Cerca de R$ 1,40 mais barata, a batata - que teve o valor médio diminuindo em todas as capitais -, foi o principal alimento responsável pela diminuição no valor da cesta básica em Campo Grande, que fechou o mês de fevereiro na casa de R$ 719,94.
Balanço do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) aponta para uma variação mensal de -3,12% no preço da cesta básica em Campo Grande, a terceira maior queda entre 17 capitais.
Com valores de redução mensal mais significativos do que a Cidade Morena, aparecem apenas: Belo Horizonte (-3,97%) e Rio de Janeiro (3,15). Ainda assim, Campo Grande tem a 5ª cesta básica mais cara entre 17 capitais.
Confira o Top 5 das cestas básicas mais caras do País:
| CAPITAL | VALOR DA CESTA |
| São Paulo | R$ 779,38 |
| Florianópolis | R$ 746,95 |
| Rio de Janeiro | R$ 745,96 |
| Porto Alegre | R$ 741,30 |
| Campo Grande | R$ 719,94 |
Completando o "top 5" de maiores quedas mensais no valor da cesta básica aparecem: Curitiba (-2,34%) e Vitória (-2,34%). Por outro lado, quatro capitais tiveram altas nos preços, sendo:
- Belém (1,25%),
- Natal (0,64%),
- Salvador (0,34%) e
- João Pessoa (0,01%).
Em comparação com o mesmo período de 2022, todas as capitais tiveram altas nos preços, com variações que oscilaram entre 3,91%, em Vitória, e 15,33%, em Belém. Já para Campo Grande, esse percentual foi de 6,12%, se comparado com fevereiro do ano passado.
Importante frisar ainda que, Campo Grande foi responsável por registrar a queda mais relevante no custo do conjunto de gêneros alimentícios básicos nos dois primeiros meses, batendo a casa de 3,26%.
Análise dos alimentos
Como bem acompanha o Correio do Estado, Campo Grande avança cada vez mais no preço de sua cesta básica, saltando da terceira posição entre as capitais, ainda no mês passado, para esse atual 5º lugar.
Custando mais da metade do salário mínimo líquido em Campo Grande (59,78% da renda sacrificada no valor da cesta básica), ainda que a banana seja o item que já bate o quarto mês consecutivo em queda (-0,58%), foi a batata quem teve a maior retração de preços (-21,24%).
Importante esclarecer que o "salário mínimo líquido" corresponde ao valor descontado (7,5%) da Previdência, que resulta em em R$ 1.204,35 e, para comprar uma cesta básica em fevereiro, o campo-grandense precisou trabalhar 121 horas e 39 minutos.
Vale ressaltar que, na Cidade Morena, a batata já tinha apresentado uma queda no mês anterior, sendo que esse tubérculo diminuiu de preço em todas as capitais do Centro-Sul, com baixas que oscilam entre -22,50%, em Curitiba, e -6,30%, em São Paulo.
Em janeiro, médio do quilo em Campo Grande era de R$ 6,59, ficando acima de um centavo mais barata no último mês, com os preços de fevereiro apontando para a batata comercializada a R$ 5,19.
Confira as mercadorias que seguem em queda de preço na Capital:
- Tomate (-18,63%),
- Óleo de soja (-4,63%),
- Carne bovina (-2,02%),
- Café em pó (-0,67%) e
- Açúcar cristal (-1,02%)
Também, diversos produtos passaram a custar mais na cesta básica do campo-grandense, como a manteiga (2,03%); o arroz agulhinha (1,98%) e o pão francês (0,88%), além do principal vilão, o feijão carioquinha (2,82%), que custava R$ 7,38 em fevereiro do ano passado, sendo encontrado por R$ 9,17 no mesmo mês de 2023, R$ 1,79 mais caro nesse intervalo de 12 meses.


Feito por Denis Felipe - Com IA


