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CINEMA

Wagner Moura lança filme sobre Marighella; guerrilheiro assassinado há exatamente 52 anos

Em entrevista, Wagner fala sobre sua estreia na direção, o trabalho em frente e atrás das câmeras e a vontade de conhecer Mato Grosso do Sul

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Oito anos depois de iniciar o projeto, o ator Wagner Moura finalmente estreia, hoje, em mais de 200 salas de todo o País, o seu primeiro longa-metragem como diretor, “Marighella”. 

O filme narra o cerco que levou à morte o político e guerrilheiro Carlos Marighella (1911-1969), baiano como o diretor, que, por enquanto, ainda é mais conhecido por estrelar sucessos do cinema, como “Tropa de Elite” e “Deus É Brasileiro”, da TV aberta, como a novela “Celebridade”, e do streaming, como a série “Narcos”.  

De olho na carreira internacional, Moura se mudou para Los Angeles em 2018, mas anuncia projetos que podem trazê-lo de volta ao Brasil no próximo ano. 

Por enquanto, ele está por aqui para a temporada de lançamento de “Marighella” e, depois de dois anos, para férias brasileiras com a família. Mas se mantém alerta. 

Além da crítica, às vésperas da estreia, Marighella ganha destaque também por ter se tornado um emblema de resistência ao atual governo federal.  

O ataque ao assentamento na Bahia, onde haverá uma sessão especial no sábado, e o vazamento do filme na internet aguçam ainda mais a polêmica. Leia, a seguir, os principais trechos da entrevista que o diretor concedeu ao Correio do Estado na terça-feira, em meio ao corre-corre de sua agenda em São Paulo.  

Correio do Estado – por que decidiu fazer o filme ao ler a biografia de Carlos Marighella?

Wagner Moura – eu era marighellista antes de o Mário [Magalhães, autor de “Marighella: O Guerrilheiro que Incendiou o Mundo”] lançar o livro [em 2012]. O meu fascínio pelas histórias de resistência no Brasil e o ambiente universitário de esquerda e de DCE [Diretório Central dos Estudantes] me impregnavam. 

Marighella sempre foi um nome que permeou o meu imaginário como alguém que lutou por democracia e liberdade. E [a atriz] Maria Marighella, nossa contemporânea ali do lado na Escola de Teatro, era e é minha amiga. Eu convivia com a neta de Marighella. Quando Mário lançou o livro, foi a deixa para dar vazão ao nosso marighelismo. 

Só não achei que fosse dirigir um filme tão complicado. Certamente, se eu fosse parar para escrever um filme, teria escolhido um roteiro em que eu tivesse mais controle sobre os personagens, um valor de produção mais barato. Mas veio “Marighella”.

Lembro que, quando fez “Hamlet” no teatro, você se envolveu bastante com a etapa de adaptação e tradução do texto. Como foi essa etapa com “Marighella”?

A mais difícil de todas. Passamos muito tempo trabalhando o roteiro. “Marighella” é um filme que nasce da minha admiração pelos que resistiram na ditadura, mas a porta de entrada no filme são os personagens e as contradições dos personagens. Não fiz um filme cujos personagens são vetores para dizeres políticos. 

É um filme em que você se conecta com a luta de Marighella porque você se conecta com o drama dele, com quem ele é. Dar complexidade em personagens históricos, ter responsabilidade sobre o contexto real e, ao mesmo tempo, fazer com que aquilo funcione como cinema de ficção é muito difícil. 

Eu tinha sempre muito claro que eu não estava fazendo um documentário, mas ao mesmo tempo eu precisava ter responsabilidade, sobretudo com esse período, que é tão controverso na história do Brasil.

Para fazer um filme sobre resistência política você mergulhou em grandes referências do cinema que possuem alguma convergência, como o neorrealismo italiano?

Exatamente. O neorrealismo italiano é uma referência, o cinema que mais me diz, me norteia. Influenciou o cinema novo. Essa coisa do pós-guerra na Itália, de você fazer cinema em um campo destruído, em uma situação precária, distópica, de usar não atores, fazer cinema com pouco dinheiro. 

E, sobretudo, um cinema de esquerda, um cinema de esquerda que eu digo que quer olhar para as classes trabalhadoras. Eu acho que o cinema brasileiro bebeu muito disso, e influenciou também nós que fazemos cinema hoje no Brasil. 

Essa estética está no meu filme de forma muito clara. Engraçado você ter falado sobre neorrealismo porque ali está a base de tudo o que eu gosto no cinema que me levou até “Marighella”. 

Sobretudo o cinema novo, que é muito devedor do neorrealismo italiano. E eu vejo isso nos filmes políticos brasileiros, no “Tropa de Elite”, no “Cidade de Deus”. Talvez essa seja a matriz de uma corrente estética e ideológica da qual o meu filme é, de alguma maneira, devedor também.

Você se envolveu, especialmente, com algum dos departamentos criativos?

Como ator, sempre gostei muito de entender o que cada pessoa fazia no set. Como diretor, terminei aprendendo muito mais sobre figurino, arte, elétrica, maquinaria, fotografia, produção. Como é que tudo aquilo junto funciona no set. 

Mas uma coisa que eu sabia muito pouco e que me fascinou foi o som, o trabalho que eu fiz com o Alessandro Laroca na pós-produção do filme. O som é um departamento sempre visto como mais técnico e, na minha opinião, é um departamento artístico muito poderoso.

E quanto à escolha de Seu Jorge para viver o protagonista? A conhecida e esfuziante presença do cantor em cena não rouba algo na projeção do próprio personagem?

O que você está dizendo é que Seu Jorge tem muito carisma, ele tem, e isso é muito importante para o filme porque Marighella tinha muito carisma. Seu Jorge é movie star, mesmo, talentoso pacas. 

Uma presença em cena que você não consegue parar de olhar, isso é uma coisa importante para um protagonista. Ao assistir ao filme, você vê que rapidamente vai esquecer a persona e se conectar com o carisma de Seu Jorge, mas não com a figura pública. É aí que entra o meu trabalho como diretor.

Você foi se tornando persona non grata para o governo federal, por conta de seu posicionamento político-ideológico, e o filme sofreu boicotes da Ancine, além de anticampanha pública do presidente e seus familiares. Marighella já tem um vulto histórico cercado de polêmicas. Quem atrapalhou mais? O diretor ou o personagem retratado?

Os dois. É incrível como essa gente que hoje está no poder, que são saudosistas da ditadura, amantes de torturadores e de censores, tem medo de Marighella. 

Como o fantasma de Marighella apavora esses caras, hoje ainda mais do que, talvez, na época em que ele estava vivo. Todos esses ataques que aconteceram ao filme dizem muito mais sobre o estado das coisas no Brasil hoje do que o filme que eu fiz. 

Em qualquer país democrático, um filme está aí: você vai discute, debate, você não é obrigado a gostar de nada. Agora você ter o governo federal de um país tentando destruir um filme, isso tem muito mais a ver com o Brasil de hoje do que com Marighella e comigo.

Você tem dito que o filme mostra faces contraditórias de Marighella. Quais defeitos apontaria na figura mítica do guerrilheiro revolucionário?

Vários defeitos. Não me interesso pelo mítico. Me interesso pelo homem, e o homem que ele foi tinha vários defeitos. Não vou ficar aqui enumerando os defeitos nem as qualidades de Marighella. Não preciso defender Marighella. Ele não precisa de defesa. 

O que digo é que o meu filme mostra um Marighella contraditório, que toma tapa na cara e é colocado em cheque o tempo inteiro. Quem for assistir ao filme vai ver isso. Nem o personagem do Bruno Gagliasso [que faz o delegado Fleury, carrasco de Marighella] admiti que fosse monolítico.

E quanto aos novos projetos como ator, produtor, diretor?

A primeira coisa que já fiz e que vai estrear é um filme chamado “The Grey Man”, da Netflix, dirigido pelos irmãos [Joe e Anthony] Russo. Faço uma participação, um personagem pontual na história, mas muito legal. Fiquei muito feliz de ter feito. E logo depois, ou antes talvez, uma série da Apple TV Plus, que protagonizei com Elizabeth Moss, chamada “Shining Girls”. 

Fazemos dois jornalistas que investigam um serial killer feito pelo Jamie Bell. São duas coisas que vão sair ano que vem. E vou filmar no Brasil com o Cléber Mendonça Filho, no segundo semestre, para a Amazon. No primeiro semestre, tem um projeto fora do País, mas ainda não posso falar nada sobre ele. 

E estou produzindo uma série para a Disney sobre Maria Bonita, escrita e dirigida por Sérgio Machado. Tem vários projetos que não têm ainda uma data, como um projeto com o Karin Ainouz.

Como anda a sua rotina em Los Angeles?

A pandemia teve momentos deliciosos e profundos, porque passei com os meus filhos e a minha mulher. Mas foi difícil porque a gente estava preso em uma cidade que não era nossa, sem poder sair de casa, sem poder trabalhar. 

Fiquei um ano sem trabalhar como ator, não tinha projeto, ficaram todos mais para frente. Foi um ano em que eu dirigi “Narcos”. É massa morar lá, mas não é a minha cidade. Quando o avião pousa em L.A., eu não digo “ah, estou chegando em casa”.  

Sente vontade de dizer algo para o público de Mato Grosso do Sul?

Acho uma pena eu não conhecer essa parte do Brasil. Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, além de Santa Catarina, talvez sejam os três estados do Brasil que eu não conheço ainda. Isso é uma questão para mim, mesmo, porque é uma parte do País rica em diversidade. 

O Brasil do futuro é o Brasil que aliará a cultura à biodiversidade ambiental única do Brasil. Você não pode falar disso sem falar nesta região. Tenho muita curiosidade de conhecer a relação fronteiriça com outros países na região, quais são as influências culturais. 

O bioma que vocês têm aí é único no Brasil, e eu não conheço. Isso me dá muita pena. Preciso conhecer, preciso ir aí.

Por que temos tanta dificuldade em aceitar o ponto de vista ou a condição dos povos indígenas?

É cultural. Fomos adestrados. Eu estudei na minha escola coisas sobre os índios. Não temos informação nenhuma sobre os povos indígenas. A nossa informação é estigmatizada, e toda a forma de controle social começa com a estigmatização. 

Você estigmatiza um povo para controlá-lo. Mesmo que nós sejamos progressistas, a nossa construção cultural do que é o povo indígena é ridícula. É difícil. 

Mas acredito profundamente que a geração dos nossos filhos e dos que venham em diante se conectarão e aprenderão com os índios que eles têm um saber de relação com o meio ambiente, sobretudo, e de outras coisas que podem transformar e levar o Brasil a esse lugar de país do futuro.

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DIVERSÃO

5 aplicativos para fazer revelação de amigo da onça

Chegou a época das festas de fim de ano e com ela a tradicional brincadeira do amigo secreto. Conheça os melhores apps para organizar e tornar a revelação ainda mais divertida

12/12/2025 13h37

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A brincadeira do amigo oculto, também conhecida como amigo da onça ou amigo secreto, é uma tradição que reúne famílias, amigos e colegas de trabalho durante as festas de fim de ano.

Com a tecnologia cada vez mais presente no nosso dia a dia, surgiram diversas ferramentas digitais para facilitar a organização e tornar o momento da revelação ainda mais especial.

1. Amigo secreto (My Secret Santa)

Considerado um dos mais completos do mercado, o aplicativo Amigo Secreto permite criar grupos, sortear participantes automaticamente e enviar notificações para todos os envolvidos.

O diferencial está na função de revelação gradual, onde dicas sobre quem é o amigo secreto são liberadas aos poucos, aumentando a expectativa e a diversão.

Baixe no Google Play para Android

Baixe na App Store para Iphone

2. Sorteio fácil

Com interface intuitiva e design moderno, o Sorteio Fácil se destaca pela simplicidade. O app permite definir valores mínimo e máximo para os presentes, criar listas de desejos e fazer o sorteio mesmo sem que todos os participantes tenham o aplicativo instalado. Na hora da revelação, oferece recursos de animação que tornam o momento mais emocionante.

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Versão não disponível para IOS

3. Secret Santa

Popular em vários países, o Secret Santa traz recursos de chat integrado para que os participantes possam interagir anonimamente antes da revelação. O aplicativo também permite fazer enquetes sobre local e data do encontro, facilitando a organização do evento.

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Baixe na App Store pra Iphone

4. DrawNames

O DrawNames é ideal para grupos grandes e famílias numerosas. Além do sorteio tradicional, permite criar exclusões (para evitar que casais ou irmãos tirem um ao outro) e possui uma ferramenta de revelação ao vivo, onde todos podem participar simultaneamente através de videochamada integrada.

Baixe no Google Play para Android

Baixe na App Store para Iphone

Site oficial também disponível

5. Amigo oculto online

Gratuito e sem necessidade de cadastro, o Amigo Oculto Online funciona diretamente pelo navegador. Perfeito para quem prefere praticidade, o app envia o resultado por e-mail ou WhatsApp e oferece templates personalizáveis para a revelação, com temas natalinos e de fim de ano.

Baixe no Google Play para Android

Dica Extra:

Independente do aplicativo escolhido, o mais importante é o espírito de confraternização que a brincadeira proporciona.

Os apps são apenas ferramentas para facilitar a organização e adicionar um toque de modernidade a essa tradição tão querida pelos brasileiros.

AGENDA CULTURAL

Fim de semana tem ópera afro-brasileira, música e cinema

À frente da banda O Capuz Negro, cantor e multi-instrumentista Jorge Aluvaiá lança ópera afro-brasileira "Crônica sob o Céu Lilás"; Simona e Vozmecê agitam Praça Bolívia; Rose Mendonça estreia solo de dança e, em Corumbá, tem "Moinho In Concert"

12/12/2025 09h00

Ao lado da banda O Capuz Negro, o multi-instrumentista (ao centro) estreia a ópera afro-brasileira

Ao lado da banda O Capuz Negro, o multi-instrumentista (ao centro) estreia a ópera afro-brasileira "Crônica sob o Céu Lilás", amanhã, às 19h, no Teatral Grupo de Risco Divulgação

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O irrequieto multiartista Jorge Aluvaiá está fechando este ano com um ambicioso projeto. À frente da banda O Capuz Negro, ele estreia amanhã, às 19h, no Teatral Grupo de Risco (Rua Trindade, nº 401, Jardim Paulista), o show “Crônica sob o Céu Lilás”, que o próprio músico define como uma “ópera espacial afro-brasileira, um concerto surrealista que envolve tradição oral e retoma as raízes afro-brasileiras, com música, poesia e imaginação”.

No palco, com os seis parceiros do Capuz, Aluvaiá vai mostrar as 18 faixas que dão vida ao enredo do novo trabalho. As composições acompanham, com “muita mística”, a jornada de um viajante imaginário, o Mensageiro Rubro, considerado pelo band leader uma “entidade cósmica”, que vive uma epopeia ao aportar no Brasil do século 19, quando perde a capacidade de voar.

Para tentar superar sua condição, Rubro acaba hibernando nas águas do Rio Paraguai e, nessa nova realidade, inicia uma intensa trajetória de “brasilidade”, ritmos diversos, performances e ensinamentos ancestrais.

“A gente conta essa história através de um espetáculo musical, um concerto, e me utilizo também de linguagens da arte, como poesia declamada, para dar vida a essa proposta, para trazer a potência e as possibilidades do fantástico, que é a pulsão de vida, da criatividade, da imaginação”, viaja Aluvaiá.

Os ingressos estão disponíveis na plataforma Sympla, por R$ 20. A produção do evento anuncia também uma campanha de “apadrinhamento de ingressos” para contemplar jovens de instituições beneficentes, com cada entrada ao custo de R$ 18.

PRAÇA BOLÍVIA

A última edição deste ano da feira cultural Praça Bolívia, neste domingo, das 9h às 14 horas, será embalada por seis atrações musicais: o veterano Simona, o duo Vozmecê, Dandaras, Menos Pausa, Sangre Latino e Nobres. O evento conta com estandes de arte e artesanato, moda, pratos típicos e antiguidades. Endereço: Rua da Garças com Rua Aníbal de Mendonça, Bairro Santa Fé.

ROSE NA DOBRA

A dançarina Rose Mendonça estreia hoje o solo de dança “Dobra no Tempo”, às 19h, na Estação Cultural Teatro do Mundo. Uma segunda apresentação está agendada para amanhã, na sede da Central Única das Favelas (Cufa), na Rua Livino Godói, nº 710, Jardim São Conrado, às 16h. Os ingressos estão disponíveis gratuitamente na plataforma Sympla.

O solo integra o projeto Corpo-Território, que envolve ainda a realização de a oficina de house dance Tessituras Dançadas, amanhã, das 9h às 11h, no Centro Cultural José Octávio Guizzo.

O projeto busca democratizar o acesso a produções artísticas, contribuir para a visibilidade das danças negras na cidade, ampliar as discussões e estimular reflexões sobre a dança na sociedade, fortalecer a memória da arte contemporânea negra local e oportunizar um espaço seguro para debates acerca das questões raciais e de gênero.

Com direção artística de Simone Vieira, “Dobra no Tempo” se coloca como “um ritual” de movimento e som para despertar a potência do corpo e da presença, em que cada movimento é um gesto de afirmação e cada som é uma vibração capaz de ressoar no indivíduo.

“Com a intensidade da música house, seu fluxo único e mistura poderosa, no solo exploro a relação entre o meu corpo, o espaço e o tempo em um jogo de improviso, com os passos básicos e complexos da house dance e as corporeidades das danças afro-brasileiras”, afirma Rose, que, para realizar o projeto, contou com recursos da Política Nacional Aldir Blanc (Pnab), do governo federal e do Ministério da Cultura, sob operação da Fundação Municipal de Cultura de Campo Grande (Fundac).

“Dobra no Tempo” tem produção-geral de Ariane Nogueira, produção executiva de Marcos Mattos, Livia Lopes como social media, design gráfico de Leonardo Sales, produção audiovisual de Kaique Andrade, Jessé Macedo e Karem Martins como intérpretes de Libras, criação e confecção de figurino de Jéssika Rabello (Ajuberô Ateliê) e assessoria de imprensa por Isabela Ferreira (Reconta). As apresentações contarão com a participação da artista Aline Serzedello Vilaça.

“MOINHO IN CONCERT”

O Moinho Cultural realiza, neste sábado e no domingo, mais uma edição do “Moinho In Concert”. Sob a direção geral de Márcia Rolon, o espetáculo foi anunciado como “uma travessia que mistura memória, sonho e ancestralidade”, conduzindo o público pelos caminhos do Peabirú, a antiga rota sagrada dos povos originários, com música, dança e imagens.

A montagem reúne mais de 500 artistas, entre orquestra, coral, bailarinos, crianças, adolescentes e jovens atendidos pela ONG, tornando-se uma das maiores produções culturais da região.

O mergulho no imaginário da rota é acessado por jogos de amarelinha, explorando símbolos como o caracol e a cruzada para construir uma narrativa que convida o público a refletir sobre travessias internas, pertencimento e superação.

“Estamos alinhavando um novo Peabirú, como o sonho e o jogo de amarelinha, com a intenção de levar todos para o seu próprio céu”, diz Márcia Rolon. As apresentações serão às 19h30min, na sede do Moinho, em Corumbá.

A equipe de criação reúne pesquisa de linguagem e concepção coreográfica de Fernando Martins, a coreógrafa e ex-primeira bailarina do Stuttgart Ballet Beatriz Almeida, o ator Arce Correia, coralistas, músicos e o artista Leoni Antequera, da Bolívia.

A trilha sonora, com arranjos assinados por ex-alunos do Moinho, é inspirada no barroco sul-americano. Os figurinos foram confeccionados, dentro da instituição, por mães de participantes, retomando uma tradição afetiva que aproxima famílias do processo artístico.

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