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ENTREVISTA

Diretor Fernando Lopes faz balanço sobre os três anos da Estação Cultural Teatro do Mundo

Responsável pela administração da Estação Cultural Teatro do Mundo, o diretor e também ator faz balanço sobre os 3 anos do espaço, celebra variedade de expressões artísticas da pauta, lamenta perda de apoio estatal e anuncia novo espetáculo para 2026

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O QUE DEU CERTO

Destacaria, nesses três anos de funcionamento da estação, a diversidade de ações culturais. É um espaço que aporta muito bem a música. Desde que Antônio Porto fez o primeiro show dele [5 de abril de 2023], muitos músicos, quase 50 artistas da música, fizeram da estação seu palco.

Um público feliz de ter a oportunidade de contemplar, de sentar para ouvir a canção e ver seu compositor preferido ou conhecer mais das composições desse artista. A estação também aportou muito bem as artes visuais. Frequentemente tivemos exposições coletivas e individuais.

O cinema afigurou de maneira muito importante no espaço. A gente colocou um bom telão, um bom som, uma sala climatizada e, então, virou uma alternativa e ainda vai ser mais ainda no ano que vem. E o teatro e a dança, claro.

Quando digo dança, abro aqui para a dança do ventre, pole dance, dança contemporânea, experiências a partir da expressão corporal, dança urbana, como o [grupo] Funk-se e outras companhias que fizeram parte desse momento.

E o teatro também, muito embora a gente não tenha tido muitas peças de teatro. Talvez com a inconstância das produções locais, a gente tem poucas peças para ficar em cartaz. E as companhias que produzem têm seus espaços.

Tivemos companhias de São Paulo, um Boca de Cena nesses três anos, Campão Cultural, espetáculos de fora de MS num projeto capitaneado pelo [grupo] Fulano di Tal. Muitas coisas aconteceram, fora os nossos espetáculos da Cia. Teatro do Mundo.

A gente inaugura com um solo [“Como Nascem as Estrelas”, com a atriz Laura Santoro], faz algumas leituras dramatizadas, fizemos a “Valsa Nº 6” [com a atriz Tauane Gazoso] e agora estamos começando a construir um novo espetáculo, que vai se chamar “Edifício 67”.

CONDOMÍNIO

O espaço também é um condomínio. Hoje tem uma butique e o café. A gente fez também um espaço que, de alguma maneira, ajuda na economia criativa. Fizemos nove edições das feiras e pretendemos mais pequenas feiras com artesãos selecionados em 2026.

A gente vai aportando artistas iniciantes e já experientes. Vira um espaço de convivência onde o público se encontra e também encontra os artistas. A gente tem espetáculos de capoeira e de danças variadas. Uma diversidade cultural muito rica.

Isso é uma qualidade do espaço. Cito, dentro desse escopo, a literatura. Não só os lançamentos de livros, que foram inúmeros, mas também os encontros de clubes literários.

Aproximadamente 400 eventos foram realizados no espaço nos primeiros três anos, que celebrou o aniversário com renovação do Café Teatro, que passou a abrigar uma galeria de arte; solo “Como Nascem as Estrelas” marcou a estreia do teatro, que tem 120 lugares - Fotos: Divulgação

O INÍCIO

O início começou quando ninguém ainda sabia que a estação era possível. Quando eu entrei ali, por volta de 2021, naquele prédio abandonado, já com muita vontade de fazer uma estação cultural, mas impedido pela pandemia, com medo, etc.

O prédio pedia para ser um espaço cultural, não só pela beleza, mas pelas próprias condições do edifício. O que sinto quando olho para esse momento é um imenso orgulho de quem por sorte, ou quiçá, a natureza me deu de presente esse momento de poder olhar para aquilo e pensar que poderia ser o que é.

Todas as coisas que imaginei que poderia ser a gente vem executando. E está longe de ser ainda tudo aquilo que a estação pode ser no seu potencial.

Com mais apoio, a gente seria realmente ainda mais como casa de cultura, aportando mais artistas, fazendo da casa esse encontro, essa celebração com a arte tão importante para alimentar nossa cultura.

O que eu imaginava era a sede da companhia de teatro em que eu pudesse ensaiar e apresentar meus espetáculos junto com o meu grupo. Ainda é a sede da Cia. Teatro do Mundo, mas ganhou essa imensa responsabilidade com as outras artes também.

Fernando Lopes - Foto: Divulgação

Quando eu vi o espaço desse tamanho, eu percebi que eu precisava de outras artes ocupando. Pensei, a princípio, que poderia ser grupos de teatro ou de dança, grupos de artes cênicas, circo, dança, teatro. Mas não tive essa adesão.

Foram poucas pessoas que se juntaram, então, o teatro não deu conta de ocupar esse espaço. Isso é, na minha opinião, uma certa perda. Tenho uma frustração nesse sentido porque eu sou de teatro e gostaria que acontecessem mais espetáculos teatrais, não só meus, como de outros grupos.

DE TODOS

O espaço tem sido administrado de uma forma muito livre, independente, no sentido da fruição das ideias desse lugar de receber outros projetos como se fossem nossos e fazer nossos projetos como se fossem de todos. É um espaço privado com um caráter público.

Não cobro aluguel dos artistas, a gente sempre faz parceria. Todos os artistas que fizeram qualquer evento, maior ou menor em dimensão, foram donos no momento em que estavam lá e ainda o são se assim entenderem.

APOIOS 

A principal perda foi agora, de cinco meses para cá, quando a gente perdeu completamente o apoio do governo do Estado.

O governo até tinha um carinho pelo nosso projeto, comprando espetáculos da Turma do Bolonhesa, que completou 10 anos também em novembro. E, com esse valor, que não era muito [R$ 8 mil], a gente pagava o aluguel e dividia o cachê com o elenco.

Depois eu tinha ainda todo um trabalho para conseguir pagar as contas, porque aqui são R$ 6 mil de aluguel e tenho mais ou menos R$ 14 mil de conta fixa. E foi do nada. Perdemos por quê? Sei lá. O governo não tem um projeto de fato. Deveria ter mais apoio tanto da iniciativa privada como também do governo.

MÚSICA

A música ganhou uma força muito grande porque a casa tem um palco não tão elevado, que, para a música, é melhor do que para o teatro, por exemplo. Porque, para o teatro e para a dança, o espaço é um pouco limitado.

Tenho feito espetáculos sempre de maneira alternativa, para que o público possa enxergar melhor. Preciso levantar o palco. Quero, inclusive, fazer uma campanha financeira para elevar o palco.

TEATRO

O teatro é o meu principal objetivo. Desejo para 2026 que mais peças de teatro possam acontecer nesse espaço. A gente tem tido a parceria do Fulano di Tal, [grupo] Senta que o Leão É Manso, do TGR [Teatral Grupo de Risco], também do [Teatro Imaginário] Maracangalha, do Theastai, de Dourados.

Muitas companhias já passaram pelo nosso palco. Tenho um projeto de deixar espetáculos em cartaz todo fim de semana, que é o que nos falta em Campo Grande, não só para adultos, mas também para as crianças.

Então, o objetivo que eu quero cumprir agora em 2026 a curtíssimo prazo, já no início do ano, é ter espetáculos em cartaz. É muito importante para a cidade, para o público. Alcançamos algumas vezes, falhamos outras tantas por conta da própria produção.

Estou com a minha companhia há quase um ano ensaiando e tentando achar um espetáculo adequado para que a gente possa ser feliz e apresentar.

CIÊNCIA E POLÍTICA

Fizemos, em média, 400 eventos culturais de toda natureza. Festival de cinema e exibições cinematográficas avulsas e aleatórias, encontros e debates científicos. A ciência esteve presente, tanto a arquitetura quanto a ciência física. Muitos grupos de estudo.

Alguns debates muito interessantes no café. Também políticos, fizemos o debate dos candidatos à prefeitura [de Campo Grande]. Feiras, exposições, espetáculos teatrais, de música, recitais, poesia. A literatura muito presente.

São dados importantes. Muita gente passou e muita gente ainda precisa conhecer a Estação Cultural Teatro do Mundo.

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Correio B+

Capa da semana B+: Entrevista exclusiva com o ator Pedro Nercessian

"Algumas pessoas ainda se sentem donas de outras até hoje, inclusive. Por isso, a série infelizmente, está mais atual que nunca"

28/12/2025 21h30

Capa da semana B+: Entrevista exclusiva com o ator Pedro Nercessian

Capa da semana B+: Entrevista exclusiva com o ator Pedro Nercessian Foto: Divulgação

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O ator Pedro Nercessian está no elenco da aguardada série “Ângela Diniz’, na Max. Na produção, que relata o real caso do assassinato de Ângela Diniz, ele interpreta Otávio, milionário carioca, casado, que tem um romance com Ângela quando ela chega a Rio de Janeiro.

O artista está atualmente na Europa rodando seu primeiro trabalho internacional com o diretor francês Ruben Alves. Trata-se de um filme que aborda os tradicionais casamentos coletivos no dia de Santo Antônio.

Na produção, ambientada em uma Lisboa cosmopolita e em plena mudança, o ator vive um imigrante brasileiro que vai se casar com uma portuguesa (interpretada por Maria Rueff).  Em paralelo, ele aproveita os intervalos da filmagem para aperfeiçoar o inglês em Dublin, na Irlanda.

Com 40 anos e 24 de carreira, Pedro Nercessian também tem se dedicado nos últimos dois anos a trocar experiências com seu público de maneira mais regular com vídeos que falam sobre relações humanas e evolução pessoal. Muitos deles atingem milhões de visualizações.

Carioca, Pedro Nercessian estreou na TV em 2001 em “O clone”. Depois vieram dezenas de novelas e séries, como “Mahação”, “Justiça” e “A força do querer”, na Globo. Também vem sendo cada vez mais conhecido pelo público da Record, aonde fez ,  “Reis” e ‘Amor sem igual”.

Em seu último trabalho na emissora em “Paulo, o apóstolo” interpretou o personagem Bispo Tiago, liderança na igreja primitiva nos primeiros anos do cristianismo que também estará em “Ben-Hur”, a próxima produção da emissora.

O ator Pedro Nercessian é a Capa exclusiva do Correio B+ desta semana, e em entrevista ao Caderno, a última de 2025, ele fala sobre suas estreias, a vida de artista que vem de sua família e próximos projetos.

Capa da semana B+: Entrevista exclusiva com o ator Pedro NercessianO ator Pedro Nercessian é a Capa exclusiva do Correio B+ desta semana - Foto: Vand Rodriguez - Diagramação: Denis Felipe - Por: Flávia Viana

CE - Pedro você está rodando seu primeiro trabalho internacional. Um filme em Portugal. O que pode adiantar desse projeto?
PN -
É um filme que fala de transformações culturais em Lisboa e, principalmente, de relações humanas. Tem um olhar sensível, leve, mas profundo, isso sempre me interessou como ator. O projeto mistura equipes de diferentes países o que amplia a visão de mundo impressa na tela. Eu não poderia estar mais feliz.

CE - Carreira internacional estava nos planos? Como surgiu o convite?
PN -
 Estava nos planos, sim. Trabalho há alguns anos pensando nessa expansão, mas nunca com a ideia de trabalhar só fora. Sou apaixonado pelo nosso audiovisual e acredito muito na potência do cinema brasileiro, que não deve nada ao cinema europeu. O convite surgiu dessa conexão afetiva que tenho com a cultura portuguesa.

CE - Filmar um projeto em Portugal que envolve equipe francesa e espanhola. Percebeu métodos de trabalho diferentes do Brasil?
PN -
 Muito diferentes. E isso me fez valorizar ainda mais o improviso e o chamado jeitinho brasileiro, que eu antes enxergava só como algo negativo. Quanto mais conheço o mundo, mais me apaixono pelo Brasil, mesmo com tudo o que ainda precisamos corrigir. Estar aberto ao inesperado é uma bênção brasileira, e isso faz muita diferença no processo criativo.

CE - Estamos vendo cada vez mais artistas ganhando notoriedade mundial através do cinema. Como você enxerga esse momento para o audiovisual e para os artistas brasileiros?
PN -
O Brasil é incrível e a gente precisa aprender a gostar mais de si mesmo. Precisamos nos enxergar como povo, mesmo com nossas diferenças, porque só assim ficamos fortes.

Quando nos vemos nas telas, conseguimos nos apaixonar pelo povo que somos e pelo que temos potencia pra ser. Cinema é política. Vale sempre se perguntar a quem interessa que a gente se divida e a quem interessa que a gente não se veja nas telas.

CE - Atualmente, você está no elenco da série recém lançada na MAX Ângela Diniz, que trata sobre um caso de assassinato conhecido no Brasil. Como é para um artista encenar uma história verídica? Como pesquisou a respeito de seu personagem na história?
PN -
 Trabalhar com uma história real exige muito cuidado e responsabilidade. Não existe distanciamento confortável quando se fala de um caso tão simbólico e doloroso.

A pesquisa passa por ver filmes da época, relatos, contexto histórico e, principalmente, pela compreensão das relações de poder envolvidas. O desafio é o equilíbrio de construir um personagem complexo sem suavizar a violência mas sem transformá-la em um espetáculo barato.

Capa da semana B+: Entrevista exclusiva com o ator Pedro NercessianO ator Pedro Nercessian é a Capa exclusiva do Correio B+ desta semana - Foto: Vand Rodriguez - Diagramação: Denis Felipe - Por: Flávia Viana

CE - A série, ambientada nos anos 70, traz à tona a discussão de um tema muito atual, a violência contra a mulher. Como Pedro observa esse tema na arte?
PN -
 Ainda acho que o tema não ocupa o espaço que deveria. Muitas vezes falamos só da ponta do problema. A violência de gênero é o final de um processo em que tudo deu errado. A base está muito antes disso. Pode parecer contraditório, mas acredito que, para acabar com a violência contra a mulher, precisamos falar sobre os homens, sobre como chegamos até aqui e como educar nossos meninos para interromper esse ciclo.

CE - Vários homens têm se posicionado em apoio às mulheres no combate ao feminicídio. Como você busca apoiar a causa? Como sua educação impactou nas suas atitudes?
PN -
 Apoiar passa por ir à base. Faço parte do projeto Atitude Positiva, uma parceria da Firjan e da GSK, que usa o teatro para falar sobre violência de gênero.

Em quinze anos, já levamos esse debate para mais de dez mil pessoas, a maioria jovens de escolas públicas. Acredito muito nisso. Mudança real dá mais trabalho do que um post, mas é onde as coisas realmente começam a se transformar.

CE - Você é de família de artistas e trabalha na área há quase 25 anos. Cogitou não ser artista? O que faria se tivesse outra profissão?
PN -
Justamente por vir de uma família de artistas, nunca romantizei a profissão. Cresci e me formei artisticamente no Retiro dos Artistas, conhecendo todas as faces dessa escolha, as bonitas e as duras. Já pensei em outros caminhos, claro, mas a arte sempre falou mais alto.

Se não fosse artista, provavelmente estaria envolvido com educação ou projetos culturais, algo que também tivesse impacto social. Apesar das dificuldades, sigo acreditando na arte.

CE - Aliás, em breve você completará 25 anos de trajetória. Quais momentos mais marcantes? E como analisa essa caminhada?
PN -
 Olho pra trás e gosto do que vejo. Os encontros, as amizades verdadeiras que fiz em cena. Os amores que vivi dentro e fora de cena. É uma profissão que envolve afeto, sangue quente e dias sempre diferentes um do outro.

Fazer parte da memória afetiva das pessoas, como no começo de tudo em Malhação, ou ganhar um premio em Los Angeles por um filme que fizemos aqui, ou até levar teatro pra quem nunca tinha visto uma peça antes são emoções que não consigo te explicar aqui com palavras.

CE - Quais os próximos projetos de Pedro Nercessian?
PN -
 Quero experimentar formatos novos nas redes, que hoje me parecem um espaço potente para inovação e troca direta com o público. Ao mesmo tempo, sigo fazendo as séries. A próxima será Ben Hur. Gosto dessa mistura entre o digital e o audiovisual tradicional, reforça minha conexão com esse público que está na minha vida desde a nossa adolescência em Malhação. Tem sido bonito ver a gente crescendo e amadurecendo junto.

REFLEXÃO

Passados 33 anos da morte da filha, Glória Perez desabafa: 'O tempo não ameniza'

O caso Daniella Perez chocou o Brasil em 1992, quando a atriz foi assassinada pelo colega de elenco Guilherme de Pádua e sua então esposa, Paula Thomaz

28/12/2025 21h00

Gloria Perez e sua filha Daniella, que foi brutalmente assassinada em 1992

Gloria Perez e sua filha Daniella, que foi brutalmente assassinada em 1992 Foto: Reprodução/Instagram

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A autora de novelas Glória Perez usou seu perfil no Instagram nesse domingo, 28, para falar sobre o 33º aniversário de morte da filha, Daniella Perez. Na postagem, ela compartilha fotos da filha e desabafa sobre a dor da perda.

"Tanta vontade de viver, tanta alegria, tantos sonhos… que vida bonita você tinha pela frente… Hoje faz 33 anos.", escreveu.

Ela ainda refletiu sobre como tem sido lidar com a perda por todos esses anos. "Eu repito: o tempo não ameniza nada - só passa, assim como a dor não ensina nada - só dói", lamentou. Assassinada quando tinha apenas 22 anos, Daniella completaria 55 anos em 2025.

Apoio

A mensagem recebeu apoio de artistas que já trabalharam com a escritora e de outras personalidades públicas.

"Todo o amor a você, minha querida! Dani é, para sempre, a memória da Força do Amor, da sua luta por justiça contra a inveja que a fez vítima", comentou Letícia Sabatella, que interpretou Yvone na novela Caminho das Índias, escrita por Perez em 2009.

Já Solange Couto, que viveu Dona Jura em O Clone (2001), outra obra da artista, também se solidarizou. "Quem, como eu, a conheceu, não a esquece e lamenta muito. Te abraçamos tentando amenizar sua dor de mãe que sabemos jamais passará ou será menor", disse.

Ingrid Guimarães, Sabrina Sato e Adriane Galisteu também comentaram a publicação.

Caso chocou o País

O caso Daniella Perez chocou o Brasil em 1992, quando a atriz foi assassinada pelo colega de elenco Guilherme de Pádua e sua então esposa, Paula Thomaz.

Na época, Daniella atuava na novela De Corpo e Alma, escrita por sua mãe. O crime ganhou repercussão nacional, mobilizando a opinião pública.

O caso voltou ao centro das atenções em 2022 com o lançamento de Pacto Brutal - O Assassinato de Daniella Perez, na HBO Max. A série reuniu relatos emocionantes de Perez, parentes, amigos e do ator Raul Gazolla, então marido da jovem.

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