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Produtividade da Cana em Mato Grosso do Sul despenca 18,8% em Julho devido à seca prolongada

Produtividade da cana em Mato Grosso do Sul cai 18,8% em julho devido à seca prolongada, impactando negativamente as lavouras, mas qualidade da matéria-prima melhora com aumento de sacarose

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A seca severa que assola a região Centro-Sul do Brasil tem causado impactos significativos na produtividade dos canaviais.

De acordo com dados recentes divulgados pelo Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), a produtividade da cana-de-açúcar em Mato Grosso do Sul registrou uma queda expressiva de 18,8% no mês de julho, em comparação ao mesmo período da safra anterior.

A média de produtividade dos canaviais colhidos no estado em julho foi de 782 toneladas por hectare, uma redução drástica em relação às 963 toneladas por hectare alcançadas no mesmo mês da safra 2023-2024.

O déficit hídrico acentuado é apontado como o principal fator dessa queda, que tem gerado preocupações entre os produtores de toda a região Centro-Sul do Brasil.

Além da redução na produtividade, o déficit hídrico acumulado ameaça impactar ainda mais as lavouras que serão colhidas no ciclo médio e tardio.

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No acumulado da safra, que vai de abril a julho, a produtividade no estado também sofreu uma diminuição significativa, passando de 94 toneladas por hectare em 2023-2024 para 82 toneladas por hectare em 2024-2025, representando uma queda de 6,2%.

Por outro lado, a qualidade da matéria-prima, medida pelo teor de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR), apresentou uma ligeira melhora.

No mês de julho, o ATR em Mato Grosso do Sul subiu de 1.379 quilos por tonelada de cana em 2023-2024 para 1.398 quilos por tonelada na safra atual, um aumento de 1,4%. Esse aumento na qualidade é resultado do clima mais seco, que favorece o acúmulo de sacarose na cultura da cana-de-açúcar.

Apesar da queda na produtividade, a melhora na qualidade da matéria-prima pode ajudar a compensar parte das perdas para os produtores. Contudo, a situação segue crítica, e a falta de chuvas continua a ser uma grande preocupação para o setor canavieiro na região.

O Centro de Tecnologia Canavieira, líder global em ciência e inovação para a cana-de-açúcar, segue monitorando de perto a evolução da safra e os impactos climáticos sobre as lavouras.

A empresa, que possui o maior banco de germoplasma de cana do mundo, com mais de 5 mil variedades, publica mensalmente o boletim "De Olho na Safra", que traz análises detalhadas sobre a produtividade e a qualidade da cana nas principais regiões produtoras do Brasil.

PODCAST CORREIO RURAL

Produtividade da Cana-de-Açúcar em Mato Grosso do Sul cai 7,9% na safra

A safra de cana-de-açúcar em Mato Grosso do Sul registra queda de 7,9% devido à seca e queimadas, impactando a produtividade e qualidade da colheita. Saiba mais sobre os desafios do setor

23/09/2024 05h00

Cana de açucar

Cana de açucar Reprodução IA

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A atual safra de cana-de-açúcar em Mato Grosso do Sul tem enfrentado sérias dificuldades, resultando em uma queda de 7,9% na produtividade, segundo o Boletim de Olho na Safra do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC).

Esse resultado está diretamente relacionado ao déficit hídrico que ultrapassa mil milímetros, afetando severamente o desenvolvimento das plantações.

O impacto é ainda mais preocupante quando comparado ao mesmo período da safra anterior, de 2023-2024, que registrava uma média de 874 toneladas de cana por hectare, enquanto nesta safra a produtividade caiu para 805 toneladas por hectare até agosto.

A seca, que já era esperada, foi agravada pelas queimadas que atingiram cerca de 400 mil hectares de canaviais, principalmente nas regiões de Ribeirão Preto, São José do Rio Preto e São Carlos.

As áreas afetadas precisaram ser colhidas de maneira emergencial ou estão sendo preparadas para receber novos investimentos em tratos culturais, como adubação e herbicidas, visando a rebrota das plantas.

Além da redução na produtividade, outro fator que prejudicou a safra foi o aumento do estágio médio de corte, com um maior número de colheitas de canaviais mais envelhecidos, que são naturalmente menos produtivos.

A qualidade da matéria-prima, medida pelo índice de Açúcar Total Recuperável (ATR), mostrou-se estável em relação à safra anterior, apesar da queda de dois pontos percentuais na pureza do caldo da cana, reflexo direto do déficit hídrico.

Esses dados, que refletem a situação do Centro-Sul do Brasil, revelam um cenário de desafio para o setor canavieiro.

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As queimadas e a falta de água impõem dificuldades adicionais, fazendo com que produtores busquem alternativas rápidas para minimizar os impactos negativos na produção e qualidade da safra atual e da futura.

Em Mato Grosso do Sul, a estabilização do ATR em 1.460 quilos por tonelada é um dos poucos pontos positivos dentro desse contexto adverso.

O levantamento segue em andamento, com prejuízos ainda sendo estimados de forma qualitativa, mas já se sabe que os efeitos dessa combinação de fatores climáticos e ambientais terão impacto prolongado na cadeia produtiva do setor sucroalcooleiro.

PODCAST CORREIO RURAL

Preço do Boi gordo em Mato Grosso do Sul supera média nacional e alcança valor recorde

Mato Grosso do Sul registra a maior cotação da arroba do boi gordo do Brasil, superando São Paulo. Preços firmes e oferta reduzida impulsionam o mercado pecuário no estado

09/09/2024 05h00

Mato Grosso do Sul registra a maior cotação da arroba do boi gordo do Brasil, superando São Paulo. Preços firmes e oferta reduzida impulsionam o mercado pecuário no estado

Mato Grosso do Sul registra a maior cotação da arroba do boi gordo do Brasil, superando São Paulo. Preços firmes e oferta reduzida impulsionam o mercado pecuário no estado Reprodução IA

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Mato Grosso do Sul registra atualmente a maior cotação da arroba do boi gordo no Brasil, superando até mesmo o estado de São Paulo, tradicional referência de preços no mercado pecuário.

Segundo Alcides Torres, engenheiro agrônomo e analista de mercado da Scott Consultoria, as ofertas de boiadas diminuíram, resultando em escalas de abate reduzidas e em um mercado mais firme.

Atualmente, a arroba do boi gordo é comercializada a R$ 248,00 na região de Campo Grande, R$ 250,00 em Dourados e R$ 245,00 em Três Lagoas.

Em comparação, a cotação em São Paulo está em R$ 245,00 por arroba. O boi destinado à exportação, conhecido como boi china, também segue as cotações de São Paulo, sendo negociado a R$ 250,00 por arroba em Mato Grosso do Sul.

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A redução nas ofertas e a consequente diminuição das escalas de abate, que atendem atualmente de quatro a sete dias, têm impulsionado os preços.

Além disso, o mercado de reposição enfrenta um cenário de baixa liquidez, com produtores aguardando melhores condições climáticas para investir na reposição de rebanho, o que pressionou para baixo as cotações de diversas categorias de bovinos.

No mercado de reposição, as quedas mais expressivas foram observadas nas cotações do boi magro e do garrote, com retração de 24%, e do bezerro de ano, com queda de 15%.

Para as fêmeas, a novilha apresentou uma queda de 44%, enquanto a vaca boiadeira teve um recuo de 39%. Essas variações refletem a cautela dos compradores, que esperam por chuvas antes de avançar nas compras.

O cenário atual consolida Mato Grosso do Sul como um dos principais polos pecuários do país, com preços que reafirmam a força do mercado local, mesmo em meio aos desafios do setor.

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