Morreu na noite desta terça-feira (13) o médium Divaldo Franco, reconhecido como um dos principais líderes do espiritismo do Brasil. Franco tinha 98 anos de idade e sofreu falência múltipla dos órgãos, decorrente de um câncer na bexiga, o qual lutava desde novembro do ano passado.
Nascido em Feira de Santana, na Bahia, dedicou mais de 70 anos à crença e se consagrou como uma das vozes mais respeitadas na área.
Em 1952, fundou a Mansão do Caminho, em Salvador, uma entidade que acolhe e educa milhares de crianças que viviam em condição de extrema miséria. Ele era reconhecido como pai de cerca de 685 pessoas que acolheu e instruiu ao longo dos anos na entidade espírita.
Nos anos 1960, Divaldo deu início à construção de escolas, oficinas profissionalizantes e atendimento médico na entidade, transformando o lugar em um grande complexo educacional. Ainda hoje, o espaço atende crianças, jovens e famílias de baixa renda com atividades diversas, educação no ensino fundamental e médio, além de cursos profissionalizantes e atendimento de saúde.
O trabalho é mantido com a venda de livros e gravação de palestras, seminários e entrevistas do próprio Divaldo. O líder espírita escreveu mais de 250 livros, os quais muitos foram psicografados a partir de histórias de diversos espíritos.
Divaldo Franco em Mato Grosso do Sul
O médium esteve em Mato Grosso do Sul em algumas ocasiões promovidas pela Federação Espírita de Mato Grosso do Sul. Em Campo Grande, sua presença lotava os ambientes e eventos.
Em 2012, participou do Seminário “A Gratidão em nossas vidas” e realizou uma Palestra Pública no evento na capital.
Em 2014, a FEMS também o levou até a cidade de Corumbá para visitar o Centro Espírita mais antigo do estado, o Centro Espírita Vicente de Paula em Ladário.
Em 2015, também realizou uma palestra gratuita no Centro de Convenções Rubens Gil de Camilo.
Em comemoração aos 40 anos da FEMS, Divaldo também palestrou na cidade em julho de 2019.
“O que é a felicidade? A verdadeira felicidade é amar. Quando nós amamos, nós encontramos a plenitude, porque o amor é o doce elixir da vida. Nós somente somos plenos quando superamos a nossa inferioridade, essa sombra dos nossos instintos, essas crenças que nos atam às matérias que vão desaparecer, por isso Jesus nos enviou um consolador. O espiritismo é a lição prática, nós somos a execução.”, afirmou Franco na época.
"Todas as vezes que Divaldo esteve aqui, nós tivemos uma grande alegria e a participação de confrades de todo o estado, desde as cidades mais longíquas, que vinham em caravanas. O Divaldo sempre representou pra nós uma segurança, uma bússola", recorda Darlene Maria Cavalcante, vice-presidente de Unificação.
Darlene relembra que, quando se tratava de Franco, o auditório sempre estava lotado. "Independente do tema que ele abordava, nós estávamos ali para ouví-lo".
Além de Campo Grande, a FEMS levou Divaldo Franco para palestrar em outras cidades de Mato Grosso do Sul, como Ponta Porã, Três Lagoas, Corumbá e Dourados.
"O estado todo foi agraciado com essa visita. Ele ia ao interior e vinha para Campo Grande", complementa.
Nas redes sociais, adeptos ao espiritismo deixaram suas mensagens.
“Até logo, Semeador de Estrelas! Seu exemplo de luz e amor guiará nossos passos para sempre!”, escreveu um usuário.
“Elevamos as nossas preces em gratidão e saudade, certos de que é recebido com júbilo pelos benfeitores espirituais sob a égide de Jesus”, escreveu a FEMS em suas redes.