Economia

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Banco Central registra o primeiro incidente com chaves Pix neste ano

Foram expostos dados de 25 mil chaves de fintech QI SCD

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Um total de 25.349 chaves Pix de clientes da fintech QI SCD tiveram dados expostos, informou nesta segunda-feira (17) o Banco Central (BC). Esse foi o 18º incidente com dados do Pix desde o lançamento do sistema instantâneo de pagamentos, em novembro de 2020, e o primeiro neste ano.

Segundo o BC, o vazamento ocorreu de 23 de fevereiro a 6 de março e abrangeu as seguintes informações: 

Nome do usuário
CPF com máscara (CPF parcialmente coberto com asteriscos) 
Instituição de relacionamento
Agência
Número e tipo da conta
O incidente, apontou o BC, ocorreu por causa de falhas pontuais em sistemas da instituição de pagamento. O vazamento ocorreu em dados cadastrais, que não afetam a movimentação de dinheiro. Dados protegidos pelo sigilo bancário, como saldos, senhas e extratos, não foram expostos.

Embora o caso não precisasse ser comunicado por causa do baixo impacto potencial para os clientes, a autarquia esclareceu que decidiu divulgar o incidente em nome do “compromisso com a transparência”.

Todas as pessoas que tiveram informações expostas ou vazadas serão avisadas por meio do aplicativo ou do internet banking da instituição. O Banco Central ressaltou que esses serão os únicos meios de aviso para a exposição das chaves Pix e pediu para os clientes desconsiderarem comunicações como chamadas telefônicas, SMS e avisos por aplicativos de mensagens e por e-mail.

Exposição de dados

A exposição de dados não significa necessariamente que todas as informações tenham vazado, mas que ficaram visíveis para terceiros durante algum tempo e podem ter sido capturadas. O vazamento indica que alguém chegou a consultar os dados. 

O BC informou que o caso será investigado e que sanções poderão ser aplicadas. A legislação prevê multa, suspensão ou até exclusão do sistema do Pix, dependendo da gravidade do caso.

Em todos os 18 incidentes com chaves Pix registrados até agora, foram expostas informações cadastrais, sem a exposição de senhas e de saldos bancários. Por determinação da Lei Geral de Proteção de Dados, a autoridade monetária mantém uma página em que os cidadãos podem acompanhar incidentes relacionados com a chave Pix ou demais dados pessoais em poder do BC.

Falha pontual

Em nota, a QI SDC informou que os dados foram expostos por uma “falha pontual, que foi imediatamente corrigida”. A fintech reiterou que, com base nas informações, não é possível ter acesso a contas ou a informações sensíveis.

“As informações obtidas são de natureza cadastral, que não permitem movimentação de recursos, nem acesso às contas ou a outras informações financeiras. “Além disso, não permitem a realização de pagamentos ou transferências, nem o acesso a contas ou a outras informações de natureza bancária”, destacou o comunicado.

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Produção de ovos de galinha atingem a marca de 100 milhões de dúzias em MS

Em comparação com outras Unidades da Federação, MS ocupou a 11ª posição no ranking nacional da produção de ovos, respondendo por 2,1% do total produzido no Brasil

18/03/2025 15h44

Produção de ovos de galinha atingem a marca de 100 milhões de dúzias em MS

Produção de ovos de galinha atingem a marca de 100 milhões de dúzias em MS PREFEITURA DE PALMAS/DIVULGAÇÃO

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Em 2024, o estado de Mato Grosso do Sul registrou uma produção de ovos de galinha de 100 milhões de dúzias, o que significa um aumento expressivo de 29,7% em comparação com o ano anterior. Esse crescimento indica a recuperação do setor, que havia sofrido uma queda na produção em 2022, mas retomou a expansão em 2023.  

Do total produzido, 84,8% foram destinados ao consumo direto, enquanto os 15,2% restantes tiveram como destino a incubação. Esse desempenho reflete o aumento da demanda por ovos, tanto no mercado interno quanto para exportação.  

Em comparação com outras Unidades da Federação, Mato Grosso do Sul ocupou a 11ª posição no ranking nacional da produção de ovos, respondendo por 2,1% do total produzido no Brasil. O estado ficou à frente da Bahia, que registrou uma produção de 88,5 milhões de dúzias, e atrás de Santa Catarina, que atingiu 215,7 milhões de dúzias.  

Já o estado de São Paulo se manteve como o maior produtor nacional, com 1,21 bilhão de dúzias em 2024, o que representa 26% da produção do país. 

A recuperação da produção de ovos em Mato Grosso do Sul também impacta positivamente a economia local, movimentando setores como o de ração animal, transporte e comércio. 

Brasil

Em 2024, a produção de ovos de galinha também foi recorde. O volume chegou a 4,67 bilhões de dúzias, expansão de 10% em relação ao ano anterior.

Especificamente no quarto trimestre, a produção de ovos de galinha alcançou 1,2 bilhão de dúzias, representando aumento de 0,2% ante o terceiro trimestre. 

Esse dado faz do último trimestre de 2024 o período de três meses em que mais se produziu ovos de galinha no Brasil na série histórica do IBGE, iniciada em 1987.

“Ao longo de 2024, o setor avícola foi impulsionado pelos aumentos nos preços relacionados a outras proteínas, com demandas internas e externas aquecidas”, assinada o IBGE.

De todos os ovos produzidos em 2024, 82,1% foram destinados ao consumo e 17,9% à incubação.

**Com Agência Brasil**

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Mercado externo

Boletim da Aprosoja-MS confirma queda nas exportações da soja em fevereiro

Aumento do dólar tem tornado a soja brasileira mais atrativa no mercado

18/03/2025 15h30

Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Mato Grosso do Sul exportou 447,9 mil toneladas de soja em fevereiro, cerca de 180 mil toneladas a menos quando comparado com o mesmo mês do ano passado. Apesar disso, cresceu 1.003% em relação ao mês de janeiro de 2025.

O volume total exportado em fevereiro de 2025 gerou uma receita 53% superior a receita de exportação de fevereiro de 2024. Os números são do Boletim Econômico da Aprosoja-MS (Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul).

Segundo o economista da Aprosoja-MS, Mateus Fernandes, a dinâmica de preços no mercado internacional, devido principalmente ao aumento do dólar, tem tornado o preço da soja brasileira mais atrativa aos países compradores, o que fez com que houve uma alavancada na exportação na comparação com janeiro do ano passado. 

"Mas, devido às inseguranças geradas pelo clima, e uma oferta maior da soja brasileira, os preços não se valorizaram tanto, por isso a comercialização da safra ainda está em marcha lenta", analisa Mateus. Segundo Boletim da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de MS), até 10 de março deste ano os produtores do Estado tinham comercializado 44,5% da soja safra 2024-2025 .

A média de preço no mês de janeiro foi de R$ 115,57 e em fevereiro alcançou R$ 116,23. "A média do preço futuro da soja ficou em 121,12, indicando que os preços das sojas podem melhorar futuramente, o que pode fazer com que os produtores que estão colhendo e ainda não negociaram seus grãos, esperem um pouco para comercializar com preços melhores", destaca Mateus Fernandes.

A China foi o principal destinos da soja sul-mato-grossense em fevereiro, com volume exportado de 366,1 mil toneladas, representando 82% do total exportado. Para Argentina e Tailândia foram 9% e 6%, respectivamente.

EXPORTAÇÃO DE MILHO

O Mato Grosso do Sul por sua vez, exportou um volume total de 26,4 mil toneladas de milho, uma redução na proporção de 89% em comparação com o volume exportado pelo Mato Grosso do Sul em fevereiro de 2024. Essa redução de volume exportado resultou numa receita de exportação inferior em 89% na comparação com fevereiro de 2024.

A comercialização do milho no Mato Grosso do Sul deu uma acelerada nos últimos meses devido às condições melhores de preços. Em janeiro a média de preços foi de 59,59 e em fevereiro a média alcançou 59,97, uma leve melhora, mas o que tem chamado mais atenção é a amplitude de preços. Em algumas regiões a saca de milho estão chegando a 80,00. 

De acordo com análise da Aprosoja-MS, a partir do Boletim Econômico de fevereiro-2025, apesar da quantidade de grão disponível não ser tão alta, os produtores que deixaram para comercializar tardiamente, estão conseguindo preços melhores internamente. 

Essa condição de preços melhores internamente tem feito com que a comercialização internacional desacelerasse. O Estado tem investido mais na industrialização, o que fez com que a demanda interna se elevasse, diminuindo dessa forma, a dependência do mercado internacional em relação ao grão de milho.

CELULOSE E CARNE LIDERARAM EXPORTAÇÃO

Conforme a Carta de Conjuntura do Setor Externo, referente a fevereiro de 2025, elaborada pela Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), a celulose foi o carro-chefe das exportações sul-mato-grossenses de fevereiro, representando 41,4% do total exportado, seguida pela carne bovina (15,4%).

O valor das exportações de celulose apresentou um crescimento expressivo de 97,9% na comparação anual, impulsionado pela alta demanda do mercado internacional, especialmente da China, que segue como principal destino das exportações do estado. 

Entre os demais produtos, a soja e o milho apresentaram queda nas exportações. A soja registrou uma retração de 32,2% em valor e 19,8% em volume, enquanto o milho teve uma queda ainda mais expressiva, de 84,8% em valor.

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