atriz de comédia, o desenho é:

Kristen Bell – Nobody Wants This

Quinta Brunson – Abbott Elementary

Ayo Edebiri – The Bear

Selena Gomez – Only Murders in the Building

Jenna Ortega – Wednesday

Jean Smart – Hacks

Alt: Rachel Sennott – I Love LA

Aqui, a disputa é linda no papel:
– Quinta Brunson como rosto da comédia em rede aberta,
– Jean Smart como força veterana incontestável,
– Ayo Edebiri como fenômeno da nova geração,
– Selena Gomez e Jenna Ortega representando o poder do streaming jovem.

Qualquer combinação de cinco nomes disso rende uma categoria fortíssima.

Em drama, as apostas para melhor série estão assim:

The Last of Us (HBO)

The Morning Show (Apple TV+)

The Pitt (Max)

Severance (Apple TV+)

Slow Horses (Apple TV+)

The White Lotus (HBO)

Alt: Wycaro (Apple TV+)

Ou seja: o Globo tende a se dividir entre os “eventos premium” da HBO (The Last of Us, The White Lotus), o prestígio corporativo de The Morning Show e a estranheza elegante de Severance. Slow Horses e The Pitt completam essa cara de “drama adulto de plataforma”.

Nos atores de drama, o quadro sugerido é:

Sterling K. Brown – Paradise

Tom Hiddleston – The Night Manager

Gary Oldman – Slow Horses

Pedro Pascal – The Last of Us

Adam Scott – Severance

Noah Wyle – The Pitt
Alt: Jon Hamm – Your Friends and Neighbours

Nas atrizes de drama:

Kathy Bates – Matlock

Carrie Coon – The Gilded Age

Britt Lower – Severance

Bella Ramsey – The Last of Us

Keri Russell – The Diplomat

Rhea Seehorn – Wycaro

Alt: Michelle Pfeiffer – The Madison

Em minissérie ou filme para TV, as apostas iniciais incluem:

Adolescence (Netflix)

All Her Fault (Peacock)

Death by Lightning (Netflix)

Dying for Sex (FX)

Monster: The Original Monster (Netflix)

Com um elenco de protagonistas que passa por Robert De Niro, Stephen Graham, Charlie Hunnam, Matthew Macfadyen, Mark Ruffalo, Michael Shannon, Sarah Snook, Michelle Williams, Renée Zellweger, entre outros. É a categoria onde o Globo tradicionalmente gosta de fazer “gesto”: premiar uma atuação muito intensa, muito transformadora, que vire manchete no dia seguinte.

Agora é esperar o dia 8 para ver o quanto essas previsões viram realidade – e o quanto o Globo vai fazer o que mais sabe: nos deixar irritados, empolgados e, principalmente, falando sobre isso por semanas.

Correio B+

Cinema B+: Os primeiros sinais do Critics Choice 2026

A lista de indicações revela forças, silêncios e tendências que devem marcar toda a temporada de premiações. Sinners domina, Wagner surpreende e Cynthia fica de fora.

13/12/2025 14h00

Cinema B+: Os primeiros sinais do Critics Choice 2026

Cinema B+: Os primeiros sinais do Critics Choice 2026 Foto: Divulgação

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As indicações ao Critics’ Choice deste ano chegaram com aquela mistura deliciosa de obviedades confirmadas, surpresas estratégicas e ausências que vão ecoar pelas próximas semanas. Não é exagero dizer que, com essa lista, o jogo realmente começou e já com algumas peças bem posicionadas no tabuleiro.

Sinners no comando absoluto

O grande fato é inescapável: Sinners saiu da largada como o filme da temporada. São 17 indicações, um número que não deixa espaço para debate. Ele entra em tudo: Filme, Diretor, Ator, Roteiro, categorias técnicas, Elenco, Trilha, Canção. Quando uma produção aparece em quase todos os campos possíveis, ela naturalmente assume o posto de eixo gravitacional do ano. É aquele combo que a crítica adora: força dramática, acabamento técnico, ambição estética e performances que sustentam o pacote. Sinners não só lidera, ele estabelece o tom.

Logo atrás, One Battle After Another surge com 14 indicações, enquanto Hamnet e Frankenstein empatam com 11. É um grupo que revela o gosto de 2025/2026: cinema com assinatura, com textura, com direção que guia narrativa e atmosfera. Nada de lugar-comum — mesmo quando lidam com obras literárias ou universos de fantasia, esses filmes chegam com personalidade.

Bugônia cresce, Avatar diminui

Entre os movimentos mais reveladores da manhã está Bugônia entrando em Melhor Filme. Até pouco tempo, muitos tratavam a presença de Avatar: Fire and Ash como automática nas listas amplas, mas a vaga ficou com Bugônia. E isso não é acidental: o filme também aparece em Melhor Atriz (Emma Stone) e em Roteiro Adaptado, o que sinaliza que não é um candidato “alternativo”, mas uma força real na temporada. Avatar, ao contrário, ficou restrito ao espaço inevitável: Efeitos Visuais. Para um projeto concebido como megaevento, é um baque. O Critics’ Choice deixa claro que a escala, sozinha, não define relevância este ano.

Wagner Moura atravessa fronteiras

Um dos momentos simbólicos — e históricos — da lista é a indicação de Wagner Moura em Melhor Ator por O Agente Secreto, somada à presença do filme em Melhor Filme em Língua Estrangeira. Não é comum um protagonista de um filme internacional furar a bolha das categorias principais de atuação. Quando isso acontece, desloca a conversa. A indicação reforça tanto a força do filme quanto o impacto da performance. É um marco real para a presença latina nas premiações americanas e abre caminho para que O Agente Secreto circule mais amplamente na temporada.

Melhor Ator: a categoria mais competitiva do ano

A lista de Melhor Ator deixa claro que a corrida está mais apertada do que parecia. Além de Wagner, aparecem nomes que já estavam no radar e outros que chegam para consolidar suas chances:

• Joel Edgerton, por Train Dreams • Ethan Hawke, por Blue Moon • Mais Michael B. Jordan, Lee Byung-hun, George Clooney, entre outros
Com tantos filmes fortes aparecendo também em categorias de topo, essa é uma daquelas disputas que pode mudar semana a semana. Train Dreams, por exemplo, cresceu muito: entrou em Filme, Ator e Roteiro Adaptado e isso automaticamente fortalece Edgerton. Já Hawke, vindo de um filme mais isolado, depende do carinho dos votantes.

A categoria perfeita com o buraco mais comentado: Melhor Atriz

O grupo de indicadas a Melhor Atriz está impecável no conjunto, mas não sem um peso: a ausência de Cynthia Erivo por Wicked: For Good. Com seis vagas, deixar de fora a protagonista de um filme indicado em várias categorias, inclusive Melhor Filme, não passa despercebido. O Critics’ Choice abraça Amanda Seyfried, Emma Stone, Rose Byrne, Chase Infinity e outras grandes performances, mas o silêncio em torno de Erivo fala alto. Ela era tratada como nome praticamente garantido, e essa esnobada agora se torna um fantasma que a temporada precisará exorcizar — ou confirmar — nas próximas rodadas.

Direção: del Toro dentro, outros nomes fortes de fora

Na categoria de Direção, o espaço para Guillermo del Toro por Frankenstein já era esperado: o filme é um projeto de paixão e chegou com a marca emocional e visual que os votantes costumam prestigiar. Mas sua entrada implica ausências significativas: diretores que vinham sendo tratados como fortes na temporada ficaram de fora. Isso reforça uma tendência do ano: a crítica está priorizando obras com assinatura estética e emocional muito clara e sendo mais seletiva com continuações de franquias ou com cinema político mais direto.

Coadjuvantes e roteiros mSinners é o candidato mais completo. • One Battle After Another, Hamnet e Frankenstein consolidam o “centro de prestígio” da temporada. • Bugônia deixa de ser aposta lateral e entra no jogo grande. • Wagner Moura rompe a barreira da atuação internacional. • Cynthia Erivo vira a grande ausência que todos vão vigiar. • Vários filmes médios, autorais e arriscados entram onde era mais difícil — roteiro, coadjuvante, técnica — e ganham fôlego real. É uma lista que, mais do que premiar, define quem está autorizado a continuar a conversa até o Oscar.

E, como sempre, quem fica de fora da conversa sofre mais do que quem perde o troféu. Na segunda teremos as indicações ao Golden Globes e aí sim, os finalistas para o Oscar já ficarão mais evidentes mostram onde a crítica está arriscando.
As categorias de coadjuvante e de roteiro ajudam a desenhar o segundo plano da temporada:

• Amy Madigan e Ariana Grande ganham força em Atriz Coadjuvante. • Jacob Elordi conquista espaço com Frankenstein. • O elenco de Sinners aparece em categorias diversas, reforçando a força coletiva do filme.

Em roteiro, o Critics’ Choice faz escolhas que deixam clara a intenção de ampliar a conversa:


- Weapons e Sorry Baby entram em Original, abrindo espaço para filmes fora do eixo óbvio. • Train Dreams, Bugônia, Hamnet e Nenhuma Outra Escolha formam um Adaptado sólido e variado. Quando um filme vai forte em roteiro, automaticamente fortalece seus nomes de atuação — é o caso de Train Dreams e Bugônia. O que a lista diz, no fim das contas o Critics’ Choice deste ano não só acende a temporada: ele revela um movimento coletivo. 

Sinners é o candidato mais completo. • One Battle After Another, Hamnet e Frankenstein consolidam o “centro de prestígio” da temporada. • Bugônia deixa de ser aposta lateral e entra no jogo grande. • Wagner Moura rompe a barreira da atuação internacional. • Cynthia Erivo vira a grande ausência que todos vão vigiar. • Vários filmes médios, autorais e arriscados entram onde era mais difícil — roteiro, coadjuvante, técnica — e ganham fôlego real. É uma lista que, mais do que premiar, define quem está autorizado a continuar a conversa até o Oscar. E, como sempre, quem fica de fora da conversa sofre mais do que quem perde o troféu. Na segunda teremos as indicações ao Golden Globes e aí sim, os finalistas para o Oscar já ficarão mais evidentes.
 

CULINÁRIA

Motivo de discórdia na ceia natalina, uva-passa traz benefício à saúde

Item obrigatório para uns ou dispensável para outros no cardápio das ceias natalinas, a uva-passa, embora divida opiniões, traz benefícios à saúde; especialista destaca seu valor nutricional e versatilidade no preparo de receitas

13/12/2025 09h00

Além de saudáveis, as uvas-passas dão um toque agridoce que cai muito bem em receitas clássicas ou até mesmo em inovações, combinadas com maçã, queijos, castanhas e carnes

Além de saudáveis, as uvas-passas dão um toque agridoce que cai muito bem em receitas clássicas ou até mesmo em inovações, combinadas com maçã, queijos, castanhas e carnes Divulgação

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Todo ano ocorre o mesmo debate nas famílias brasileiras: a inclusão – ou não – da uva-passa nas receitas natalinas. Enquanto uns defendem o toque agridoce que ela agrega aos pratos, outros nem querem ouvir falar da fruta desidratada no cardápio.

Segundo uma pesquisa realizada pela Ticket, marca de vale-refeição e vale-alimentação, 37% das pessoas trabalhadoras no Brasil afirmam que colocariam uva-passa em tudo na ceia de Natal. Outros 43% se dizem indiferentes à fruta, enquanto apenas 20% declaram não gostar. A nutricionista Bárbara Tonsic ressalta que, para além do gosto pessoal, a uva-passa tem, sim, seu valor do ponto de vista nutricional.

“Por ser uma fruta desidratada, ela tem maior concentração de açúcar, sendo uma boa fonte de energia. Além disso, é rica em fibras solúveis, como os frutoligossacarídeos, que favorecem a saúde intestinal. Substâncias como o ácido tartárico ainda auxiliam na fermentação por bactérias boas, contribuindo para o equilíbrio da microbiota”, especifica Bárbara.

A uva-passa também se destaca por oferecer vitaminas e minerais importantes, como vitaminas do complexo B, vitamina A, cobre, ferro, cálcio, potássio e magnésio. Bárbara alerta, entretanto, que o consumo deve ser moderado.

“Por conta da alta concentração de carboidratos, ela pode não gerar saciedade tão facilmente e, nesse caso, é comum ultrapassar a quantidade recomendada”, pontua a nutricionista, que também é professora da área em um curso de ensino superior.

Claras e escuras

Outro ponto que gera curiosidade é a diferença entre as passas escuras e claras. Segundo a professora, as escuras têm maior teor de resveratrol e flavonoides, compostos antioxidantes conhecidos por seus benefícios contra o envelhecimento. Já as claras ou verdes têm menores quantidades desses compostos, mas continuam sendo uma boa opção.

E quanto aos pratos que podem ser enriquecidos com o sabor da uva-passa? Além do tradicional arroz natalino, a especialista sugere outras opções como salpicão, farofas, bolos, tortas e até caponatas.

“As uvas-passas dão um toque agridoce que cai muito bem em receitas clássicas ou até mesmo em inovações no cardápio natalino. Combinações como uva-passa com maçã ou abacaxi, queijos salgados, castanhas e carnes, como frango ou cordeiro, fazem bastante sucesso”, sugere Bárbara.

Corredores

A professora destaca ainda que o consumo regular de uva-passa pode trazer benefícios à saúde, principalmente por sua ação antioxidante e por melhorar o funcionamento intestinal.

Além disso, pode ser uma opção prática para corredores que precisam repor energia durante treinos ou provas mais longas.

“A verdadeira questão é saber combinar os pratos à sua mesa natalina e aproveitar tanto o sabor quanto os benefícios do alimento. Ame ou odeie, a uva-passa tem muito a oferecer”, reforça a nutricionista.

Benefícios da uva-passa:

> Redução de risco da diabetes tipo 2;
> Prevenção do câncer;
> Prevenção do infarto;
> Diminuição da pressão arterial;
> Prevenção da prisão de ventre;
> Melhora a saúde dos ossos;
> Controle de peso;
> Eliminação de radicais livres;
> Prevenção da anemia;
> Proteção à saúde do coração;
> Promove a saúde dos dentes.

*SAIBA

A origem da uva-passa vem da Roma Antiga, onde era utilizada nas celebrações como símbolo de fartura, alegria e prosperidade.

RECEITA Salpicão com uva-passa

Além de saudáveis, as uvas-passas dão um toque agridoce que cai muito bem em receitas clássicas ou até mesmo em inovações, combinadas com maçã, queijos, castanhas e carnes

Ingredientes:

> 2 peitos de frango cozidos e desfiados;
> 1 xícara (chá) de uva-passa;
> 395 g de milho-verde;
> 395 g de ervilha;
> 2 cenouras descascadas e raladas;
> 1/2 xícara (chá) de azeitona verde sem caroço e picada;
> 1/2 xícara (chá) de maionese;
> 1/2 xícara (chá) de creme de leite;
> Sal, pimenta-do-reino moída, salsa picada e batata-palha a gosto.

Modo de Preparo:

Em um recipiente, coloque o frango, a uva-passa, o milho-verde, a ervilha, as cenouras e a azeitona e misture;

Adicione a maionese e o creme de leite e mexa para incorporar;

Tempere com sal, pimenta-do-reino e salsa;

Leve à geladeira por 1 hora;

Finalize com a batata-palha e sirva em seguida.

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