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Talento

Mulheres apostam na cerâmica para criar peças exclusivas que vão do rústico ao delicado

Nova geração aposta em trabalhos delicados, contemporâneos e inspirados no Pantanal

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Coloridas, rústicas, inspiradas no Pantanal ou com ilustrações delicadas. A produção de cerâmica em Campo Grande tem ganhado novos contornos pelas mãos dedicadas de uma geração de mulheres.  

A campo-grandense Suzy Lie Kanezaky, 28 anos, aprendeu noções de cerâmica durante o Ensino Superior, quando cursou a faculdade de Artes Visuais na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, em 2014. “Lá eu tive uma base, mas na época eu não sabia que eu poderia mexer com isso”, confessa.

A grande oportunidade surgiu em 2017, quando ela soube de uma bolsa de estudos no Japão, justamente sobre cerâmica. Com descendência japonesa, Suzy decidiu arriscar para viver a experiência. “Durou 7 meses. Quando voltei, achei que seria um desperdício eu não continuar”, afirma.

Faz dois anos que ela apostou na cerâmica como renda principal e isso tem dado certo. “Gosto de fazer utilitários. Não tenho uma especialidade, apenas vou fazendo. Em relação ao estilo, ainda está bem mixado, tem a versão fofinha, mais rústica, mais séria, são várias linhas”, pontua.

Todo o trabalho é manual. “Faço tudo do zero e no torno, que eu gosto de usar porque é mais rápido. Mas algumas técnicas eu faço à mão mesmo. Os desenhos são todos feitos à mão”, frisa.  

 

Estudo

A campo-grandense e ilustradora Marina Torrecilha, 31 anos, também aprendeu um pouco das técnicas de cerâmica na faculdade de Artes Visuais. Mas foi apenas durante a pandemia da Covid-19 que ela decidiu se dedicar ao barro. “Toda essa melancolia que a pandemia foi trazendo, a gente tendo que se readaptar e ressignificar a vida, acabou influenciando nos meus trabalhos de ilustração digital”, explica.  

No início, o trabalho se tornou uma distração do momento. “Os trabalhos de ilustração são muito focados no computador. Tem que ficar sentado no monitor e eu não estava conseguindo ter essa rotina, então eu comecei a mexer com argila como brincadeira mesmo, como forma de me trazer alegria e satisfação. Nunca tinha mexido com isso profissionalmente, então eu estava realmente só fazendo para brincar com a terra e a água e isso trouxe uma conexão muito grande do meu eu com o barro”, pontua.

Da experiência surgiu a Copa de Barro e até uma campanha em prol do Pantanal sul-mato-grossense. Como a principal inspiração de Marina é a natureza, ela decidiu reverter parte do lucro das canecas para a Organização não-governamental Comitiva Esperança, que atua no Pantanal. “Esse foi o período de transição, quando eu comecei a apresentar as cerâmicas profissionalmente”, frisa.  

 

 

Delicadeza  

Jornalista, Amanda Amaral, 27 anos,  sempre teve uma relação estreita com a arte. “Desde sempre me interesso em desenhar, pintar, já tive algumas experiências profissionais com essas áreas”, conta.

A cerâmica surgiu apenas em 2018, durante um curso voltado para a área. “Comecei a produzir em 2018, depois de aprender com aulas on-line e presenciais em um ateliê de Campo Grande. Antes só treinava e dava tudo de presente para a família e amigos, e só mesmo no segundo semestre de 2020 decidi mostrar pra todo mundo o que eu fazia, criando a Ami e postando no Instagram”, diz.

Com traços mais finos e divertidos e cores alegres, as cerâmicas de Amanda seguem um estilo mais delicado.  

“Gosto muito de design e coisas com cores e formas que descansam o olhar, sabe? Nunca parei pra definir um jeito exato de fazer as peças, gosto que elas pareçam artesanais e gosto quando consigo aplicar alguma ilustração nelas, que é como eu pretendo começar a fazer mais daqui pra frente”, frisa.

Com apenas algumas peças em estoque, ela pretende aumentar a produção neste ano. “Agora que consegui ter um estoque de muitas cores e tenho melhorado a técnica com a prática, estou bem empolgada”, ri.

 

Serviço – Para conhecer o trabalho de Suzy, acesse o perfil @suzylie.ceramica. O de Marina pode ser conferido no @copadebarro, enquanto o de Amanda é no perfil @ami.etc. 

Carretas da magia

Caravana de Natal da Coca-Cola passa por Dourados e Itaporã nesta quarta; veja o trajeto

Caminhões estarão enfeitados com luzes natalinas, sistema de bolhas d'água, decoração interativa, painéis LED, cenografia natalina, cenários montados e Casa móvel do Papai/Mamãe Noel

17/12/2025 10h15

Carretas natalinas da Coca Cola

Carretas natalinas da Coca Cola DIVULGAÇÃO/Coca Cola

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Falta uma semana para o Natal e a tradição de sair às ruas para acompanhar a passagem das carretas natalinas da Coca-Cola está de volta.

Caravana Iluminada percorre ruas e avenidas de Dourados e Itaporã nesta quarta-feira (17). 

Os caminhões estarão enfeitados com luzes natalinas, sistema de bolhas d’água, decoração interativa, painéis LED, cenografia natalina, cenários montados e Casa móvel do Papai/Mamãe Noel.

É possível acompanhar ao vivo o lugar que a carreta está neste site.

Confira os trajetos e horários:

DOURADOS - 17 DE DEZEMBRO - 20H30MIN

  • INÍCIO - 20h30min - rua Sete de Setembro
  • Avenida Marcelino Pires
  • Rua Delfino Garrido
  • Avenida Weimar Gonçalves Torres
  • Rua Paissandú
  • Rua Monte Alegre
  • Rua Rangel Torres
  • Rua Mato Grosso
  • Rua Itamarati
  • Rua Hayel Bon Faker
  • Rua Mozart Calheiros
  • Rua Raul Frost
  • Rua Docelina Mattos Freitas
  • Rua Seiti Fukui
  • Rua Josué Garcia Pires
  • Rua Hayel Bon Faker
  • Rua Manoel Rasselem
  • Rua Projetada Onze
  • Rua General Osório
  • Avenida Marcelino Pires
  • Rua Mato Grosso
  • Rua Olinda Pires de Almeida
  • Rua João Cândido da Câmara
  • FIM - Rua Manoel Santiago

Carretas natalinas da Coca Cola

 ITAPORà- 17 DE DEZEMBRO - 17H30MIN

  • INÍCIO - Rotatória de entrada/saída da cidade
  • Avenida José Chaves da Silva
  • Avenida Estefano Gonella
  • Rua José Edson Bezerra
  • Rua Aral Moreira
  • Rua Duque de Caxias
  • FIM - Rotatória de entrada/saída da cidade

Carretas natalinas da Coca Cola

ARTES VISUAIS

Floripa de novo!

Após temporada de sucesso, Lúcia Martins Coelho Barbosa inaugura mais uma exposição em Florianópolis:"Do Pantanal para a Ilha 2" permanece em cartaz até 3 de janeiro e apresenta 20 telas, 6 delas inéditas, com elementos da fauna e flora sul-mato-grossense

17/12/2025 10h00

A artista com suas obras durante inauguração da mostra no dia 3 deste mês

A artista com suas obras durante inauguração da mostra no dia 3 deste mês Divulgação

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A artista plástica sul-mato-grossense Lúcia Martins Coelho Barbosa apresenta em Florianópolis uma seleção de obras que celebram a potência estética e simbólica do Pantanal.

Reconhecida internacionalmente, especialmente pelas pinturas de onças-pintadas, sua marca registrada, Lúcia construiu uma trajetória sólida ao longo de mais de quatro décadas nas artes visuais, marcada por pesquisa, identidade regional e profunda relação com a fauna brasileira.

Após uma temporada de sucesso em agosto, “Do Pantanal para a Ilha” retorna a Florianópolis, agora em novo local, na Sala Open Cultura, em exposição até o dia 3 de janeiro.

A mostra é composta por 20 telas, seis delas inéditas e outras peças de sucesso do acervo de Lúcia, que já expôs em sete países e quatro estados brasileiros.

“O nome ‘Do Pantanal para a Ilha’ veio da ideia de apresentar o Pantanal para um novo público que está conhecendo meu trabalho, e para isso coloquei nas telas elementos como as flores de aguapé, as árvores do Cerrado e as onças, que são meu carro-chefe”, apresenta Lúcia.

A artista com suas obras durante inauguração da mostra no dia 3 deste mêsReprodução obra "A procura da caça", de Lúcia Martins

LEGADO DE MS

Outro elemento regional incorporado nos quadros é a renda nhanduti, um bordado artesanal tradicional do Paraguai cujo nome significa “teia de aranha” em guarani, uma referência à sua aparência delicada e intrincada, utilizada normalmente em peças decorativas e roupas.

Ao todo, foram vários meses de preparação para a exposição, em um longo processo de produção e ressignificação de obras, utilizando as técnicas pastel sobre papel e acrílico sobre tela.

As obras que compõem essa exposição vão refletindo lugares, flores e animais, que talvez não despertem a atenção das pessoas no dia a dia, mas que, de algum modo, acabam fugindo do lugar comum.

Elas são um resumo do que Lúcia vê, vivencia e considera como mais “importante” enquanto legado da natureza de Mato Grosso do Sul para o Brasil e para o mundo.

A artista com suas obras durante inauguração da mostra no dia 3 deste mês“Onça que Chora”, um dos trabalhos inéditos da nova exposição

ESPANTO

A mostra reúne, assim, trabalhos figurativos que retratam, por exemplo, a onça-pintada como símbolo de força, ancestralidade e preservação, convidando o visitante a mergulhar no imaginário pantaneiro e, ao mesmo tempo, nas camadas poéticas que permeiam a trajetória da artista.

Para Lúcia, a arte é como um portão de entrada para um novo mundo, nesse caso o Pantanal sul-mato-grossense.

“O Pantanal não é margem. É centro de novas narrativas. É daqui que falamos ao mundo. O que eu gostaria que essa minha exposição causasse é até um certo espanto ao se ver que aqui também tem gente que faz arte. E nada melhor do que se apresentar quando alguém já tem curiosidade de lhe conhecer”, afirma a mestra das cores e texturas.

“Eu vivo para a arte, se eu não tivesse essa profissão, esse dom de colocar nas telas minhas emoções, meus sentimentos, talvez eu não tivesse nenhuma utilidade para a sociedade. A arte é, acima de tudo, questionadora. O que eu sinto como artista plástica há mais de 45 anos é que estamos ainda abrindo caminho para os artistas que virão. Gostaria muito que o artista fosse respeitado, fosse aceito, fosse útil, pois a arte alimenta a alma”, diz a artista.

PERFIL

Lúcia Martins Coelho Barbosa vive e trabalha em Campo Grande. Formou-se em história pelas Faculdades Unidas Católicas de Mato Grosso (FUCMAT). Fez pós-graduação em Comunicação, na área de imagem e som pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).

Atua na área de artes plásticas, em Campo Grande, há mais de 40 anos e já mostrou suas obras em Portugal, Itália, França, EUA, Japão e Paraguai.

A artista com suas obras durante inauguração da mostra no dia 3 deste mêsReprodução obra Florescer no Pântano, de Lúcia Martins

Com o projeto Peretá – “Caminho” na língua tupi-guarani – , a artista exibiu o grafismo indígena e instalações em quatro capitais brasileiras – Brasília, Goiânia, São Paulo e Campo Grande.

Reconhecida por diversas premiações e homenagens, a artista segue expondo seu trabalho em coletivas e individuais. 

Em 2016, Lúcia criou o Múltiplo Ateliê, onde desenvolve trabalhos com artistas e pesquisadores, incluindo gastronomia, educação somática, dança contemporânea, yoga e audiovisual. Como afirma, é “fiel à sua missão de operária da arte”.

>> Serviço

A exposição “Do Pantanal para a Ilha 2”, da artista plástica sul-mato-grossense Lúcia Martins Coelho Barbosa, foi inaugurada em 03 de dezembro e está aberta para visitação até 03 de janeiro de 2026, na Sala Open Cultura, do open mall (shopping aberto) Jurerê Open. Av. Búzios, 1.800), Florianópolis (SC). Das 10h às 22h.

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