A ex-ministra da Agricultura e senadora de Mato Grosso do Sul, Tereza Cristina (PP), afirmou nesta sexta-feira (6), em suas redes sociais, que espera que o acordo comercial entre a União Europeia (UE)"realmente caminhe"
"Estamos prontos no Senado Federal para examinar o anúncio de Montevidéu, que contempla as negociações de 2023", disse a senadora em publicação na rede social X, antigo Twitter
A declaração da ministra nas redes sociais ocorre após o acordo entre a União Europeia e o Mercosul, firmado em 2019, não avançar para as fases seguintes.
O tratado comercial assinado nesta sexta-feira (6), durante a Cúpula do Mercosul em Montevidéu (URU), ainda precisa ser traduzido e, posteriormente, revisado juridicamente. Em seguida, o tratado deverá ser ratificado pelos parlamentos dos países do Mercosul e da União Europeia (UE).
Na época, Tereza Cristina participou ativamente das negociações e ficou visivelmente incomodada quando o acordo comercial não avançou.
"Nunca é tarde para se ouvir a verdade - os europeus admitem que o Acordo Mercosul-UE é bom para a Europa e nenhum padrão na qualidade de alimentos será quebrado. É um ganha-ganha. Sabemos desde 2019, quando fechamos em Bruxelas a parte comercial do tratado, traduzido e revisado durante dois anos - e que depois ficou emperrado pelo que chamo de protecionismo verde", afirmou a senadora.
Após 25 anos, Mercosul e União Europeia fecham histórico
Após 25 anos de negociações, o Mercosul e a União Europeia concluíram um histórico acordo de livre comércio para redução de tarifas de exportação entre os países dos dois blocos. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (6) durante a 65ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul, em Montevidéu, Uruguai.
Estavam presentes os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil), Javier Milei (Argentina), Luis Lacalle Pou (Uruguai) e Santiago Peña (Paraguai), além da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. A medida, que envolve mercados com mais de 750 milhões de pessoas, é considerada um marco nas relações econômicas entre os blocos.
Apesar da conclusão das negociações, o acordo ainda precisa ser assinado e aprovado internamente por todos os países envolvidos. Após a revisão jurídica e a tradução dos textos, cada nação deverá submeter o pacto aos seus respectivos órgãos legislativos. No Brasil, por exemplo, o Congresso Nacional será responsável pela aprovação antes da ratificação final.
“O acordo é um ponto de partida. Ele representa uma oportunidade para os países envolvidos”, afirmou o presidente uruguaio, Luis Lacalle Pou.
*Informações com Jornal Estadão