Com 2,6 mil atendimentos, o Procon (Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor), oferece auxílio em conciliação para que pessoas endividadas façam acordos com as empresas.
Atualmente, o número de famílias devedoras no Brasil, subiu para 74,6% em outubro conforme uma pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) divulgada logo no início deste mês -novembro, pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Segundo estatísticas do Procon, em em Mato Grosso do Sul, de cada 10 consumidores, 7 não conseguiram pagar suas contas. A planilha enquadra no superendividamento, a incapacidade do consumidor de sanar a dívida, ou seja, quando o salário é menor que o montante a ser quitado.
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Atendimentos de conciliação
Os interessados em receber o atendimento precisa ir até o Procon, munido de documentos com fotos, é o que explica o superintendente Marcelo Salomão. “O Procon atende gratuitamente, é um serviço público. Basta ir ao Procon, fazer um cadastro e nós vamos entender esse consumidor, achar soluções para que ele possa sanar esse problema e o mais importante, fazer de tudo para que ele não volte a essa situação”.
Desde o início do projeto, em agosto de 2020, o núcleo já realizou 2.682 atendimentos, conforme dados registrados até 29 de outubro. Após a quitação do débito, o Procon ainda ensina as pessoas a colocarem sua vida financeira em ordem.
O professor de economia da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), Mateus Abrita, afirma ser importante manter as contas sempre claras em planilhas. "Após colocar as contas em dia é importante manter o uso de planilhas e controle das finanças, seja em papel ou em aplicativos de celular", destaca.
Cortar supérfluos; ter uma reserva de emergência; poupar e investir entre 10% a 30% da sua renda; e usar o crédito com sabedoria estão entre as dicas de planejamento e disciplina. Já entre as dicas de consumo consciente estão: fazer lista de compras de modo a minimizar as tentações; evitar compras por impulso; pesquisar e comparar preços; além de barganhar pelo preço nos pagamentos à vista.