
“Na música, [o cantor e pianista norte-americano] Nat King Cole [1919-1965], Milton Nascimento e Gilberto Gil. No futebol, Pelé”, afirma o cantor, compositor e violonista Simona (à esquerda), de 75 anos.
“Nat foi minha inspiração desde os 7 anos. E foi Milton e Gil que me levaram para um outro nível na música, fora o que eles representam para a nossa cultura negra. Tem o Luiz Melodia também”, crava o músico, que estreia amanhã no Teatro do Mundo o show “Primeira Noite dos Boleros”.
“No Brasil, é Gilberto Gil. Na música mundial, tem [o baterista de jazz norte-americano] Brian Blade, [o baixista de jazz dos Camarões] Richard Bona e [o cantor e maestro norte-americano] Bobby McFerrin. São os primeiros que me vêm à mente”, declara o baterista e produtor Adriel Santos (à direita), de 42 anos, que integra a banda El Trio e realizou, em 2024, o Campo Grande Jazz Festival.

Vencedor do Prêmio Nobel da Paz em 1993, o advogado Nelson Mandela (1918-2013) foi presidente de seu país, a África do Sul, de 1994 a 1999, após passar 27 anos na prisão por ter liderado a luta contra o regime do apartheid. Mandela é o nome escolhido pelo cineasta Ulísver Silva (à direita), de 42 anos, que lançou este ano “Enigmas no Rolê”, primeiro longa- metragem de MS dirigido por um negro.
O saxofonista Junior Matos, o Negroni, de 32 anos, também aponta Nelson Mandela, entre outras referências.
“[O ativista norte-americano] Martin Luther King [1929-1968], Gilberto Gil e Milton Nascimento”, acrescenta o músico, que se apresentou em Portugal, na Inglaterra, na França e na Suíça em outubro, após o lançamento do single “Fonte de Luz”.

Além de citar a escritora Maria Carolina e a atriz Thaís Umar, ambas de Campo Grande, a modelo e atriz Isabela Lopes (à esquerda), de 26 anos, menciona outros dois nomes das telas e das letras – Taís Araújo e Conceição Evaristo. Mas destaca a atriz californiana Zendaya como a sua número um do momento.

“A maior referência para mim aqui de arte e luta negra é a Romilda Pizani.
Artista, comunicadora, política, representante de maior qualidade do setor cultural”, diz o ator e jornalista Tero Queiroz, de 29 anos, premiado no Festival Curta Campo Grande 2025.

Protagonista do longa-metragem “Do Sul” (2025), o músico Jorge Aluvaiá, de 33 anos, considera o “mestre” Machado de Assis (1839-1908) e o “semideus” Milton Nascimento “duas mentes incríveis e versáteis em suas linguagens”.
À frente da banda O Capuz Negro, Aluvaiá lançou o single “Exu Maratona” há três semanas e faz a estreia da “Crônica sob o Céu Lilás – Ópera Espacial Afro-Brasileira”, no dia 13 de dezembro, no Teatral Grupo de Risco.

O ativista jamaicano Marcus Garvey (1887-1940), pioneiro na tematização da diáspora africana, é a referência destacada pelo dançarino Gustavo Jordão, de 27 anos, que integra o Rockers Sound System (RSS).
A próxima apresentação será neste sábado, no esquenta do Bloco Reggae (Elvira Rock Bar).

“Hoje, a artista negra que eu mais consumo e me identifico é Ajuliacosta”, revela a rapper SoulRá (à esquerda), de 30 anos, que nasceu em Dourados e circula entre MS e São Paulo.
Em junho, Ajuliacosta conquistou, nos EUA, o prêmio Best New International Act no Bet Awards, que celebra artistas afro-americanos.

“Nossa, que pergunta difícil. Quem Vem logo na minha cabeça é a [filósofa, escritora e militante paulista] Djamila Ribeiro, pela ação dela na luta antirracista”, diz o poeta Nycolas Verly, de 20 anos.
Seu primeiro livro, “Águas Turvas” (2022), foi traduzido para o espanhol e ganhou lançamento na Argentina. Nycolas segue em breve para Portugal, onde também lançará a obra.


