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Inclusão social

Inclusiva, escola de teatro tem professora com deficiência intelectual e múltipla

Aluna da Escola de Teatro Adote há 5 anos, Evelyn recebeu a oportunidade de ministrar aulas na instituição

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A Escola de Teatro Adote abriu inscrições para nova turma da oficina de Iniciação Teatral. A novidade do curso, com duração de três meses e voltado para atores e não atores acima de 14 anos, é a presença de Evelyn Machado Soares, uma professora de teatro com deficiência intelectual e múltipla, que liderará as aulas com o apoio de Daniel Smidt e Beth Terras, responsáveis pela escola que já conta com mais de 100 alunos.

Evelyn, com mais de cinco anos de experiência na Adote, tem se destacado tanto nos espetáculos da escola quanto em sua atuação na companhia de teatro da APAE. Recentemente, a companhia conquistou o primeiro lugar com o espetáculo "Filhos do Pantanal" no Festival Nossa Arte, vencendo também as etapas regional e estadual. Em dezembro de 2024, o grupo disputará a etapa nacional no Rio de Janeiro, sob a direção de Daniel Smidt.

Além da presença de Evelyn à frente da turma, a escola também está em novo endereço na Av. Tamandaré, nº 356, sala 11, Bairro Vila Planalto, que proporciona maior acessibilidade aos alunos pela amplitude e preparação do espaço para receber pessoas diversas.

Inclusão 

Evelyn Machado Soares enfatiza a importância desta oportunidade. "Estou sendo inserida no mercado de trabalho das artes cênicas, o que representa uma oportunidade muito grande. A visão das dificuldades que as pessoas com deficiência enfrentam para entrar no mercado de trabalho das artes cênicas é complicada, e ter a oportunidade que o grupo Adote está me dando, abrindo as portas para ministrar aulas, é algo rico e grandioso."

Daniel Smidt e Beth Terras, coordenadores da Escola de Teatro Adote, destacam o impacto transformador da arte e a importância da inclusão. "A oficina de Iniciação Teatral é uma oportunidade única para os participantes explorarem o mundo da arte cênica, desenvolvendo suas habilidades e potencialidades", comenta Beth.

"O teatro tem o poder de transformar vidas, e essa oficina é uma porta de entrada para aqueles que desejam se aventurar nesse universo. Estamos empenhados em proporcionar uma experiência enriquecedora e acolhedora para todos os participantes, promovendo a arte e a inclusão de forma cada vez mais ampla e significativa", complementa Daniel.

"Ela [Evelyn] está com a gente há muitos anos e tem um potencial muito grande. Eu sinto que ela tem pouca oportunidade, né? Ela sente isso também. Então a gente queria proporcionar algo diferente para ela. Então ela vai receber por isso como os outros professores", explica Daniel.

Escola de Teatro Adote

Para jovens e adultos, a Escola de Teatro Adote oferece cursos específicos para atores aos sábados e domingos, com técnicas de renomados mestres como Meisner, Chekov e Stella Adler. O curso para atores e não atores, disponível em horários variados, explora temas como comunicação, criatividade, estudo de cena e conceitos de Stanislavski. Para as crianças de 7 a 12 anos, a escola oferece um curso de iniciação às quartas-feiras.

Além dos cursos, a Adote proporciona oportunidades de casting para curtas-metragens, como o longa "Me Deixe Ficar". Sob a liderança de Daniel Smidt e Beth Terras, a escola é conhecida por espetáculos de sucesso, como "Boca de Ouro" e "O Beijo no Asfalto", e pelo sarau beneficente SARAGUÁ.

Com professores como Beatriz Bergler, Iago Arimura e Giovanna Zottino, a Adote oferece certificação de conclusão, portal do aluno e um portfólio diversificado de atividades, tornando-se o local ideal para desenvolver talento e paixão pela arte teatral.

As aulas da oficina estão previstas para começar em agosto de 2024 e ocorrerão todas as terças-feiras, das 19h às 20h30. O curso abordará técnicas de expressão corporal, voz, improvisação e interpretação, fundamentais para o desenvolvimento artístico dos participantes.

Para mais informações entre em contato pelo WhatsApp (67) 98117-9379

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Notas B+: Ex-'The Circle Brasil', DJ Kali critica rivalidade feminina

"Nenhuma mulher sai ganhando".

24/08/2024 17h00

Notas B+: Ex-'The Circle Brasil', DJ Kali critica rivalidade feminina

Notas B+: Ex-'The Circle Brasil', DJ Kali critica rivalidade feminina Foto: Divulgação

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DJ Kali, conhecida por sua trajetória multifacetada, começou sua carreira como modelo e, desde então, desbravou o mundo, ganhou o Miss Paraíba 2018, participou de reality “The Circle” da Netflix, antes de se tornar uma das DJs nordestinas em maior expansão. Com uma carreira marcada por grandes conquistas e desafios, Kali reflete sobre um dos obstáculos mais persistentes que enfrentou: a rivalidade feminina.

“A rivalidade feminina é uma realidade cruel que afeta mulheres em todas as áreas, desde o mundo da moda até a indústria da música. É um cenário onde todas mulheres nós perdemos, enquanto o machismo se fortalece”, afirma Kali, destacando a importância de se desconstruir essa mentalidade.

Segundo a DJ, essa rivalidade não é natural, mas sim alimentada por uma cultura que busca dividir as mulheres, colocando-as umas contra as outras. "Desde cedo, somos ensinadas a competir, a nos enxergar como rivais em vez de aliadas. Isso acontece na moda, na música e em tantos outros espaços onde as mulheres poderiam, na verdade, se apoiar e crescer juntas."

Kali acredita que a união feminina é fundamental para a transformação desse cenário. “Quando nos unimos, nos fortalecemos. A competição saudável é importante, mas deve ser baseada em respeito e reconhecimento mútuo, não em inveja ou ressentimento”, acrescenta.

Para Kali, a música é um meio poderoso de conectar pessoas e transmitir mensagens importantes. “A música tem o poder de quebrar barreiras e unir as pessoas. Quero usar minha voz e meu trabalho para promover a igualdade e a união entre as mulheres.”

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Pet B+: Leishmaniose: controle das zoonoses e dificuldade no diagnóstico em animais são desafios

Médica-veterinária fala sobre a doença e como proteger o seu cãozinho

24/08/2024 15h00

Pet B+: Leishmaniose: controle das zoonoses e dificuldade no diagnóstico em animais são desafios

Pet B+: Leishmaniose: controle das zoonoses e dificuldade no diagnóstico em animais são desafios Foto: Divulgação

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A leishmaniose visceral é uma doença que vem afetando cada vez mais a saúde de pets e humanos. Estima-se que anualmente afeta cerca de 2 mil pessoas no Brasil. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 14% das ocorrências globais e 97% dos casos na América Latina são registrados em solo brasileiro.

Diante desse cenário preocupante, um melhor controle das zoonoses e o diagnóstico mais preciso dos animais infectados são desafios para barrar esse crescimento. 

A médica-veterinária e docente do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário de Jaguariúna (UniFAJ), Dra. Aline Ambrogi, explica que a doença afeta cães, gatos, roedores e até os seres humanos.

“A doença é uma zoonose causada por um protozoário chamado leishmania. Ela pode se manifestar de maneira cutânea (na pele), mucocutânea (na mucosa) ou visceral (nos órgãos)”, informa. “No caso da leishmaniose visceral, ela é uma doença em evolução insidiosa e, no Brasil, os insetos transmissores são os flebotomíneos, popularmente conhecidos como mosquito-palha ou tatuquira. Somente a fêmea do inseto é capaz de transmitir a doença.”

A médica-veterinária explica ainda que o cachorro é o principal “reservatório” do mosquito. Entretanto, mesmo infectado, o cão não é capaz de transmitir a doença para o ser humano. Para isso acontecer, é preciso que o mosquito fêmea pique o animal infectado e depois o ser humano.

E aí que surge um dos principais desafios: identificar quando o animal está com a doença. Estimava-se que para cada pessoa infectada no Brasil - média de 2 mil por ano -, há 500 animais portadores da doença. Aline explica que isso ocorre, principalmente, pela dificuldade do diagnóstico.

Segundo a médica-veterinária da UniFAJ, os sinais clínicos da doença nos cachorros são inúmeros, porém, há casos em que os sintomas nem se apresentam.

“Mesmo com exames específicos para detectar leishmaniose, é possível que a doença não seja diagnosticada. Há casos ainda que o exame pode dar um falso negativo para leishmaniose”, explica.

Pet B+: Leishmaniose: controle das zoonoses e dificuldade no diagnóstico em animais são desafios  Pet B+: Leishmaniose: controle das zoonoses e dificuldade no diagnóstico em animais são desafios  - Divulgação

A médica-veterinária alerta que os sinais mais comuns e que dão indícios de que o animal está com leishmaniose são: perda de peso, lesões na pele, unhas grandes, problemas oftálmicos e renais, entre outros.

Aline lembra ainda que o animal diagnosticado passa por tratamento, mas a doença não tem cura. “Ele precisará usar medicamentos específicos contra esse protozoário e ainda tratar os sintomas que irão aparecendo, já que a imunidade do animal positivo fica afetada.

Portanto, é um ‘paciente’ que precisa passar por inúmeros exames e possivelmente irá tomar vários ciclos do medicamento contra a leishmaniose. É um tratamento longo e infelizmente caro”, explica.

Assim como a dengue, cuidados diários são fundamentais para controle

Devido ao alto custo do tratamento, muitos animais com positivo para leishmaniose são eutanasiados ou simplesmente abandonados por suas famílias. Dados da OMS revelam que, até 2022, havia cerca de 30 milhões de animais abandonados nas ruas brasileiras - 10 milhões de gatos e 20 milhões de cachorros.

Para a médica-veterinária da UniFAJ, a melhor maneira de impedir o avanço da leishmaniose e posteriormente o abandono de animais é o controle de vetores nas cidades, assim como acontece com a dengue e chikungunya.

“As pessoas e as autoridades precisam entender a importância dos cuidados para prevenir a doença, tanto no quintal de casa quanto em definir políticas públicas mais eficientes no controle das zoonoses”, alerta. “É importante evitar água parada e manter ambientes limpos sem matéria orgânica, locais onde os mosquitos costumam se reproduzir. Principalmente em regiões com mais casos da leishmaniose, é recomendado que cães utilizem coleiras e repelentes específicos contra a doença. Abandonar o animal positivo é uma irresponsabilidade social.”

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