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Herton Gustavo Gratto fala de seu trabalho como Faustão em "O Rei da TV"

Ator também é roteirista, dramaturgo e poeta e fala de novos projetos em todas as frentes para 2023

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No ar na segunda temporada da série “O Rei da TV”, da STAR+, o ator Herton Gustavo Gratto tem chamado a atenção do público ao dar vida ao apresentador Fausto Silva na história. Além da atuação, outro aspecto que tem se destacado é a aparência, o ator optou por engordar 20 quilos para viver Faustão.

"Li e assisti tudo que encontrei relacionado ao Faustão. Desde os tempos de “Viva a Noite” até sua chegada na Globo em 89. Também ia à padaria e ao supermercado vestido como ele e aproveitava para treinar o timbre da sua voz.

Engordei vinte quilos, antes pesava 95, não foi pedido para que eu engordasse, mas eu quis fazer isso, pois queria dar mais veracidade a personagem", revela.

Gratto ainda fala sobre os bastidores como Fausto e também sobre a interação em cenas que ele teve que fazer direto com o público.

"Fiz algumas cenas com Celso Frateschi, mas a maioria são no palco do Domingão onde o diálogo é direto com o público de casa. Foi um momento muito legal, fazer essa interação com o público.

Foi uma experiência divisora de águas, afinal não é todo dia que você dá vida a um dos maiores comunicadores desse país. As gravações me trouxeram muito aprendizado e felicidade. Tive liberdade pra criar e propor e isso é maravilhoso. Foi incrível ser dirigido pela Júlia Jordão e pela Luciana Baptista. Sai do set com gosto de quero mais", ressalta. 

O Rei da TV - Divulgação Star

Na sua trama em “O Rei da TV” o ator interpreta Fausto no período que ele entra na Globo para disputar a liderança da audiência aos domingos com Sílvio Santos.

"O que mais me impressionou ao me preparar para dar vida ao Faustão foi sua coragem em não abrir mão da sua autenticidade e dizer o que pensa, sua discrição e posicionamento político", diz ele.

Após os fins das gravações da produção, Herton rondou uma nova produção ao lado do ator Mariano Mattos, que dá vida ao Silvio Santos em “O Rei da TV”.

"No final das gravações da série produzi, junto com o diretor e roteirista Jonas Araújo, um curta metragem LGBTQIAP+ que fala sobre homofobia e gordofobia, onde eu sou o protagonista e vivo um comediante gay e gordo que é cancelado nas redes sociais e vive uma relação abusiva com o marido que é também seu empresário vivido pelo Mariano Mattos, além disso ele mantém uma relação tóxica com a mãe homofóbica vivida pela Denise Del Vecchio.

Logo eu estava com o physique du rôle exato para esse novo trabalho, que aliás tem uma curiosidade interessante. O Mariano, que é meu marido no filme, é o Sílvio Santos em “O Rei da TV”. Quer dizer se na série Sílvio e Faustão rivalizavam pela audiência, metaliguisticamente no curta, eles são casados", completa.

Divulgação Star

O ator de 35 anos, natural de Mato Grosso, é também roteirista, dramaturgo e poeta.

"Esse diálogo plural é sem dúvida alguma o que mais se destaca na minha carreira. Como ator, vivi a personagem Tião na novela “Orgulho e Paixão”. No teatro, atuei no espetáculo “Erêndira”, de Gabriel Garcia Marquez com direção de Rodrigo Portella, “Casa Caramujo” e “Das escolhas que fazemos”, ambos com direção do Gustavo Paso, além de ter escrito e montado oito peças, entre elas está “Rugas”, dirigida por Amir Haddad que me garantiu o prêmio de autor revelação, “Ensaio sobre a perda”, dirigida por João Fonseca na versão online na pandemia e esse ano vai ganhar uma montagem presencial e “Luana no país das maravilhas” estrelado pela Luana Xavier.

Lancei o livro “Par ou ímpar”, em parceria com o ator e poeta Vitor Novello, e enquanto roteirista já participei de cerca de quinze salas de roteiro, entre elas o especial de humor “Chegay” e o sitcom “A sogra que pariu” na Netflix. Amo atuar, mas não vivo sem escrever", complementa.

Ainda para 2023 ele estará em novas produções no teatro e no streaming.

"Estreio ainda nesse semestre, no Rio de Janeiro, a peça “Ensaio sobre a perda” com direção de João Fonseca, que além de mim tem os atores Hamilton Dias e André Celant no elenco. Há ainda pra esse semestre o lançamento do meu segundo livro de poesia: “Eu sou muito bonito pra sofrer de amor” e no dia 12 de abril estreia na Netflix a segunda temporada do Sitcom “A Sogra que te pariu”, e eu sou um dos roteiristas desse projeto estrelado pelo incrível Rodrigo Santanna", finaliza Gratto.

Herton Gustavo - Foto: Sergio Santoian

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Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternos

Sugestões da nossa colunista de cinema para o fim de ano que equilibram conforto, repetição afetiva e algumas boas surpresas do streaming

20/12/2025 14h30

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternos

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternos Foto: Divulgação Prime Vídeo

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Há anos encerro o ano com dicas de filmes e séries para atravessar o fim de dezembro — e quem acompanha minhas colunas já sabe: Natal, para mim, é revisitar o que já amo. É ritual, repetição afetiva, memória acionada pela trilha sonora certa ou por uma história que já conhecemos de cor. Por isso, a lista tende a mudar pouco. Não é preguiça. É escolha.

Existe um mercado fonográfico e audiovisual inteiro dedicado ao Natal, que entrega, ano após ano, produtos descartáveis, previsíveis e — ainda assim — confortantes. Eles existem para preencher o silêncio entre uma refeição e outra, para acompanhar casas cheias, para oferecer finais felizes sem exigir atenção plena. Em 2025, esse mercado deixa algo ainda mais claro: o Natal virou um ativo estratégico — e estrelas ajudam a sustentá-lo.

De blockbusters de ação a comédias familiares e retratos mais irônicos do cansaço emocional, as produções do ano revelam diferentes formas de explorar a mesma data. E, como toda boa tradição de fim de ano, a lista também abre espaço para um clássico que, mesmo não sendo natalino, atravessa gerações como parte indissociável desse período

Operação Natal Amazon Prime Video
Aqui, o Natal é tratado como evento global, literalmente. Operação Natal aposta em ação, fantasia e ritmo de blockbuster para transformar o dia 25 de dezembro em cenário de missão impossível. Tudo é grande, barulhento e deliberadamente exagerado.

É o exemplo mais claro do Natal-espetáculo. O filme existe como veículo de estrela para Dwayne Johnson, que transforma a data em entretenimento de alta octanagem, longe de qualquer delicadeza afetiva.

Um Natal Surreal Amazon Prime Video
Neste filme, o Natal deixa de ser acolhimento para virar ponto de ruptura. Michelle Pfeiffer interpreta uma mulher que decide simplesmente desaparecer da própria celebração depois de anos sendo invisível dentro da dinâmica familiar. O gesto desencadeia situações absurdas, desconfortáveis e reveladoras.

A presença de Pfeiffer requalifica o projeto. Não é um Natal infantilizado, mas um retrato irônico do cansaço emocional, da maternidade esvaziada e da pressão simbólica que a data carrega.

A Batalha de Natal Amazon Prime Video
O Natal volta ao território da comédia familiar clássica. Eddie Murphy vive um pai obcecado por vencer uma disputa natalina em seu bairro e transforma a celebração em um caos crescente de exageros, erros e humor físico. Murphy opera no registro que domina há décadas. É o Natal como bagunça coletiva, desenhado para virar tradição doméstica e ser revisto ano após ano.

My Secret Santa Netflix
Uma mãe solteira em dificuldades aceita trabalhar disfarçada de Papai Noel em um resort de luxo durante o Natal. O plano se complica quando sentimentos reais entram em cena. O filme cumpre com precisão a cartilha da comédia romântica natalina, com química funcional e uma premissa simpática o bastante para sustentar o conforto esperado do gênero.

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternosMy Secret Santa Netflix - Divulgação

Man vs Baby Netflix
É para os fãs de Mr. Bean, apesar de não ser “ele”. Rowan Atkinson volta como Mr. Bingley, um adulto despreparado precisa sobreviver a um bebê imprevisível em plena temporada de festas. O que poderia ser um Natal tranquilo vira uma sucessão de pequenos desastres.
Funciona quando assume o humor físico e o exagero, ideal como filme de fundo para casas cheias.

All I Need for Christmas Netflix
Uma musicista em crise profissional encontra, durante o Natal, a chance de reconexão pessoal e afetiva ao cruzar o caminho de alguém que parecia seu oposto. Produção que aposta no tom acolhedor e na ideia de recomeço como motores emocionais simples, mas eficazes.

A Merry Little Ex-Christmas Netflix
Alicia Silverstone e Oliver Hudson sustentam uma trama previsível, mas ainda assim, bem natalina. Ex-relacionamentos, ressentimentos antigos e um Natal que força reencontros. A tentativa de manter a civilidade rapidamente desmorona. Um filme que reconhece que o passado nunca está totalmente resolvido, especialmente em datas simbólicas.

Champagne Problems Netflix
Filme que anda liderando o Top 10 desde novembro, traz uma executiva americana viaja à França para fechar um grande negócio antes do Natal e se vê envolvida em dilemas profissionais e afetivos. Menos açucarado, aposta em melancolia leve e conflitos adultos, usando o Natal mais como pano de fundo do que como solução.

Jingle Bell Heist Netflix
Dois trabalhadores frustrados planejam um assalto na véspera de Natal, quando ninguém parece prestar atenção. Cheio de reviravoltas e troca o romance pelo formato de filme de golpe, oferecendo uma variação divertida dentro do gênero natalino.

A Noviça Rebelde Disney+
Não é um filme natalino, mas poucas obras ocupam um lugar tão fixo no imaginário do fim de ano. Em 2025, o musical completa 60 anos e segue atravessando gerações como ritual afetivo de dezembro. Música, família, infância e acolhimento fazem dele uma tradição que resiste ao tempo e às modas.

No fim, a lógica permanece: filmes de Natal não precisam ser memoráveis para serem importantes. Precisam estar ali — como trilha de fundo, como pausa emocional, como promessa silenciosa de que, por algumas horas, tudo vai acabar bem. Em 2025, isso já é mais do que suficiente. Feliz Natal!

"REI DO BOLERO"

Voz de 'Você é doida demais', Lindomar Castilho morre aos 85 anos

História de sucesso mudou após um dos feminicídios de maior repercussão no País, quando em 30 de março de 81 matou sua mulher, a também cantora Eliane de Grammont, com cinco tiros

20/12/2025 13h30

Lili De Grammont e seu pai, Lindomar, em foto compartilhada nas redes sociais.

Lili De Grammont e seu pai, Lindomar, em foto compartilhada nas redes sociais. Reprodução/Redes Sociais

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Conhecido como "Rei do Bolero", Lindomar Castilho morreu neste sábado, 20, aos 85 anos. A nota de falecimento foi postada pela filha do artista, a coreógrafa Lili De Grammont, em suas redes sociais.

A causa da morte não foi informada e o velório está marcado para esta tarde no Cemitério Santana, em Goiânia.

"Me despeço com a certeza de que essa vida é uma passagem e o tempo é curto para não sermos verdadeiramente felizes, e ser feliz é olhar pra dentro e aceitar nossa finitude e fazer de cada dia um pequeno milagre. Pai, descanse e que Deus te receba, com amor… E que a gente tenha a sorte de uma segunda chance", escreveu Lili.

Nascido em Rio Verde, Goiás, Lindomar foi um dos artistas mais populares dos anos 1970. Brega, romântico, exagerado. Um dos recordistas de vendas de discos no Brasil. Um de seus maiores sucessos, "Você é doida demais", foi tema de abertura do seriado Os Normais nos anos 2000.

Seu disco "Eu vou rifar meu coração", de 1973, lançado pela RCA, bateu 500 mil cópias vendidas.

Crime e castigo

A história de sucesso, porém, mudou após um dos feminicídios de maior repercussão no País. Em 30 de março de 1981, Lindomar matou a mulher, a também cantora Eliane de Grammont, com cinco tiros. Ela tinha 26 anos.

Os dois foram casados por dois anos, período em que a cantora se afastou temporariamente da carreira para cuidar da filha Lili. Depois de sustentar o relacionamento abusivo, Eliane pediu o divórcio.

Eliane foi morta pelo ex-marido no palco, durante uma apresentação na boate Belle Époque, em São Paulo. Ela cantava "João e Maria", de Chico Buarque, no momento em que foi alvejada

Lindomar foi preso em flagrante e condenado a 12 anos de prisão. Ele foi liberado da pena por ser réu primário e aguardou o julgamento em liberdade. O cantor cumpriu quase sete anos da pena em regime fechado e o restante em regime semi-aberto. Em 1996, já era um cidadão livre.

O caso tornou-se um marco na luta contra a violência doméstica no Brasil, impulsionando o movimento feminista com o slogan "Quem ama não mata".

 

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