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TURISMO

Hospedagem com locais torna visita ao Maranhão ainda mais atraente

Hospedagem em casas de nativos enriquece visita aos Lençóis Maranhenses e deixa viagem ao Parque Nacional do Santuário Ecológico ainda mais inesquecível

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O turismo de base comunitária, em que a hospedagem do visitante pode ocorrer nos lares da população nativa de um destino, transforma o passeio ao Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses em uma temporada ainda mais inesquecível. 

Distante 370 quilômetros de São Luís, capital do Maranhão, o parque passa a contar com novas opções e pacotes para quem está programando uma viagem para o segundo semestre.  

O roteiro de sete dias começa em São Luís, passa por Barreirinhas, pelo vilarejo de Atins e os oásis de Baixa Grande e Queimada dos Britos, terminando nas comunidades de Betânia e Santo Amaro. 

No total, a travessia cobre um percurso de 40 quilômetros, dividido em três dias, além da navegação de 15 quilômetros, por caiaque, descendo o Rio Alegre em um último dia.

Queimada dos Britos e Baixa Grande localizam-se na chamada Zona Primitiva, onde as duas manchas de vegetação de restinga formam verdadeiros oásis e são lugares incríveis para passar a noite nas poucas casas de nativos da região.

“MUITO FELIZES”

“Quando os viajantes chegam, conversamos na mesa com um belo almoço de comida caseira. Após a refeição, continuamos o papo, descansamos nas redes, falamos da nossa vida e queremos saber mais da vida dos viajantes que estão conosco. Mais à noite, saímos para ver o pôr do sol todos os dias antes do jantar, é o nosso estilo de vida”, conta Joina Garcia, nativa da região que transformou o lar em pousada ocasional.

“À noite, fazemos uma roda e contamos as histórias daqui. Ficamos muito felizes, porque as pessoas estão conhecendo nosso lugar”, diz a moradora, cheia de orgulho. Joina Garcia é uma das poucas pessoas da região que recebem visitantes. Sim, as vagas para esse formato de passeio costumam ser bem limitadas. Portanto, programe-se com antecedência caso esteja planejando a viagem para os próximos meses.

CALOR HUMANO

Em Baixa Grande, existem apenas sete famílias, enquanto em Queimada dos Britos 30 famílias residem no local. 

A baixa densidade populacional faz da estadia uma temporada de sabor exclusivo e bem especial, com aqueles atrativos que se tornam ainda mais marcantes na memória quando se parte do paraíso, a exemplo do calor humano durante a convivência com os moradores das comunidades. 

A experiência de conversar, interagir e passar a noite com os moradores é única e bastante enriquecedora.

“Ficamos hospedados nas casas, dormimos em redários, comemos uma comidinha caseira de primeira e conhecemos mais sobre os costumes e as crenças nessas comunidades no meio das dunas”, relata o empresário Daniel Cabrera, diretor de uma agência que lançou recentemente um pacote para o turista desbravar o conhecido santuário ecológico, com um número bem restrito de vagas, como reza a cartilha do turismo sustentável.

A TRAVESSIA

“A expedição é simplesmente inacreditável, uma das melhores experiências que já tive em minha vida. O cenário é exuberante. Os oásis são de tirar o fôlego, parece que estamos em um filme ou no próprio céu. Gostaria que todas as pessoas pudessem viver essa experiência”, derrama-se Cabrera, encantado pela visita técnica que realizou para conhecer o trajeto de perto.

“A travessia é feita em um lugar tão lindo, tão especial, que me surpreendeu muito não só ter aguentado toda a travessia como ter me divertido muito ao longo do caminho. O vento ininterrupto no rosto, o maravilhoso nascer do sol, os pulos nas lagoas e os pensamentos que vão e vêm te fazem ir muito mais além” conta o empresário.

DE CAIAQUE

A última parte do roteiro se inicia na comunidade de Betânia e termina em Santo Amaro, após percorrer os 15 quilômetros de descida, no Rio Preguiças, a bordo de um caiaque para selar com chave de ouro uma interação única com a natureza brasileira.  

“A descida de caiaque é muito prazerosa”, conta Walisson Santos, que recebe os viajantes com sua família em Betânia.  

“Disponibilizamos os caiaques, damos um pequeno treinamento e enviamos um guia local da comunidade, acostumado com o trecho, para acompanhar os viajantes. A duração da descida do caiaque é de três a quatro horas, passando por paradas históricas, tomando banho nas lagoas e apreciando as belas paisagens. Queremos que mais pessoas vivam essa experiência e conheçam Betânia”, diz o morador, convocando para a aventura.

“Os nasceres e pores do sol lá são simplesmente inacreditáveis. O céu laranja, o vento batendo o tempo todo, acariciando sua pele e penteando cada fio de areia sobre as dunas. A experiência é transcendental e te faz relembrar toda a sua vida, olhando para o passado e para o futuro, se encontrando no presente. Fechar a expedição descendo de caiaque o Rio Alegre sela uma vivência onde você se transforma”, resume Daniel Cabrera.  

O Parque

O Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses é considerado o maior campo de dunas do Brasil e contempla uma paisagem totalmente única ao misturar suas dunas com lagoas de água doce e cristalina. A Unidade de Conservação (UC) é oficialmente registrada como Marinha Costeira, mas é também uma zona de Cerrado, com influência da Caatinga e da Amazônia.

A fauna do parque é exuberante porque tem como referência o encontro dos três biomas, um dos poucos lugares do País em que isso acontece. A UC possui espécies únicas, como a pininga (Trachemys adiutrix), uma tartaruga do deserto endêmica dos Lençóis Maranhenses que atualmente se encontra sob o risco de extinção.

Além de movimentar a economia local, os roteiros de passeio no parque proporcionam, de ponta a ponta, uma imersão natural e, por consequência, a chance de uma conscientização ambiental mais orgânica para os visitantes, favorecendo, assim, a proteção da biodiversidade brasileira também por meio de quem viaja em busca de novidade, lazer e descanso. Pelo menos, é essa a aposta de quem recebe os viajantes ou comercializa os pacotes turísticos.

A expedição custa, em média, a partir de R$ 3.500 por pessoa, partindo de São Luís. Consulte seu agente de viagens para confirmar valores e outros detalhes. Mais informações sobre destinos turísticos do Maranhão e as experiências de base comunitária no estado podem ser obtidas no site: turismo.ma.gov.br.

Carretas da magia

Caravana de Natal da Coca-Cola passa por Dourados e Itaporã nesta quarta; veja o trajeto

Caminhões estarão enfeitados com luzes natalinas, sistema de bolhas d'água, decoração interativa, painéis LED, cenografia natalina, cenários montados e Casa móvel do Papai/Mamãe Noel

17/12/2025 10h15

Carretas natalinas da Coca Cola

Carretas natalinas da Coca Cola DIVULGAÇÃO/Coca Cola

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Falta uma semana para o Natal e a tradição de sair às ruas para acompanhar a passagem das carretas natalinas da Coca-Cola está de volta.

Caravana Iluminada percorre ruas e avenidas de Dourados e Itaporã nesta quarta-feira (17). 

Os caminhões estarão enfeitados com luzes natalinas, sistema de bolhas d’água, decoração interativa, painéis LED, cenografia natalina, cenários montados e Casa móvel do Papai/Mamãe Noel.

É possível acompanhar ao vivo o lugar que a carreta está neste site.

Confira os trajetos e horários:

DOURADOS - 17 DE DEZEMBRO - 20H30MIN

  • INÍCIO - 20h30min - rua Sete de Setembro
  • Avenida Marcelino Pires
  • Rua Delfino Garrido
  • Avenida Weimar Gonçalves Torres
  • Rua Paissandú
  • Rua Monte Alegre
  • Rua Rangel Torres
  • Rua Mato Grosso
  • Rua Itamarati
  • Rua Hayel Bon Faker
  • Rua Mozart Calheiros
  • Rua Raul Frost
  • Rua Docelina Mattos Freitas
  • Rua Seiti Fukui
  • Rua Josué Garcia Pires
  • Rua Hayel Bon Faker
  • Rua Manoel Rasselem
  • Rua Projetada Onze
  • Rua General Osório
  • Avenida Marcelino Pires
  • Rua Mato Grosso
  • Rua Olinda Pires de Almeida
  • Rua João Cândido da Câmara
  • FIM - Rua Manoel Santiago

Carretas natalinas da Coca Cola

 ITAPORà- 17 DE DEZEMBRO - 17H30MIN

  • INÍCIO - Rotatória de entrada/saída da cidade
  • Avenida José Chaves da Silva
  • Avenida Estefano Gonella
  • Rua José Edson Bezerra
  • Rua Aral Moreira
  • Rua Duque de Caxias
  • FIM - Rotatória de entrada/saída da cidade

Carretas natalinas da Coca Cola

ARTES VISUAIS

Floripa de novo!

Após temporada de sucesso, Lúcia Martins Coelho Barbosa inaugura mais uma exposição em Florianópolis:"Do Pantanal para a Ilha 2" permanece em cartaz até 3 de janeiro e apresenta 20 telas, 6 delas inéditas, com elementos da fauna e flora sul-mato-grossense

17/12/2025 10h00

A artista com suas obras durante inauguração da mostra no dia 3 deste mês

A artista com suas obras durante inauguração da mostra no dia 3 deste mês Divulgação

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A artista plástica sul-mato-grossense Lúcia Martins Coelho Barbosa apresenta em Florianópolis uma seleção de obras que celebram a potência estética e simbólica do Pantanal.

Reconhecida internacionalmente, especialmente pelas pinturas de onças-pintadas, sua marca registrada, Lúcia construiu uma trajetória sólida ao longo de mais de quatro décadas nas artes visuais, marcada por pesquisa, identidade regional e profunda relação com a fauna brasileira.

Após uma temporada de sucesso em agosto, “Do Pantanal para a Ilha” retorna a Florianópolis, agora em novo local, na Sala Open Cultura, em exposição até o dia 3 de janeiro.

A mostra é composta por 20 telas, seis delas inéditas e outras peças de sucesso do acervo de Lúcia, que já expôs em sete países e quatro estados brasileiros.

“O nome ‘Do Pantanal para a Ilha’ veio da ideia de apresentar o Pantanal para um novo público que está conhecendo meu trabalho, e para isso coloquei nas telas elementos como as flores de aguapé, as árvores do Cerrado e as onças, que são meu carro-chefe”, apresenta Lúcia.

A artista com suas obras durante inauguração da mostra no dia 3 deste mêsReprodução obra "A procura da caça", de Lúcia Martins

LEGADO DE MS

Outro elemento regional incorporado nos quadros é a renda nhanduti, um bordado artesanal tradicional do Paraguai cujo nome significa “teia de aranha” em guarani, uma referência à sua aparência delicada e intrincada, utilizada normalmente em peças decorativas e roupas.

Ao todo, foram vários meses de preparação para a exposição, em um longo processo de produção e ressignificação de obras, utilizando as técnicas pastel sobre papel e acrílico sobre tela.

As obras que compõem essa exposição vão refletindo lugares, flores e animais, que talvez não despertem a atenção das pessoas no dia a dia, mas que, de algum modo, acabam fugindo do lugar comum.

Elas são um resumo do que Lúcia vê, vivencia e considera como mais “importante” enquanto legado da natureza de Mato Grosso do Sul para o Brasil e para o mundo.

A artista com suas obras durante inauguração da mostra no dia 3 deste mês“Onça que Chora”, um dos trabalhos inéditos da nova exposição

ESPANTO

A mostra reúne, assim, trabalhos figurativos que retratam, por exemplo, a onça-pintada como símbolo de força, ancestralidade e preservação, convidando o visitante a mergulhar no imaginário pantaneiro e, ao mesmo tempo, nas camadas poéticas que permeiam a trajetória da artista.

Para Lúcia, a arte é como um portão de entrada para um novo mundo, nesse caso o Pantanal sul-mato-grossense.

“O Pantanal não é margem. É centro de novas narrativas. É daqui que falamos ao mundo. O que eu gostaria que essa minha exposição causasse é até um certo espanto ao se ver que aqui também tem gente que faz arte. E nada melhor do que se apresentar quando alguém já tem curiosidade de lhe conhecer”, afirma a mestra das cores e texturas.

“Eu vivo para a arte, se eu não tivesse essa profissão, esse dom de colocar nas telas minhas emoções, meus sentimentos, talvez eu não tivesse nenhuma utilidade para a sociedade. A arte é, acima de tudo, questionadora. O que eu sinto como artista plástica há mais de 45 anos é que estamos ainda abrindo caminho para os artistas que virão. Gostaria muito que o artista fosse respeitado, fosse aceito, fosse útil, pois a arte alimenta a alma”, diz a artista.

PERFIL

Lúcia Martins Coelho Barbosa vive e trabalha em Campo Grande. Formou-se em história pelas Faculdades Unidas Católicas de Mato Grosso (FUCMAT). Fez pós-graduação em Comunicação, na área de imagem e som pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).

Atua na área de artes plásticas, em Campo Grande, há mais de 40 anos e já mostrou suas obras em Portugal, Itália, França, EUA, Japão e Paraguai.

A artista com suas obras durante inauguração da mostra no dia 3 deste mêsReprodução obra Florescer no Pântano, de Lúcia Martins

Com o projeto Peretá – “Caminho” na língua tupi-guarani – , a artista exibiu o grafismo indígena e instalações em quatro capitais brasileiras – Brasília, Goiânia, São Paulo e Campo Grande.

Reconhecida por diversas premiações e homenagens, a artista segue expondo seu trabalho em coletivas e individuais. 

Em 2016, Lúcia criou o Múltiplo Ateliê, onde desenvolve trabalhos com artistas e pesquisadores, incluindo gastronomia, educação somática, dança contemporânea, yoga e audiovisual. Como afirma, é “fiel à sua missão de operária da arte”.

>> Serviço

A exposição “Do Pantanal para a Ilha 2”, da artista plástica sul-mato-grossense Lúcia Martins Coelho Barbosa, foi inaugurada em 03 de dezembro e está aberta para visitação até 03 de janeiro de 2026, na Sala Open Cultura, do open mall (shopping aberto) Jurerê Open. Av. Búzios, 1.800), Florianópolis (SC). Das 10h às 22h.

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