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Leitura B+: Como despertar o interesse das crianças por notícias da atualidade em 2024

Especialista destaca a importância de as crianças lerem jornais e conteúdos informativos em linguagem adequada à sua faixa etária

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Notícia não é assunto exclusivo de adulto. Crianças e jovens podem e devem ter acesso à informação, por exemplo, por meio do jornalismo profissional.

É o que preconiza a Convenção Sobre os Direitos da Criança, das Nações Unidas, e o Estatuto da Criança e do Adolescente do Brasil.

Em tempos cada vez mais digitais, em que cerca de 25 milhões de crianças e adolescentes do país, com idade entre 9 e 17 anos, são usuários de internet, de acordo com levantamento do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), há quem pense que pode haver um desinteresse do público infantojuvenil por produtos considerados tradicionais, como o jornal impresso.
No entanto, uma iniciativa de jornalismo infantojuvenil tem demonstrado exatamente o contrário.

"Com o bom e 'velho' jornal, o jovem cria uma relação concreta com a notícia. A experiência de folhear um impresso especializado neste público, compreendendo a divisão física das seções, familiarizando-se com a leitura em ordem de colunas e as diferenças entre os gêneros textuais que compõem uma mesma publicação, possibilita um maior envolvimento com o jornal e ajuda a aproximar a criança ou o adolescente do mundo das atualidades", revela a jornalista Maria Carolina Cristianini, editora-chefe do jornal Joca, publicação especializada em notícias para crianças e jovens.

Com mais de 300 mil assinantes no país, o periódico impresso, idealizado pela editora Magia de Ler, tem feito parte da rotina escolar de unidades públicas e privadas em todas as regiões do país e despertado o interesse do estudante por se informar com conteúdos da atualidade por um meio bem clássico.

Mesmo com a proporção de usuários de crianças e jovens conectadas avançando no uso de redes sociais de 2019 a 2021, houve crescimento de 10% é importante entender que o acesso ao conteúdo online não tem uma única finalidade, existindo uma diferença importante entre usar os meios digitais para o entretenimento e se informar por essas mesmas plataformas, segundo Maria Carolina, que também é diplomada Jornalista Amiga da Criança pela ANDI Comunicação e Direitos.

"A conexão estabelecida não é a mesma. É diferente o envolvimento que o jovem sente ao assistir a um vídeo de alguém que ele admira e ler notícias apenas em formato online. A leitura digital amplia a leitura do impresso e permite o aprofundamento ou o encontro de conhecimentos. Daí a importância de esses leitores também se informarem por sites de notícia, por exemplo. Mas é nítida, na experiência de mais de dez anos do jornal Joca, que a relação com a versão impressa da publicação é para lá de importante", esclarece.

No jornalismo infantojuvenil, é essencial que crianças e adolescentes se vejam representados, conferindo não só informações de assuntos que integram o seu universo e grandes temas que despertam o debate público, mas também personagens e opiniões de outras pessoas na mesma faixa de idade.

Acessando um periódico especializado em notícias, esse grupo também está mais preparado para combater as informações falsas.

"O contato sistemático com o impresso forma o leitor de jornal, além de criar o vínculo entre o jovem e a publicação que foi feita pensando nele. Além disso, a publicação impressa também pode trazer alívio no dia a dia da criança diante de tantas interferências digitais", esclarece Cristianini.

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Benefícios
Por meio do acesso à informação de qualidade, proporcionada pelo jornalismo profissional focado em crianças e adolescentes, esse público pode desenvolver várias habilidades. A editora-chefe do jornal Joca e jornalista Amiga da Criança, Maria Carolina, destaca cinco principais motivos pelos quais a criança deve ler notícias com linguagem adequada à sua faixa etária:

Amplia a visão de mundo: começa a formar uma visão de mundo, transcendendo o que está diretamente ao redor. Isso dá ao leitor infantojuvenil ferramentas para o convívio social e ajuda na compreensão de que estão inseridos em um universo maior.

Favorece a criatividade e é fonte de inspiração: em contato com notícias que trazem os mais diversos exemplos da realidade, entre eles os que incluem soluções inusitadas para algumas situações, a criança vai sendo inspirada e tendo sua criatividade estimulada.

Aprimora a linguagem e a escrita: as notícias compõem um conteúdo mais contemporâneo, que permite interação com mais variedade, por exemplo, de vocabulário, por meio de um material diferente do que a escola apresenta tradicionalmente.

Desenvolve a capacidade de argumentação: permite que a criança e o adolescente ganhem, de maneira gradual, repertório sobre atualidades. Com o tempo, isso ajuda no desenvolvimento do senso crítico e das habilidades de argumentação.      

Colabora para a formação da consciência cidadã: a criança compreende a sociedade onde vive e da qual faz parte. Isso leva ao desejo de tornar melhor o local onde se está inserido. Disso surge a consciência cidadã e se forma uma geração de adultos transformados, pessoas que, em sua infância, conheceram o jornalismo por meio do jornalismo infantojuvenil.

"Não só a escola, mas os pais também podem ser incentivadores do hábito. O jornal pode, por exemplo, colaborar para momentos de interação em família, como conversas sobre algumas das notícias publicadas, em uma troca de ideias saudável e produtiva em casa", finaliza.

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B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos

Bailarina, atriz e criadora do método Dança Integral, Keila Fuke transforma o movimento em linguagem de escuta, autocuidado e reinvenção feminina

21/12/2025 20h00

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos Foto: Divulgação

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Keila Fuke fala de dança como quem fala de família. Não no sentido de abrigo confortável apenas, mas de território vivo - onde moram memória, desejo, silêncio e prazer. Quando ela diz que o corpo é templo, não soa místico. Soa prático. Soa vivido.

“A dança é uma arte que se expressa pelo corpo, e o corpo é nossa casa, templo sagrado e cheio de emoções, histórias e prazer”, diz. Para ela, quando uma mulher escuta e sente o próprio corpo, algo essencial se reorganiza: “ela realmente se conecta com sua essência primária, seus desejos, e consegue ir para a vida de forma mais consciente”.

Há mais de três décadas, Keila dança, atua, coreografa e cria. Sua formação artística começou ainda na infância e se expandiu por diferentes linguagens (dança, teatro, musical e direção), construindo uma trajetória consistente nos palcos brasileiros. Nos grandes musicais, viveu a intensidade da cena em produções como “Miss Saigon”, “Sweet Charity”, “A Bela e a Fera”, “Victor ou Victoria” e “Zorro” (experiências que aprofundaram sua relação com a disciplina, a entrega e a presença).

Foi também no teatro que sua trajetória profissional ganhou contorno definitivo. Keila estreou ao lado de Marília Pêra, em “Elas por Ela”, num encontro que deixaria marcas profundas em sua forma de compreender a arte. A convivência com Marília reforçou a noção de que o palco exige verdade, escuta e disponibilidade (valores que atravessam seu trabalho até hoje).

Mas só quem escuta com atenção percebe que sua trajetória não foi guiada apenas pela busca da forma perfeita ou do espetáculo bem acabado - e sim por uma pergunta insistente: o que o corpo ainda tem a dizer quando a vida muda de ritmo? Essa pergunta atravessa tudo o que ela faz hoje.

Ao falar sobre movimento, Keila não separa o gesto do afeto, nem a técnica da emoção. “A dança revela a comunicação entre o mundo interno e o externo. O gesto se torna linguagem, o movimento vira verdade.” Talvez seja exatamente por isso que tantas mulheres chegam às suas vivências depois de períodos de exaustão: ali não se pede performance, mas presença.

Existe algo de radicalmente gentil na forma como Keila olha para o corpo feminino. Especialmente aquele que atravessa a maturidade. A menopausa, tema ainda cercado de silêncio, aparece em sua fala como travessia, não como falha. “Todas as mulheres irão passar por esse portal ao entrar na maturidade”, afirma. “Não para corrigir o corpo, mas para reconhecê-lo.”

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos         B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos - Divulgação

Foi desse entendimento que nasceu o método Dança Integral, desenvolvido a partir da integração entre sua experiência artística e seus estudos terapêuticos. Ao longo dos anos, Keila aprofundou-se em yoga, meditação, tantra, bioenergética e consciência sistêmica, incorporando esses saberes à dança. “É um trabalho que convida a mulher a ativar e integrar seus corpos (físico, mental e emocional) devolvendo consciência, presença e escuta.”

Na prática, o movimento deixa de ser esforço e passa a ser aliado. O corpo volta a circular energia, as emoções encontram expressão e a mente desacelera. “No movimento consciente, o corpo lembra que não nasceu para ser corrigido, mas habitado.” Quando isso acontece, o corpo deixa de ser campo de conflito e volta a ser morada.

A ancestralidade japonesa que Keila carrega atravessa profundamente esse olhar. Mestiça de origens japonesa, italiana, alemã e libanesa, ela se reconhece como uma mulher amarela e traz dessa herança a disciplina entendida como cuidado. O respeito ao tempo, ao silêncio e ao gesto essencial molda sua relação com o movimento, a prática e o feminino. Espiritualmente, o corpo é templo, o movimento é ritual e a repetição, um caminho de aperfeiçoamento interno.

Ao mesmo tempo, Keila é mistura. Emoção, calor e invenção brasileira convivem com rigor e silêncio. “Vivo entre tradição e vanguarda, entre raiz e criação”, diz. É dessa fusão que nasce um trabalho que não se fixa nem na forma nem no conceito, mas no estado de presença.

Essa escuta sensível também se manifesta fora das salas de dança. Há 17 anos, Keila atua na Fundação Lia Maria Aguiar, em Campos do Jordão, onde integra a formação artística de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Ali, ela participa da criação de um núcleo de teatro musical que utiliza a arte como ferramenta de educação, inclusão e fortalecimento da autoestima. “Com eles, aprendo que sensibilidade não é fragilidade, é potência.”

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anosB+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos - Divulgação

Falar de reinvenção aos 59 anos, para Keila, não tem a ver com começar do zero. Tem a ver com fidelidade. “Se reinventar é um gesto de fidelidade à vida.” Ela fala de saúde emocional, de vulnerabilidade, mas também de prazer, curiosidade e desejo. “Depois dos 50, algo se organiza internamente: ganhamos coragem para comunicar quem somos e ocupar nosso lugar sem pedir permissão.”

Existe algo profundamente político nesse corpo que segue dançando sem pedir licença ao tempo. Que reivindica delicadeza sem abrir mão de força. “Dançar, assim, é um ato político e espiritual”, diz. “É a mulher dizendo ao próprio corpo: eu te vejo, eu te respeito, eu te celebro.”

Quando Keila afirma que cada passo é uma oração, a frase ganha densidade. “Hoje, a oração que guia meus passos é a gratidão em movimento.” Gratidão por estar viva, criando, aprendendo e colocando o talento a serviço da vida. “Que minha arte continue sendo ponte - entre corpo, alma e coração.”

Talvez seja isso que faz de Keila Fuke uma presença tão inspiradora: não apenas o que ela construiu nos palcos, mas a forma como permanece. Em movimento. Em escuta. Em verdade.

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Saúde B+: Você sabia que bronzeado saudável não existe? Confira!

Médicos alertam sobre riscos da exposição solar e sobre a importância da proteção solar eficaz

21/12/2025 19h00

Saúde B+: Você sabia que bronzeado saudável não existe? Confira!

Saúde B+: Você sabia que bronzeado saudável não existe? Confira! Foto: Divulgação

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Infelizmente … aquele bronze dourado e saudável não existe! Esse, que é o desejo de muitas pessoas, pode representar um real perigo para a saúde da pele. “Classificamos os tipos de pele de I a VI, de acordo com a capacidade de resposta à radiação ultravioleta (UV), sendo chamado fototipo I aquele que sempre se queima e nunca se bronzeia, até o VI, pele negra, totalmente pigmentada, com grande resistência à radiação UV. A pigmentação constitutiva - cor natural da pele - é definida geneticamente. A cor facultativa - bronzeado - é induzida pela exposição solar e é reversível quando cessa a exposição”, explica a dermatologista Dra. Ana Paula Fucci, Membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

O chamado "bronzeado dourado" é observado nas peles mais claras e para ocorrer, ocasiona danos no DNA das células.  “As  consequências serão vistas anos mais tarde, em forma de fotoenvelhecimento, manchas ou lesões cutâneas malignas.O ideal é respeitar seu tipo de pele e sua sensibilidade ao sol. Nunca queimar a ponto de “descascar”. Importante: evite se expor ao sol entre 10 e 16h”, detalha a dermatologista. 

Dra. Ana Paula alerta ainda sobre os riscos de bronzeamento artificial, através das câmaras de bronzeamento: “esse é ainda mais prejudicial para a pele do que a exposição ao sol. A radiação é entregue de forma concentrada e direta, sem nenhum tipo de filtro ou proteção”.  

A médica ressalta que filtro solar não é uma permissão para a exposição ao sol. “Ele é um grande aliado, desde que sejam seguidas as orientações de horário, evitar exposição exagerada e usar complementos como bonés, óculos etc”, reforça Dra. Ana Paula Fucci.  

- Proteção solar eficaz 

A rotina de proteção solar é muito importante em qualquer época do ano, sobretudo agora no verão.  “Não deixe para aplicar o filtro quando chegar na praia ou piscina, por exemplo. O ideal é aplicá-lo cerca de 20 minutos antes de se expor ao sol, para dar tempo de ser absorvido e começar a agir. Também devemos reaplicar o filtro solar a cada 2 horas ou após se molhar ou suar muito”, destaca Dr. Franklin Veríssimo, Especialista e pós-graduado em Laser, Cosmiatria e Procedimentos pelo Hospital Albert Einstein-SP. 

Dr. Franklin destaca três aspectos importantes para uma proteção solar eficaz:

1- “Use filtro com FPS 30 ou maior;  e para as crianças ou pessoas que possuem pele mais sensível, FPS de no mínimo 50;

2- Use proteção adicional ao filtro solar, como chapéus, viseiras, óculos escuros. Recomendo evitar a exposição solar entre 10 e 16h;

3.  Use roupas leves, claras e chapéu e óculos de proteção UV, principalmente se for praticar caminhadas e atividades físicas ao ar livre.  Quem costuma ficar muito tempo no sol tem que redobrar os cuidados e investir em roupas com proteção ultravioleta”, conclui o médico.  

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