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Em turnê em "O Homem mais inteligente da história", Daniel Satti fala do seu personagem, o cientista Marco Polo, e dos trabalhos no cinema

Protagonista de "O Homem mais inteligente da história", que faz turnê pelo país, ator estará em breve em dois longas, "Amor, confuso amor"

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Daniel Satti está de volta aos palcos, ele vive o cientista Marco Polo em “O Homem Mais Inteligente da História”, que está em turnê pelo Brasil, após grande sucesso em São Paulo. 

A peça, é uma adaptação do livro homônimo do psiquiatra e escritor best-seller Augusto Cury, feita pelo mesmo, juntamente com Cristiane Natale.

“Foi uma surpresa muito grande. Fui contatado diretamente pela autora e diretora do espetáculo, Cristiane Natale, que me enviou uma mensagem por meio de rede social. Foi antes do réveillon e eu estava prestes a viajar, já estava focado nas miniférias (rs). Conversamos por celular e ela me disse que estava com o meu perfil em mente já há alguns dias e assim realizou o convite. Fiquei extremamente feliz, reconhecido e também um pouco assustado, com o pouco tempo que teríamos de trabalho para decorar e ensaiar. Após uma conversa também com o nosso produtor Luciano Cardoso, resolvi topar e encarar o desafio”, relembra o ator. 

“O Homem Mais Inteligente da História” conta a trajetória do cientista Marco Polo, vivido por Satti, especialista no funcionamento da mente, quando ele é desafiado pela ONU a estudar a inteligência de Jesus, o homem mais famoso da história.

“É um espetáculo para se aprender e refletir, e quem sabe, até mudar umas “chavesinhas” por aí. Existem algumas mensagens muito importantes, que para o público atento, fará uma enorme diferença. Uma coisa é certa, o público vai, no mínimo, agregar conhecimento. Na história Marco Polo é ateu e se recusa a mergulhar de início nessa busca, alegando não discutir religião, mas é instigado por uma plateia de intelectuais a realizar essa empreitada”, explica Satti e complementa:

“Depois de muita resistência, ele aceita o desafio. A história, além de abordar os principais aspectos da gestão da emoção, também fala sobre autocontrole, criatividade, solidariedade e amor, e ainda trata com sensibilidade temas polêmicos como depressão e violência contra a mulher. Em cada espetáculo sempre há conteúdo que nos traz luz a problemas sociais”.

Daniel fala sobre a emoção de voltar aos palcos, após este período afastado por causa da pandemia. 

“A emoção de poder pisar no palco e protagonizar um espetáculo incrível e presencial. E o medo, é aquele frio na barriga e a ansiedade para que tudo dê certo e que consigamos realizar uma linda apresentação que sirva o público”, destaca Satti.  

O ator fala sobre como foi a preparação para o papel e dos bastidores da peça.

“Foi tudo uma loucura! Mas uma loucura boa, intensa. Ensaiamos muito pouco, mas com empenho e qualidade. Muitas trocas de informações com a equipe de atores, diretora, além de pesquisas acerca do assunto que envolve as ciências e religiões no estudo da gestão da emoção. O autor Augusto Cury, que também é adaptador de seu best-seller homônimo para o teatro, junto com a Cristiane Natale, nos forneceu inúmeras ferramentas em textos e vídeos de suas redes sociais, que estudamos e agregamos”, finaliza o intérprete de Marco Polo.

O espetáculo conta em seu elenco com nomes como Francis Helena Cozta, Renan Rezende, Murilo Inforsato, Priscila Dieminger e Pietro Alonso.

Em breve o ator poderá ser visto também nos cinemas em papéis bem distintos. 

Na comédia e drama psicológico de JJ Salinas, “Amor, Confuso Amor”, dirigido por André Luís, onde ele faz o personagem Jorge, protagonista da história.  

“O Jorge é o protagonista dessa trama misteriosa que traz uma narrativa não linear e retrata a história de um homem confuso que vaga entre a sua imaginação e a realidade e tem como pano de fundo, a comédia e um drama psicológico com tons surrealistas de seu relacionamento amoroso e pessoas com quem convive. A trama envolve um triângulo amoroso. Ele é um empresário bem-sucedido, um cara que se apaixonou e, com o desgaste de um relacionamento com a Aninha, sua namorada, acabou se envolvendo com outra mulher. No entanto, ele não tem claro se o amor por essa Aninha é verdadeiro, porque a mulher com quem ele se envolveu, que é a Rebeca, é completamente o oposto da Aninha. Ao mesmo tempo que ama Aninha, é como se ele quisesse que ela também se tornasse um pouco Rebeca. É um lindo projeto!”, enfatiza Daniel.

Satti estará também em “O Faixa Preta - A Verdadeira História de Fernando Tererê”, filme bastante esperado para este ano. Na história, baseada em fatos reais sobre o lutador pentacampeão mundial de jiu-jitsu Fernando Tererê (Raphael Logam), o ator dá vida a um personagem de extrema importância na vida do lutador: Alexandre Paiva, conhecido pelo apelido de Gigi.

“É um filme que vai mexer com o público. O Gigi tem uma grande missão nesta linda história de superação. Ele, além de mestre, participou da criação desse lutador, e ficou ao seu lado sempre incentivando e não deixou que desistisse do seu dom. Ele é um paizão, com temperamento tranquilo e acolhedor. Me baseei numa relação entre pai e filho, já que o Gigi tem esse perfil e recebeu o Tererê em sua academia, quando ainda era moleque. Ele participou da vida do Tererê de forma bem intensa, dando apoio e se inserindo no contexto cotidiano que incluiu problemas com as drogas, depressão e superação, levando-o a se tornar o grande campeão mundial por algumas vezes repetidamente. Pensei numa convivência de atenção, orientação, cumplicidade e afeto”, finaliza o ator.

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B+: Especialista explica o que é o red pill, que ganhou repercussão após caso de Thiago Schutz

"Não é influência positiva, é propaganda de misoginia". Especialista em relacionamentos, a Dra. em psicologia Vanessa Abdo explica como a ideologia do movimento afeta nos direitos das mulheres e contribui para o incentivo à violência

13/12/2025 17h00

B+: Especialista explica o que é o red pill, que ganhou repercussão após caso de Thiago Schutz

B+: Especialista explica o que é o red pill, que ganhou repercussão após caso de Thiago Schutz Foto: Divulgação

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O termo “red pill” tem gerado em muitos debates nas redes sociais devido à denúncia de agressão e tentativa de estupro de Thiago Schutz, conhecido como “Calvo do Campari”. O coach foi detido em Salto (SP) no último dia 29 de novembro, após ser denunciado para a Polícia Civil pela namorada. Thiago Schutz é considerado influenciador do movimento “red pill”, por produzir conteúdos e ser autor de livro que aborda o tema.

Mas afinal, você sabe o que significa o movimento “red pill” e por que ele afeta violentamente as mulheres? Para responder a essa pergunta e esclarecer outras dúvidas sobre o tema, conversamos com a doutora em Psicologia Vanessa Abdo.

Sobre o termo

O nome “red pill” (pílula vermelha, em português) vem de um conceito fictício do filme “Matrix” (1999), em que a pílula vermelha seria a escolha para "despertar" e ganhar "consciência" da realidade do mundo.

Com essa narrativa, o movimento red pill passou a criar teorias da conspiração que incentivassem os homens a “acordem para a realidade” e não serem “dominados” pelas mulheres.

“O red pill se apresenta como uma ‘verdade sobre as relações’, mas na prática é um conjunto de ideias que reduz mulheres a objetos, corpos, funções ou serviços e coloca os homens como dominantes e superiores. É uma ideologia que traveste controle e desprezo como se fossem ‘ciência comportamental’. Quando os nossos corpos são objetificados, não tem graça. Isso não é sobre relacionamento, é sobre poder”, afirma a psicóloga Dra. Vanessa Abdo.

Qual a relação do red pill com a misoginia?

“A base do red pill é a crença de que as mulheres valem menos, sentem menos, pensam menos ou merecem menos. Isso é misoginia. O movimento estimula o desprezo pelas mulheres, especialmente as fortes e independentes, justamente porque homens que aderem a esse discurso precisam de parceiras vulneráveis para manter no seu controle. A misoginia não é efeito colateral do red pill, é sua espinha dorsal.”

Por que o red pill é tão perigoso para toda a sociedade, principalmente para as mulheres?

“Porque ele normaliza a violência. Quando você cria uma cultura em que mulheres são tratadas como objetos descartáveis, a linha entre opinião e agressão se dissolve. Esse tipo de discurso incentiva violências físicas, psicológicas, sexuais e digitais, que são camufladas como humor ou “liberdade de expressão”. Uma sociedade que naturaliza o desprezo por mulheres adoece, retrocede e coloca todas em risco.” 

Nas redes sociais, muitos homens fazem uso de um discurso de ódio às mulheres disfarçado de humor. Qual a diferença da piada para a incitação à violência?

“A piada provoca riso, não medo. A piada não tira a humanidade do outro. Quando o ‘humor’ reforça estereótipos, desumaniza mulheres e legitima agressões, ele deixa de ser brincadeira e se torna uma arma. A diferença está na intenção e no efeito. Se incentiva o desrespeito, a dominância ou a violência, não é humor, é incitação.

É importante reforçar que combater a misoginia não é sobre guerra dos sexos, é defesa da vida. Toda vez que normalizamos piadas que objetificam mulheres, abrimos espaço para violências maiores. Precisamos ensinar homens, especialmente jovens, a construir relações baseadas em respeito, não em dominação. E precisamos dizer claramente que humor não pode ser usado como máscara para ódio.”

Na internet, muitas pessoas consideram quem prolifera o movimento red pill como “influenciadores digitais”. Qual a sua opinião sobre isso?

“Influenciadores pressupõem responsabilidade social. Quem difunde ódio e objetificação influencia, sim, mas influencia para o pior. Não podemos romantizar a figura de alguém que lucra reforçando violência simbólica e emocional contra mulheres. É preciso nomear corretamente: isso não é influência positiva, é propaganda de misoginia.”

Sobre o caso de Thiago Schutz, surgiram muitos julgamentos sobre as mulheres que tiveram um relacionamento com ele mesmo cientes do posicionamento que ele adota nas redes sociais. Como você avalia isso?

“Culpar mulheres é repetir a lógica da violência. O discurso misógino desses movimentos é sedutor exatamente porque se disfarça de humor, lógica ou ‘verdade inconveniente’. Relacionamentos abusivos não começam abusivos, eles começam carismáticos. Além disso, mesmo quando uma mulher percebe sinais de risco, ela pode estar emocionalmente envolvida, vulnerável ou acreditar que será diferente com ela. O foco não deve ser questionar as mulheres, mas responsabilizar quem propaga discursos que desumanizam e ferem.”

Como uma mulher pode identificar um homem misógino?

“Existem sinais claros:

* Desprezo por mulheres fortes ou independentes.

* Humor que sempre diminui o feminino.

* A crença de que mulheres devem ser controladas ou colocadas ‘no seu lugar’.

* Incômodo com a autonomia da parceira.

* Falas generalizantes, como ‘mulher é assim’ ou ‘toda mulher quer…’.

Desconfie de homens que desprezam mulheres, especialmente as fortes. Eles precisam que a mulher seja vulnerável para se sentir poderosos.”

Como uma mulher pode identificar que está dentro de um relacionamento abusivo?

“O abuso aparece em forma de controle, medo e diminuição. Se a mulher começa a mudar sua vida, roupas, amizades ou rotina para evitar conflitos, se se sente culpada o tempo inteiro; se vive pisando em ovos, se sua autoestima está sendo corroída, se há chantagem, humilhação, manipulação ou isolamento, isso é abuso. Não precisa haver agressão física para ser violência.”

Como podemos ajudar uma mulher que é vítima de um relacionamento abusivo?

“O principal é acolher, não julgar e não pressionar. Ela já vive em um ambiente de medo e culpa. Oferecer apoio prático, ouvir, ajudar a montar uma rede de proteção, encaminhar para serviços especializados e incentivar ajuda profissional é mais efetivo do que dizer: ‘saia desse relacionamento’. O rompimento precisa ser planejado. Segurança vem antes de tudo.”

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Pet B+: Pets enjoam da ração? Entenda os motivos do seu animal perder o interesse pelo alimento

Médica-veterinária explica que cães e gatos não têm o mesmo comportamento alimentar dos humanos e aponta possíveis razões para recusarem a ração

13/12/2025 15h30

Pet B+: Pets enjoam da ração? Entenda os motivos do seu animal perder o interesse pelo alimento

Pet B+: Pets enjoam da ração? Entenda os motivos do seu animal perder o interesse pelo alimento Foto: Divulgação

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Não é raro os responsáveis por pets observarem que seu animalzinho perdeu o interesse pelo alimento oferecido, e a primeira coisa a se pensar é que ele enjoou da ração. Afinal, a ideia de comer a mesma coisa todos os dias, em todas as refeições, não parece muito atrativa para nós, seres humanos. E como os pets, de modo geral, costumam ter uma única fonte de alimento, o desinteresse seria um sinal de que está na hora de trocá-lo.

Para quem se pergunta se o animal de companhia “enjoa” da ração, a resposta, do ponto de vista biológico, é que cães e gatos não precisam de trocas frequentes de alimentos apenas por variedade de sabor. Estudos mostram que os cães têm menos botões gustativos do que os humanos e são muito mais influenciados pelo olfato, pela textura e pela forma como o alimento é apresentado do que pela “novidade” do sabor em si.

Já os gatos são reconhecidamente mais seletivos, especialmente em relação ao aroma, à textura, à crocância e ao formato do alimento, o que ajuda a explicar por que podem recusar determinadas rações com mais facilidade.

“Enquanto os cães têm o olfato e a audição muito apurados em comparação aos seres humanos, o paladar é menos desenvolvido, de modo que eles tendem a aceitar bem uma dieta constante, sem necessidade de trocas frequentes apenas para evitar um suposto “enjoo”. Já os gatos, por serem mais exigentes quanto ao aroma e à textura, podem recusar o alimento quando há mudanças na formulação, no formato ou na crocância”, explica a médica-veterinária Amanda Arsoli.

Outro ponto importante é que os alimentos de qualidade são formulados para oferecer alta palatabilidade, uma combinação de fatores que envolve o aroma, a textura, o sabor e até a forma como é processado e apresentado. Esse conjunto de características estimula o consumo e garante que cães e gatos se alimentem de forma adequada, mantendo sua saúde e vitalidade.

Mas se os pets não costumam enjoar do alimento, por que então podem passar a recusá-lo? Amanda Arsoli explica que a falta de apetite é um sinal de alerta. “A redução ou até a recusa da alimentação pode estar ligada a fatores como estresse, alguma doença, mudanças no ambiente ou na rotina, chegada de outro animal ao convívio ou ainda alterações na formulação do alimento.

Diante de uma recusa persistente, é importante consultar o médico-veterinário de confiança, para que avalie o histórico do animal, realize os exames físicos e laboratoriais necessários e oriente, de forma adequada, sobre a necessidade – ou não – de mudança do alimento”.

Para complementar, Amanda Arsoli lista algumas razões que podem fazer com que o pet passe a recusar o alimento oferecido:

- Armazenamento incorreto, o que pode fazer com que o alimento perca aroma e outras características importantes. O ideal é que a ração seja mantida na embalagem original, pois ela foi desenvolvida para preservar as propriedades do produto. Além disso, a embalagem deve estar bem fechada e em local fresco e arejado, longe da luz, umidade e de produtos químicos;

- O comedouro estar em local inadequado, como ambientes muito quentes ou próximo de onde o animal faz suas necessidades;

- O alimento ficar muito tempo exposto no comedouro, perdendo suas características e atraindo pragas que possam contaminá-lo;

- Em dias muito quentes, o animal pode não ter vontade de comer nos horários de costume. O ideal é oferecer o alimento pela manhã e final do dia, por serem horários mais frescos;

- Oferecer petiscos em excesso, o que pode prejudicar o apetite e fazer com que o pet rejeite a ração.

 

Entender o comportamento alimentar dos pets, ficar atento ao quanto o animal está ingerindo diariamente e manter consultas periódicas ao médico-veterinário são atitudes essenciais para preservar a saúde e o bem-estar de cães e gatos ao longo de toda a vida.

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