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SAÚDE

Médica alerta para os cuidados que devem ser tomados ao utilizar canetas emagrecedoras

Dra. Mariana Vilela, referência médica em emagrecimento saudável, em Campo Grande, alerta para os cuidados que devem ser tomados ao utilizar canetas emagrecedoras

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O volume de buscas e a procura por tratamentos com as famosas canetas emagrecedoras, como Mounjaro e Ozempic, ou por procedimentos estéticos, como as enzimas para gordura localizada, têm crescido cada vez mais. Esse fenômeno reflete um movimento global em direção a soluções médicas e estéticas para o controle de peso e para a melhoria da autoimagem, influenciado amplamente por relatos de sucesso compartilhados publicamente.

A busca por métodos eficazes e relativamente rápidos impulsionou a popularidade desses tratamentos, colocando-os em evidência não apenas no Brasil, mas em todo o mundo.

Inicialmente desenvolvidas para tratar diabetes tipo 2, as canetas emagrecedoras ganharam notoriedade após serem utilizadas e terem seus resultados compartilhados por famosos nas redes sociais. A exposição midiática e o poder de influência de celebridades e criadores de conteúdo foram determinantes para que esses medicamentos saíssem do contexto puramente clínico e se tornassem um fenômeno de consumo amplamente discutido. O impacto visual das transformações corporais compartilhadas on-line gerou uma demanda massiva por informações e acesso a esses fármacos.

Desde então, diversos estudos foram conduzidos, culminando na atualidade com o uso desses ativos com a finalidade de emagrecimento, agora cientificamente comprovado e com reconhecimento de eficácia e segurança pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

020901bdAssim como o Ozempic, Mounjaro é uma das canetas emagrecedoras mais populares FOTO: Divulgação

A comunidade científica tem se dedicado intensamente a compreender os mecanismos de ação desses medicamentos e a validar sua aplicação no manejo da obesidade e do sobrepeso, condições que representam um significativo problema de saúde pública global.

O aval da Anvisa é um passo crucial para garantir que o uso seja feito dentro de parâmetros de segurança e eficácia estabelecidos. “É importante reforçar que são medicamentos injetáveis e com possíveis efeitos colaterais, que precisam de acompanhamento médico e estratégia para serem utilizados”, ressalta a dra. Mariana Vilela.

Os efeitos colaterais mais comuns dessas medicações são náuseas, vômitos e constipação intestinal, o que ocorre por conta do seu mecanismo de ação.

“Após serem injetadas na gordura abdominal, a substância entra na corrente sanguínea e exerce um efeito sacietógeno [composto que promove a sensação de saciedade] no indivíduo. Existe uma sinalização cerebral que responde com a liberação de substâncias como a leptina, hormônio da saciedade, liberado pelo tecido adiposo após nos alimentarmos”, explica a dra. Mariana.

É fundamental que os pacientes estejam cientes de que esses sintomas, embora frequentemente temporários e manejáveis, fazem parte do processo de adaptação do organismo ao medicamento.

RISCO DA AUTOMEDICAÇÃO

A Dra. Mariana Vilela alerta que o desequilíbrio hormonal é uma das facetas mais complexas da obesidade, tratando-se de uma doença multifatorial que vai muito além da simples equação de calorias ingeridas versus calorias gastas. 

A regulação do apetite é um processo neuroendócrino sofisticado, e sua disfunção, quando não tratada com acompanhamento médico, pode levar a um ciclo vicioso de ganho de peso e dificuldade de emagrecimento.

“Pode parecer difícil e, de fato, tem uma complexidade considerável esse mecanismo de fome e saciedade, mas de forma resumida, quando comemos liberamos hormônios como GLP-1, GIP e leptina, isso gera sinalização de saciedade e diminuição da fome. Acontece que, em muitas pessoas, isso não ocorre corretamente e o indivíduo começa a ter fome além do habitual e podendo desenvolver até compulsão alimentar”, afirma.

Existe uma grande preocupação com o uso abusivo e a automedicação dessas medicações. Diante disso, a Anvisa restringiu sua venda, que agora necessita de receita médica controlada.

Porém, a melhor forma de utilizá-las ainda é por meio de farmácias ou clínicas médicas, com acompanhamento próximo durante todo o processo de emagrecimento.

A medida regulatória foi uma resposta necessária aos riscos associados à automedicação, que incluem desde o agravamento de efeitos colaterais até o uso inadequado por pessoas para quem o medicamento não é indicado, como aquelas que desejam perder peso por motivos puramente estéticos sem apresentar um quadro clínico que justifique o tratamento.

“Hoje dentro da clínica eu aplico essas medicações após avaliação e consulta do paciente e faço o acompanhamento disso semanalmente, para reduzir o risco de complicações e maximizar os resultados dos pacientes que decidem investir na sua própria saúde, e fazemos tudo isso com uma equipe multidisciplinar de médicos, treinadores e nutricionistas”, diz a dra. Mariana Vilela.

Essa abordagem integrada é considerada o padrão-ouro no tratamento da obesidade, garantindo que o paciente seja acompanhado em todas as frentes necessárias para uma perda de peso segura, eficaz e sustentável a longo prazo, evitando o temido efeito sanfona.

EMAGRECIMENTO SAUDÁVEL

Lembre-se de construir uma rotina saudável que passa pelos cinco pilares de uma vida saudável e longeva: exercícios físicos, alimentação equilibrada, gerenciamento do estresse, higiene do sono e saúde intestinal.

Cada um desses pilares está intrinsecamente ligado aos outros, formando uma base sólida para o bem-estar geral. Negligenciar um deles pode comprometer todo o esforço dedicado aos demais, por isso, uma visão holística da saúde é fundamental.

Ter um médico que atue na área de prevenção é essencial para envelhecer com saúde. A medicina preventiva e de estilo de vida visa justamente identificar e mitigar riscos antes que eles se transformem em doenças, promovendo longevidade com qualidade de vida. Ter um profissional que guie esse processo é um investimento inestimável no seu futuro.

SERVIÇO

Dra. Mariana Vilela, CRM 12830 – MS, é a médica responsável pela sua mudança de vida. 
Especialista em emagrecimento saudável e performance, coleciona cursos e intermináveis horas de aprendizado para poder trazer o que há de melhor para Campo Grande. 

Seu profundo conhecimento em implantes de reposição hormonal e terapias com injetáveis torna a dra. Mariana uma referência em emagrecimento saudável em Campo Grande. 

Sua abordagem é pautada na ciência, na ética e no acolhimento personalizado de cada paciente, entendendo que cada jornada é única. Agenda agora mesmo uma consulta pelo Instagram @acasacg.

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B+: Especialista explica o que é o red pill, que ganhou repercussão após caso de Thiago Schutz

"Não é influência positiva, é propaganda de misoginia". Especialista em relacionamentos, a Dra. em psicologia Vanessa Abdo explica como a ideologia do movimento afeta nos direitos das mulheres e contribui para o incentivo à violência

13/12/2025 17h00

B+: Especialista explica o que é o red pill, que ganhou repercussão após caso de Thiago Schutz

B+: Especialista explica o que é o red pill, que ganhou repercussão após caso de Thiago Schutz Foto: Divulgação

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O termo “red pill” tem gerado em muitos debates nas redes sociais devido à denúncia de agressão e tentativa de estupro de Thiago Schutz, conhecido como “Calvo do Campari”. O coach foi detido em Salto (SP) no último dia 29 de novembro, após ser denunciado para a Polícia Civil pela namorada. Thiago Schutz é considerado influenciador do movimento “red pill”, por produzir conteúdos e ser autor de livro que aborda o tema.

Mas afinal, você sabe o que significa o movimento “red pill” e por que ele afeta violentamente as mulheres? Para responder a essa pergunta e esclarecer outras dúvidas sobre o tema, conversamos com a doutora em Psicologia Vanessa Abdo.

Sobre o termo

O nome “red pill” (pílula vermelha, em português) vem de um conceito fictício do filme “Matrix” (1999), em que a pílula vermelha seria a escolha para "despertar" e ganhar "consciência" da realidade do mundo.

Com essa narrativa, o movimento red pill passou a criar teorias da conspiração que incentivassem os homens a “acordem para a realidade” e não serem “dominados” pelas mulheres.

“O red pill se apresenta como uma ‘verdade sobre as relações’, mas na prática é um conjunto de ideias que reduz mulheres a objetos, corpos, funções ou serviços e coloca os homens como dominantes e superiores. É uma ideologia que traveste controle e desprezo como se fossem ‘ciência comportamental’. Quando os nossos corpos são objetificados, não tem graça. Isso não é sobre relacionamento, é sobre poder”, afirma a psicóloga Dra. Vanessa Abdo.

Qual a relação do red pill com a misoginia?

“A base do red pill é a crença de que as mulheres valem menos, sentem menos, pensam menos ou merecem menos. Isso é misoginia. O movimento estimula o desprezo pelas mulheres, especialmente as fortes e independentes, justamente porque homens que aderem a esse discurso precisam de parceiras vulneráveis para manter no seu controle. A misoginia não é efeito colateral do red pill, é sua espinha dorsal.”

Por que o red pill é tão perigoso para toda a sociedade, principalmente para as mulheres?

“Porque ele normaliza a violência. Quando você cria uma cultura em que mulheres são tratadas como objetos descartáveis, a linha entre opinião e agressão se dissolve. Esse tipo de discurso incentiva violências físicas, psicológicas, sexuais e digitais, que são camufladas como humor ou “liberdade de expressão”. Uma sociedade que naturaliza o desprezo por mulheres adoece, retrocede e coloca todas em risco.” 

Nas redes sociais, muitos homens fazem uso de um discurso de ódio às mulheres disfarçado de humor. Qual a diferença da piada para a incitação à violência?

“A piada provoca riso, não medo. A piada não tira a humanidade do outro. Quando o ‘humor’ reforça estereótipos, desumaniza mulheres e legitima agressões, ele deixa de ser brincadeira e se torna uma arma. A diferença está na intenção e no efeito. Se incentiva o desrespeito, a dominância ou a violência, não é humor, é incitação.

É importante reforçar que combater a misoginia não é sobre guerra dos sexos, é defesa da vida. Toda vez que normalizamos piadas que objetificam mulheres, abrimos espaço para violências maiores. Precisamos ensinar homens, especialmente jovens, a construir relações baseadas em respeito, não em dominação. E precisamos dizer claramente que humor não pode ser usado como máscara para ódio.”

Na internet, muitas pessoas consideram quem prolifera o movimento red pill como “influenciadores digitais”. Qual a sua opinião sobre isso?

“Influenciadores pressupõem responsabilidade social. Quem difunde ódio e objetificação influencia, sim, mas influencia para o pior. Não podemos romantizar a figura de alguém que lucra reforçando violência simbólica e emocional contra mulheres. É preciso nomear corretamente: isso não é influência positiva, é propaganda de misoginia.”

Sobre o caso de Thiago Schutz, surgiram muitos julgamentos sobre as mulheres que tiveram um relacionamento com ele mesmo cientes do posicionamento que ele adota nas redes sociais. Como você avalia isso?

“Culpar mulheres é repetir a lógica da violência. O discurso misógino desses movimentos é sedutor exatamente porque se disfarça de humor, lógica ou ‘verdade inconveniente’. Relacionamentos abusivos não começam abusivos, eles começam carismáticos. Além disso, mesmo quando uma mulher percebe sinais de risco, ela pode estar emocionalmente envolvida, vulnerável ou acreditar que será diferente com ela. O foco não deve ser questionar as mulheres, mas responsabilizar quem propaga discursos que desumanizam e ferem.”

Como uma mulher pode identificar um homem misógino?

“Existem sinais claros:

* Desprezo por mulheres fortes ou independentes.

* Humor que sempre diminui o feminino.

* A crença de que mulheres devem ser controladas ou colocadas ‘no seu lugar’.

* Incômodo com a autonomia da parceira.

* Falas generalizantes, como ‘mulher é assim’ ou ‘toda mulher quer…’.

Desconfie de homens que desprezam mulheres, especialmente as fortes. Eles precisam que a mulher seja vulnerável para se sentir poderosos.”

Como uma mulher pode identificar que está dentro de um relacionamento abusivo?

“O abuso aparece em forma de controle, medo e diminuição. Se a mulher começa a mudar sua vida, roupas, amizades ou rotina para evitar conflitos, se se sente culpada o tempo inteiro; se vive pisando em ovos, se sua autoestima está sendo corroída, se há chantagem, humilhação, manipulação ou isolamento, isso é abuso. Não precisa haver agressão física para ser violência.”

Como podemos ajudar uma mulher que é vítima de um relacionamento abusivo?

“O principal é acolher, não julgar e não pressionar. Ela já vive em um ambiente de medo e culpa. Oferecer apoio prático, ouvir, ajudar a montar uma rede de proteção, encaminhar para serviços especializados e incentivar ajuda profissional é mais efetivo do que dizer: ‘saia desse relacionamento’. O rompimento precisa ser planejado. Segurança vem antes de tudo.”

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Pet B+: Pets enjoam da ração? Entenda os motivos do seu animal perder o interesse pelo alimento

Médica-veterinária explica que cães e gatos não têm o mesmo comportamento alimentar dos humanos e aponta possíveis razões para recusarem a ração

13/12/2025 15h30

Pet B+: Pets enjoam da ração? Entenda os motivos do seu animal perder o interesse pelo alimento

Pet B+: Pets enjoam da ração? Entenda os motivos do seu animal perder o interesse pelo alimento Foto: Divulgação

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Não é raro os responsáveis por pets observarem que seu animalzinho perdeu o interesse pelo alimento oferecido, e a primeira coisa a se pensar é que ele enjoou da ração. Afinal, a ideia de comer a mesma coisa todos os dias, em todas as refeições, não parece muito atrativa para nós, seres humanos. E como os pets, de modo geral, costumam ter uma única fonte de alimento, o desinteresse seria um sinal de que está na hora de trocá-lo.

Para quem se pergunta se o animal de companhia “enjoa” da ração, a resposta, do ponto de vista biológico, é que cães e gatos não precisam de trocas frequentes de alimentos apenas por variedade de sabor. Estudos mostram que os cães têm menos botões gustativos do que os humanos e são muito mais influenciados pelo olfato, pela textura e pela forma como o alimento é apresentado do que pela “novidade” do sabor em si.

Já os gatos são reconhecidamente mais seletivos, especialmente em relação ao aroma, à textura, à crocância e ao formato do alimento, o que ajuda a explicar por que podem recusar determinadas rações com mais facilidade.

“Enquanto os cães têm o olfato e a audição muito apurados em comparação aos seres humanos, o paladar é menos desenvolvido, de modo que eles tendem a aceitar bem uma dieta constante, sem necessidade de trocas frequentes apenas para evitar um suposto “enjoo”. Já os gatos, por serem mais exigentes quanto ao aroma e à textura, podem recusar o alimento quando há mudanças na formulação, no formato ou na crocância”, explica a médica-veterinária Amanda Arsoli.

Outro ponto importante é que os alimentos de qualidade são formulados para oferecer alta palatabilidade, uma combinação de fatores que envolve o aroma, a textura, o sabor e até a forma como é processado e apresentado. Esse conjunto de características estimula o consumo e garante que cães e gatos se alimentem de forma adequada, mantendo sua saúde e vitalidade.

Mas se os pets não costumam enjoar do alimento, por que então podem passar a recusá-lo? Amanda Arsoli explica que a falta de apetite é um sinal de alerta. “A redução ou até a recusa da alimentação pode estar ligada a fatores como estresse, alguma doença, mudanças no ambiente ou na rotina, chegada de outro animal ao convívio ou ainda alterações na formulação do alimento.

Diante de uma recusa persistente, é importante consultar o médico-veterinário de confiança, para que avalie o histórico do animal, realize os exames físicos e laboratoriais necessários e oriente, de forma adequada, sobre a necessidade – ou não – de mudança do alimento”.

Para complementar, Amanda Arsoli lista algumas razões que podem fazer com que o pet passe a recusar o alimento oferecido:

- Armazenamento incorreto, o que pode fazer com que o alimento perca aroma e outras características importantes. O ideal é que a ração seja mantida na embalagem original, pois ela foi desenvolvida para preservar as propriedades do produto. Além disso, a embalagem deve estar bem fechada e em local fresco e arejado, longe da luz, umidade e de produtos químicos;

- O comedouro estar em local inadequado, como ambientes muito quentes ou próximo de onde o animal faz suas necessidades;

- O alimento ficar muito tempo exposto no comedouro, perdendo suas características e atraindo pragas que possam contaminá-lo;

- Em dias muito quentes, o animal pode não ter vontade de comer nos horários de costume. O ideal é oferecer o alimento pela manhã e final do dia, por serem horários mais frescos;

- Oferecer petiscos em excesso, o que pode prejudicar o apetite e fazer com que o pet rejeite a ração.

 

Entender o comportamento alimentar dos pets, ficar atento ao quanto o animal está ingerindo diariamente e manter consultas periódicas ao médico-veterinário são atitudes essenciais para preservar a saúde e o bem-estar de cães e gatos ao longo de toda a vida.

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