Correio B

AGENDA CULTURAL

Teatro do Mundo, Praça Bolívia e shopping centers oferecem pacotão para o Dia das Crianças

Pontos da Capital trazem alegria para a gurizada neste fim de semana que, para jovens e adultos, chega com Jota Quest, Renata Sena e VozMecê

Continue lendo...

Era uma vez uma cor diferente, que não conseguia se integrar no arco-íris, nas bandeiras ou onde quer que fosse. Ninguém reconhecia o valor de Flicts (representada por um tom terroso de bege) e ela seguia se conformando que “não tinha a força do Vermelho, não tinha a imensidão do Amarelo, nem a paz que tem o Azul”.

Quando abandona “esse” mundo, Flicts nos mostra que “de perto, de pertinho, a Lua é flicts”.

Ziraldo (1932-2024), um dos mais importantes autores brasileiros de literatura infantil, teve apenas três dias para conceber “Flicts”, conforme a encomenda da Editora Expressão e Cultura.

Após o lançamento da primeira edição, em 1969, a obra foi se tornando o clássico que chega à atualidade, mais de cinco décadas depois, com diversas reedições em livro, gravações musicais (Sérgio Ricardo, Quarteto em Cy, MPB-4) ou adaptações para o teatro, algumas com trilha original, como as de Arthur de Faria e Leo Mendonza.

Agora é a vez da Turma do Bolonhesa contar a sua versão dessa história, que encanta seguidas gerações, lá mesmo, em sua sede, no Teatro do Mundo (Rua Barão de Melgaço, nº 177, Centro).

A estreia da adaptação de “Flicts”, primeiro livro de Ziraldo para crianças e 33ª montagem da trupe de Campo Grande em quase uma década de existência, será neste domingo, às 17h, com entrada franca, sob a direção de Fernando Lopes.

No elenco, além do encenador, que encarna o Bolonhesa em questão: Flávia Paniago, Helena Soares, Isaias Farias, Luciano Risalde, Nanda Brandão, Raphael Lanziani e Samuel Mello. O espetáculo conta com o apoio da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul.

“Sound das crianças"

E tem outras opções, além de teatro para a garotada celebrar o Dia das Crianças, seja amanhã ou no domingo.

Neste sábado, por exemplo, o Rockers Sound System e o Radiola Reggae MS reúnem seus equipamentos sonoros e seus DJs para realizar, gratuitamente, o “Sound das Crianças”, a partir das 10h, na Rua Willian Maksoud, nº 345, Jardim Itália.

O evento terá como convidado João Leão, com seus vocais e “toasts” (espécie de canto falado comum no reggae), e arrecadará brinquedos para doação.

Vozmecê

Na feirinha cultural Praça Bolívia, uma das atrações que embalam a programação, das 9h às 14h, é o duo VozMecê, que lançou recentemente o elogiado álbum “Tropicapolca”, cruzando a música de raiz sul-mato-grossense com outras tradições brasileiras.

Linha de Fuga, Cézinha, Zátula, Zé Lourenço, Rahyran e Natan Vareiro também vão se apresentar no evento, que vai contar com Serginho Ojeda (bateria) e Juliano Gordão (contrabaixo) no som de apoio e direção de palco de Lauro Ferrari.

Outras atividades previstas são o primeiro torneio misto infanto juvenil Xadrez na Árvore, para jovens de até 15 anos, a partir das 10h, o primeiro encontro dos Amigos das Ferrugens 67, uma exposição de carros antigos, e o Barbie Fashion – Alta-Costura para sua Barbie.

Na Vila Nova Ipanema, Bairro Santa Fé, entre as ruas das Garças, Barão da Torre, Aníbal de Mendonça e Dias Ferreira. Grátis.

Shopping centers

Hoje, no estacionamento do Shopping Campo Grande, o Quintal Sesc celebra seu aniversário com uma programação, a partir das 17h, que envolve foodtrucks, apresentação teatral do grupo New York Circus, às 18h30min, e o show “Psicodelia Brasileira”, com Sal dos Santos.

O espaço é pet friendly e a programação é sujeita a alteração, caso haja mudança climática, pois ocorre em espaço aberto. 

Neste sábado e domingo, o shopping celebra o Dia das Crianças com oficinas de máscaras e bonequinhos e pintura facial. Pedro Pudim, o simpático mascote da Criamigos, participa das brincadeiras, que são gratuitas e acontecem das 16h às 20h, na Praça de Eventos, no 2° piso.

Durante as oficinas e atividades, serão aceitas doações de brinquedos novos ou usados em bom estado de conservação, que serão doados posteriormente a entidades assistenciais. 

Tem também por lá o Gloob Space Jump, maior parque inflável da América Latina, com 3 mil metros quadrados.

Entre os brinquedos estão a Super Arena Astronauta, com obstáculos, paredes de escalada, tobogãs, circuito e pula-pula, o Tobogã Gigante e o Baby Space, com escorregador, nave espacial e miniescalada, em uma miniarena completa para saltos e diversão para os pequenos.

A partir de R$ 49,90. E ainda o espaço Brincadeiras na Floresta, para jovens com até 13 anos, a partir de R$ 35.

Já no Norte Sul Plaza, de hoje a domingo, a garotada será recebida com distribuição de pipoca, além de brindes em várias lojas.

Com ingresso pago, o espaço Coisa de Criança (camarim, cozinha, sala de aula e tobogãs com piscina de bolinha), o Parque Casa na Árvore, Rillix Coaster (simulador de montanha-russa), Mini Cars For Rent, Magic Games e a Slimeria

Música

Origens

Com direção musical de Ton Alves, a cantora portuguesa radicada em Campo Grande Renata Sena apresenta seu novo show hoje, no Teatro do Mundo, às 20h; a partir de R$ 40, com reservas pelo WhatsApp: (67) 99696-9774.

MS Ao Vivo

O Jota Quest, celebrando 25 anos de carreira, e cantora sul-mato-grossense são as atrações do projeto do governo do Estado, neste domingo, a partir das 17h, no Parque das Nações Indígenas; grátis.

 

Assine o Correio do Estado

ARTES VISUAIS

Floripa de novo!

Após temporada de sucesso, Lúcia Martins Coelho Barbosa inaugura mais uma exposição em Florianópolis:"Do Pantanal para a Ilha 2" permanece em cartaz até 3 de janeiro e apresenta 20 telas, 6 delas inéditas, com elementos da fauna e flora sul-mato-grossense

17/12/2025 10h00

A artista com suas obras durante inauguração da mostra no dia 3 deste mês

A artista com suas obras durante inauguração da mostra no dia 3 deste mês Divulgação

Continue Lendo...

A artista plástica sul-mato-grossense Lúcia Martins Coelho Barbosa apresenta em Florianópolis uma seleção de obras que celebram a potência estética e simbólica do Pantanal.

Reconhecida internacionalmente, especialmente pelas pinturas de onças-pintadas, sua marca registrada, Lúcia construiu uma trajetória sólida ao longo de mais de quatro décadas nas artes visuais, marcada por pesquisa, identidade regional e profunda relação com a fauna brasileira.

Após uma temporada de sucesso em agosto, “Do Pantanal para a Ilha” retorna a Florianópolis, agora em novo local, na Sala Open Cultura, em exposição até o dia 3 de janeiro.

A mostra é composta por 20 telas, seis delas inéditas e outras peças de sucesso do acervo de Lúcia, que já expôs em sete países e quatro estados brasileiros.

“O nome ‘Do Pantanal para a Ilha’ veio da ideia de apresentar o Pantanal para um novo público que está conhecendo meu trabalho, e para isso coloquei nas telas elementos como as flores de aguapé, as árvores do Cerrado e as onças, que são meu carro-chefe”, apresenta Lúcia.

A artista com suas obras durante inauguração da mostra no dia 3 deste mêsReprodução obra "A procura da caça", de Lúcia Martins

LEGADO DE MS

Outro elemento regional incorporado nos quadros é a renda nhanduti, um bordado artesanal tradicional do Paraguai cujo nome significa “teia de aranha” em guarani, uma referência à sua aparência delicada e intrincada, utilizada normalmente em peças decorativas e roupas.

Ao todo, foram vários meses de preparação para a exposição, em um longo processo de produção e ressignificação de obras, utilizando as técnicas pastel sobre papel e acrílico sobre tela.

As obras que compõem essa exposição vão refletindo lugares, flores e animais, que talvez não despertem a atenção das pessoas no dia a dia, mas que, de algum modo, acabam fugindo do lugar comum.

Elas são um resumo do que Lúcia vê, vivencia e considera como mais “importante” enquanto legado da natureza de Mato Grosso do Sul para o Brasil e para o mundo.

A artista com suas obras durante inauguração da mostra no dia 3 deste mês“Onça que Chora”, um dos trabalhos inéditos da nova exposição

ESPANTO

A mostra reúne, assim, trabalhos figurativos que retratam, por exemplo, a onça-pintada como símbolo de força, ancestralidade e preservação, convidando o visitante a mergulhar no imaginário pantaneiro e, ao mesmo tempo, nas camadas poéticas que permeiam a trajetória da artista.

Para Lúcia, a arte é como um portão de entrada para um novo mundo, nesse caso o Pantanal sul-mato-grossense.

“O Pantanal não é margem. É centro de novas narrativas. É daqui que falamos ao mundo. O que eu gostaria que essa minha exposição causasse é até um certo espanto ao se ver que aqui também tem gente que faz arte. E nada melhor do que se apresentar quando alguém já tem curiosidade de lhe conhecer”, afirma a mestra das cores e texturas.

“Eu vivo para a arte, se eu não tivesse essa profissão, esse dom de colocar nas telas minhas emoções, meus sentimentos, talvez eu não tivesse nenhuma utilidade para a sociedade. A arte é, acima de tudo, questionadora. O que eu sinto como artista plástica há mais de 45 anos é que estamos ainda abrindo caminho para os artistas que virão. Gostaria muito que o artista fosse respeitado, fosse aceito, fosse útil, pois a arte alimenta a alma”, diz a artista.

PERFIL

Lúcia Martins Coelho Barbosa vive e trabalha em Campo Grande. Formou-se em história pelas Faculdades Unidas Católicas de Mato Grosso (FUCMAT). Fez pós-graduação em Comunicação, na área de imagem e som pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).

Atua na área de artes plásticas, em Campo Grande, há mais de 40 anos e já mostrou suas obras em Portugal, Itália, França, EUA, Japão e Paraguai.

A artista com suas obras durante inauguração da mostra no dia 3 deste mêsReprodução obra Florescer no Pântano, de Lúcia Martins

Com o projeto Peretá – “Caminho” na língua tupi-guarani – , a artista exibiu o grafismo indígena e instalações em quatro capitais brasileiras – Brasília, Goiânia, São Paulo e Campo Grande.

Reconhecida por diversas premiações e homenagens, a artista segue expondo seu trabalho em coletivas e individuais. 

Em 2016, Lúcia criou o Múltiplo Ateliê, onde desenvolve trabalhos com artistas e pesquisadores, incluindo gastronomia, educação somática, dança contemporânea, yoga e audiovisual. Como afirma, é “fiel à sua missão de operária da arte”.

>> Serviço

A exposição “Do Pantanal para a Ilha 2”, da artista plástica sul-mato-grossense Lúcia Martins Coelho Barbosa, foi inaugurada em 03 de dezembro e está aberta para visitação até 03 de janeiro de 2026, na Sala Open Cultura, do open mall (shopping aberto) Jurerê Open. Av. Búzios, 1.800), Florianópolis (SC). Das 10h às 22h.

MÚSICA

Jerry Espíndola celebra 40 anos de carreira com turnê no Paraguai

17/12/2025 09h30

jerry espindola

jerry espindola

Continue Lendo...

Para comemorar 40 anos de carreira, o cantor e compositor Jerry Espíndola finaliza o ano com um intercâmbio cultural no vizinho Paraguai. O artista se apresenta, a partir de hoje, nas cidades de Assunção e Concepción.

Hoje, Jerry Espíndola & Banda é uma das atrações no “Conexiones 2025 – Respirarte”, realizado na capital paraguaia, no prestigiado JazzCube (Edificio Atrium).

Amanhã, ao lado de Rodrigo Teixeira e da cantora Maria Alice, Jerry participa, também em Assunção, do evento beneficente da Orquestra de Instrumentos Reciclados de Cateura.

Já na sexta-feira, o concerto será no Centro Cultural de La Villa Real, em Concepción. Jerry estará acompanhado dos músicos Sandro Moreno (bateria), Gabriel de Andrade (guitarra) e Rodrigo Teixeira (baixo).

O repertório traz composições do autor com foco nos ritmos que são a marca registrada de Jerry, como a polca-rock e a guarânia-reggae.

No evento de hoje, no JazzCube, além de Maria Alice, conta com a participação dos artistas paraguaios Funkchula, 4Ally e Ale Shit e da argentina Luli Maidana.

O “Conexiones 2025 – Respirarte” envolve concertos, mesas de debates e encontro de produtores paraguaios, argentinos e brasileiros.

Jerry Espíndola participa, amanhã, de ação beneficente para arrecadar fundos para a Orquestra de Instrumentos Reciclados de Cateura.

O evento na capital paraguaia será realizado na escola do grupo musical, formado por jovens e crianças que vivem na comunidade localizada nas proximidades do aterro sanitário de Cateura, o principal e maior aterro de Assunção. Os instrumentos da Orquestra de Cateura são produzidos com materiais encontrados no aterro.

O grupo já passou por diversos países e ganhou fama mundial após o lançamento do documentário “Landfill Harmonic”, em 2014.

Já na sexta-feira, a apresentação será no Centro Cultural de La Villa Real, que fica na Mansión Cueto, local histórico da capital do Departamento de Concepción.

A cantora Maria Alice é a convidada especial e após o show de Jerry Espíndola haverá o lançamento do EP da banda paraguaia The Los.

Em quatro décadas de carreira, Jerry já tem mais de 140 composições gravadas por Ney Matogrosso, Paulinho Moska, Zélia Duncan e outros artistas. É parceiro de nomes como Chico César, Anelis Assumpção e Itamar Assumpção. Jerry atualmente é integrante do duo Hermanos Irmãos e participa do coletivo Fronteira Guarani.

A turnê “Jerry Espíndola 40 Tons – Intercambio Cultural Paraguai” é realizada com recursos da Política Nacional Aldir Blanc do Ministério da Cultura, sob gestão da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul.

>> Serviço

“Conexiones 2025 – Respirarte”

Hoje – às 19h
JazzClube – Assunção (PY)
Jerry Espíndola & Banda, com participação de Maria Alice; dos paraguaios Funkchula, 4Ally e Ale Shit; e Luli Maidana (Argentina);

Amanhã – às 19h
Escola da Orquestra de Instrumentos Reciclados de Cateura – Assunção (PY)
Jerry Espíndola, Rodrigo Teixeira e Maria Alice;

Sexta-feira – às 20h
Centro Cultural de La Villa Real – Concepción (PY)
Jerry Espíndola e Maria Alice.

*Horário paraguaio de verão, uma hora à frente do horário de MS

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).