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ARTE SEQUENCIAL

Fred Hildebrand lança o último capítulo da webcomic "Spaceshit"

Fred Hildebrand celebra a data com o lançamento do quarto e último capítulo da webcomic "Spaceshit"; quadrinista de Campo Grande anuncia dois cursos de mangá

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Para marcar o Dia do Quadrinho Nacional, comemorado hoje, o quadrinista Fred Hildebrand lança o quarto e último capítulo de “Spaceshit”, às 12h, pela plataforma de quadrinhos digitais brasileiros Fliptru – www.fliptru.com.br.

A leitura é gratuita. O quadrinista de Campo Grande deu início à saga há mais de dois anos. A webcomic viaja pelas aventuras da adolescente Luiza e seu tio Bigode.

A dupla parte em busca de recompensas pelo universo e da espaçonave que pertenceu à mãe da garota.

“Desde 2020 venho produzindo este arco de aventuras, dividido em quatro capítulos. Neste último, a Luiza, sem a ajuda do tio, resolve ir sozinha procurar por esta aeronave pelo universo”, conta Fred.

“Os leitores vão descobrir, com humor, diversão, conflitos e emoção, por quais situações a nossa aventureira passou e o que pode ter acontecido com ela”, resume o artista gráfico. O termo webcomic refere-se a uma publicação em quadrinhos via internet.

“Em breve, o meu objetivo é lançar uma versão impressa de toda a temporada em um volume único, por meio de uma plataforma de financiamento coletivo. O capítulo 1, fiz a impressão de forma independente e alcancei 220 cópias vendidas durante os eventos de cultura pop que participei somente em 2022. O interesse das pessoas nos mostra que o público está muito mais aberto a consumir quadrinhos nacionais”, afirma o artista.

A SINOPSE

Em quatro capítulos, “Spaceshit” apresenta as aventuras de Luiza, uma adolescente em busca do sonho de se tornar uma caçadora de recompensas, ao lado de seu tio Bigode, que faz o possível, ou não, para ajudar na realização do desejo da garota.

Os dois estão dentro de um cenário espacial que tem humor, diversão, conflito e muita emoção. A HQ apresenta situações de relacionamentos familiares, empatia e superação. Desde o início, “Spaceshit” é publicada on-line e gratuitamente no site da Fliptru.

O AUTOR

Formado em Artes Visuais pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Fred Hildebrand, é quadrinista e, além de professor de mangá, trabalha com quadrinhos e ilustrações desde 2008.

O ilustrador participou do quadrinho independente “Patre Primordium” (2009-2012) como artista e na parte de criação. E desenhou dois capítulos do quadrinho “Nanquim Descartável” (2011), do roteirista Daniel Esteves.

Fez os desenhos para “Os Desviantes” (2022), trama do Almanaque Guará, uma revista mensal da editora carioca Universo Guará. Fred assina toda a arte da webcomic “Homem-Grilo”, do escritor e roteirista Cadu Simões. “Spaceshit” é o primeiro trabalho autoral em que toda a produção é desenvolvida por ele. 

O DIA

Por que hoje? Comemorado desde 1984, o Dia do Quadrinho Nacional faz alusão à data do lançamento da primeira história em quadrinhos no Brasil.

No dia 30 de janeiro de 1869, “As Aventuras de Nhô Quim ou Impressões de Uma Viagem à Corte” foi publicada na revista Vida Fluminense. Com autoria do italiano Angelo Agostini (1843-1910), a história relata a ida de um caipira para o Rio de Janeiro.

OS CURSOS

Em outra frente de atuação, “para incentivar a leitura, a produção e a criatividade”, o quadrinista anuncia dois cursos de mangá, ambos com início neste sábado e duração de cinco meses, na sala da Banca Modular, na Rua Vinte e Cinco de Dezembro, nº 924, Jardim dos Estados.

Um curso dará ênfase na criação de personagens (das 8h30min às 10h), e o outro, na narrativa das histórias em quadrinhos (das 10h15min às 11h45min). O valor mensal é de R$ 170 por curso e são apenas 10 vagas por turma. Inscrições e mais informações: (67) 99290-6312. 

“São dois cursos distintos, mas que se complementam. Os participantes vão ter acesso a conceitos teóricos e práticos para a criação de personagens desde as características visuais, anatômicas e de personalidade. Além disso, terão a oportunidade de entender as etapas das narrativas e os elementos de cada página. Ao fim, vão produzir uma história em quadrinhos com até 10 páginas”, antecipa Fred.

No período de 10 a 20 de janeiro, o quadrinista ministrou duas oficinas de férias no Museu de Arte Contemporânea de Mato Grosso do Sul (Marco).

“Fazia muito tempo que eu não dava oficina lá no museu. Foi da hora, bem legal, deu bastante gente. Esse retorno foi bem bacana. Estes cursos agora são no formato de um curso regular, de um semestre. Aquelas oficinas tinham mais foco nas férias”, diz o artista.

PINGUE-PONGUE

Confira a seguir trechos da entrevista exclusiva do Correio do Estado com Fred Hildebrand.

Em linhas gerais, o que diria da estética de seu traço?

Bom, no caso de “Spaceshit”, eu vou mais para o lado do mangá, com uma narrativa mais rápida e, em alguns momentos, com poucos balões.

O que o levou ao mundo dos quadrinhos?

Acho que os próprios quadrinhos durante a infância, principalmente com o gibi do Seninha.

E o que o inspirou para “Spaceshit”? De onde vem o nome da trama?

Sempre gostei de aventuras espaciais, como “Star Wars”, “Cowboy Bebop” e “Guardiões da Galáxia”.

Então, quis fazer uma aventura própria nesse tipo de cenário. Como é uma trama que traz um mistério sobre uma nave perdida, minha mulher sugeriu esse trocadilho de “spaceship” [nave espacial], só que colocando a palavra “shit”, merda em inglês, no lugar de “ship”.

Qual etapa considera, porventura, a mais importante ou desafiadora, instigante, prazerosa da criação de uma história em quadrinhos?

A mais importante é o planejamento da história, anotar tudo que tem de acontecer, fazer a linha do tempo da história e desenvolver as reviravoltas.

A mais desafiadora é o desenho das páginas em todos os seus níveis. A mais instigante, acho que é montar tudo em ordem e ver o resultado final. E a mais prazerosa acho que é a arte final, transformar o lápis em produto final.

Quem ou quais são as suas referências e/ou inspirações?

Mangás como “Neon Genesis Evangelion”, “Slam Dunk”, “Recado a Adolf”, entre outros.

Como avalia a publicação, vitrine e consumo dos trabalhos via web?

É algo que está se tornando bem acessível para todos os públicos, tanto em sites especializados quanto nas redes sociais, e isso traz mais visibilidade para o mundo dos quadrinhos.

E quanto à cena HQ de Campo Grande e de MS?

Temos muitos artistas aqui em Campo Grande que trabalham e fazem quadrinhos, mas ainda não é uma cena muito aquecida. Todo mundo fazendo o seu um pouco escondido. Mas estão surgindo novos eventos e feiras que estão começando a aquecer essa cena.

O que é preciso para ser quadrinista no Brasil? Qual o grande desafio?

Acho que, primeiramente, amor pela vontade de fazer quadrinhos. Porque geralmente é preciso levar a carreira de quadrinista com outros trabalhos simultâneos para ir pagando os boletos. Acho que o desafio é não desistir de produzir.

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B+: Especialista explica o que é o red pill, que ganhou repercussão após caso de Thiago Schutz

"Não é influência positiva, é propaganda de misoginia". Especialista em relacionamentos, a Dra. em psicologia Vanessa Abdo explica como a ideologia do movimento afeta nos direitos das mulheres e contribui para o incentivo à violência

13/12/2025 17h00

B+: Especialista explica o que é o red pill, que ganhou repercussão após caso de Thiago Schutz

B+: Especialista explica o que é o red pill, que ganhou repercussão após caso de Thiago Schutz Foto: Divulgação

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O termo “red pill” tem gerado em muitos debates nas redes sociais devido à denúncia de agressão e tentativa de estupro de Thiago Schutz, conhecido como “Calvo do Campari”. O coach foi detido em Salto (SP) no último dia 29 de novembro, após ser denunciado para a Polícia Civil pela namorada. Thiago Schutz é considerado influenciador do movimento “red pill”, por produzir conteúdos e ser autor de livro que aborda o tema.

Mas afinal, você sabe o que significa o movimento “red pill” e por que ele afeta violentamente as mulheres? Para responder a essa pergunta e esclarecer outras dúvidas sobre o tema, conversamos com a doutora em Psicologia Vanessa Abdo.

Sobre o termo

O nome “red pill” (pílula vermelha, em português) vem de um conceito fictício do filme “Matrix” (1999), em que a pílula vermelha seria a escolha para "despertar" e ganhar "consciência" da realidade do mundo.

Com essa narrativa, o movimento red pill passou a criar teorias da conspiração que incentivassem os homens a “acordem para a realidade” e não serem “dominados” pelas mulheres.

“O red pill se apresenta como uma ‘verdade sobre as relações’, mas na prática é um conjunto de ideias que reduz mulheres a objetos, corpos, funções ou serviços e coloca os homens como dominantes e superiores. É uma ideologia que traveste controle e desprezo como se fossem ‘ciência comportamental’. Quando os nossos corpos são objetificados, não tem graça. Isso não é sobre relacionamento, é sobre poder”, afirma a psicóloga Dra. Vanessa Abdo.

Qual a relação do red pill com a misoginia?

“A base do red pill é a crença de que as mulheres valem menos, sentem menos, pensam menos ou merecem menos. Isso é misoginia. O movimento estimula o desprezo pelas mulheres, especialmente as fortes e independentes, justamente porque homens que aderem a esse discurso precisam de parceiras vulneráveis para manter no seu controle. A misoginia não é efeito colateral do red pill, é sua espinha dorsal.”

Por que o red pill é tão perigoso para toda a sociedade, principalmente para as mulheres?

“Porque ele normaliza a violência. Quando você cria uma cultura em que mulheres são tratadas como objetos descartáveis, a linha entre opinião e agressão se dissolve. Esse tipo de discurso incentiva violências físicas, psicológicas, sexuais e digitais, que são camufladas como humor ou “liberdade de expressão”. Uma sociedade que naturaliza o desprezo por mulheres adoece, retrocede e coloca todas em risco.” 

Nas redes sociais, muitos homens fazem uso de um discurso de ódio às mulheres disfarçado de humor. Qual a diferença da piada para a incitação à violência?

“A piada provoca riso, não medo. A piada não tira a humanidade do outro. Quando o ‘humor’ reforça estereótipos, desumaniza mulheres e legitima agressões, ele deixa de ser brincadeira e se torna uma arma. A diferença está na intenção e no efeito. Se incentiva o desrespeito, a dominância ou a violência, não é humor, é incitação.

É importante reforçar que combater a misoginia não é sobre guerra dos sexos, é defesa da vida. Toda vez que normalizamos piadas que objetificam mulheres, abrimos espaço para violências maiores. Precisamos ensinar homens, especialmente jovens, a construir relações baseadas em respeito, não em dominação. E precisamos dizer claramente que humor não pode ser usado como máscara para ódio.”

Na internet, muitas pessoas consideram quem prolifera o movimento red pill como “influenciadores digitais”. Qual a sua opinião sobre isso?

“Influenciadores pressupõem responsabilidade social. Quem difunde ódio e objetificação influencia, sim, mas influencia para o pior. Não podemos romantizar a figura de alguém que lucra reforçando violência simbólica e emocional contra mulheres. É preciso nomear corretamente: isso não é influência positiva, é propaganda de misoginia.”

Sobre o caso de Thiago Schutz, surgiram muitos julgamentos sobre as mulheres que tiveram um relacionamento com ele mesmo cientes do posicionamento que ele adota nas redes sociais. Como você avalia isso?

“Culpar mulheres é repetir a lógica da violência. O discurso misógino desses movimentos é sedutor exatamente porque se disfarça de humor, lógica ou ‘verdade inconveniente’. Relacionamentos abusivos não começam abusivos, eles começam carismáticos. Além disso, mesmo quando uma mulher percebe sinais de risco, ela pode estar emocionalmente envolvida, vulnerável ou acreditar que será diferente com ela. O foco não deve ser questionar as mulheres, mas responsabilizar quem propaga discursos que desumanizam e ferem.”

Como uma mulher pode identificar um homem misógino?

“Existem sinais claros:

* Desprezo por mulheres fortes ou independentes.

* Humor que sempre diminui o feminino.

* A crença de que mulheres devem ser controladas ou colocadas ‘no seu lugar’.

* Incômodo com a autonomia da parceira.

* Falas generalizantes, como ‘mulher é assim’ ou ‘toda mulher quer…’.

Desconfie de homens que desprezam mulheres, especialmente as fortes. Eles precisam que a mulher seja vulnerável para se sentir poderosos.”

Como uma mulher pode identificar que está dentro de um relacionamento abusivo?

“O abuso aparece em forma de controle, medo e diminuição. Se a mulher começa a mudar sua vida, roupas, amizades ou rotina para evitar conflitos, se se sente culpada o tempo inteiro; se vive pisando em ovos, se sua autoestima está sendo corroída, se há chantagem, humilhação, manipulação ou isolamento, isso é abuso. Não precisa haver agressão física para ser violência.”

Como podemos ajudar uma mulher que é vítima de um relacionamento abusivo?

“O principal é acolher, não julgar e não pressionar. Ela já vive em um ambiente de medo e culpa. Oferecer apoio prático, ouvir, ajudar a montar uma rede de proteção, encaminhar para serviços especializados e incentivar ajuda profissional é mais efetivo do que dizer: ‘saia desse relacionamento’. O rompimento precisa ser planejado. Segurança vem antes de tudo.”

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Pet B+: Pets enjoam da ração? Entenda os motivos do seu animal perder o interesse pelo alimento

Médica-veterinária explica que cães e gatos não têm o mesmo comportamento alimentar dos humanos e aponta possíveis razões para recusarem a ração

13/12/2025 15h30

Pet B+: Pets enjoam da ração? Entenda os motivos do seu animal perder o interesse pelo alimento

Pet B+: Pets enjoam da ração? Entenda os motivos do seu animal perder o interesse pelo alimento Foto: Divulgação

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Não é raro os responsáveis por pets observarem que seu animalzinho perdeu o interesse pelo alimento oferecido, e a primeira coisa a se pensar é que ele enjoou da ração. Afinal, a ideia de comer a mesma coisa todos os dias, em todas as refeições, não parece muito atrativa para nós, seres humanos. E como os pets, de modo geral, costumam ter uma única fonte de alimento, o desinteresse seria um sinal de que está na hora de trocá-lo.

Para quem se pergunta se o animal de companhia “enjoa” da ração, a resposta, do ponto de vista biológico, é que cães e gatos não precisam de trocas frequentes de alimentos apenas por variedade de sabor. Estudos mostram que os cães têm menos botões gustativos do que os humanos e são muito mais influenciados pelo olfato, pela textura e pela forma como o alimento é apresentado do que pela “novidade” do sabor em si.

Já os gatos são reconhecidamente mais seletivos, especialmente em relação ao aroma, à textura, à crocância e ao formato do alimento, o que ajuda a explicar por que podem recusar determinadas rações com mais facilidade.

“Enquanto os cães têm o olfato e a audição muito apurados em comparação aos seres humanos, o paladar é menos desenvolvido, de modo que eles tendem a aceitar bem uma dieta constante, sem necessidade de trocas frequentes apenas para evitar um suposto “enjoo”. Já os gatos, por serem mais exigentes quanto ao aroma e à textura, podem recusar o alimento quando há mudanças na formulação, no formato ou na crocância”, explica a médica-veterinária Amanda Arsoli.

Outro ponto importante é que os alimentos de qualidade são formulados para oferecer alta palatabilidade, uma combinação de fatores que envolve o aroma, a textura, o sabor e até a forma como é processado e apresentado. Esse conjunto de características estimula o consumo e garante que cães e gatos se alimentem de forma adequada, mantendo sua saúde e vitalidade.

Mas se os pets não costumam enjoar do alimento, por que então podem passar a recusá-lo? Amanda Arsoli explica que a falta de apetite é um sinal de alerta. “A redução ou até a recusa da alimentação pode estar ligada a fatores como estresse, alguma doença, mudanças no ambiente ou na rotina, chegada de outro animal ao convívio ou ainda alterações na formulação do alimento.

Diante de uma recusa persistente, é importante consultar o médico-veterinário de confiança, para que avalie o histórico do animal, realize os exames físicos e laboratoriais necessários e oriente, de forma adequada, sobre a necessidade – ou não – de mudança do alimento”.

Para complementar, Amanda Arsoli lista algumas razões que podem fazer com que o pet passe a recusar o alimento oferecido:

- Armazenamento incorreto, o que pode fazer com que o alimento perca aroma e outras características importantes. O ideal é que a ração seja mantida na embalagem original, pois ela foi desenvolvida para preservar as propriedades do produto. Além disso, a embalagem deve estar bem fechada e em local fresco e arejado, longe da luz, umidade e de produtos químicos;

- O comedouro estar em local inadequado, como ambientes muito quentes ou próximo de onde o animal faz suas necessidades;

- O alimento ficar muito tempo exposto no comedouro, perdendo suas características e atraindo pragas que possam contaminá-lo;

- Em dias muito quentes, o animal pode não ter vontade de comer nos horários de costume. O ideal é oferecer o alimento pela manhã e final do dia, por serem horários mais frescos;

- Oferecer petiscos em excesso, o que pode prejudicar o apetite e fazer com que o pet rejeite a ração.

 

Entender o comportamento alimentar dos pets, ficar atento ao quanto o animal está ingerindo diariamente e manter consultas periódicas ao médico-veterinário são atitudes essenciais para preservar a saúde e o bem-estar de cães e gatos ao longo de toda a vida.

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