Economia

FISCO

Arrecadação de impostos em MS atinge R$ 13,4 bilhões em nove meses

Número mostra que o montante chega a ser 12,09% maior que o total do mesmo período do ano passado no Estado

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A arrecadação de impostos em Mato Grosso do Sul cresceu 12,09% no período de janeiro a setembro deste ano. Em dinheiro vivo, o Estado arrecadou R$ 13,4 bilhões em nove meses, contra R$ 11,9 bilhões no mesmo período do ano passado. 

Só de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), a arrecadação chegou a R$ 11,4 bilhões, o que corresponde a um crescimento de 12,94% na comparação com o período de janeiro a setembro de 2021. O ICMS correspondeu a 84,95% da arrecadação. 

O grupo intitulado “outros tributos”, que são taxas, contribuições de melhoria, empréstimos compulsórios e contribuições especiais, foi responsável por 6,68% da arrecadação, o que resulta em R$ 898,4 milhões. Neste grupo, a arrecadação cresceu em 7,91% na comparação com o ano passado.

No Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), a arrecadação foi de R$ 817,8 milhões, elevando-se em 6,75% ante o mesmo período de 2021. A participação do IPVA na arrecadação foi de R$ 6,08%. 

Já o Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD), também conhecido como imposto da herança e da doação, teve arrecadação de R$ 292,9 milhões, resultando em uma variação positiva de 7,75% na comparação com o ano passado, e a participação no bolo arrecadatório foi de 2,18% durante este ano.

Na arrecadação exclusiva do mês de setembro deste ano, o valor total foi de R$ 1,5 bilhão, contra R$ 1,3 bilhão do ano passado. 

O ICMS arrecadado foi de R$ 1,35 bilhão e correspondeu a 88,9% do que entrou nos cofres públicos do Estado. O grupo “outros tributos”, que inclui taxas e contribuições, trouxe mais R$ 113 milhões para o Estado, correspondendo a 7,41% do total arrecadado em setembro deste ano. 

Em seguida vêm o ITCD, com R$ 29,8 milhões, ou 1,96% do bolo arrecadatório do mês; e o IPVA, com R$ 24,8 milhões, ou 1,63%.

A arrecadação de impostos em Mato Grosso do Sul traz um fato marcante este ano: o Estado já recolheu R$ 1,5 bilhão em impostos a mais em comparação com o ano passado.

Em se tratando de contribuição por setor, o que mais contribuiu com os cofres públicos do Estado foi o setor de comércio e serviços, com R$ 4,65 bilhões no período de janeiro a setembro deste ano. Comércio e serviços geraram 40,79% dos impostos e o setor registrou elevação de 11,65% na arrecadação.

 

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Petróleo e combustíveis

O setor de petróleo e combustíveis é o segundo maior gerador de impostos no Estado. Foram R$ 3,44 bilhões, resultando em uma participação de 30,14% do total arrecadado. Neste setor, o crescimento da arrecadação no acumulado do ano foi de 26,9%. 

Agricultura e pecuária, o chamado setor primário, teve arrecadação acumulada no ano de R$ 1,52 bilhão, participação de 13,35% e variação negativa de 3,78% na comparação com o mesmo período do ano passado.

Foi o único setor que – em termos de arrecadação – encolheu.  Na sequência aparece a indústria, também chamada de setor secundário. Neste caso, a arrecadação somou R$ 844,7 milhões, o que dá uma participação de 7,4% em ICMS para o Estado. As indústrias geraram 13,04% em impostos a mais para Mato Grosso do Sul.

Em seguida vem o setor de energia elétrica, com uma arrecadação de R$ 587 milhões no período de janeiro a setembro deste ano. A participação do setor no bolo arrecadatório ficou em 5,14%, com uma pequena variação positiva de 0,53%. 

O último grupo, denominado “outras fontes de receita”, registrou arrecadação de R$ 323,4 milhões em nove meses deste ano. A participação nos impostos ficou em 2,83% e a variação foi elevada em 18,21%.

 

ESTRATÉGIA

Número de recuperações judiciais mais que dobra em MS este ano

No terceiro trimestre, 53 empresas apelaram ao Judiciário, ante 26 empresas no mesmo período de 2024

06/12/2025 08h40

Maior parte dos pedidos vem do agronegócio, somente o segmento de cultivo de soja responde por 11 casos

Maior parte dos pedidos vem do agronegócio, somente o segmento de cultivo de soja responde por 11 casos Gerson Oliveira

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O número de empresas em recuperação judicial (RJ) mais que dobrou no período de um ano em Mato Grosso do Sul.

De acordo com o levantamento do Monitor de Recuperações Judiciais, da RGF Associados, no terceiro trimestre deste ano, 53 empresas recorreram à recuperação judicial. No mesmo período do ano passado, 26 empresas apelaram ao Judiciário, uma alta de 103% em um ano.

Ainda conforme os dados do monitor da RGF, a maior parte dos pedidos vem do agronegócio. Somente o segmento de cultivo de soja responde por 11 casos.

A lista inclui ainda transporte de cargas (6 casos), criação de bovinos para corte (3), comércio atacadista de medicamentos (3), laticínios (2), supermercados (2), açougue (1), frigorífico (1) e outros setores ligados direta ou indiretamente à cadeia produtiva rural.

O cenário sul-mato-grossense segue tendência nacional. Conforme o levantamento, o número de pedidos de recuperação judicial no País aumentou quase 20%, passando de 4.408 em 2024 para 5.285 este ano. Os principais setores em RJ no Brasil são o imobiliário e o agropecuário.

Maior parte dos pedidos vem do agronegócio, somente o segmento de cultivo de soja responde por 11 casos

Para o advogado Leandro Provenzano, integrante da Comissão de Direito do Agronegócio da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Mato Grosso do Sul (OAB-MS), a crise é reflexo de uma soma de fatores econômicos, climáticos e estruturais.

“O produtor brasileiro tem custo elevado, porque a maioria dos insumos é importada e cotada em dólar. Só a semente tem produção local, o restante – fertilizantes, defensivos, corretivos de solo – vem de fora, até da Ucrânia. Isso encarece a produção e reduz a competitividade”, explicou.

Segundo Provenzano, a ausência de cobertura securitária para perdas agrícolas amplia o problema.

“A maioria dos produtores está desprotegido. O seguro rural poderia minimizar os impactos das quebras de safra, mas é pouco acessível. Com a redução dos subsídios do governo federal, restou apenas a contratação via seguradoras privadas, o que encarece e afasta o produtor”, pontuou.

De acordo com Patricia Maia, sócia do Barbosa Maia Advogados e especialista em Recuperação de Ativos e Crises Financeiras, o instrumento deixou de ser exclusivo de grandes conglomerados.

“Hoje, vemos startups, empresas de tecnologia, escritórios de marketing e até pequenos negócios de serviços que buscam reorganizar dívidas e preservar suas operações, sem comprometer a credibilidade no mercado”, explica.

LEGISLAÇÃO

A legislação brasileira também contribuiu para ampliar o acesso ao procedimento. As mudanças trazidas pela Lei nº 14.112 de 2020 tornaram o processo mais ágil e acessível.

“As alterações permitiram que negócios menores pudessem negociar diretamente com credores, com prazos mais curtos e regras mais flexíveis”, destacou Patrícia.

A especialista ressalta, contudo, que o sucesso de uma recuperação depende de planejamento e transparência. “É essencial compreender a real capacidade de pagamento, revisar contratos e construir um plano viável. O erro mais comum é buscar ajuda quando a situação já se tornou irreversível”, alerta.

Ela ainda recomenda que empresários adotem medidas preventivas, como gestão rigorosa do fluxo de caixa, controle de endividamento e comunicação aberta com credores.

“A recuperação judicial é uma ferramenta poderosa, mas deve ser usada com técnica e responsabilidade”, conclui.

Entre os setores que entraram com pedidos em MS este ano estão: fabricação de álcool (1 pedido), serviços de preparação de terreno (2), comércio atacadista de cereais e leguminosas (2), fabricação de adubos e fertilizantes (1), além de diversos ramos do varejo como materiais de construção, alimentos e autopeças.
Provenzano alerta que o problema afeta desde grandes grupos até pequenos produtores.

“A estrutura de custo e financiamento do agronegócio brasileiro está exposta. Sem um modelo robusto de seguro e com baixa previsibilidade climática e cambial, o produtor fica refém da sorte”, disse.

PROGRAMA ESTADUAL

O governador Eduardo Riedel sancionou a Lei nº 6.488, de 23 de outubro de 2025, que cria o Programa de Recuperação de Empresas (Recupera-MS), voltado à regularização de débitos tributários de contribuintes em recuperação judicial, falência ou liquidação.

A medida contempla empresários e sociedades empresariais com pedido de recuperação judicial deferido, empresas que já cumpriram obrigações nos dois anos posteriores à concessão, mas que ainda têm compromissos previstos no plano de recuperação, além de contribuintes em situação de falência decretada e cooperativas em liquidação.

O programa alcança débitos de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) constituídos ou não, inscritos ou não em dívida ativa, incluindo parcelamentos em curso, autos de lançamento, autos de cientificação e valores declarados na Escrituração Fiscal Digital, permitindo a adesão em até 90 dias após a publicação do decreto regulamentador, mediante autorização da Secretaria de Estado de Fazenda ou da Procuradoria-Geral do Estado.

O pagamento à vista ou da primeira parcela deverá ocorrer em até 150 dias após a regulamentação.

O Recupera-MS oferece quitação com redução de 95% das multas e 65% dos juros para pagamento à vista, além de parcelamento em até 180 vezes, com descontos progressivos conforme a quantidade de parcelas: em até 12 vezes, redução de 90% das multas e 60% dos juros; de 13 a 120 parcelas, 80% e 55%; e de 121 a 180 vezes, 70% e 50%.

As parcelas são iguais, com valor mínimo de 10 Unidades Fiscais Estaduais de Referência de Mato Grosso do Sul (Uferms), e quem antecipar integralmente o saldo devedor até 31 de dezembro de 2026 terá direito às reduções máximas.

O programa também reabre prazos para quitação de débitos formalizados por Auto de Cientificação ou notificados antes da inscrição em dívida ativa, aplicando os mesmos benefícios e tornando sem efeito autos de infração, inscrições ou ações judiciais já em curso.

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LOTERIA

Resultado da Super Sete de ontem, concurso 781, sexta-feira (05/12): veja o rateio

A Super Sete tem três sorteios semanais, às segundas, quartas e sextas, sempre às 20h; veja quais os números sorteados no último concurso

06/12/2025 07h46

Confira o concurso da Super Sete

Confira o concurso da Super Sete Foto/ Divulgação

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A Caixa Econômica Federal realizou o sorteio do concurso 781 da Super Sete na noite desta sexta-feira, 5 de dezembro de 2025, a partir das 20h (de Brasília). A extração dos números ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 100 mil.

Premiação

  • 7 acertos - Não houve ganhadores
  • 6 acertos - 2 apostas ganhadoras, R$ 9.983,94
  • 5 acertos - 26 apostas ganhadoras, R$ 1.097,13
  • 4 acertos - 419 apostas ganhadoras, R$ 68,08
  • 3 acertos - 3.610 apostas ganhadoras, R$ 6,00

Confira o resultado da Super Sete de ontem!

Os números da Super Sete 781 são:

Verifique sua aposta e veja se você foi um dos sortudos deste concurso.

  • Coluna 1: 4
  • Coluna 2: 5
  • Coluna 3: 4
  • Coluna 4: 4
  • Coluna 5: 3
  • Coluna 6: 6
  • Coluna 7: 2

O sorteio da Dupla Sena é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal ofical da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: Super Sete 782

Como a Super Sete tem três sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre na segunda-feira, 8 de dezembro, a partir das 20 horas, pelo concurso 782. O valor da premiação está estimado em R$ 150 mil.

Para participar dos sorteios da Super Sete é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

Como jogar na Super Sete

Os sorteios da Super Sete são realizados às segundas, quartas e sextas-feiras, sempre às 19h (horário de MS).

O Super Sete é a loteria de prognósticos numéricos cujo volante contém 7 colunas com 10 números (de 0 a 9) em cada uma, de forma que o apostador deverá escolher um número por coluna.

Caso opte por fazer apostas múltiplas, poderá escolher até mais 14 números (totalizando 21 números no máximo), sendo no mínimo 1 e no máximo 2 números por coluna com 8 a 14 números marcados e no mínimo 2 e no máximo 3 números por coluna com 15 a 21 números marcados.

Há a possibilidade de deixar que o sistema escolha os números para você por meio da Surpresinha, ou concorrer com a mesma aposta por 3, 6,  9 ou 12 concursos consecutivos através da Teimosinha.

O valor da aposta é R$ 2,50.

Probabilidades

A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada.

Para a aposta simples, com apenas sete dezenas, que custa R$ 2,50, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 158.730, segundo a Caixa.

Já para uma aposta com 21 dezenas (limite máximo), a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 280, ainda segundo a Caixa.

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