Correio B

SAÚDE

Professor comenta a importância da idade feminina no planejamento reprodutivo

Professor de Medicina comenta a importância da idade feminina no planejamento reprodutivo e alerta para o estoque ovariano das mulheres que pretendem adiar o sonho de serem mães

Continue lendo...

Cada vez mais focadas em investir em outras áreas da vida, as mulheres podem não notar o poder implacável do tempo quando o assunto é seus óvulos.

Bruno Ramalho, especialista em reprodução humana assistida e professor de Medicina, comenta o outro lado do planejamento familiar – ou planejamento reprodutivo –, incluindo a fertilidade feminina, o comportamento da mulher moderna, o congelamento de óvulos e a realização de sonhos.

Segundo Ramalho, o conceito de planejamento familiar parece óbvio para muitos, mas não se deve traduzi-lo ao pé da letra. O especialista detalha que é comum associar o conceito a métodos anticoncepcionais, mas essa é apenas uma parte do planejamento reprodutivo.

“A outra parte é a capacidade de planejar, dentro das próprias limitações. Isso inclui definir o momento mais adequado para engravidar, considerando diversos fatores”, diz o médico.

Diferentemente das gerações passadas, para as mulheres da atualidade, é muito importante estarem inseridas no mercado de trabalho, traçando objetivos e executando seus planos, reflete o professor:

“Quem é essa mulher moderna? É aquela que adia o momento de engravidar”, afirma.

O especialista explica, porém, que, quando se trata de fertilidade feminina, o tempo é uma moeda preciosa e não aceita troca.

“Adiar a maternidade, olhando apenas para o aspecto natural do corpo e da fisiologia, pode significar reduzir as chances de engravidar”, pondera Ramalho.

ÓVULOS LIMITADOS

“Aproximadamente na metade da sua vida intrauterina, a futura menina atinge o pico de seu estoque de óvulos. A partir de então, ela é capaz invariavelmente de ter esse estoque reduzido ao longo da gravidez e depois do nascimento,” detalha.

Assim, quando a bebê nasce, já perdeu uma boa parte desse patrimônio e tem cerca de dois milhões de óvulos. Segundo o professor, até chegar à puberdade, esse número diminui drasticamente para aproximadamente 400 mil óvulos, ou seja, ela perde três quartos do estoque antes mesmo de iniciar seu ciclo reprodutivo.

“Ainda, uma mulher de 35 anos, por exemplo, tem óvulos com a mesma idade que ela, enquanto os espermatozoides de um homem são renovados constantemente, com um ciclo de dois meses e meio”, prossegue o especialista, estabelecendo uma comparação.

Segundo ele, congelar óvulos aos 34 anos oferece melhores perspectivas do que aos 40: “Em linhas gerais, mulheres que congelam 20 óvulos antes dos 35 anos têm 70% de chance de ter, pelo menos, um filho a partir dos mesmos, enquanto essa taxa cai para cerca de 45% entre 35 e 39 anos.

Para ter 70% de chance de gravidez com óvulos congelados a partir dos 40 anos, estima-se serem necessários mais de 30 óvulos”.

AUTONOMIA OU PRESSÃO

“Os óvulos não são sonhos congelados, são ferramentas que podem ajudar na realização de um sonho”, diz Ramalho. O professor, que atua no Centro Universitário de Brasília (Ceub), destaca a necessidade de aprofundar o debate sobre o poder de escolha de cada mulher, independentemente dos moldes sociais. Ele considera o congelamento de óvulos uma forma de planejar e adiar a maternidade.

Além disso, frisa que algumas pessoas demandam o congelamento por motivos médicos ou de saúde, sem querer necessariamente adiar seus planos.

Ramalho reforça ainda que compreender esse viés do planejamento reprodutivo ajuda as mulheres a se organizarem para congelar óvulos e a se prepararem para mais de um ciclo de tentativa, se necessário.

Ele lembra que, historicamente, muitas mulheres tinham filhos aos 24 ou 25 anos, planejando ter três ou quatro. “Hoje, muitas optam por ter um ou dois filhos aos 38 ou 39 anos. Por isso, é essencial buscar alternativas para programar a vida de acordo com as próprias necessidades”, defende o médico.

Assine o Correio do Estado

Diálogo

Senadora Tereza Cristina saiu ainda mais forte desta eleição na Capital

Por Ester Figueiredo ([email protected])

08/10/2024 00h01

Diálogo

Diálogo Foto: Arquivo / Correio do Estado

Continue Lendo...

ROBERTO CAMPOS - ECONOMISTA BRASILEIRO

No Brasil, empresa privada é aquela 
que é controlada pelo governo e empresa 
pública é aquela que ninguém controla”.

FELPUDA

Disposto a deixar, digamos, sua marca para a posteridade, figurinha ajeita aqui, remenda lá, enfeita o pavão, joga para a plateia, enfim, faz e acontece. Entretanto, o seu maior sonho está cada vez mais difícil de se concretizar, pois os próprios colegas estão barrando. A continuar assim, quando for entregar o bastão do seu comando, vai apenas ouvir os pássaros cantando de felicidade, enquanto as águas dos córregos continuarão cristalinas. É cada uma!

Sem risco

Depois da polêmica que o impediu de assumir a cadeira de vereador por ter trocado o PSDB pelo União Brasil, o ex-vereador Dr. Lívio conquistou a titularidade de uma vaga na Câmara Municipal de Campo Grande.

Mais

Dr. Lívio foi o 26º mais votado dos 29 vereadores que foram eleitos. O tucano Gian Sandim, que era o quarto suplente, reivindicou judicialmente a vaga e assumiu a cadeira, mas ele não foi reeleito como vereador da Capital.

Diálogo

A professora doutora Letícia Couto Garcia, do Instituto de Biociências (Inbio) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), foi condecorada com a medalha Paulo Nogueira Neto, pelo Conselho Regional de Biologia da 1ª Região (CRBio-1), em reconhecimento ao trabalho desenvolvido em prol da biologia como profissão. A homenagem ocorreu durante a cerimônia comemorativa dos 45 anos de regulamentação da carreira, realizada no Bioparque Pantanal, em Campo Grande.

DiálogoJacqueline Diniz

 

DiálogoCristiane Irene e Camila Avesani

Sandálias

O resultado nas urnas mostrou que tem tchurminha precisando calçar sandálias da humildade 
e entender que as eleições são diferentes. Nem sempre o chapéu que deu sombra e água fresca para uma candidatura em eleição passada servirá para se repetir 
a dose em nova disputa.

Dinda

Quem saiu fortalecida politicamente desse embate no primeiro turno, na Capital, foi a senadora Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias (PP). Ela enfrentou adversidades, inclusive o recuo do ex-presidente da República Jair Bolsonaro, que preferiu se aliar aos tucanos, mas conseguiu levar a sua pupila Adriane Lopes a ser a mais votada para o segundo turno. Aliás, ela já está pronta para o embate nesta segunda fase das eleições municipais.

Para casa

Dos 29 atuais vereadores de Campo Grande, foram reeleitos apenas 14, pois os demais foram mandados para casa pelo distinto eleitorado. Nomes considerados como certos à reeleição não tiveram o desempenho esperado.

Eleita

Quem conquistou uma cadeira na Câmara Municipal de Campo Grande foi Ana Portela. Ela é filha de Tenente Portela, primeiro suplente da senadora Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias e “amigo do peito” do ex-presidente Bolsonaro.

ANIVERSARIANTES

Nailor Vargas Marcondes de Souza,
Maria José Xavier,
Paulo César Katayama,
Hudson Nunes Medeiros,
Eva Maria Katayama Negrisolli,
Jonas Chaves Junior,
Solange Mitsuko Yamamoto,
Eloá Subtil Padial,
Dario Pegoraro,
Jorge Yoshimitsu Kurauchi,
Rodrigo Soares de Freitas,
Alexandre Maluf Victório,
Ilma de Maria de Lima e Silva,
Mitsuru Kurauchi,
Walsao Maciel de Oliveira,
Dr. Antônio Carlos Vasques,
Dr. César Aníbal Aguiar Benavides,
Munira Ferzeli Neta,
Jair Perin,
Sadi Bertin,
Samuel Ferreira Sampaio,
Erliete Palhano Canavarros,
Vanderlei Amado,
Dr. Izaias Pereira da Costa,
Ises Ferreira Nasser,
Renata Kamiya Abdala,
Dra. Áisa Haidar Lani,
Raquel Silva Fernandes,
Aurenice Rodrigues Pinheiro Pilatti,
Adriano Magno de Oliveira,
Cláudia Helena Bitencourt,
Nelson Inácio Moreno,
Francisco Alves de Araújo,
Aparecido Ney Rodrigues,
Idalino Alves da Silva,
Heloisa Helena Mota Peres,
Elisangela da Silva,
Marcos Antonio Nery da Silva,
Jomil Vinicius de Albuquerque,
Laura Achucarro,
Simar Dias de Lessonier,
Terezinha Aparecida de Freitas,
José Claudio Fabris,
Aldo de Oliveira,
Laerte Garcia Ferreira,
Emílio Arruda Filho,
Dr. Aluízio Pessoa Frazão,
Luiz Souza Meira,
Eneide Gomes do Nascimento,
Jonas de Paula Diniz,
Haydeé Inácio Ribeiro,
Jayme de Andrade Júnior,
Marco Aurélio Vilanova,
João Batista da Costa Vieira,
Luiz Carlos Mello Castanheira,
Marcolino Rodrigues,
Pedro Nei Pereira da Costa,
João Martins,
Antonio Oshiro,
Joaquim Pereira Alves Junior,
Arnaldo Bastos da Silva,
Nori Mateus Vieira,
Anizio de Almeida Borges,
Dr. Evódio Teodoro da Silva,
Milton Mambelli,
César Braga Maidana,
Luiz Alberto de Souza,
Wagner Lima,
Moisés Teodoro Erbano,
Dra. Manuela Janini Gonçalves,
Maria Aparecida Mendes,
Paulo Henrique Souto,
Maria Eunice Gomes,
Cristina Ferreira,
Renato Vilhena Silva,
Samira Lopes,
José Luiz da Silva Neto,
Nelson Vieira de Souza,
João Irinei Guimarães de Souza,
Aparício Lopes Filho,
João Marcelo Lima,
Izabel Gomes da Silva,
Mercedes Rodrigues de Brito,
Brigida Brites Marques,
Adauto Ribeiro de Souza,
Isabel Cristina Rodrigues,
Aparecida Quicue Koyanagui Inoue,
Sônia Cristina Valtuille França Saigali,
Leandro Martins de Almeida,
Maxmiliano Alves Barbosa,
Claudete Elias da Silva,
Gustavo Silva Pelissaro,
Dr. Alberto de Oliveira Rosa Pires,
Paola Azambuja Marcondes,
Jânio Ribeiro Souto,
Ana Cláudia Araújo Santos,
Thaissa de Sena Moraes,
Leonardo Nicaretta,
Diva Maria Valente Soares,
Alcides Rodrigues Filho,
Vivian de Josilco Olegário,
Euclides Nunes Junior,
Sidnei Camargo do Nascimento,
Ademar Amâncio Pereira Machado,
Daniel Cavalcanti Hayashi,
Thays da Silva Rosa Schwanz,
Jocelyn Salomão,
Lidiane de Ávila Carpejani,
Priscilla Anuda Quarti Vieira,
Adilson Stiguvitis Lima,
Raul Trucolo.

*Colaborou Tatyane Gameiro

Saúde

Consumo moderado de cafeína pode reduzir risco de diabetes e AVC

Na contramão de estudos antigos sobre a associação entre o consumo de café e doenças cardiometabólicas, nova pesquisa aponta que ingestão moderada diminui riscos

07/10/2024 17h00

Estudo aponta que consumo de café pode reduzir riscos na saúde

Estudo aponta que consumo de café pode reduzir riscos na saúde Arquivo

Continue Lendo...

Recentemente, a pesquisa Habitual Coffee, Tea, and Caffeine Consumption, Circulating Metabolites, and the Risk of Cardiometabolic Multimorbidity (Consumo Habitual de Café, Chá e Cafeína, Metabólitos Circulantes e o Risco de Multimorbidade Cardiometabólica) foi publicada na revista científica Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism (Jornal de Endocrinologia Clínica e Metabolismo), principal periódico revisado por pares do mundo para a disseminação de pesquisas originais relacionadas à prática clínica de endocrinologia, diabetes e metabolismo

O estudo, que contou com a participação de pesquisadores de diversos países ao redor do mundo, trata sobre a relação do consumo moderado de cafeína e a redução de riscos à saúde cardiometabólica.

A cardiometabólica multimorbidade (CM) é uma preocupação crescente em saúde pública globalmente. A CM envolve a coexistência de múltiplas doenças, como diabetes tipo 2, doença coronariana e AVC (Acidente Vascular Cerebral), afetando milhões de pessoas no mundo.

Ao longo da pesquisa, que buscava relacionar o consumo de café, chá e cafeína ao desenvolvimento de doenças cardiometabólicas e a metabólitos circulantes (compostos orgânicos utilizados ou gerados no processo metabólico), foram observadas associações inversas não lineares entre o consumo de café, chá e cafeína e o risco de CM. Ou seja, o consumo dessas substâncias possui potencial de redução nos riscos.

Da amostragem de 172.315 participantes para análise da cafeína isolada e 188.091 para análise de café e chá, os que obtiveram a menor probabilidade de desenvolver doenças cardiometabólicas foram os que consumiram de forma moderada, cerca de 3 xícaras de café ou entre 200 mg e 300 mg de cafeína por dia.

Metodologia

O consumo de café, chá e cafeína dos participantes foi medido por meio de um questionário alimentar, que incluiu um recall de 24 horas sobre a ingestão de bebidas. A quantidade diária de cafeína foi estimada com base nas doses consumidas, onde uma xícara de café regular era considerada equivalente a 75 mg de cafeína e uma xícara de chá a 40 mg.

O estudo utilizou modelos de estado múltiplo para avaliar as transições entre diferentes estados de saúde (de livre de doenças para uma doença cardiometabólica isolada, e depois para CM). Esse método revelou que o consumo moderado de café ou cafeína estava associado à redução do risco em quase todas as fases de progressão dessas doenças.

Assine o Correio do Estado

 

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).