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Gastronomia

Conheça vários tipos de pães e aprenda a fazer um delicioso pão francês em casa

De norte a sul do País, o crocante e macio pão francês conquista paladares e se firma como um verdadeiro símbolo da cultura nacional

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Sexta-feira foi o Dia do Pão Francês, enquanto neste sábado é comemorado o Dia Mundial da Água. Já que o líquido é um dos ingredientes básicos do pão, inspire-se na dobradinha das datas para conhecer um pouco mais sobre o principal alimento à mesa no café da manhã dos brasileiros – e muitas vezes do jantar também.

O aroma irresistível do pão francês fresco invade padarias e lares por todo o Brasil. O Dia do Pão Francês não é apenas uma celebração de um alimento, mas uma homenagem a essa iguaria que, apesar do seu nome, é genuinamente brasileira. Presente na mesa de milhões de pessoas, o pão francês se tornou parte essencial da culinária nacional, merecendo um dia dedicado à sua celebração.

A história do pão francês no Brasil remonta ao início do século 20. Influenciados pela cultura francesa, padeiros e glutões da elite brasileira foram introduzindo a baguete no País.

Ocorre que, com o tempo, a baguete foi sendo adaptada aos ingredientes e paladares locais. Assim, o pão francês que conhecemos hoje ganhou características próprias, se tornando um alimento popular e acessível a todas as classes sociais.

Para entender melhor os diferentes tipos de pães consumidos no Brasil e suas características nutricionais, a nutricionista Cibele Câmara, que atua na rede de lojas Fort Atacadista, amplia a conversa.

Ela preparou uma breve aula para quem quiser saber mais sobre alguns tipos de pão. Cibele comenta, de modo bem objetivo, sobre as principais variações disponíveis nas prateleiras e suas respectivas propriedades. Confira a seguir.

BRANCO

O pão branco é elaborado a partir de farinha de trigo. 

Essa variedade é uma fonte de energia rápida e contém vitaminas como ferro e ácido fólico. Na verdade, o chamado ácido fólico é uma das vitaminas do complexo B e ajuda no desenvolvimento e na manutenção de células e tecidos. 

De modo geral, ele é essencial para a saúde do corpo e do feto.

PRETO

O pão preto tem açúcar em sua composição. Dessa forma, os diabéticos devem tomar cuidado. Ele tem essa coloração mais escura em função da caramelização do açúcar.

LIGHT

O pão light apresenta uma redução de pelo menos 25% em um de seus componentes, que pode ser calorias ou a quantidade de sal. Costuma ser recomendável para quem quer perder peso.

CENTEIO

Já o pão de centeio é recomendado para melhorar o metabolismo no processo da digestão. O farelo do centeio é fonte de fibra insolúvel, que colabora com o bom funcionamento do intestino e reduz o risco de câncer.

INTEGRAL

O pão integral é composto por parte ou 100% da farinha integral. Ele pode ser acrescido de grãos ricos em fibras e gorduras boas, promovendo maior saciedade, o que também favorece a perda de peso.

LINHAÇA

O pão com linhaça, naturalmente, apresenta as vantagens dessa semente oleaginosa que é rica em fibras, proteínas, vitaminas e minerais. 

E mais: a linhaça é rica em ômega 3, uma gordura poli-insaturada – que o corpo não produz por si só – a qual oferece benefícios anti-inflamatórios e antioxidantes, além de auxiliar no bom funcionamento do coração.

AVEIA

A aveia é uma fibra beta-glucana (termo relacionado ao tipo de molécula) bastante nutritiva e que proporciona benefícios ao intestino. O pão com aveia, além de colaborar para a boa saúde intestinal, ajuda 
a reduzir os níveis de colesterol e triglicérides (gorduras presentes no sangue que podem indicar risco para doenças cardiovasculares).

MULTIGRÃOS

O pão multigrão, como anuncia o seu próprio nome, é composto por uma variedade de grãos. Especialistas alertam: é importante destacar que a quantidade de grãos não significa necessariamente um teor maior de fibras, sendo recomendável verificar o rótulo para informações precisas.

AUSTRALIANO

O pão australiano também é uma boa fonte de fibras que contribuem para a saúde digestiva, promovendo a sensação de saciedade. Essa variedade contém nutrientes essenciais como ferro, magnésio e vitaminas do complexo B, desempenhando papéis fundamentais no funcionamento saudável do corpo.

ENGORDA MESMO?

Mas será que o pão engorda? Cibele destaca que o mais importante é observar o rótulo. Os consumidores devem estar atentos à quantidade de sódio, açúcar e calorias presentes. A melhor opção é sempre aquela com a menor quantidade de sódio e sem gordura trans. Além disso, para quem está preocupado com a balança, é essencial não exagerar nas porções e cuidar da forma como o pão é consumido.

FARINHA E ÁGUA

“O pão leva a culpa, mas os recheios também devem ser moderados, pois a manteiga, a margarina, o requeijão, os queijos amarelos e outros embutidos consumidos junto ao pão aumentam o valor calórico da refeição”, alerta a nutricionista.

A base de qualquer receita de pão é formada por dois ingredientes simples: farinha e água. A partir dessa base, outros ingredientes podem ser adicionados e diferentes métodos de fermentação podem ser utilizados, gerando uma rica diversidade de pães.

PÃO FRANCÊS

Ingredientes

  • ½ kg de farinha de trigo;
  • 15 g de sal;
  • 1 colher de sopa de manteiga sem sal;
  • 10 g de fermento para pão;
  • 20 g de açúcar.

Modo de preparo

Dilua o fermento em um copo de água morna com o açúcar. Misture os outros ingredientes. Amasse e levante, empurrando a massa para frente com a palma da mão e, em seguida, dobrando-a sobre si mesma. 

Se for necessário, coloque mais água e mais farinha. A massa não deverá grudar nas mãos, mas sim ficar com aspecto leve e esponjoso. Deixe descansar por duas horas. A seguir, amasse novamente e prepare o pão, dando-lhe o formato desejado. E então coloque no tabuleiro untado. Atenção: se a massa estiver pegajosa, espalhe mais farinha por cima e deixe que ela descanse mais uma hora. Aqueça o forno e pincele o pão com água antes de colocá-lo no forno. Deixe assando por mais ou menos 40 minutos. Fique de olho na coloração externa dos pães durante essa etapa. Ao retirar do forno, deixe esfriar por alguns minutos antes de servir. As medidas aqui informadas dão uma receita que gerará 20 porções.

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Páscoa B+: Você escolheu o melhor ovo de Páscoa? Saiba mais

Descubra 8 verdades e armadilhas ao escolher seu ovo de chocolate nesta Páscoa

19/04/2025 15h00

Páscoa B+: Você escolheu o melhor ovo de Páscoa? Saiba mais

Páscoa B+: Você escolheu o melhor ovo de Páscoa? Saiba mais Foto: Divulgação

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Páscoa e chocolate formam uma dupla perfeita para milhares de pessoas, independentemente da idade. Quanto maior o ovo de chocolate, melhor! E não faltam opções em sabores, texturas e recheios — sem contar a vantagem de trazer benefícios à saúde.

Para muitos, o chocolate é o “alimento da felicidade”. Quando as coisas não vão bem, basta um pedaço para tudo parecer melhor. E há explicações científicas para isso.

O chocolate é rico em vitaminas, esteróis, fosfolipídios, alcaloides e polifenóis, substâncias com efeitos antioxidantes, anti-hipertensivos, anti-inflamatórios, antiaterogênicos e antitrombótico, que contribuem na prevenção de doenças cardiovasculares, anemia, sistema imunológico, mas dependem da concentração de cacau.

Por isso, é importante ficar atento às armadilhas dessas delícias, que muitas vezes contêm excesso de açúcar, gordura e até podem causar uma espécie de “dependência”.

Como é difícil resistir à tentação — especialmente na Páscoa — o Prof. Dr. Durval Ribas Filho, médico nutrólogo, Fellow da The Obesity Society – TOS (EUA), presidente da ABRAN (Associação Brasileira de Nutrologia) e docente da pós-graduação CNNUTRO, compartilha algumas dicas valiosas com o B+:

De olho no cacau

Quanto maior a concentração de cacau, mais saudável o chocolate. Na prática, os melhores são os mais escuros e amargos, pois contêm mais compostos benéficos à saúde e menos adição de açúcar, leite e gorduras.

Bem-estar a cada mordida

Os chocolates com 70% de cacau ou mais ajudam a promover a sensação de felicidade. Isso se deve à presença de teobromina — um alcaloide semelhante à cafeína — e à feniletilamina, responsável por estimular o prazer. Com moderação, o chocolate também pode contribuir para o aumento da serotonina, ajudando a reduzir ansiedade e estresse.

Sem excessos, sem privações

A porção ideal é de 30 a 40 gramas por dia, preferencialmente com alto teor de cacau. Na Páscoa, com tanta variedade, não é preciso se privar — basta manter o equilíbrio. O consumo exagerado de chocolates ricos em açúcar, gordura e leite pode prejudicar o funcionamento do fígado e causar sintomas como náuseas, refluxo, diarreia, dor de cabeça e mal-estar por alguns dias. Atenção: a vida continua depois da Páscoa.

Nem todo chocolate é igual

Prefira os amargos ou meio amargos. Os chocolates ao leite, mais populares, têm baixa concentração de cacau e alto teor de açúcar e gordura, o que eleva o valor calórico e reduz os benefícios à saúde.

Atenção aos rótulos

Diabéticos, intolerantes à lactose, celíacos e veganos devem observar atentamente os ingredientes. Prefira produtos com menor teor de açúcar, gordura e carboidrato — e maior concentração de cacau. Versões diet (sem açúcar) nem sempre são menos calóricas, pois podem conter mais gordura e os produtos light apenas indicam redução de, no mínimo, 25% em algum ingrediente.

Ressaca pós-Páscoa

Se exagerou no chocolate, aposte em uma alimentação mais leve: frutas, legumes, verduras, pouca carne vermelha e carboidratos complexos, como batata-doce. Reduza pães, massas e biscoitos e mantenha-se bem hidratado.

Congele e faça a Páscoa durar mais

Siga as orientações de conservação da embalagem e evite variações bruscas de temperatura ou exposição ao Sol. O armazenamento em geladeira pode alterar a textura do chocolate. Mas é possível congelar. Corte o ovo em pedaços, embrulhe em papel-alumínio e guarde em pote hermético. Depois, descongele somente o que for consumir.

Cuidado com o consumo emocional

Quando o chocolate é consumido para aliviar emoções como ansiedade, tristeza ou estresse — mesmo sem fome —, pode indicar compulsão alimentar, um transtorno relacionado à saúde mental. Fique atento aos sinais de dependência

CULTURA

Entenda como a Páscoa mudou de ovos decorados para tradição do chocolate

Levantamento apontou que 52% dos brasileiros pretendem comprar ovos de chocolate na Páscoa

19/04/2025 14h32

O tamanho dos ovos de chocolate veio com o crescimento e desenvolvimento das indústrias.

O tamanho dos ovos de chocolate veio com o crescimento e desenvolvimento das indústrias. Bruno Henrique / Arquivo / Correio do Estado

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Recentemente divulgadp pela empresa de pesquisa e inteligência de dados Nexus, um levantamento apontou que 52% dos brasileiros pretendem comprar ovos de chocolate na Páscoa, o que nesse caso representa que cada um pretende adquirir em média três produtos.

Mas como os tradicionais ovos decorados, que eram presenteados no passado, transitaram para os ovos feitos de chocolate, que dominam as prateleiras dos comércios e são aguardados ansiosamente nesta época do ano pelas crianças?

Ana Beatriz Dias Pinto é doutora em Teologia e professora da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), ela explicou que a transição dos ovos decorados para os de chocolate seguiu uma adaptação do mercado.

“Embora o ovo seja símbolo ancestral de fertilidade e vida (presente antes mesmo do cristianismo, em rituais pagãos e em tradições cristãs orientais), a prática de presentear ovos de chocolate é resultado de um processo de industrialização e mercantilização da Páscoa, que se intensificou ao longo do século XIX e permanece há 175 anos”, afirmou. 

História

Segundo a professora e pesquisadora, a fabricação dos primeiros ovos de chocolate começou na França e na Alemanha por volta de 1850.

“Foi uma forma de presentear com algo mais gostoso e bonito. Antes eram ovos de galinha, pato, avestruz, muito frágeis e visualmente enriquecidos com pinturas e adornos, mas que geralmente tinham tamanhos menores.”

O tamanho dos ovos de chocolate veio com o crescimento e desenvolvimento das indústrias.

“Há países onde já vi ovos do tamanho de uma pessoa”, disse Ana Beatriz.

Para a pesquisadora, “por conta deste marketing, os ovos de chocolate acabam servindo ao consumismo de mercado, mas sua dimensão simbólica para a Páscoa verdadeira não está associada às campanhas publicitárias, brinquedos e embalagens festivas, assim como a vela, o coelho, o círio pascal e as flores,. ela é um elemento que fala sobre a vida, o renascimento”.

O consumismo que pode ser representado pelos números da indústria. A Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Bala (Abicab) estimou que a produção do setor neste ano deve atingir cerca de 45 milhões de unidades.

Apesar do aumento nos preços do produto por causa da crise da produção do cacau, ainda assim são números expressivos. 

 

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