Economia

CAMPO GRANDE

Cesta básica teve alta de 1,60% em fevereiro

Cesta básica teve alta de 1,60% em fevereiro

DA REDAÇÃO

07/03/2014 - 14h30
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 A Secretaria Estadual de Planejamento (Semac) divulgou hoje (07) a pesquisa do Custo da Cesta Básica Alimentar, que aponta alta de 1,60% no mês de fevereiro em Campo Grande. Os 15 produtos da Cesta puderam ser adquiridos nesse período ao custo de R$ 293,76, enquanto no mês de janeiro o valor apurado foi de R$ 289,13.

O acumulado nos últimos 12 meses assinala variação de 0,78%, e, nos últimos seis meses, de 4,60%. A variação no acumulado do ano é de 2,91%.

Entre os 15 produtos pesquisados, seis tiveram preços elevados em fevereiro/2014, com destaque para: laranja 14,93%; tomate 9,10%; alface 2,10%; feijão 1,37%; macarrão 0,49% e carne 0,30%. Os produtos que registraram queda de preços foram: batata 4,15%; açúcar 3,18%; banana 2,37%; leite 0,43% e óleo 0,36%. Mantiveram seus preços inalterados: margarina; pão francês; sal e arroz.

Análise

A análise da Semac mostra que o adiantamento da entressafra devido ao baixo rendimento de produção desta safra da laranja reduziu os estoques nacionais e elevou o preço. Já o tomate está demorando mais a amadurecer por conta do fim do calor intenso, o que influencia também na qualidade e no preço.

As chuvas de verão continuaram afetando a produtividade da alface, porque com a alta umidade nas folhas aumenta a incidência de bactérias que apodrecem e chegam a matar o pé do produto, reduzindo sua oferta e aumentando seu preço 2,10%.

Já a queda da batata foi favorecida pelo pico da colheita da safra nas principais regiões produtoras, no mês de fevereiro.

Acumulado

Nos últimos seis meses os produtos que apresentaram maiores altas nos preços foram: laranja, banana, açúcar, alface e margarina. Em contrapartida, no mesmo período, registraram queda nos preços: batata, feijão, tomate e arroz.

Cesta Básica Familiar

A pesquisa realizada em fevereiro de 2014 registrou também que o custo da Cesta Básica Familiar teve alta de 0,93% em Campo Grande, em relação ao apurado no mês anterior. Os 44 produtos da Cesta Básica Familiar custaram R$ 1.307,54. No levantamento anterior os mesmos produtos estavam custando o total de R$ 1.295,52.

No acumulado dos últimos seis meses, a Cesta Básica Familiar apresenta alta de 5,18%; no ano, variação positiva de 2,51%; e nos últimos 12 meses, 5,23%.

Dentre os 44 produtos pesquisados, 22 apresentaram alta nos preços, sete tiveram queda e 15 mantiveram os preços inalterados.

No grupo Alimentação (32 produtos), a pesquisa apresentou uma variação positiva de 0,93%. Alguns dos produtos em alta foram: laranja 14,92%; cenoura 13,56%; abobrinha 12,02%; cebola 11,92%; tomate 9,06%; mamão 7,85%; alface 2,09%; pão doce 1,48%; feijão 1,42% e couve 1,04%. No grupo de produtos que apresentaram maiores quedas nos preços, estão: batata 4,15%; açúcar 3,22%; trigo 2,62%; frango 2,57%; banana 2,37%; peixe 1,98%; fubá 1,26%; café 1,22%; leite 0,43% e óleo 0,34%. Margarina, pão (francês), sal, arroz e ovos mantiveram os preços inalterados.

A cenoura 13,56%, abobrinha 12,02% e a cebola 11,92% assinalaram oferta reduzida no mercado interno devido ao período de entressafra, elevando seus preços. O aumento do volume desses produtos ainda dependerá da quantidade de chuvas ao longo do semestre.

Durante o período pesquisado, a Semac identificou que alguns estabelecimentos colocaram em promoção os produtos: açúcar 3,22% e trigo 2,62%, o que influenciou quedas de preços.

Com a boa produtividade da banana neste ano o volume ofertado aumentou devido à concentração da maturação da fruta no período, registrando queda 2,37%.

O Grupo Higiene Pessoal (cinco produtos) fechou fevereiro/2014 com alta de 0,22% devido à variação nos preços dos produtos: lâmina de barbear 1,93% e absorvente 1,39%. Os produtos em queda foram: papel higiênico 1,32% e sabonete 1,30%. Dentifrício manteve seu preço inalterado.

O Grupo Limpeza Doméstica (sete produtos) apresentou variação positiva de 1,21%, registrado pelas variações dos produtos: água sanitária 3,66%, sabão em pó 3,02%, esponja de aço 0,75% e cera 0,68%. Registro de queda foi apontado para: detergente 1,59% e desinfetante 1,26%. Sabão em barra não registrou alteração de preço.

Economia

Mesmo com desafios climáticos, MS projeta nova supersafra de soja

Estado deve colher 13,9 milhões de toneladas da oleaginosa no ciclo 2024/2025, alta de 13,2% em relação ao anterior

14/09/2024 09h00

Mesmo com desafios climáticos, MS projeta nova supersafra de soja

Mesmo com desafios climáticos, MS projeta nova supersafra de soja Gerson Oliveira

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Mesmo diante de um cenário climático desafiador, Mato Grosso do Sul projeta mais uma supersafra de soja. Conforme dados divulgados nesta sexta-feira pela Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul (Aprosoja-MS), a safra 2024/2025 terá um incremento de 13,2% na produção e poderá ser a segunda maior da história, com 13,9 milhões de toneladas. 

O plantio da soja estará liberado a partir do dia 16, e a Aprosoja-MS aponta que a área destinada ao cultivo da oleaginosa será de 4,5 milhões de hectares, aumento de 6,8% em comparação à safra de 2023/2024, quando foram destinados 4,2 milhões de hectares no Estado para o plantio. A produtividade estimada é de 51,7 sacas de soja por hectare, aumento de 5,9% em comparação ao ciclo anterior.

“Serão produzidos em Mato Grosso do Sul 13,9 milhões de toneladas de soja, um aumento de 13,2%. Na safra 2023/2024, foram produzidos 12,3 milhões de toneladas de soja. Teremos muitos desafios pela frente, entre eles, o clima e a organização financeira dos produtores rurais, que amargam perdas significativas das safras anteriores”, pondera o presidente da Aprosoja-MS, Jorge Michelc. 

O volume estimado só será menor que o da safra 2022/2023, quando Mato Grosso do Sul colheu 15 milhões de toneladas da oleaginosa. 

Apesar do cenário otimista, os técnicos da entidade apontam que os produtores rurais enfrentarão muitos desafios durante o ciclo. De acordo com o coordenador técnico da Aprosoja-MS, Gabriel Balta, as últimas duas safras foram desafiadoras para os produtores rurais em função das condições climáticas (precipitação e temperatura), que impactaram significativamente o potencial produtivo.

“O cultivo de soja e milho no estado de Mato Grosso do Sul está se tornando cada vez mais desafiador, e o cenário atual não é para amadores”.

O coordenador ainda explica que a média estimada pela Aprosoja-MS leva em conta a média dos últimos cinco anos, tanto em relação às altas quanto às baixas dos últimos ciclos, e que, estatisticamente, há a possibilidade de alcançar novamente uma supersafra. 

“Se a gente tiver um clima que contribua a partir de novembro, a gente acredita que dá para alcançar, sim, e até passar esses patamares [13,9 milhões de toneladas]. Porque a gente tem de acompanhar o dia a dia, o produtor tem de escalonar a sua safra, e assim é melhor a mitigação de erro dentro da plantação”, explica Balta.

CLIMA

Nas duas últimas safras, o plantio começou mais tarde por causa dos fatores climáticos. Cerca de 70% do plantio está concentrado entre 18 de outubro e 8 de novembro, segundo a média histórica.

Entre setembro e novembro, poderá haver aumento da temperatura do ar, portanto, o trimestre inicial da safra poderá ser mais quente que o normal em MS, com grandes chances de que o cenário se estenda para toda a safra.

A presença do fenômeno La Niña torna o volume de chuva incerto na Região Centro-Oeste do Brasil.

Atualmente, Mato Grosso do Sul está sob influência de um La Niña de intensidade fraca a moderada, em que o clima pode ser afetado por outros fenômenos, como frentes atmosféricas e ciclones tropicais.

O agrometeorologista da Embrapa Agropecuária Oeste, Danilton Flumignan, enfatiza que o clima não tem sido algo fácil de se prever. “A exemplo de 2024, um ano de El Niño, normal de ocorrer calor e chuvas. Ficamos só com o calor desta vez, bem acima do normal por sinal. Por outro lado, fomos castigados com seca, principalmente na safrinha”.

Flumignan reforça que o fenômeno La Niña costuma não preocupar durante a safra de verão. “Se em dezembro e janeiro chover bem distribuído, será sucesso, uma vez que a soja tolera bem os desaforos da fase inicial e consegue compensar isso se chover bem na fase reprodutiva, principalmente no início”, conclui.

Mesmo com desafios climáticos, MS projeta nova supersafra de soja

PREÇOS

A safra de soja 2024/2025 promete ser uma safra positiva, se comparada à safra de 2023/2024. A demanda internacional deve permanecer em expansão e dependendo da oferta de grãos disponibilizada ao mercado internacional pelos principais países produtores, podendo impactar positivamente o preço da saca de soja. 

“Nas últimas safras, o preço médio ponderado da saca de soja apresentou uma tendência negativa, passando de R$ 168,34, em 2021/2022, para R$ 138,82, na safra 2022/2023, e R$117,14, na safra 2023/2024. A tendência agora é de que, na safra 2024/2025, os preços fiquem entre R$ 120 e R$ 130, caso as condições atuais do mercado internacional se mantenham, iniciando uma tendência de valorização do preço”, explica o analista de Economia da Aprosoja-MS, Mateus Fernandes.

Em relação ao custo de produção, houve uma redução de 3%, conforme a estimativa da associação. O custo total para o ciclo 2024/2025 foi estimado em R$ 5.987,24, o equivalente a 49,89 sacas por hectare, abaixo do valor estimado na safra anterior, de R$ 6.170,61. 

 

Economia

Fazenda ajusta previsões: aumento do PIB e elevação da inflação em 2024

Estimativa para avanço da economia sobe de 2,5% para 3,2%, enquanto para IPCA salta para 4,25%, ante 3,9%

13/09/2024 22h00

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A Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda elevou de 2,5% para 3,2% a projeção de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) para 2024 e também revisou para cima a projeção de inflação para este ano –salto de 3,9% para 4,25%.

Para 2025, a projeção de avanço da economia caiu de 2,6% para 2,5%, e a previsão de inflação foi revisada de 3,3% para 3,4%. As estimativas constam no boletim macrofiscal divulgado nesta sexta-feira (13).

Com a alta para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), a projeção se aproxima do teto do objetivo perseguido pelo Banco Central (4,5%). O centro da meta é 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

De acordo com o relatório da SPE, a estimativa mais elevada para inflação leva em consideração os impactos do câmbio mais depreciado, o cenário de bandeira amarela para as tarifas de energia elétrica no fim do ano e o reajuste no piso mínimo para os preços de cigarro.

Na apresentação dos dados, o secretário de Política Econômica, Guilherme Mello, destacou o impacto negativo das mudanças climáticas sobre os preços de alimentos.

"Esses extremos climáticos têm afetado todos os países, o Brasil em particular, com a recente seca, além da enchente do Rio Grande do Sul, e isso tem impactos econômicos, impactos sobre preços, em particular, de alguns alimentos que têm sofrido com esses eventos", disse.

"Até por isso a trajetória de queda da inflação no Brasil prossegue com um ritmo menos forte do que poderia, caso não tivesse esse tipo de pressão", acrescentou.
Segundo o texto, a expectativa da Fazenda é que a inflação volte a cair no acumulado em 12 meses após outubro, e o cenário contempla retorno para bandeira amarela nas tarifas de energia apenas em dezembro.

"A desaceleração nos preços era esperada a partir de agosto, porém a mudança para bandeira vermelha 1 nas tarifas de energia em setembro, em função do alto percentual de acionamento do parque elétrico nacional, modificou a trajetória prevista para a inflação até o final do ano", diz o relatório.

A Fazenda espera que o regime hídrico brasileiro se normalize nos próximos meses. "Nossa expectativa é que as chuvas voltem a partir de outubro, novembro. Caso isso aconteça, o impacto é bastante minorado. Se essa seca persistir por muitos meses mais, teremos que reavaliar o nosso cenário", afirmou Mello.

Os números estimados pelo Ministério da Fazenda são importantes porque vão nortear o próximo relatório bimestral de avaliação de receitas e despesas do Orçamento.
Variáveis como inflação e crescimento da economia interferem diretamente na arrecadação de tributos da União. Quanto maior é o avanço do PIB, maior também é o faturamento das empresas e, consequentemente, mais impostos e contribuições são recolhidos.

Na última quarta (11), o ministro Fernando Haddad (Fazenda) antecipou que a estimativa da equipe econômica para o crescimento do PIB deveria ficar acima de 3% diante da força mostrada pela economia brasileira nos últimos indicadores.

A projeção mais otimista veio depois dos dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostrarem que a atividade econômica cresceu 1,4% no segundo trimestre deste ano no Brasil, na comparação com os três meses iniciais de 2024.

As projeções para o PIB deste ano estão em patamar superior aos números registrados em 2023 (2,9%) e 2022 (3%). O resultado de abril a junho ocorreu em um contexto de mercado de trabalho aquecido e transferências governamentais.

De acordo com Mello, há um crescimento disseminado da atividade econômica neste ano. "Não é só o impulso fiscal que tem movimentado a economia, o mercado de crédito, por exemplo, cresce a um ritmo bastante forte, mesmo com taxas de juros ainda bastante restritivas, e o volume de investimentos também tem crescido", afirmou.

A expectativa da Fazenda é que o PIB da indústria cresça 3,5%, e o PIB de serviços, 3,3%. No último boletim, divulgado em julho, essas estimativas eram de 2,6% e 2,8%, respectivamente. Para a atividade agropecuária, a queda esperada é de 1,9%, ante queda de 2,5% no relatório anterior.

Segundo o relatório, a equipe econômica espera desaceleração moderada no ritmo de atividade, para 0,6% na margem, para o terceiro trimestre de 2024. "O menor ritmo de crescimento na comparação trimestral está relacionado, principalmente, à forte expansão da atividade no segundo trimestre", diz o texto.

Para 2025, Mello diz que há motivos para apostar em um crescimento "ainda robusto". "Tende a ter um impulso fiscal menor, mas, ao mesmo tempo, tem outros motores que me parecem que serão capazes de dinamizar o crescimento no ano que vem."

 

*Informações da Folhapress 

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