Economia

CRISE

Com preços altos e vendas fracas, 80 revendedoras de gás fecham

Em Mato Grosso do Sul o preço do botijão de 13kg varia entre R$ 59,99 e R$ 95, diferença percentual de mais de 58%, conforme o último levantamento da ANP

Continue lendo...

A Petrobras anunciou o aumento de 5% no preço do gás liquefeito de petróleo (GLP), gás de cozinha, no fim do mês passado. Com o aumento e a redução das vendas em 30%, conforme o Sindicato das Micro, Pequenas Empresas e Revendedores Autônomos de GLP, Gás Canalizado e Similares do Estado (Simpergasc-MS), mais de 80 revendedoras já fecharam as portas em Mato Grosso do Sul, em 2020.

De acordo com o presidente do Simpergasc, Vilson de Lima, o aumento na estatal é ruim tanto para revendedores quanto para o consumidor. “Cobrar mais caro pelo botijão de gás num momento de crise economia como esse não nos parece sensato. Gás é produto essencial na vida das pessoas, assim como água e luz. Os revendedores precisam repassar o aumento e isso causa impactos negativos diretos e imediatos no bolso do trabalhador”, disse Lima.

O representante das revendedoras ainda informou que mais de 80 revendedoras já fecharam as portas em Mato Grosso do Sul neste ano. “Com o preço aumentando para nós e somado a queda nas vendas, que  é de em média 30% para a maioria das revendas, tem muita gente que fechou as portas no Estado. São mais de 80 revendedoras  que fecharam”, salientou Lima.

O Presidente do Sindicato ressaltou ainda que apesar da flexibilidade que os revendedores tem para precificar e comercializar o produto, o aumento acaba afetando a todos e incorporar o aumento é uma necessidade. Desde novembro de 2019, a Petrobras trabalha com um preço único para o GLP no Brasil, sem diferenciar mais os segmentos residencial e industrial e comercial.

MÉDIA DE PREÇOS

O preço médio praticado nesta semana ficou entre R$ 65 e R$ 80, conforme pesquisa realizada pelo Correio do Estado com as revendedoras de Campo Grande. Já o último levantamento de preços da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aponta que o preço médio do gás de cozinha em Mato Grosso do Sul, registrado entre os dias 24 e 30 de maio, foi de R$ 71,74.  

O menor valor encontrado no Estado foi de R$ 59,99 e o maior valor R$ 95, variação de 58,35%. De acordo com o levantamento,  o preço médio se mantém nas últimas quatro semanas. A média registrada entre os dias 3 e 9 de maio foi de R$ 71,64, caiu para R$ 70,14 (entre 17 e 23 de maio) e aumentou novamente na semana passada.  

Entre os municípios, o gás de cozinha mais caro é comercializado em Corumbá, o preço médio para o produto entre 24 e 30 de maio foi de R$ 95, conforme levantamento da ANP. Enquanto o menor valor médio é praticado em Ponta Porã, onde o gás custa R$ 69, variando entre R$ 68 e R$ 70

VENDAS

A comercialização do GLP teve um pico nas primeiras semanas de isolamento social, mas depois despencaram. Com o fim de algumas revendedoras, outros locais acabam incorporando mais clientes, de acordo com o presidente do Simpergasc. É o caso do Deivison Silva, que viu as vendas dobrarem no período de pandemia. “Não tenho o que reclamar, a gente tem  tido aumento nas vendas.  Vendiamos em média de 20 a 30 botijões  e estamos vendendo mais de 60 agora”, disse.

Alguns consumidores já perceberam o aumento nos preços do botijão de 13 kg nos últimos meses. A aposentada Maria Aparecida Pinheiro, 62, afirma que compra sempre no mesmo local e viu o preço aumentar 10% entre março e maio. “Em março eu comprei por R$ 61, isso indo buscar no local de revenda. Em maio já paguei R$ 67 no mesmo local e indo buscar”, contextualizou.

DISTRIBUIDORAS  

O preço de venda às distribuidoras não é o único determinante do preço final ao consumidor, de acordo com o Simpergasc. A lei brasileira garante liberdade de preços no mercado de combustíveis e derivados, as revisões feitas pela Petrobras podem ou não se refletir no preço final, que incorpora tributos e repasses dos demais agentes do setor de comercialização, como distribuidores e revendedores.

Conforme o levantamento mais recente da ANP, o valor médio repassado pelas distribuidoras em Mato Grosso do Sul, é de R$ 53,86. Com o valor  mínimo de R$ 49,96 e o maior patamar chegando a  R$ 64,22. Os dados são referentes a semana passada, entre 24 e 30 de maio.

supemercados

Rede local ativa 'atacarejo' para enfrentar gigantes nacionais e mundiais

Grupo Pires, que investiu R$ 50 milhões na loja de atacado, já é a rede de supermercados com o maior número de lojas de Mato Grosso do Sul

28/11/2024 14h30

Com a bandeira Frama, loja é a 37ª unidade do grupo Pires, que em junho completou 44 anos de atividade no Estado

Com a bandeira Frama, loja é a 37ª unidade do grupo Pires, que em junho completou 44 anos de atividade no Estado Marcelo Victor

Continue Lendo...

Nascida há 44 anos em Mato Grosso do Sul, a rede de supermercados Pires inaugurou nesta quarta-feira (27) e nesta quinta-feira (28) em Vicentina e em Campo Grande suas primeiras unidades do chamado "atacarejo". Com isso, aumentar sua concorrência com as gigantes nacionais e mundiais do setor, como as redes Fort Atacadista, Atacadão e Assaí, que já oferecem este tipo de loja há anos. 

Com investimento de R$ 50 milhões, a loja de Campo Grande, na Avenida Guaicurus, ocupa uma área de 40 mil metros quadrados. Em 2017 o terreno chegou a ser alvo de invasão por cerca de 200 famílias. Cerca de 50 chegaram a construir casas de alvenaria, mas meses depois foram despejadas. 

A loja, que aparece com a logomarca de Frama Atacadista, tem cerca de 12 mil metros quadrados e está gerando 135 empregos diretos. Com mais esta unidade, o Grupo Pires chega à 37ª loja e 2,8 mil empregos diretos nas cidades de Campo Grande, Dourados, Rio Brilhante, Maracaju, Deodápolis e Vicentina. 

E foi nesta última cidade, com apenas 6,4 mil habitantes, que o grupo inaugurou nesta quarta-feira (27) sua primeira atacadista no Estado, com investimento de R$ 25 milhões. “A gente não costuma falar em enfrentar is gigantes nacionais e mundiais. A gente fala que está oferecendo mais uma oportunidade para o consumidor”, afirma Vagner Lacerda, diretor de expansão do grupo e neto do fundador. 

Como responsável pelos novos investimentos, Vagner antecipa que para o próximo ano estão previstas outras quatro lojas em Campo Grande. Por questões de concorrência, prefere não divulgar os locais e nem se elas serão “supermercados normais” ou atacadistas, como as duas lojas inauguradas nesta semana. 

E ao ser questionado sobre a concorrência, Vagner diz que as 37 lojas do grupo colocam o Pires como a maior rede de supermercados de Mato Grosso do Sul, maior inclusive que o grupo Comper/Fort Atacadista em número de unidades.  Embora o presidente deste grupo resida em Campo Grande, ela é uma empresa de origem e matriz catarinense.

No quesito faturamento, contudo, o Pires ainda é segundo colocado entre os chamados supermercados locais, ranking no qual não entram os concorrentes do Grupo Pereira ou Atacadão e Assaí. Mesmo assim, destaca Vagner, o Pires já está entre as cem maiores redes de supermercados do País. Neste ranking, o Comper-Fort está em sétimo lugar. 

Até agora, o grupo tinha apenas duas unidades com a bandeira Frama em Campo Grande e ambas localizadas em bairros chamados nobres, como Vilas Boas e Chácara Cachoeira. As lojas com bandeira Pires estão praticamente todas espalhadas em regiões periféricas de Campo Grande.

Uma delas inclusive está a poucos metros do atacarejo inuaugurado nesta quinta-feira. “Vão funcionar as duas. São opções para os consumidores”, diz Vagner. Por dia, informa o site da empresa, eram atendidos em torno de 60 mil consumidores quando o grupo tinha 31 lojas. 

O fundador da rede nasceu em Deodápolis, no sul do Estado, cidade natal de dois dos três sócios (Francisco Pires, Manoel Pires e Maria Antonia Pires) e onde a rede tem loja até hoje. E, pelo menos por enquanto, a rede está somente na região centro-sul do Estado. Na Capital são 27 lojas, em Dourados, seis e as outras quatro em Rio Brilhante, Maracaju, Douradina e Vicentina. Mas, a previsão é ampliar ese número também no interior. 


 

JUSTIÇA FISCAL

Isenção no IR por motivos de doença será limitada a quem ganha até R$ 20 mil, diz Haddad

Ministro ressaltou que os ganhos com a medida vão ajudar a compensar a perda de arrecadação com a ampliação da isenção do IR para quem ganha até R$ 5.000

28/11/2024 10h37

Pela proposta do ministro Fernando Haddad, contribuintes com renda de R$ 50 mil por mês terão de pagar uma alíquota mínima de Imposto de Renda

Pela proposta do ministro Fernando Haddad, contribuintes com renda de R$ 50 mil por mês terão de pagar uma alíquota mínima de Imposto de Renda

Continue Lendo...

O ministro Fernando Haddad (Fazenda) anunciou nesta quinta-feira (28) que o governo vai limitar a isenção de IR (Imposto de Renda) por motivos de saúde a quem ganha até R$ 20 mil por mês.

Ele ressaltou que as despesas médicas dos contribuintes continuarão a poder ser deduzidas integralmente; mas, no caso de quem tem renda acima do teto, não haverá 100% de isenção. A mudança, diz o ministro, busca corrigir distorções.

"Todo mundo pode abater despesa de saúde na sua integralidade. Se você gastou R$ 1 milhão para fazer um tratamento de saúde, você vai poder deduzir. Esta regra não vai alterar", disse.

"Contudo, a isenção de Imposto de Renda por razões de saúde vai ficar limitada a quem tem um salário de até R$ 20 mil por mês", acrescentou.

Segundo a Receita Federal, atualmente pessoas portadoras de doenças graves têm direito à isenção no IRPF (Imposto de Renda da Pessoa Física). São consideradas doenças graves, por exemplo, AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida), cardiopatia grave, cegueira (inclusive monocular), contaminação por radiação, doença de Parkinson, esclerose múltipla, hanseníase, entre outras.
 

Haddad ressaltou que os ganhos com a medida vão ajudar a compensar a perda de arrecadação com a ampliação da isenção do IR para quem ganha até R$ 5.000. A expectativa do governo é que a medida seja discutida e aprovada em 2025 para valer a partir de 2026.

O impacto da isenção maior será de aproximadamente R$ 35 bilhões. Outra medida que deve ajudar na compensação é a criação de um imposto mínimo para super-ricos no IRPF.

Pela proposta do governo, contribuintes com renda de R$ 50 mil por mês (R$ 600 mil por ano) terão de pagar uma alíquota mínima de Imposto de Renda.

Contribuintes com rendas elevadas no Brasil costumam ter seus ganhos concentrados em rendimentos isentos, como lucros e dividendos. Por isso, embora a tabela do IRPF preveja cobranças nominais de até 27,5%, a alíquota efetiva é bem menor no topo —às vezes, abaixo de 2%.

A cobrança sobre as grandes rendas busca equalizar essa diferença. O imposto mínimo terá uma alíquota progressiva, chegando a até 10%. Para saber se o contribuinte será alvo ou não do imposto, é preciso olhar a chamada alíquota efetiva. Ela mede o quanto foi pago de imposto em relação à renda total, que inclui tanto parcelas tributáveis quanto isentas (ou seja, salários, aplicações financeiras, lucros e dividendos, entre outros).

Caso a alíquota efetiva paga pelo contribuinte com renda maior que R$ 100 mil ao mês tenha ficado em 4%, por exemplo, ele deverá recolher uma parcela complementar equivalente a 6%, completando os 10% do chamado imposto mínimo.

(Informações da Folhapress)
 

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).