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As oportunidades do etanol de milho em Mato Grosso do Sul

A produção de etanol de milho em MS atrai investimentos significativos, gerando empregos e fortalecendo o setor de combustíveis renováveis. Confira as oportunidades e desafios destacados pelo consultor técnico Clóvis Tolentino Júnior

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O engenheiro agrônomo Clóvis Tolentino Júnior, doutor em produção vegetal e consultor técnico do Senar de Mato Grosso do Sul, destacou recentemente as oportunidades e os desafios da produção de etanol de milho no estado, que se posiciona como um protagonista nesse mercado em ascensão.

Crescimento da Produção de Etanol de Milho

O Brasil e os Estados Unidos são responsáveis por aproximadamente 70% da produção mundial de etanol. Enquanto o Brasil lidera a produção de etanol de cana-de-açúcar, os Estados Unidos se destacam na produção de etanol de milho. Segundo Tolentino, o etanol de milho apresenta um horizonte promissor devido à sua eficácia reconhecida e menor impacto ambiental.

A produção de etanol de milho no Brasil começou em 2012 no estado de Mato Grosso. Essa iniciativa possibilitou que as usinas utilizassem matéria-prima durante todo o ano, especialmente na entressafra da cana-de-açúcar, maximizando a capacidade industrial e possibilitando a comercialização de subprodutos, como o farelo proteico de milho.

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Processo de Produção e Custos

O processo industrial de produção de etanol de milho no Brasil é semelhante ao dos Estados Unidos. O milho é moído, cozido e liquefeito em água, seguindo para a fermentação com adição de enzimas e leveduras, que transformam o amido em açúcares. Embora o custo de produção seja cerca de 9% maior em relação ao etanol de cana, as usinas conseguem operar durante todo o ano, diluindo os custos fixos industriais.

Expansão e Investimentos em Mato Grosso do Sul

A expansão das usinas de etanol é evidente, com unidades que operam exclusivamente com etanol de milho, cana-de-açúcar ou de forma flex, utilizando ambas as matérias-primas. Em fevereiro de 2020, o governo de Mato Grosso do Sul estabeleceu normativas de licenciamento ambiental para esse tipo de usina, incentivando futuros investimentos.

Em fevereiro de 2021, foi anunciada a construção da primeira usina de etanol de milho em Dourados, Mato Grosso do Sul, pela IMPASA Agroindustrial. Com um investimento previsto de mais de R$ 500 milhões, a usina deverá produzir 426 milhões de litros de etanol por ano e 297 mil toneladas de DDG (grãos secos por destilação), além de gerar 200 empregos diretos e 150 indiretos.

Impacto Econômico e Ambiental

A instalação de usinas de etanol de milho em Mato Grosso do Sul representa um avanço significativo para o setor de combustíveis renováveis, criando mais uma destinação para a produção de milho e gerando empregos e renda na região. As perspectivas são otimistas tanto do ponto de vista ambiental quanto socioeconômico.

Tolentino conclui que a produção de etanol de milho é uma oportunidade valiosa para Mato Grosso do Sul e o Brasil, reforçando a importância de investimentos no setor para consolidar a posição do país como líder na produção de combustíveis renováveis.

Para mais informações e atualizações sobre a produção de etanol de milho e seus impactos, acesse o site do Senar e acompanhe as publicações regulares sobre o setor agrícola.

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Produtividade da Cana em Mato Grosso do Sul despenca 18,8% em Julho devido à seca prolongada

Produtividade da cana em Mato Grosso do Sul cai 18,8% em julho devido à seca prolongada, impactando negativamente as lavouras, mas qualidade da matéria-prima melhora com aumento de sacarose

26/08/2024 04h00

Produtividade da Cana em Mato Grosso do Sul Despenca 18,8% em Julho devido à Seca Prolongada

Produtividade da Cana em Mato Grosso do Sul Despenca 18,8% em Julho devido à Seca Prolongada Reprodução IA

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A seca severa que assola a região Centro-Sul do Brasil tem causado impactos significativos na produtividade dos canaviais.

De acordo com dados recentes divulgados pelo Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), a produtividade da cana-de-açúcar em Mato Grosso do Sul registrou uma queda expressiva de 18,8% no mês de julho, em comparação ao mesmo período da safra anterior.

A média de produtividade dos canaviais colhidos no estado em julho foi de 782 toneladas por hectare, uma redução drástica em relação às 963 toneladas por hectare alcançadas no mesmo mês da safra 2023-2024.

O déficit hídrico acentuado é apontado como o principal fator dessa queda, que tem gerado preocupações entre os produtores de toda a região Centro-Sul do Brasil.

Além da redução na produtividade, o déficit hídrico acumulado ameaça impactar ainda mais as lavouras que serão colhidas no ciclo médio e tardio.

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No acumulado da safra, que vai de abril a julho, a produtividade no estado também sofreu uma diminuição significativa, passando de 94 toneladas por hectare em 2023-2024 para 82 toneladas por hectare em 2024-2025, representando uma queda de 6,2%.

Por outro lado, a qualidade da matéria-prima, medida pelo teor de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR), apresentou uma ligeira melhora.

No mês de julho, o ATR em Mato Grosso do Sul subiu de 1.379 quilos por tonelada de cana em 2023-2024 para 1.398 quilos por tonelada na safra atual, um aumento de 1,4%. Esse aumento na qualidade é resultado do clima mais seco, que favorece o acúmulo de sacarose na cultura da cana-de-açúcar.

Apesar da queda na produtividade, a melhora na qualidade da matéria-prima pode ajudar a compensar parte das perdas para os produtores. Contudo, a situação segue crítica, e a falta de chuvas continua a ser uma grande preocupação para o setor canavieiro na região.

O Centro de Tecnologia Canavieira, líder global em ciência e inovação para a cana-de-açúcar, segue monitorando de perto a evolução da safra e os impactos climáticos sobre as lavouras.

A empresa, que possui o maior banco de germoplasma de cana do mundo, com mais de 5 mil variedades, publica mensalmente o boletim "De Olho na Safra", que traz análises detalhadas sobre a produtividade e a qualidade da cana nas principais regiões produtoras do Brasil.

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Agro brasileiro é destaque mundial em sustentabilidade, aponta pesquisa da Mackenzie

Descubra como o agronegócio brasileiro se destaca mundialmente em sustentabilidade, liderando em práticas agrícolas ecológicas e enfrentando desafios tecnológicos para continuar crescendo no mercado global

19/08/2024 05h00

Agro Sustentável

Agro Sustentável Reprodução IA

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O agronegócio brasileiro se consolidou como o mais sustentável do mundo, segundo uma pesquisa recente conduzida pela Mackenzie.

A pesquisa, que abrangeu nove países e entrevistou 4.500 produtores rurais, foi apresentada durante o Congresso Brasileiro do Agronegócio (ABAG), destacando o avanço do Brasil em práticas agrícolas sustentáveis.

Entre os principais pontos, a pesquisa revela que 61% dos produtores rurais brasileiros utilizam insumos biológicos no manejo de pragas, uma porcentagem significativamente superior à registrada na União Europeia (25%) e nos Estados Unidos (12%).

Apesar de uma leve queda em relação ao ano anterior, o uso de biofertilizantes cresceu 12 pontos percentuais, com 63% dos produtores adotando essa prática.

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O estudo também aponta o Brasil como líder em outras práticas sustentáveis, como plantio direto, rotação de culturas e o uso de energia limpa nas fazendas.

No entanto, o país ainda enfrenta desafios em áreas como automação agrícola, com carências em tecnologia de precisão e conectividade no campo.

Além disso, a pesquisa ressalta a necessidade de expandir as áreas cultivadas em até 80 milhões de hectares até 2030 para atender à crescente demanda global por alimentos e energia.

A restauração de terras degradadas foi destacada como uma das principais estratégias para alcançar esse objetivo, com o Brasil desempenhando um papel crucial nesse processo.

O presidente da Associação Brasileira do Agronegócio, Luiz Carlos Corrêa Carvalho, reforçou que o Brasil não é apenas uma potência em recursos naturais, mas também em bio competitividade, com alta produtividade e baixas emissões.

Ele também destacou o crescimento do mercado chinês e a perspectiva de expansão na Índia como fatores chave para o futuro do agronegócio brasileiro.

Essa liderança do Brasil em sustentabilidade agrícola coloca o país em uma posição estratégica para continuar crescendo no mercado global, especialmente em um cenário de crescente demanda por práticas sustentáveis e alimentos de qualidade.

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