Filme sobre mafiosos da década de 1950 aproveita do estilo noir de cinema paracriar uma atmosfera investigativa
Apesar de ter anunciado, ainda em 2012, que tinha intenções de se aposentar, o cineasta americano Steven Andrew Soderbergh parece não ter encontrado a hora certa para isso ainda. Desde lá, o diretor de “Onze Homens e um Segredo” já se envolveu em mais de dez filmes, inclusive o original da HBO Max “Nem um Passo em Falso”, que foi lançado em junho de 2021 naquela plataforma de streaming. Revisando o gênero de investigação policial, no qual se encontram as melhores obras do cineasta, o longa tem como ambientação a cidade de Detroit (Michigan, Estados Unidos) no ano de 1954.
Nesse contexto, um grupo pequeno de membros de diferentes organizações criminosas – Curt Goynes(Don Cheadle), Ronald Russo (Benicio Del Toro) e Doug Jones (Brendan Fraser) – é contratado por uma pessoa anônima para roubar um documento sigiloso. Assim, enquanto um deles fica responsável por escoltar o funcionário Matt Wertz até o seu trabalho para que ele pegue o documento no cofre onde o seu chefe o esconde, o restante do grupo precisa fazer a família da vítima de refém até que a missão seja concluída. Em troca pelo serviço prestado, os três iriam receber um pagamento de 5 mil dólares.
Porém, como já era de se esperar em um filme da máfia, as coisas não irão sair como planejadas e os personagens viverão um verdadeiro caos. Percebendo a importância do documento que haviam roubado e a chance de ganhar mais dinheiro pelo serviço se falassem diretamente com o chefe da organização criminosa, Curt e Russo irão se juntar para tentar descobrir quem os contratou e, assim, chantageá-lo. Mas essa ganância logo irá se voltar contra os protagonistas, que terão que fugir da polícia e de outros grupos mafiosos, ao mesmo tempo em que tentam achar um jeito de embolsar o máximo de dinheiro possível.
Em mais um vilão da sua carreira, Chistoph Waltz interpreta um consultor que usa métodos não convencionais para melhorar os negócios de uma empresa de jogos
“O Consultor”, uma série original da Amazon Prime VideoAo longo dos seus quase 40 anos de carreira, o ator austríaco Christoph Waltz conquistou um lugar de destaque na indústria cinematográfica, tendo vencido diversos prêmios importantes, como o Oscar, o Globo de Ouro e o BAFTA. Apesar de ser um ator talentoso, é no papel de vilão – geralmente sem escrúpulo nenhum – que Waltz se destaca mais. Dentre os seus papéis mais icônicos, como o Coronel Hans Landa (“Bastardos Inglórios”, de 2009), o super vilão Blofeld (“007”, de 2015), e o Doutor King Schultz (“Django Livre”, de 2012), todos são os tipos de antagonistas mais canalhas que poderiam cruzar o caminho dos protagonistas.
Waltz parece ter se encontrado nesse tipo de personagem e, mais uma vez, essa é a sua função no filme “O Consultor”, uma série original da Amazon Prime Video que será disponibilizada, com exclusividade, para os seus assinantes no dia 24 de fevereiro. A produção, que é baseada no romance de mesmo nome do escritor americano Bentley Little, contará com oito episódios em sua primeira temporada. O ponto inicial da trama se dá na contratação de um novo consultor, chamado Regus Patoff (Waltz), para melhorar os negócios da CompWare, uma próspera empresa focada na produção de jogos de aplicativo.
Apesar da figura do consultor ser comum em negócios de todos os tipos, os métodos implicados por Patoff para atingir as suas metas de desempenho não são os mais convencionais – chegando a beirar a sociopatia. Nesse contexto, a série irá explorar a nova dinâmica que é estabelecida entre os funcionários da empresa – que desejam manter os seus empregos – e a sua nova liderança. Com isso, “O Consultor” busca produzir nos seus espectadores uma reflexão do quão longe as pessoas são capazes de ir para conseguirem sobreviver no ambiente de trabalho contemporâneo, que tem sido cada vez mais alvo da precarização e exploração.
Fantasma viraliza na internet em novo filme original da Netflix, com David Harbour no elenco
Novo filme original da Netflix “Fantasma e Cia”, estreia dia 24 de fevereiroUma das linhas narrativas mais clássicas de filmes de terror envolve a mudança de uma família – geralmente querendo recomeçar em uma cidade nova – para uma casa em que todos da vizinhança sabem que foi o cenário de algum crime horrível com os antigos moradores. Apesar de parecer o negócio dos sonhos, geralmente essa aquisição acaba mal para a família, que acaba se tornando a próxima vítima de uma tragédia, no mesmo local. Porém, no novo filme original da Netflix “Fantasma e Cia”, que estreia na plataforma de streaming no dia 24 de fevereiro, o enredo irá tomar um rumo completamente diferente.
Baseado no conto “Ernest” do escritor americano Geoff Manaugh, o filme tem como personagens centrais os membros da família de Kevin (Jahi Winston), que se mudam para a chamada “Casa da Morte”, como é conhecida pelos vizinhos, que tem a fama de ser mal-assombrada. Com essa questão na cabeça, o jovem protagonista irá começar a investigar a própria casa e, em uma dessas explorações, acaba encontrando – e gravando um vídeo no seu celular – o fantasma Ernest (David Harbour), que tenta assustá-lo, mas só consegue tirar algumas risadas do menino. Ao mostrar para sua família o vídeo, Kevin resolve publicá-lo também na internet.
As gravações de Ernest acabam viralizando rapidamente na internet, gerando até um retorno financeiro para a família. A atenção é tanta que pessoas de todos os cantos dos Estados Unidos vão se reunir na porta da casa de Kevin para tentar ver o fantasma, o que irá mexer com a rotina de toda a vizinhança. Ao mesmo tempo, o protagonista e uma colega de escola criam uma amizade com Ernest e decidem o ajudar a entender o por quê ele ainda está preso no plano terrestre. Porém, quando uma agência do governo norte-americano se envolve na história, as coisas se tornam muito mais difíceis do que todos podiam imaginar.



